Trauma I Flashcards

1
Q

Conceitos

A

Doença
Principal causa de morte em jovens
Mais incapacitante
Prevenção primária

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2
Q

Definição

A

Lesão de causa externa que causa desequilíbrio na homeostase

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3
Q

Epidemiologia

A

5.8 mi de mortes/ano
50 mi de lesões graves (incapacitantes)
80% em países sub-desenvolvidos

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4
Q

Conceitos

A

Doença hiperaguda com necessidade de tratamento imediato
Tratar primeiro o que mata primeiro
Diagnóstico não é necessário - tratar achados
Padronizar atendimentos

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5
Q

Mortalidade

A

1º pico: imediata - TCE grave, PAB/PAF alta intensidade, etc
2º pico: morte precoce - obstrução de via aérea (16%), hematoma epi/subdural, hemo/pneumotórax (9%) hipertensivo, trauma hepático/esplênico grave, trauma pélvico (16%)
3º pico: morte tardia - complicações, sepse, Dmos

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6
Q

APH

A
XABCDE
Preparar e planejar
Parar sangramento
Garantir  via aérea
Tranporte rápido e com segurança
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7
Q

MIST

A

Mecanismo de trauma
Injurias
Sinais vitais
Tratamento

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8
Q

A - Airway

A

Vias aéreas e coluna cervical
Conversar com o doente, ofertar O2 15L/min com MNR, aplicar colar cervical + head-block
Se não pérvia (TCE grave, hipóxia, trauma de face): garantir via aérea

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9
Q

B - Breathing

A

Respiração e ventilação
Exame físico direcionado
Garantir uma boa oxigenação
Tratar imediatamente se IRPa - drenar tórax

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10
Q

C - Circulation

A

Parar sangramento e repor perdas
2 acessos venosos periféricos
1L ringer lactato para todos
Considerar transamin (1g)

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11
Q

D - Disability

A
ECG
Déficit neurológico
Reatividade pupilar
HGT
TC de cranio se necessário
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12
Q

E - Exposure

A

Despir o doente
Movimentação em bloco
Controle da temperatura do ambiente

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13
Q

A - Airway

A

Avaliar via aérea e ofertar O2
Paciente conversa e respira: prosseguir e reavaliar
Não conversa/não respira: desobstruir via aérea
- Aspirar
- Chin lift/Jaw-thrust
Se não desobstruir: via aérea definitiva

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14
Q

A - Airway - via aérea definitiva

A

Tubo traqueal com cuff abaixo das cordas vocais conectado a um sistema de ventilação, fixado

  • TOT
  • Tubo nasotraqueal
  • Via cirúrgica
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15
Q

A + B - via aérea definitiva

A

Indicaçoes:

  • obstrucao de via aerea
  • trauma maxilofacial
  • queimadura de face
  • sangramento de via aerea/tubo digestivo incoercivel
  • apneia
  • hipoperfusao com rebaixamento e agitacao
  • ECG < 8
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16
Q

A + B - via aérea temporária

A

Cânula de Guedel
- iniciar com ela supraglótica, 180º
- em crianças < 12 anos, passar a 90º para não lesar o pálato
Máscara laríngea

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17
Q

A - Airway - IOT

A
Laringoscopia pela direita
Adulto: lamina curva (nº 3-4)
Manobra de sellick
Tubo 7,5-8,5
Insuflar cuff
Confirmar com capnografia (se disponível)
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18
Q

A + B - Sequência rápida

A

Pré-oxigenação por 3 min
Pré-medicação: fentanil (0.06 ml/kg)
Indução: etomidato (0.3 mg/kg)
Paralisação: succinilcolina (1-2 mg/kg)

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19
Q

A + B - Sequência atrasada

A

Dissociação: ketamina (1-2 mg/kg EV lento)
Pré-oxigenação por 3 min
Paralisação: succinilcolina (1-2 mg/kg EV lento)
Proclive
Oxigenação apneica com CN por 60 seg
IOT

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20
Q

A - Airway - Via aérea difícil

A
Preditores:
LEMON:
Look - boca pequena/pescoço curto
Evaluate - 332 (dedos) - dentes, hióide-mento, tireóide-mandíbula
Mallampati (I - IV)
Obstrução
Neck - mobilização do pescoço
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21
Q

A + B - IOT porém não ventila

A
DOPE
D - deslocamento
O - Obstrução
P - Pneumotórax
E - equipamento
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22
Q

A - Airway - Cirúrgica

A

Edema de glote, trauma maxilofacial grave, falha na IOT por profissional experiente

  • Cricotireoidostomia por punção com jelco calibroso - 30-40 min -> leva a hipercapnia
  • Cricotireoidostomia cirúrgica - até 72h - não realizar em crianças < 12 anos
  • Traqueostomia
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23
Q

Choque - definição

A

Anormalidade circulatória causando hipoperfusão tecidual

24
Q

Choque - Hipovolêmico

A

No trauma, o mais comum
Hemorrágico até que se prove o contrário
Fontes: tórax, abdome, pelve, membros, retroperitônio

25
Choque - Obstrutivo/Cardiogênico
Pneumotórax hipertensivo | Tamponamento cardíaco
26
Choque - neurogênico
TRM | Hipotensão e bradicardia
27
Choque - séptico
raro
28
Choque - hipovolêmico
``` Graus I-IV Estimativa de perda sanguínea FC PA Neurológico (agitado se III, rebaixado se IV) Reposição (volemica + sangue se III/IV) ```
29
Choque - resposta ao tratamento
Rapida: melhora com 1L de RL Transitória: não melhora muito com RL, precisa de sangue Sem resposta: precisa de cirurgia de urgência e medidas intensivas
30
Choque - avaliação no B
Tamponamento cardíaco: hipofonese de bulhas, hipotensao, turgencia jugular (triade de beck) Realizar puncao de marfan/toracotomia Pneumotórax hipertensivo: MV abolidos, hipotensão, turgencia jugular, IRPa, desvio de traqueia Realizar puncao/drenagem torácica
31
Choque - Hipovolêmico
1. parar sangramento: - tórax: toracotomia - abdome: laparotomia - pelve: fixar pelve + tamponar - membros: compressao, torniquete, fixacao externa - retroperitonio: laparotomia
32
Choque - Hipovolêmico
2. Repor perdas: - 2 acessos venosos periféricos calibrosos (ou intraósseo ou acesso venoso central ou dissecar veia) - 1L de ringer lactato aquecido para todos - Transfusão se necessário - Transamin 1g em bolus por 10 min (primeiras 3h do trauma) + 1g em 8h
33
Tríade letal
- coagulopatia - acidose - hipotermia
34
Hemoderivados
Concentrado de hemácias tipado (ou auto-transfusão) Transfusão maciça: 10 UI em 24h ou 04 bolsas em 01 hora Ressucitação balanceada: 1:1:1 (plasma e plaquetas) Tromboelastograma
35
Controle do sangramento
Ressuscitação hemostática: - procolo de transfusão maciça - 1:1:1 - repor calcio a cada 2 bolsas de sangue - evitar coloides - controlar temperatura - controlar acidose - tromboelastograma
36
Ressucitação hemostática - ABC score
``` SBP < 90 mmHg HR > 120 bpm Fast + Lesão penetrante Se 2 ou mais, pode transfundir maciça ```
37
Ressucitação hemostática - Shock index
SI = FC/PAS | Se > 1.1-1.4, pode transfundir maciça
38
Hipotensão permissiva
``` Medida temporária Alvo: PAM entre 50-60 mmHg Reposição volêmica em alíquotas TCE é contraindicação Trauma contuso tem piores resultados Parar assim que resolvido o sangramento ```
39
Damage control
1º tempo: controle de sangramento/infecção; fechamento temporário 2º tempo: controle da tríade letal na UTI 3º tempo: revisão cirúrgica em 48-72h para tratamento definitivo
40
Choque neurológico
Neurogênico: bradicardia e hipotensão Fazer volume, DVA e cirurgia TCE: tríade de cushing Medidas para TCE e cirurgia
41
Medidas auxiliares
MOV - monitor, oxigenio e veia Capnografia - se disponivel SVD - controle de DU (contraindicado se uretrorragia) SNG - diminui broncoaspiracao (contraindicado se fratura de base de cranio) Tipagem sanguinea/bHCG/lab basico Rx tórax e pelve na primária se nao for atrasar TC TAP se estável em traumas graves USG point of care
42
FAST/eFAST
Avaliação de liquido livre abdominal Paciente politraumatizado com trauma contuso Exame físico não confiável Instabilidade hemodinâmica Se fast negativo: trauma extra-abdominal (exceção: retroperitonio, falso negativo) - avaliar TC
43
FAST/eFAST
transdutor curvo, paciente em DDH, linear para pulmao e setorial para cardíaca Preto no cinza = hemotórax Linha A: horizontal - equidistantes Linha B: vertical - lung sliding - normal Lung point: ponto de parada abrupta - pneumotórax
44
FAST/eFAST
Janelas: hepatorrenal (morrison) - linha axilar média e 12º costela a direita esplenorrenal - linha axilar posterior e 10º costela esquerda suprapúbico - 1-2 cm acima do pubis pericárdica - subxifóidea pulmonares (efast) - 4 janelas - apices e bases bilaterais
45
Avaliação secundária
``` Diagnosticar lesões despercebidas Evitar erros e esquecimentos Fazer revisão Exame físico da cabeça aos pés Exames complementares ```
46
Avaliação secundária - AMPLA
``` Alergias Medicamentos Passados e prenhez Líquidos e alimentos Ambiente - cena do acidente ```
47
Trauma geriátrico
Baixa energia pode causar lesões graves
48
Trauma pediátrico
Principal causa de morte e morbidade na infância Hipoxia e hipoventilaçao 5x mais comuns Régua de broselow
49
Trauma pediátrico
``` Cranio > corpo Via aérea anteriorizada, traqueia curta Cartilagens não formadas, estruturas mais frágeis Caixa torácica mais complacente FR mais aumentada Lembrar de maus tratos PA demora a cair Acesso intraósseo - melhor opção Mais susceptíveis a hipotermia ```
50
Trauma na gestante
Principal causa de morte materna não obstétrica Tratar mãe = tratar o feto Mudanças físicas e fisiológicas da gestante
51
Trauma na gestante
Ventilação minuto aumenta, hipocapnia é comum Choque = vasoconstrição placentária: sofrimento fetal 1º tri: útero intrapélvico 2º tri: útero na cicatriz umbilical 3º tri: útero em todo o abdome
52
Embolia amniótica e CIVD
Trauma abdominal pode causar CIVD grave
53
Manejo no trauma da gestante
DLE ou mobilizar o útero para descomprimir a VCI Evitar vasopressores Cardiotocografia contínua Exames conforme suspeição, independente do risco fetal
54
Gestante Rh-
``` Risco de aloimunização feto-materna 1º mãe rh negativo com rh positivo 2º hemorragia feto-materna 3º sensibilização realizar imunoglobulina anti-rh ```
55
Cesariana de urgência
indicação materna - instabilidade materna | indicação fetal: 22/23 semanas