Trauma e Choque Flashcards

1
Q

Indicações de via aérea definitiva (5)

A
  • apneia
  • proteção de VIA inferiores contra aspiração de sangue ou conteúdo gástrico
  • comprometimento iminente das vias aéreas (lesão por inalação, fraturas faciais ou convulsões reentrantes)
  • TCE necessitando de hiperventilação
  • incapacidade de manter ventilação adequada com ventilação sob máscara
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2
Q

O que é via aérea definitiva?

A

É uma cânula endotraqueal (com balão insuflado) adequadamente fixada e conectada a um sistema de ventilação assistida com mistura enriquecida com O2

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3
Q

Intubação rápida - drogas e doses

A
  • etomidato 0,3 mg/kg
  • bloqueadores neuromusculares, succinil colina - 1 a 2 mg/kg; rocuronio - 1 mg/kg
  • midazolam
  • fentanil
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4
Q

Principais indicações de via aérea Cirurgica

A
  • trauma maxilofacial extenso (com fragmentos dentários e muita secreção e sangue na via aérea)
  • presença de distorção anatômica resultante de trauma no pescoço
  • incapacidade de visualização das cordas vocais devido ao acúmulo de sangue e secreções pelo edema de via aérea
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5
Q

Piora inesperada da saturação de 02 em pacientes com via aérea definitiva - o que devemos pensar? DOPE

A

D - deslocamento do tubo, tubo seletivo ou extubação

O - obstrução do tubo, por sangue coagulado ou secreções

P - pneumotórax, não identificado ou feito posteriormente por barotrauma

E - equipamento: falhas no tubo, tanque de 02 vazio

Não seja um DOPE (dopado), ou seja, esteja atento

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6
Q

Sinais de pneumotórax hipertensivo (6)

A

Dispneia +

1) desvio contralateral da traqueia
2) enfisema subcutâneo
3) hipertimpanismo a percussão do hemitorax acometido
4) ausência ou diminuição do MV no hemitorax acometido
5) turgência jugular (dificuldade no retorno venoso por angulação dos vasos da base)
6) hipotensão ou choque

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7
Q

Onde deve-se posicionar o dreno para drenagem torácica (que espaço intercostal e em qual superfície do arco costal?)

A

Quinto espaço intercostal, linha axilar e média, posicionado próximo a superfície superior do arco costal, pois estruturas neuro vasculares passam na superfície inferior do arco costal

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8
Q

Tórax instável - definição e fisiopatológia

A

Fratura em pelo menos dois ou mais arcos costais consecutivos, com cada arco fraturado em dois ou mais pontos, ou separação dias arcos costais com o esterno

Ocorre respiração paradoxal e contusão pulmonar, esta última é a maior responsavel por insuficiência respiratória aguda

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9
Q

Tratamento do tórax instável

A

Analgesia potente (ex: opiáceos)

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10
Q

Sinais de tamponamento cardíaco

A
  • hipotensão
  • turgência jugular
  • abafamento de bulhas cardíacas

Tríade de Beck

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11
Q

Escala de coma de Glasgow

A

Abertura ocular (4 pontos)

  • espontânea: 4
  • estímulo verbal: 3
  • estímulo doloroso: 2
  • ausente: 1

Melhor resposta verbal (5 pontos)

  • orientado: 5 pontos
  • confusa: 4 pontos
  • palavras inapropriadas: 3 pontos
  • palavras incompreensíveis: 2 pontos
  • ausente: 1 ponto

Melhor resposta motora (6 pontos)

  • obedece comando: 6 pontos
  • localiza estímulo doloroso: 5 pontos
  • retira membro a dor: 4 pontos
  • flexão anormal (decorticação) : 3 pontos
  • extensão anormal (descerebração): 2 pontos
  • ausente: 1 ponto
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12
Q

Exame secundário no politraumatizado - AMPLA

A

A - alergias
M - medicamento de uso contínuo
P - passado médico e prenhez
L - líquido e alimentos ingeridos recentemente
A - ambiente e eventos relacionados ao trauma

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13
Q

Critérios para retirada de dreno torácico

A
  • pulmão totalmente expandido

- não borbulhamento pelo frasco da drenagem por 48 a 72 horas

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14
Q

Causa mais comum de pneumotórax hipertensivo?

A

Ventilação por pressão positiva em pacientes com lesões pleuropulmonares prévias (barotrauma) que passaram desapercebidas durante o exame primário

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15
Q

Hemotorax maciço - definição e tratamento

A

Hemotorax que encontramos um acúmulo rápido de mais de 1500 mL ou de um terço ou mais do volume sanguíneo do paciente na cavidade torácica

Diagnóstico: choque, MV ausente, macicez a percussão, jugulares colabadas

Tratamento: drenagem sob selo d’água mais infusão imediata de cristalóides e sangue, se for drenado imediatamente 1500 ml ou 200-300 ml/h nas primeiras 3 horas é necessário toracotomia

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16
Q

Pulso paradoxal - definição

A

Queda superior a 10 mmHg na PAS ao término da inspiração, devido ao menor volume diastólico no VE o que diminui o DC e consequentemente diminui a PA

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17
Q

Indicações cirúrgicas em pacientes vítimas de ferimento por arma branca

A

1) instabilidade hemodinâmica
2) evisceração
3) sinais de peritonite

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18
Q

Frequência dos órgãos acometidos por FAB

A

Fígado - 40%

Intestino delgado - 30%

Diafragma - 20%

Cólon - 15%

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19
Q

Frequência dos órgãos acometidos por FAF

A

Intestino delgado - 50%

Cólon - 40%

Fígado - 30%

Estruturas vasculares abdominais - 25%

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20
Q

Lesão em transição toracoabdominal - tratamento

A

Em doentes com sinais de lesão abdominal (como peritonite) a laparotomia exploratória encontra-se indicada

Doentes assintomáticos está indicada videolaparoscopia

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21
Q

Indicações para Lavado Peritoneal Diagnóstico ou o FAST

A

1) vítimas de contusão abdominal, na qual o exame físico não é confiável devido ao rebaixamento do nível de consciência
2) circunstâncias em que o abdome pode ser uma das possíveis fontes de hemorragia, mas não a única (contusão abdominal e fraturas pélvicas no mesmo paciente)
3) hipotensão ou choque no politrauma sem causa aparente

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22
Q

Quando o Lavado Peritoneal Diagnóstico é positivo?

A
  • durante a aspiração o retorno de mais de 10 mL de sangue
  • presença de 100000 hemácias ou mais e/ou;
  • mais de 500 leucócitos por mim cúbico e/ou
  • amilase acima de 175 U/dl e/ou
  • pesquisa positiva para bile, bactérias ou fibras alimentares
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23
Q

A laparotomia exploradora no trauma esplênico está indicada nos seguintes casos:

A
  • estabilidade hemodinâmica com sinais de irritação
    peritoneal
  • instabilidade hemodinâmica com LPD ou FAST positivos
  • lesões esplênicas graus IV e V, de acordo com a AAST (Laceração com comprometimento de vasos segmentares ou hilares produzindo desvascularização de > 25% do baço; Baço pulverizado. Lesão hilar com desvascularização esplênica), e presença de coagulopatia.
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24
Q

Triade do trauma ureteral

A

uretrorragia
retenção vesical e
globo vesical palpável (bexigoma).

obs: nesses casos cateterismo vesical na sala de emergência está formalmente contraindicado, uma vez que a passagem da sonda de Foley pode agravar a lesão uretral.

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25
Q

Graus de lesão renal (traumatica) e tratamento

A

Variam de I a V

  • I a III (varia de pequena hemorragia subcapsular até lesoes penetrantes, porem sem ruptura do sistema coletor e/ou extavasamento urinário) - tratamento conservador, com repouso e antibioticoterapia por 7 dias, repete-se a TC com um mes
  • IV a V: na IV é controverso se opera ou nao, atualmente o que tem sido preferido é conservador, contanto que o paciente esteja estavel hemodinamicamente. No grau V a conduta é nefrectomia parcial ou total
26
Q

Classificação de fraturas da pelve (estavel ou instavel) - explicar o que caracteriza cada uma

A
  • FRATURAS ESTÁVEIS: Anel Pélvico alinhado e Abertura da Sínfise Púbica < 2,5 cm
  • FRATURAS INSTÁVEIS: Anel Pélvico deformado ou Abertura da Sínfise Púbica > 2,5 cm
27
Q

Classificação de fraturas da pelve quanto ao mecanismo da fratura somado a instabiliadade - explicar o que caracteriza cada uma

A
  • As fraturas resultantes de forças laterais são classificadas como tipo A
  • as decorrentes de força AP como tipo B
  • as de direção vertical como tipo C.

Cada um destes tipos é divido em tipo I, fraturas estáveis, e tipos II e III, fraturas instáveis.

obs: Fratura determinada por Forças Anteroposteriores (B) …..HEMORRAGIA

Fratura determinada por Forças Laterais ou Verticais (A e C)…….LESÃO VISCERAL

28
Q

manobras cirúrgicas para expor de forma

mais ampla possível os vasos retroperitoneais, usadas em cirurgia do trauma vascular (são 3)

A

(1) Manobra de Mattox, também conhecida como rotação visceral medial esquerda.
(2) Manobra de Kocher (estendida). É conhecida como rotação visceral direita medial.
(3) Manobra de Cattell-Braasch. É a extensão mais medial ainda da manobra de Kocher. x. Esta é a manobra que permite a mais ampla visualização do retroperitônio

29
Q

O que é Cirurgia para controle de danos

A

inicialmente uma laparotomia abreviada, com controle vascular rápido (através de ligadura, tamponamento com compressas ou embolização angiográfica) somado a
ressecção ou sutura de lesões orgânicas (atenuando a contaminação peritoneal), sem realização de anastomoses ou reconstruções complexas.

 Em seguida, o abdome é fechado temporariamente ou mantido em peritoneostomia (a parede abdominal não é fechada, sendo apenas protegida com utilização de barreiras plásticas) e o paciente é enviado à Unidade de
Terapia Intensiva (UTI).
30
Q

CIRURGIA PARA CONTROLE DO DANO (3 ETAPAS)

A

Laparotomia abreviada
Tratamento clínico em UTI
Reoperação planejada

obs: O livro-texto Schwartz Principles of Surgery, em
sua 10ª edição, cita que o retorno ao centro cirúrgico
deve ser programado dentro de um período de 24
horas após a estabilização dos parâmetros clínicos
do paciente.

31
Q

Possíveis achados neurológicos nas lesões de massa (Causados por hematomas epidurais, subdurais ou intracranianos)

A
  • Midríase ipsilateral à lesão expansiva + hemiplegia contralateral = herniação do uncus (acomete III par do N. craniano e trato corticoespinhal)
  • Hemiplegia ipsilateral à lesão expansiva + midríase ipsilateral à lesão expansiva = herniação do uncus (comprimindo a via motora contralateral à lesão expansiva) com a síndrome de Kernohan
32
Q

Criterios para classificar o TCE como grave (5)

A

(1) pupilas assimétricas;
(2) assimetria motora;
(3) fratura aberta de crânio com perda de liquor
ou exposição de tecido cerebral;
(4) escore de Glasgow menor ou igual a oito ou queda
maior que três pontos na reavaliação (independente do escore inicial);
(5) fratura de crânio com afundamento.

obs: pela ECG: TCE como leve – 13 a 15 pontos, moderado – 9 a 12 pontos e grave – 3 a 8 pontos.

33
Q

Sinais de fraturas da base do cranio (4)

A
  • fístula liquórica através do nariz (rinorreia) ou do ouvido (otorreia);
  • equimoses na região mastoidea ou pré-auricular (sinal de Battle);
  • equimoses periorbitárias (sinal do guaxinim) que resultam de fraturas da lâmina crivosa.
  • Podem ser observadas lesões do VII e VIII pares cranianos provocando paralisia facial e perda da audição, respectivamente
34
Q

Lesão Axonal Difusa (LAD) - definição e diferença entre os tipos (3 tipos)

A

ruptura de axônios que se manifesta com a presença de coma decorrente de TCE com duração de mais de seis horas (menos de 6 horas é concussão)

LAD grave é aquela em que o estado comatoso perdura por mais de 24 horas e coexistem sinais de envolvimento do tronco encefálico, como postura de descerebração ao estímulo nociceptivo.

A LAD moderada é toda aquela não acompanhada de posturas de decorticação ou descerebração, em um paciente que permanece em coma por mais de 24 horas.

A LAD leve caracteriza-se por coma por mais de seis horas, porém menos do que 24 horas. Deficits
neurológicos e de memória podem ser encontrados.

35
Q

Hematoma subdural - definição, epidemiologia, exames e tratamento

A
  • mais frequentemente encontrado, sendo a causa mais comum de efeito de massa no TCE. Comum em idosos, etilistas e pacientes em uso de anticoagulantes
  • hematoma subdural geralmente é consequência de lesão de pequenas veias localizadas entre a dura e a aracnoide, fenômeno que provoca acúmulo progressivo de sangue no espaço subdural.
  • A TC de crânio é o exame de escolha. O método evidencia, na totalidade dos casos, imagem hiperdensa que acompanha a convexidade cerebral.
  • A abordagem do hematoma com desvio da linha
    média de 5 mm ou mais é cirúrgica. A drenagem
    deve ser realizada através de craniotomia ampla.
36
Q

tríade de Cushing: relacionada a hipertensao intracraniana grave

A

hipertensão arterial
bradicardia
bradipneia.

37
Q

Indicações do exame de TC, no TCE leve, têm
como base um critério conhecido como regra
canadense da TC de crânio (Canadian CT
head rule), que está descrito no ATLS. 10 CRITERIOS

A
  • Presença de TCE leve (história de perda de consciência testemunhada por outra pessoa, ou amnesia, ou desorientação testemunhada por outra pessoa) e qualquer um dos abaixo:

Alto risco de intervenção neurocirúrgica

  • ECG < 15 após duas horas do acidente.
  • Suspeita da presença de fratura de crânio aberta ou com afundamento.
  • Um ou mais sinais de fratura de base de crânio (sinal de Battle, hemotímpano, sinal do guaxinim, otorreia ou rinorreia de liquor).
  • Vômitos (> 2 episódios).
  • Idade > 65 anos.

Risco moderado de intervenção neurocirúrgica

  • Perda da consciência (> 5min).
  • Amnesia retrógrada (> 30min antes do impacto).
  • Mecanismo perigoso de trauma (ejeção do veículo, atropelamento, queda de uma altura superior a cinco degraus de uma escada ou de 0,9 metros).

Não podemos esquecer que pacientes em uso de
anticoagulante oral ou que apresentem diátese hemorrágica, ou naqueles com sinais focais ou
convulsões, a TC deve ser solicitada sempre.

38
Q

Testes necessarios para protocolo de morte encefálica (5)

A
  • pupilas fixas e não reativas;
  • ausência de reflexo córneo-palpebral;
  • ausência de reflexos oculocefálicos;
  • ausência de reflexo da tosse mediante aspiração traqueal;
  • ausência de resposta à prova calórica.

Após todos esses testes estarem positivos realizamos o teste de apneia

39
Q

Evidencias que sugerem queimadura de vias aereas em paciente vitima de queimadura (8)

A

(1) Queimaduras cervicais ou faciais.
(2) Chamuscamento dos cílios e vibrissas nasais.
(3) Depósitos de carbono e alterações inflamatórias agudas na orofaringe.
(4) Escarro carbonado.
(5) Rouquidão.
(6) História de confusão mental e/ou confinamento no local do incêndio.
(7) História de explosão com queimaduras de cabeça e tronco.
(8) Níveis sanguíneos de carboxi-hemoglobina > 10%. A intoxicação por monóxido de carbono deve ser suspeitada em queimaduras em recintos fechados.

40
Q

Indicações par IOT em vitima de queimadura

A

(1) sinais de obstrução da via aérea, como rouquidão, estridor, uso de musculatura acessória ou retração esternal;
(2) SCQ estimada > 40-50%;
(3) queimaduras faciais profundas e extensas;
(4) queimaduras no interior da boca;
(5) edema significativo ou risco para edema;
(6) dificuldade na deglutição;
(7) sinais de comprometimento respiratório, como incapacidade de clarear secreções, fadiga respiratória ou oxigenação/ventilação insuficientes;
(8) rebaixamento do nível de consciência;
(9) transferência de grande queimado com equipe de transporte não treinada para acesso imediato à via aérea,
caso necessário.

41
Q

O que fazer na suspeita de paciente ter inalado CO?

A

Quando suspeitamos de intoxicação, devemos administrar imediatamente oxigênio a 100%, em alto fluxo, através de máscara unidirecional, sem recirculação.

OBS: geralmente tal intoxicação ocorre em pacientes que foram expostos a incendios em local fechado

42
Q

Como suspeitar de intoxicação por cianeto e como trata-la?

A

As manifestações clínicas da exposição ao cianeto são totalmente inespecíficas e seus níveis não podem ser aferidos com precisão de forma rápida. Sendo assim, seu tratamento deve ser empírico, ou seja, mediante suspeita (rebaixamento do nível de consciência em queimados em recintos fechados…).

A conduta é a administração de tiossulfato de sódio e hidroxicobalamina.

43
Q

Ressuscitação volemica pré-hospitalar em queimados, formula

A

fórmula: peso x SCQ/8, ml por hora.

O débito urinário deve ser mantido em torno de 0,5 a 1 ml/kg/h e em 1 ml/kg/h em crianças com 30 kg ou menos

44
Q

Regra dos 9 para calculo de superficie corporal queimada

A
  • cada membro superior corresponde a 9% da superfície corporal total (41/2 região anterior e 41/2 região posterior)
  • cada membro inferior 18% (9% região anterior e 9% região posterior)
  • o tronco 36% (18% região anterior e 18%
    região posterior)
  • cabeça e o pescoço 9% (41/2 região anterior e 41/2 região posterior)
  • períneo e a genitália, juntos, 1%.

Vale lembrar que nas crianças, a cabeça corresponde ao percentual maior (duas vezes maior do que a de um adulto normal - 18%) e os membros inferiores apresentam valores menores do que os encontrados em adultos (14% cada membro)

45
Q

Formula para reposição volemica em queimado

A
  • 2 ml de Ringer lactato x peso do paciente (em kg) x SCQ. (valor em mL) OU
  • Parkland: 4 ml x peso do paciente (em kg) x SCQ
  • Metade do volume infundido nas primeiras 8 horas, a contar do momento do acidente, e a outra metade nas 16 horas subsequentes
  • objetivo de manter um débito urinário, em adultos, de 0,5 ml/kg/h e, em crianças ≤ 30 kg, de 1 ml/kg/h
46
Q

Choque - definição

A
  • choque é um estado de hipoperfusão orgânica efetiva generalizada – uma verdadeira “isquemia” generalizada.
  • células não recebem o aporte de oxigênio necessário para manter a sua homeostase.
  • A perfusão efetiva de um órgão ou tecido depende de dois fatores: (1) fluxo sanguíneo total para este órgão; (2) distribuição adequada deste fluxo através do órgão
    ou tecido, de forma que todas as suas células
    recebam um suprimento adequado de oxigênio
47
Q

Tipos de choque (4)

A

1- Choque Hipovolêmico

2- Choque Cardiogênico

3- Choque Obstrutivo Extracardíaco – devido
a um fator estrutural extracardíaco que dificulte a circulação de sangue, tal como o tamponamento cardíaco, o pneumotórax hipertensivo e o
tromboembolismo pulmonar maciço

4- Choque Distributivo - ex: choque septico, anafilaxia, choque neurogebico etc

48
Q

Quais sao as ações das catecolaminas, quando liberadas em resposta ao baixo DC?

A

As catecolaminas aumentam a contratilidade e a frequência cardíaca (receptores beta-1), promovem vasoconstricção arteriolar e venosa (receptores alfa).

Isso mantem o DC, e se chama fase compensada do choque

49
Q

Manifestações clinicas do choque hipodinamico (hipovolemico, cardiogenico ou obstrutivo)

A

Os pacientes com choque hipodinâmico se apresentam com:
- “fáscies de sofrimento” (em inglês, ill appearance), palidez cutaneomucosa, sudorese fria e pegajosa, principalmente nas extremidades, taquicardia, taquipneia, com pulsos radiais finos ou impalpáveis, oligúria e hipotensão arterial (definida como PA sistólica < 90 mmHg)

50
Q

Critérios empíricos para o diagnóstico de choque (6)

A
  1. “Fáscies de Sofrimento” ou alteração do estado mental.
  2. Taquicardia (FC > 100 bpm).
  3. Taquipneia (FR > 22 ipm) ou PaCO2 < 32 mmHg.
  4. Base Excess < - 5 mEq/L ou lactato sérico > 4 mM.
  5. Débito Urinário < 0,5 ml/kg/h.
  6. Hipotensão Arterial (PA sistólica < 90 mmHg) por um período > 20min.

*Para confirmar o diagnóstico da síndrome, quatro
critérios desses seis devem ser preenchidos.

51
Q

Sepse - definição

A

Sepse é definida pela presença de disfunção de órgãos ameaçadora à vida, sendo ocasionada por uma resposta inflamatória desregulada do hospedeiro à infecção. A
disfunção de órgãos encontra-se presente quando há elevação aguda ≥ a 2 pontos no escore SOFA consequente à infecção.

52
Q

Choque séptico

A

Choque séptico pode ser considerado um subtipo de sepse; é definido como a persistência de hipotensão e lactato sérico elevado (> 18 mg/dl ou > 2 mmol/l) apesar de uma ressuscitação volêmica adequada em pacientes com sepse. Estes pacientes necessitam obrigatoriamente do uso de aminas vasopressoras para manter uma PAM ≥ 65 mmHg.

53
Q

Choque anafilatico - tratamento

A
  • via IM, no vasto lateral da coxa (dose de 0,3 mg para adultos e 0,15 mg em crianças < 50 kg), com uma ou duas doses repetidas;
  • em pacientes que já desenvolveram hipotensão significativa ou naqueles que não responderam ao uso intramuscular, a adrenalina venosa deve ser iniciada, na dose de 2 a 10 μg/min (em crianças 0,1 a 1 μg/kg/min),
    em infusão contínua.
  • Os anti-histamínicos utilizados são tanto os bloqueadores H1 (difenidramina) quanto os bloqueadores H2 (ranitidina);
  • Pode ser utilizado empiricamente corticoides
54
Q

CHOQUE - tratamento (medidas gerais) - 5

A
  • Monitorização: OVM (oxigenio - veia - monitor)
  • exames laboratoriais: tipagem, bioquímica, hemograma, gasometria arterial, enzimas cardíacas,
    lactato e PCR
  • IOT com VM, se necessario. A saturação de O2
    deve ser mantida acima de 92%
  • A não ser que o paciente esteja congesto (ortopneia, terceira bulha, estertores pulmonares) ou sabidamente hipervolêmico, o primeiro passo no tratamento do choque é a reposição fluidos.
  • SVD
55
Q

Tratamento do choque - Aminas Inotrópicas e Vasopressoras (tipos e doses)

A

Uma amina vasopressora está indicada em todos os casos de choque refratário à reposição volêmica ou outras medidas iniciais, quando a PA sistólica estiver abaixo de 80 mmHg ou a PAM invasiva abaixo de 65-70 mmHg:

1) Dopamina: 5 a 10 µg/kg/min (Efeito cronotropico), > 10 µg/ kg/min (efeito vasoconstritor - estimulo do receptor alfa)
2) Noradrenalina - amina de escolha na manutenção da pressão arterial e perfusão tecidual no choque séptico, 0,1 até 1,0 µg/kg/min. Deve ser evitada em choque hipovolemico
3) Adrenalina - É utilizada nos casos de choque cardiogênico ou séptico refratário a outras aminas. 0,1 a 1 µg/kg/min, é arritmogenica
4) Dobutamina: principal indicação é no choque cardiogenico. 3 até 20 µg/kg/min. Pode ser utilizado junto com a nora no choque septico
5) Vasopressina: 0,01 a 0,03 U/min.

56
Q

Classe I do choque: Perda sanguinea (mL e %); Pulso (bpm); PA sistolica; PA diastolica; FR; Diurese, Estado mental, reposição volemica:

A
  • Perda Sanguínea: (ml) Até 750, 15%;
  • Pulso (bpm) < 100;
  • Pressão Arterial (PA) Sistólica: Normal
  • PAD: Normal ou Aumentada;
  • Frequência Respiratória: 14-20;
  • Diurese (ml/h): > 30;
  • Estado Mental: Levemente ansioso;
  • Reposição Volêmica (regra 3 para 1): Cristaloide
57
Q

Classe II do choque: Perda sanguinea (mL e %); Pulso (bpm); PA sistolica; PA diastolica; FR; Diurese, Estado mental, reposição volemica:

A
  • Perda Sanguínea: (ml) 750-1.500, 15 a 30 %;
  • Pulso (bpm): 100-120;
  • Pressão Arterial (PA) Sistólica: Normal
  • PAD: Diminuida;
  • Frequência Respiratória: 20 - 30;
  • Diurese (ml/h): 20 - 30;
  • Estado Mental: Moderadamente ansioso;
  • Reposição Volêmica (regra 3 para 1): Cristaloide
58
Q

Classe III do choque: Perda sanguinea (mL e %); Pulso (bpm); PA sistolica; PA diastolica; FR; Diurese, Estado mental, reposição volemica:

A
  • Perda Sanguínea: (ml) 1.500 a 2000, 30 - 40 %;
  • Pulso (bpm): 120-140;
  • Pressão Arterial (PA) Sistólica: Diminuida
  • PAD: Diminuida;
  • Frequência Respiratória: 30-40;
  • Diurese (ml/h): 5-15;
  • Estado Mental: ansioso, confuso;
  • Reposição Volêmica (regra 3 para 1): Cristaloide e sangue
59
Q

Classe IV do choque: Perda sanguinea (mL e %); Pulso (bpm); PA sistolica; PA diastolica; FR; Diurese, Estado mental, reposição volemica:

A
  • Perda Sanguínea: (ml) > 2000 - >40 %;
  • Pulso (bpm): >140;
  • Pressão Arterial (PA) Sistólica: Diminuida
  • PAD: Diminuida;
  • Frequência Respiratória: >35;
  • Diurese (ml/h): desprezivel;
  • Estado Mental: confuso, letargico;
  • Reposição Volêmica (regra 3 para 1): Cristaloide e sangue
60
Q

Tratamento do choque cardiogenico

A
  • noradrenalina é iniciada na dose de 2 a 4 μg/kg/min, com aumentos progressivos;
  • dobutamina com doses que variam de 2 a 10 μg/min;

Medidas especificas:

(1) Balão Intra-Aórtico de Contrapulsação (BIAC): ple arteria femora, infla na diastole e desinfla na sistole
(2) Angioplastia primária.

61
Q

Tratamento choque séptico

A
  • Iniciar reposição volemica com cristaloides 30mL/kg em 3 horas.
  • Se após isso, paciente permanecer com PAM < 65 mmHg iniciamos com DVA: Noradrenalina 0,01 ug/kg/min;
  • Sempre que iniciar DVA, inserir cateter de PAM

Colher laboratoriais:
- 2 frascos para hemocultura;
- Com base na nossa suspeita clínica, culturas de outros
líquidos corporais (urina, secreções respiratórias etc.) também podem ser realizadas;

  • antibióticos devem ser administrados dentro de 60
    minutos do reconhecimento do choque séptico. Iniciar ATB empiricamente ;
  • Abordar focos passiveis de remoção, como abscessos por exemplo
  • se o paciente permanecer instável após estas medidas
    (PA sistólica < 90 mmHg por mais de uma hora), recomenda-se um breve curso de hidrocortisona (200-300 mg ao dia, intravenosa) por sete dias ou até o suporte vasopressor não ser mais necessário.