Tuberculose (Infectologia) Flashcards

1
Q

De acordo com o Ministério da Saúde, nos casos de populações vulneráveis, como os profissionais de saúde, pessoas vivendo com HIV/aids, população privada de liberdade, população em situação de rua, povos indígenas e contatos de tuberculose resistente, devemos solicitar de imediato o TRM-TB e a cultura do escarro. Com o resultado positivo do TRM-TB, o tratamento deve ser iniciado com rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol (RIPE) por 2 meses e em seguida rifampicina e isoniazida (RI) por 4 meses. Após o resultado da cultura (escarro), o caso deve ser reavaliado para fazer ajustes no esquema se for necessário.

O resultado da cultura (escarro) pode demorar 8 semanas, portanto não pode ser esperado para só então iniciar o tratamento.

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2
Q

Cultura de escarro deve ser realizada como rotina de investigação de casos suspeitos de TB nas pessoas que vivem com HIV. Pois a TB pode ser mortal nestes casos.

A
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3
Q

Em paciente com HIV e TB,
Deve-se manter a terapia antirretroviral contra o HIV.
Com o resultado da cultura, deve-se atentar à interações medicamentosas dos antirretrovirais com os fármacos da tuberculose. Exemplos:
1) Recomenda-se RIFABUTINA em substituição à RIFAMPICINA, nos esquemas terapêuticos de TB, quando for necessário associar ou manter o inibidor de protease (IP/r) ou dolutegravir no esquema antirretroviral;
2) Indica-se o uso de dolutegravir 2 vezes ao dia durante o tratamento da TB, já que o uso concomitante com a rifampicina, que é um forte indutor do metabolismo hepático, leva à redução dos níveis séricos do inibidor da integrase.

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3
Q

Para pacientes com TB pulmonar ou sintomáticos respiratórios, em situação de potencial risco de transmissão, recomenda-se o uso de MÁSCARAS CIRÚRGICAS

A
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3
Q

Contatos sintomáticos deverão realizar o exame de escarro (baciloscopia ou TRM-TB) e radiografia de tórax.

O teste rápido molecular para TB no escarro (TRM-TB, GeneXpert®) está indicado para o diagnóstico de tuberculose pulmonar em adultos, com sensibilidade maior à da baciloscopia. Teste que realiza triagem de cepas resistentes à rifampicina.

A
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4
Q

Todo paciente com diagnóstico de tuberculose deve ser testado para HIV.

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5
Q

O teste de sensibilidade (TS) detecta a resistência dos isolados de Mycobacterium tuberculosis aos medicamentos utilizados no tratamento da TB e é fundamental para guiar a indicação e prescrição dos medicamentos

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6
Q

ATENÇÃO :
Pneumonia: aparece em pessoas com qualquer contagem de linfócitos T CD4+ e manifesta-se com febre, tosse produtiva e evolução aguda. Ao exame físico, são encontrados sinais da síndrome de consolidação pulmonar, o que não ocorre nesse caso.

A
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6
Q

Em pacientes com HIV que chegam na UBS apresentando os sinais e sintomas de TB, como por exemplo, tosse produtiva purulente ou mucoide, febre, geralmente vespertina, de até 38,5°C e inapetência.

CONDUTA:
Solicitar teste rápido molecular para tuberculose (TMB - TB) e cultura de escarro com teste de sensibilidade (TS) já na primeira consulta. Pois trata-se da investigação diagnóstica em um indivíduo considerado de maior vulnerabilidade (PVHIV).

A
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7
Q

O que é tuberculose latente?

Quando uma pessoa saudável é exposta ao bacilo da tuberculose, tem 30% de chance de infectar- se, dependendo do grau de exposição (proximidade, condições do ambiente e tempo de convivência), da infectividade do caso índice (quantidade de bacilos eliminados, presença de caverna na radiografia de tórax) e de fatores imunológicos individuais. As pessoas infectadas, em geral, permanecem saudáveis por muitos anos, com imunidade parcial ao bacilo. Essa condição é conhecida como infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis.

A
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8
Q

paciente com HIV + TB. CONDUTA ? Primeiro tto p/ TB e depois, a terapia antirretroviral (TARV).

Iniciar tratamento com RIPE (rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol) com duração de 4 meses + 2 meses de (RI) e, após 4 semanas, introduzir tratamento com antirretrovirais (lamivundina + tenofovir + efavirenz).

A TARV de 1ª escolha é o (TEL)
tenofovir, lamivudina e efavirenz, porém caso seja documentada alguma mutação que confira resistência ao efavirenz ou o resultado da genotipagem demore mais do que 2 semanas, devemos usar o dolutegravir com dose dobrada no seu lugar.

A
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8
Q

ATENÇÃO:
A prova tuberculínica (teste de Mantoux) indica apenas a presença de infecção e não é suficiente para o diagnóstico da tuberculose doença.

A
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8
Q

As medicações usadas em crianças < 10 anos, são Rifampicina por 4 meses (preferência) ou Isoniazida por 6 meses.

A
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8
Q

Para pesquisar infecção nas crianças menores de 10 anos, é necessário realizar PPD e radiografia de tórax. Vamos analisar os valores do PPD:
- PPD ≥ a 5 mm:
Positivo, independente da vacinação para BCG.

  • PPD menor ou igual a 4 mm:
    Negativo
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9
Q

Pacientes sintomáticos, o PPD não é uma boa opção.

A
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10
Q

A radiografia de tórax é um método diagnóstico de grande importância na investigação da tuberculose. Porém, é necessária a realização da BACILOSCOPIA para o DIAG. DEFINITIVO, o exame radiológico detecta imagens sugestivas de tuberculose, não patognomônicas.

A
10
Q

FLUXOGRAMA

A
11
Q

Contatos assintomáticos devem realizar a investigação com prova tuberculínica e/ou radiografia de tórax.

A
11
Q

O contato mais próximo com o doente por si só não é indicação para tratamento da doença. O contactante deve passar por avaliação, que consiste na realização de anamnese, exame físico e exames complementares.

A
12
Q

O tratamento nas pessoas com coinfecção TB + HIV segue as mesmas recomendações para a população geral.

A
12
Q

Baciloscopia do escarro está indicada no paciente sintomático respiratório, assim como a radiografia do tórax deve ser solicitada para toda pessoa com suspeita clínica de TB pulmonar.

ATENÇÃO:
A baciloscopia de escarro deve ser realizada em duas amostras: no momento da identificação do sintomático respiratório e na manhã do dia seguinte, preferencialmente ao despertar, independentemente do resultado da primeira amostra.

A
13
Q

As RADIOGRAFIAS em TB vão apresentar, cavitação, caverna ou cavidade no ápice pulmonar esq ou dir.

O esquema básico composto por rifampicina 600 mg /isoniazida 300mg /pirazinamida 1.600mg ou 1,6g e etambutol 1.100mg ou 1,1g; esquema básico com 4 comprimidos (rifampicina /isoniazida /pirazinamida e etambutol).

A principal suspeita diagnóstica é de tuberculose pulmonar ativa. O esquema básico de tratamento é feito com rifampicina /isoniazida /pirazinamida e etambutol, por 2 meses (fase de ataque), seguida de rifampicina /isoniazida, por 4 meses (fase de manutenção).

A
14
Q

Os principais efeitos adversos das drogas, incluem:
- Manifestações gastrointestinais: vômitos, náuseas, dor abdominal, epigastralgia, icterícia, hepatotoxicidade;
- Manifestações dermatológicas: prurido, exantema, acne, erupção acneiforme, dermatite exfoliativa;
- Manifestações articulares: dor articular, artrite, artralgia, síndrome lúpus-like, hiperuricemia;
- Manifestações oculares: neurite óptica, alteração da visão das cores, perda da visão lateral, cegueira/amaurose;
- Manifestações renais: nefrite intersticial, mioglobinúria com insuficiência renal;
- Manifestações hematológicas: anemia, anemia hemolítica, agranulocitose, trombocitopenia, púrpura;
- Outras manifestações: suor/urina de cor avermelhada.

A
15
Q

As equipes de saúde da família (UBS) devem acompanhar os casos assintomáticos e bem controlados. Todos os demais casos incluindo HIV em gestantes, crianças, coinfectados (TB) e sintomáticos, devem ser acompanhados nos SAE’s (serviços de assistência especializada).

A