Trypanososma Cruzi Flashcards

1
Q

Por qual nome é conhecido?

A

Doença de chagas ou do barbeiro

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2
Q

Qual o nome científico?

A

Trypanosomania Cruzy americana

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3
Q

Qual tecido ele gosta?

A

Músculo esquelético e liso, se chegar no coração e intestino é muito grave

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4
Q

Como ele se locomove?

A

Pelo flagelo e pela corrente sanguínea (fica nas hemácias)

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5
Q

Tem trofozoíto ou cisto?

A

Não, vais possuir outras formas de vida

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6
Q

Quem é o causador e quem é o vetor?

A

O Trypanosoma Cruzi é o agente etiológico, é o causador, já o barbeiro é o vetor, transmissor, mas ele não causa nada, o máximo que ele vai causar é uma irritação no local da picada, voce vai coçar e levar a merda do barbeiro contaminada para esse picada e assim vc se contaminou

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7
Q

Quem sao os reservatórios?

A

Mamíferos domésticos (cachorro, gato, porco), mamíferos silvestres (rato, macaco, morcego).

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8
Q

Ela possui quantas forma de vida?

A

Várias, entretanto estudaremos apenas 3
- Amatigota
- Tripomastigota (forma fina e forma larga)
- Epimastigota

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9
Q

Quais sao as principais características da fase amatigota?

A
  • sem flagelo (ele é curto e n se exterioriza, nao é visível)
  • redondo, oval
  • não se movimenta
  • Estará dentro de uma célula do sistema monocítico fagocitário
  • Ninho de amastigota: várias amastigotas, vai acabar destruindo as células musculares, originado as fibroses, impedindo a contração dos múculos
  • Amastigota está dentro de um macrófago do hospedeiro vertebrado (humano, gato,
    cachorro, tatu, capivara, morcego),
  • na fase crônica estará no tecido estriado cardíaco e muscular, sistema digestório
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10
Q

Quais sao as principais características da fase tripomastigota?

A
  • Vai ser alongado
  • apresenta um núcleo ( no meio, achatadinho)
  • Um flagelo que se insere no cinetoplasto, tem pequenas inserções ao longo da membrana (ondulando) e vai se soltar na parte da frente
  • o parasita se moverá só contrário, para o lado do flagelo, como se ele puxasse o parasita
  • Cinetoplasto posterior ao núcleo
  • Estão presentes no reto do hospedeiro invertebrado, que é o barbeiro, no sangue
    circulante do hospedeiro vertebrado. Então, no nosso sangue temos que ter uma forma
    flagelada porque ele irá nadar no sangue, então o mais comprido é uma forma flagelada,
  • essa é a forma infectante, porque está no reto do barbeiro.
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11
Q

Como ocorre a contaminação?

A

-O barbeiro estava contaminado, pica um ser humano, vai sugar o sangue o quanto ele puder, ele inclusive vai engordar devido a quantidade de sangue ingerido, logo, para caber mais
sangue ele defeca, dado que o volume excessivo de sangue pressiona o intestino posterior que ele libera as fezes.
-Assim, como os tripomastigotas estão no reto, este vai sair com as fezes. Em seguida, o indivíduo coça a ferida ocasionada pela picada do barbeiro, assim empurrando o tripomastigota para dentro do corpo
- PRECISA DE UMA ABERTURA PREVIAMENTE PRONTA PARA ENTRAR
-único espaço que ele consegue atravessar além da abertura de alguma porta é a mucosa ocular,

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12
Q

Quais sao as principais características da forma fina da Tripomastigota?

A
  • Faz parte da fase aguda
  • é rápida e direcional
  • Desaparecem rapidamente da circulação, ou por terem penetrado em células dos tecidos
    do hospedeiro, ou por se mostrarem muito sensíveis às reações imunológicas
  • Núcleo compridinho
  • cinetoplasto afastado da extremidade posterior
  • sinuosa
  • processo de contaminação do vertebrado
  • vai nadar livremente, antes de ela entrar
    em uma das células humanas, pois se ela for fagocitada por um macrófago, ela vai virar
    amastigota ou se ela entrar em uma fibra muscular ela amastigota
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13
Q

Quais sao as principais características da forma larga da Tripomastigota?

A
  • Caracteristicamente recurvadas em C ou U, ou com dupla curvatura em S;
  • Com cinetoplasto muito próximo da extremidade posterior;
    -núcleo elipsóide ou redondo;
  • Membrana ondulante bem visível e flagelo longo.
  • A movimentação é lenta e não direcional. As formas largas não penetram nas células do HV (nao entra no macrófago) e persistem muito tempo no sangue;
  • Se mostram muito resistentes à lise pelo soro imune, e são também sujeitas à fagocitose pelos macrófagos;
  • Tendem a se acumular no sangue e caracterizam a parasitemia dos períodos crônicos da infecção;
  • apresenta sintomas e suspeitas
  • essa forma vai contaminar o barbeiro
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14
Q

Quais sao as principais características da epimastigota?

A
  • Cinetoplasto bem próximo ao núcleo, voltado para a direção do flagelo
  • Características: núcleo, cinetoplasto em forma de bastão e flagelo livre (região anterior).
    Como diferenciar o tripomastigota e o epimastigota?
  • Pela posição do flagelo em relação ao núcleo, ao movimento e ao cinetoplasto
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15
Q

Qual é a forma que nos infecta ?

A
  • é a Tripomastigota forma fina, porque tem que se locomover até encontrar seu lugar e também para atravessar nossos tecidos
  • a forma fina tem menos resistência dos fluidos, porque é mais rápida, no entanto é mais frágil,
    por isso sai do sangue rápido e vai para as células, onde apresentará a forma amastigota, atrapalhando e resultando na lise da célula(morte celular), após isso a forma amastigota fica livre e dá origem a forma larga, que é bem “gordinha” e por causa disso se locomove de forma mais lenta no sangue, ela também possui mais resistência, porém, devido sua forma ela não consegue mais voltar a célula, se tornando uma forma circulante no sangue.
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16
Q

Que forma contamina o barbeiro?

A
  • O barbeiro quando nos pica ele ingere a forma tripomastigota larga, porque é a forma que fica
    passeando pelo nosso sangue, só que quando ele ingere o tripomastigota, esse vai passar por
    um processo de transição entre as formas e vai se desenvolver no final do intestino médio em
    epimastigota, chegando no intestino posterior já na forma de tripomastigota fino, porque é ele
    que será defecado junto das fezes do barbeiro e que vai entrar no nosso organismo.
  • por isso, epimastigota é a forma parasitária encontrada no barbeiro.
  • o tripomastigota ao encontrar nossas células e penetrá-las vai ficar redondo, as suas
    estruturas vão internalizar e vão começar a se multiplicar (reprodução assexuada por divisão
    binária)
  • tripanossomia atinge vários tecidos, mas, principalmente, o cardíaco porque irá causar
    maiores problemas como um todo na musculatura cardíaca, gostando muito também do
    sistema digestório.
  • maiores danos na musculatura cardíaca e digestória.
17
Q

Ciclo simplificado

A
  • Tripomastigota de forma fina entra na corrente sanguínea, entra nas células e se transforma em amastigota.
  • Amastigota faz reprodução assexuada por divisão binária, formando o ninho de amastigodas, degradando o tecido e se libera tanto na corrente sanguínea se transformando em tripomastigota
  • A tripomastigota de forma larga que circulam calmamente no sangue até que o barbeiro os ingira.
  • Em seguida, ao estarem no barbeiro, os parasitas vão se torna epimastigota, ocorrerá o processo de reprodução assexuada, de modo a se transformar
    tripomastigota forma fina e vai ser eliminado nas fezes do barbeiro
18
Q

Tem hospedeiro definitivo e intermediário?

A

Não, pois em nenhum momento acontece uma reprodução sexuada, então teremos hospedeiro vertebrado e não vertebrado

19
Q

Tipos de barbeiro, mais comum e quem pode infectar seres humano fêmea ou macho

A
  • existem diversas espécies de barbeiro, inclusive gêneros diferentes, eles englobam vários gêneros
  • O mais conhecido é o Triatoma infestans, em seguida o Rhodnius , e os outros são menos conhecidos.
  • Macho e fêmea podem fazer a contaminação
20
Q

Características do barbeiro

A
  • ele não apresenta forma larval como um mosquito por exemplo, ou seja, ele apresenta um desenvolvimento direto, logo do ovo do barbeiro nasce uma ninfa, a qual apresentará 4 estágios de crescimento.
  • O barbeiro ganha este nome, haja vista que devido ao seu hábito noturno ele não enxerga bem, mas ele tem uma estratégia de identificar a emissão de gás carbônico, logo ele vai identificar a presa pelo
    local que mais emitir CO2, assim, visto que ao dormir o homem não deixa de respirar o inseto
    pica com mais frequência na face.
21
Q

A largada das fezes

A

Ele come demais sangue e se enche, vai ficando vermelho e gordo, assim preciosa o intestino posterior, evacuando para ter mais espaço
- libera um anestésico para a gente nao sentir um incomodo enquanto se alimenta

22
Q

Transmissão

A
  • A transmissão básica é pelo vetor barbeiro, existem outras formas de transmissão que
    são pela transfusão sanguínea e o transplante (ocorre devido a um erro na testagem
    sanguínea nesses processos, porém é algo difícil de se ocorrer na atualidade).
  • Congênita: Ocorre uma transmissão vertical da mãe para o feto durante o período de
    gravidez.
  • Acidentes de laboratório: com objetos perfurocortantes contaminados.
  • Oral (principalmente pela ingestão de caudo de cana e açaí): Tem contato das fezes do barbeiro na mucosa oral. (*não é a sua ingestão, pois isso o mataria,acontece uma penetração do parasita pela mucosa, visto que ela nao possuí queratina e é consequentemente mais fina, até chegar na corrente sanguínea )
  • Coito: Na relação sexual, pois nela as vezes ocorre uma pequena lesão sendo uma passagem de entrada para o desenvolvimento da doença.
23
Q

Jeca tatú tinha essa doença de características

A
  • Importante problema de saúde, devido a ser uma doença incapacitadora aos indivíduos,
    pois atua na sua musculatura (cardíaca/esquelética/digestiva) impedindo-os de trabalharem e realizarem qualquer esforço. *ocorre a marginalização do doente por ele
    perder a sua ‘‘função’’ na sociedade.
24
Q

Quais são os fatores que contribuem para a infecção?

A

Precárias condições de higiene e moradia. O barbeiro não possui grande capacidade
locomotora, com isso, ele deve estar por perto ou se abrigando dentro da própria casa
do indivíduo. Imagina-se que, melhorando esses quadros, haveria uma diminuição dessa
doença entre a população (Ex: casas de alvenaria).

25
Q

O que acontece na doença?

A
  • Ocasiona a morte de células musculares, e com isso, gera um processo inflamatório
    naquela região ou naquele órgão, em que sobrecarregará as outras funções locais.
  • Fase aguda: normalmente sem sintomas, principalmente nas áreas prevalentes (as que
    mantêm o número de contaminados de forma estável). Porém, pode haver casos em que
    haja sintomas, dependendo das condições da pessoa e se a região não for habitual.
    *Locais prevalentes são normalmente assintomáticos nesta fase.
26
Q

Fase aguda

A
  • Na primeira infância pode matar
  • Hoje em dia sabe-se que doença de chagas não mata na fase aguda, pois já houve uma seleção na natural
  • geralmente é assintomática
  • existe cura para doença de chagas na fase aguda, porém normalmente não se sabe quando o paciente está nessa fase específica, apenas sabe-se quando está na crônica, onde não tem mais o que
    ser feito
  • Quanto mais recente o tratamento, existem maiores chances de cura, pois o parasito é
    eliminado do organismo antes de causar sequelas.
  • A fase aguda da doença é assintomática e as manifestações locais até 10 dias após a picada,
    nesses casos é primordial que seja manifestado o sinal de Romaña (inchaço palpebral), pois é
    o único indício de contaminação, entretanto esse sinal só se manifesta caso o parasita penetre
    pela mucosa ocular.
  • Se for para apresentar sintomas, terá febre, edema, hepato e esplenomegalia, além de problemas cardíacos e alterações neurológicas.
27
Q

Fase crônica

A
  • Período assintomático 10 a 30 anos
  • Então, normalmente o indivíduo acaba descobrindo sem querer, principalmente se não tem
    sintomas, por um exame sorológico, parasitológico ou até eletrocardiograma que o indivíduo
    pode fazer por qualquer outro motivo.
  • O indivíduo pode estar com um mega cardio, mega cólon, só que ainda não desenvolveu sintomas então, normalmente você acaba achando sem querer a doença, porque ainda não teve sintoma.
    -cerca de 20% a 30% das pessoas possuem sintomas, eles são cardiovasculares, digestivos
    ou ambos, apesar da musculatura preferencial deles ser cardíaca e digestiva. Pode também ter
    a nervosa, mas é menos frequente.
  • Geralmente, o indivíduo vai desenvolver essa cardiopatia chagásica crônica que é normalmente o que acarreta maiores problemas.
  • No entanto, independente da musculatura que o parasita estiver, é na forma crônica que ele vai desenvolver os megas e isso causa dilatações permanentes nesses órgãos ocos, por isso se diz que não tem cura.
  • Às vezes é por meio de uma radiografia qualquer, às vezes por outro motivo, que acaba descobrindo essa doença, devido a alguns órgãos aparecem aumentados na radiografia.
  • Não é possível trazer aquela musculatura ao tamanho normal, devido a morte de muitas células
    e cicatrizes na musculatura que são fibrosas, então elas não vão reverter, pois ao longo da vida
    aquele órgão ou tecido vai dilatando e vai trocando essa musculatura por tecido fibroso e gerando
    cicatrizes
28
Q

Diagnóstico na fase aguda

A

Clínico: Fazer a anamnese e descobrir se tem alguma sintomatologia, algum histórico
comportamental, pesquisar a sintomatologia.
Mas só vai obter certeza se fizer um exame
laboratorial e visualizar o parasita ou as alterações
- Gota espessa
- Esfregaço
- sangue fresco
- cultura do sangue
- biópsia
- método stuart
- inoculação em camundongos (injeto o sangue do paciente em camundongos estéreis e espero um tempo para o desenvolvimento da patologia, mato o rato e analiso)
- reação de precipitação,
- reação de iluminoflorecencia indireta,
- hemaglutinacao indireta e
- ELISA

29
Q

Diagnóstico na fase crônica

A
  • é mais fácil de visualizar
  • Na fase crônica você iria pesquisar o parasita no exame de sangue, a fresco, gota espessa, no
    esfregaço
  • é possível também expor algumas pessoas(como crianças, idosos, imunossuprimidos) a barbeiros laboratoriais, então tem alguns lugares que tem uma câmera e você coloca o braço lá dentro onde tem barbeiros e o barbeiro vai se alimentar do seu sangue, daí você leva o barbeiro para o laboratório, espera alguns dias para ele desenvolver a forma epimastigota e multiplicar, daí sacrifica o barbeiro, abre o sistema digestório, se tiver parasita é positivo, se não tiver é negativo, então é um método não invasivo, mas você tem que deixar o barbeiro se alimentar de você - xenodiagnóstico
  • Fase crônica sorológica: A Organização Mundial de Saúde pede 2 testes diferentes para confirmação, se nao tiver visualização do parasita
30
Q

Tratamento

A
  • Depende da situação, o quanto antes mais chances de sucesso pois tem menos parasitas e estão mais no sangue circulante (na fase águda).
  • Benzonidazol, medicamento antiparasitário oferecido pelo SUS, todos esses medicamentos não podem ser apenas comprados e usados, somente
    encontrados nas unidades de saúde, para que fique registrado a contaminação. Vai atuar diretamente no Trypanosoma Cruzi. Duas a três doses por dia durante 60 dias.
  • Critério de Cura, não basta somente fazer o tratamento. Na fase aguda deve-se negativar nos
    testes parasitológicos e sorológicos.
  • Na fase crônica a sorologia pode permanecer positiva por conta dos anticorpos. Então tem como eliminar o parasita, mas o problema são as sequelas e as alterações permanentes dos tecidos musculares.
31
Q

Epidemiologia

A

-Urbanização da doença, uma doença com parasita de ambiente silvestre está sendo
urbanizada a cada dia pois a urbanização vai invadindo o ambiente e o barbeiro pela
capacidade de voar chega aos centros urbanos também.
-O desmatamento ajuda muito pois
acaba com a fauna silvestre e ele precisa achar outra fonte de alimento como os seres
humanos e animais domésticos.

32
Q

Método de combater

A

-Melhorar as condições de moradia, evitar o desmatamento, educação sanitária, controle de
doadores, combate ao barbeiro.
-Então você identificou um lugar e monta uma equipe, e tem duas possibilidades uma é captação manual, vai catando manualmente o barbeiro e pode examiná-lo para confirmar se lá era realmente um foco de contaminação, e quando não há
como fazer a catação manual usa-se o inseticida, mas o problema do inseticida é que afeta além do barbeiro uma série de outros insetos, mas quando a contaminação do local é muito grande aí pode ser utilizada.
- A vacinação ainda não existe.