Gastro Flashcards
Nervos responsáveis pela fase voluntária da deglutição (3)
Glossofaringeo faz a parte sensitiva
Vago e hipoglosso fazem a parte motora
Qual o melhor exame para avaliar a disfagia de transferência?
Videofluoroscopia baritada
Principais sinais e sintomas esofagianos (7)
- disfagia: dificuldade na deglutição
- odinofagia: dor à deglutição
- pirose: sensação de queimação retroesternal
- regurgitação: retorno de alimento, através do esôfago, até a boca
- cólica esofagiana: dor retroesternal “em aperto”
- hematemese: vomito de sangue (vivo ou coagulado)
- sialose: hipersalivação
Acalasia - definição
Não relaxamento do esôfago
- déficit de relaxamento do EEI durante a deglutição
- graus variados de hipertonia do EEI (incluído tônus normal)
- contrações anormais do corpo esofagiano
Tudo isso ocorre por degeneração de neurônios do plexo de Auerbach - perda de neurônios inibitórios
Quando suspeitar em acalasia?
Sempre que houver disfagia e perda de peso ao longo de meses ou anos, associadas a regurgitação e tosse crônica
Exames diagnósticos da acalasia
Principal: esofagomanometria
Outros: raio x, esofagografia baritada
Também é necessário EDA para excluir causas mecânicas e detctar lesões como esofagite. Deve ser feito biópsia e citologia de esôfago distal e cárdia para excluir condições malignas
Etiologia da acalasia
Primária: idiopática, mais prevalente
Secundária: por Chagas (disfunção dos interneuronios responsáveis pelo relaxamento do EEI)
Tratamento da acalasia
Clínico: nitrato sublingual, nifedipina 10 mg 6/6 h, toxina botulinica
Intervencionistas: dilatação pneumática, miotomia de Heller, e esofagectomia
Espasmo esofagiano difuso - definição
Distúrbio da motilidade esofagiana de etiologia neuronal, onde ocorre intensas contrações não propulsivas fasicas nos 2/3 inferiores do esôfago
Ocorre devido destruição dos axonios dos neurônios do plexo de auerbach
Ocorre mais em mulheres e está associado a distúrbios psicossomáticos
Manifestações clínicas do espasmo esofagiano difuso
- dor retroesternal (cólica esofagiana) associada a disfagia para líquidos e sólidos
- dor pode se irradiar para as costas, lados do tórax, braços e mandíbula (pode ser confundida com síndrome coronariana aguda)
Diagnóstico do espasmo esofagiano difuso
- esofagomanometria
- esofagigrana baritado
Obs: antes deve ser investigado doença coronariana
Tratamento do espasmo esofagiano difuso
- ansiolíticos
- nifedipino, triciclicos e toxina botulínica
- tratar refluxo gastroesofágico que pode estar associado
- cirurgia: esofagomiotomia longitudinal
Divertículo de Zenker - definição e manisfestacoes
Pseudodiveerticulo na faringe distal, causado por uma falha da deglutição alta que gera altas pressões nessa região associada a uma fraqueza na camada muscular dessa região
Manifestações: halitose, regurgitação e aspiração de alimentos retidos no diverticulo (pode haver problemas respiratórios), massa cervical que pode ser esvaziada
Esofago de Barret - definição
é a transformação do epitélio estratificado do esofago para epitelio colunar, predispondo a formação de lesoes malignas (adenocarcinoma), o principal fator de risco para essa transformação é o DRGE, que esta aumentando na população devido ao aumento da obesidade e envelhecimento
- suspeita é feita pelo encontro de manchas salmao na EDA
- A confirmação é feita pela biópsia, sendo sua principal característica histopatológica (que define a presença
de metaplasia do tipo “intestinal”) o encontro de células caliciformes (repletas de mucina), melhor identificadas pelo corante alcian-blue, que as torna azuis claras
3 fatores que causam DRGE
1- Relaxamentos transitórios do EEI não relacionados
à deglutição; (60-70% dos pacientes)
2- Hipotonia verdadeira do EEI;
3- Desestruturação anatômica da junção esofagogástrica (hérnia de hiato).
OBS: elas nao sao mutuamente excludentes
Manifestações clinicas da DRGE
- pirose: queimação retroesternal que ocorre, geralmente, nas 3 primeiras horas depois das refeições ou ao se deitar;
- regurgitação (percepção de um fluido salgado ou ácido na boca);
- disfagia (1/3 dos casos): atentar para possivel lesao neoplasica
- Dor pré-cordial: se assemelha a angina
obs: “sintomas atípicos”, que podem ser relacionados ao refluxo ácido para a boca (erosão do esmalte dentário), faringe (irritação da garganta, sensação de globus),
laringe (rouquidão, granuloma de corda vocal), cavidade nasal (sinusite crônica, otite média) e árvore traqueobrônquica (tosse crônica, broncoespasmo, pneumonite aspirativa).
Diagnostico da DRGE
- anamnese + teste terapeutico com IBP. Se os dois forem positivos podemos fechar diagnostico sem demais exames
- em situações especificas temos os seguintes exames: (1) Endoscopia Digestiva Alta; (2) pHmetria de 24h (com ou sem impedanciometria); (3) Esofagomanometria; e (4) Esofagografia Baritada
Indicações de EDA em pacientes suspeitos ou diagnosticados com DRGE (5)
1) Presença de “sinais de alarme”: disfagia, emagrecimento, odinofagia, sangramento gastrointestinal e anemia.
2) Sintomas refratários ao tratamento.
3) História prolongada de pirose (> 5-10 anos): maior risco de esôfago de Barrett.
4) Idade > 45-55 anos.
5) Presença de náuseas e vômitos, história familiar de câncer e sintomas intensos ou noturnos devem levar o médico a “considerar” a realização de EDA.
Classificação de Los Angeles para esofagite (A a D)
- A: Uma ou mais erosões <5 mm de extensão, restrita ao fundo das dobras das mucosas;
- B: Pelo menos uma erosão >5 mm de extensão, sendo todas restritas ao fundo das dobras da mucosa;
- C: Erosões contínuas que cruzam o topo das dobras das mucosas, acometendo <75% da circunferencia luminal;
- D: Erosões continuas que acometem 75% ou mais da circunferencia do esofago
PADRÃO-OURO para confirmação diagnóstica
de DRGE. Quais suas indicações? (4)
- pHmetria de 24h. A partir de um calculo, chegamos ao indice de refluxo, que para confirmar DRGE, precisa ser: índice de De Meester é > 14,7
- indicações:
1) Sintomas refratários ao tratamento clínico.
2) Avaliação de sintomas atípicos (ex.: tosse, rouquidão, dor torácica).
3) Documentação da real existência de DRGE antes de uma cirurgia antirrefluxo.
4) Reavaliação de pacientes ainda sintomáticos após a cirurgia antirrefluxo.
Estenose péptica - definição e tratamento
- Ocorre em 5% dos portadores de esofagite erosiva,
devido a uma cicatrização intensamente fibrótica das lesões. Esta complicação se inicia no terço inferior do órgão, assumindo, com o passar dos anos, um padrão “ascendente”. - Esta associada a disfagia (fazer diagnostico diferencial com neoplasias)
- O tratamento é feito com dilatação endoscópica
por balão, geralmente após esse procedimento pode ser necessario cirurgia antirefluxo (pois o paciente pode perder o tonus do EEI)
DRGE infantil - tratamento
(1) aumentar a frequência das mamadas, diminuindo o volume em cada mamada individual;
(2) manter a criança em posição ereta após a alimentação;
(3) “engrossar” a fórmula de amamentação.
Casos persistentes podem ser abordados com farmacoterapia, sendo as drogas de escolha os bloqueadores do receptor H2 de histamina (ex.: ranitidina).
Os IBP são controversos em crianças, e não foram validados para pacientes com < 1 ano de vida.
Em casos refratarios e muito graves pode ser feito a cirurgia de antirrefluxo
obs: Vale frisar que, nos pacientes refratários, deve-se aventar a hipótese de alergia alimentar (que pode se manifestar apenas com sintomas de refluxo, sem indícios de enterocolite associada), principalmente Alergia a Proteína do Leite de Vaca (APLV), mas também
alergia às proteína do ovo e/ou da soja.
Medidas Antirrefluxo
1- Elevação da cabeceira do leito (15 a 20 cm).
2- Reduzir a ingestão de alimentos que relaxam o EEI ou que têm efeito diretamente “irritante” para o esôfago: gorduras, cítricos, café, bebidas alcoólicas e gasosas, menta, hortelã, molho de tomate, chocolate, condimentos em excesso (alho, cebola, pimenta etc.).
3- Evitar deitar após as refeições, devendo-se esperar de 2-3h; quanto mais comer e mais gordura ingerir, mais esperar.
4- Evitar refeições copiosas; fracionar a dieta.
5- Suspensão do fumo.
6- Evitar líquidos às refeições.
7- Evitar atitudes que aumentem a pressão intra-abdominal (agachar, fazer abdominais, usar roupas e cintos apertados etc.).
8- Redução de peso em obesos.
9- Evitar, se possível, as drogas que relaxam o EEI (antagonistas do cálcio, nitratos, derivados da morfina, anticolinérgicos, progesterona, diazepam, barbitúricos, teofilina).
Tratamento farmacologico da DRGE
1) Bloqueadores H2 (via oral):
- Ranitidina (Antak®) 75-150 mg 2x ao dia
- Famotidina (Famotid®,Famox®) 10-20 mg 2x ao dia
- Cimetidina (Tagamet®) 200-400 mg 2x ao dia
2) IBPs via oral):
- Omeprazol (Losec®) 20-40 mg 1-2x ao dia
- Pantoprazol (Pantozol®) 20-40 mg 1-2x ao dia
- Esomeprasol (Nexium®) 20-40 mg 1-2x ao dia
- Lansoprazol (Prazol ®) 15-30 mg 1-2x ao dia
Indicações consensuais de cirurgia na DRGE
- Refratariedade ao tratamento clínico (principalmente
quando existe persistência da regurgitação e/ou hérnia de hiato associada). - Pacientes impossibilitados de utilizar IBP em longo prazo (por problemas financeiros, alergia medicamentosa ou opção pessoal).
Esofago de Barret - condutas possiveis:
- ausencia de displasia: EDA a cada 3-5 anos;
- Displasia de baixo grau: EDA anual ou terapia endoscopica
- Displasia de alto grau: terapia endoscopica ou esofagectomia
Câncer de esôfago - tipos
Escamoso: mais comum no Brasil, ligado ao consumo de álcool, cigarro e bebidas quentes
Adenocarcinoma: tem aumentado muito (principalmente pelo aumento da obesidade e longevidade) no Brasil e mundo, ligado à DRGE
Tipos de hérnia de hiato
1) hérnia por deslizamento
2) hérnia paraesofagica (por rolamento)
3) hérnia de hiato mista
4) hérnia de hiato gigante
Síndrome de Mallory-weiss - definição
Laceração do esôfago distal e do estômago proximal que ocorre em resposta a vômitos vigorosos
Comum em alcoólatras
Sintoma mais comum é hda
Tratamento com hemostasia endoscópica
Fatores de virulência da H. pylori (4)
- cagA: associado a formação de toxinas
- vacA: citotoxina vacuolizante
- babA: aderência bacteriana
- OipA
Tais fatores podem levar a uma maior agressão celular e desenvolvimento da DUP
Como o tabagismo faz aumentar a incidência de úlcera duodenal pelo h. Pylori?
O fumo reduz a produção de bicarbonato pela mucosa gastroduodenal (fator de proteção da mucosa)
Quais são os tipos de úlcera gástrica? Quais locais que elas acometem?
Tipo I: úlcera da pequena curvatura (55/60% dos casos)
Tipo II: úlcera do corpo gástrico associada à úlcera duodenal
Tipo III: úlcera pré-pilórica
Tipo IV: úlcera da pequena curvatura, parte alta, próximo a junção gastroesofágica
Patogênese dos tipos de úlcera
Tipo I e IV acontecem em ambiente normo ou hipocloremico, estão associados a grande proliferação bacteriana que torna a mucosa muito sensível aos efeitos ácidos da pepsina (mesmo que esteja sendo pouco produzido)
Tipo II e III são causadas por hipercloridria, fruto da colonização bacteriana do antro com destruição das células D, isso diminui a somatostatina o que faz aumentar a gastrina e consequentemente a produção ácida (patogênese semelhante à úlcera duodenal)
Síndrome dispéptica ou dispepsia - definição
Dor ou desconforto epigástrico, azia (queimação), náuseas, sensação de plenitude pos prandial, características tanto da dup gástrica quanto da duodenal
- na duodenal sintomas geralmente surgem 2-3 horas após as refeições e à noite, sendo aliviada pelo uso de antiácidos ou alimentos
- gástrica os sintomas costumam ser desencadeados pelo alimento
Doença Ulcerosa péptica - resumo
1) as úlceras duodenais são mais prevalentes que as úlceras gástricas
2) a maioria das úlceras que perfuram está situada na parede anterior do bulbo duodenal
3) a maioria das úlceras que sangram está situada na parede posterior do bulbo duodenal (proximidade à Artéria gastroduodenal)
4) a localização mais comum das úlceras gástricas é a pequena curvatura do estômago
5) os termos úlcera penetrante ou terebrante tem sido utilizados para descrever a úlcera que perfura e é contida por órgãos adjacentes
Quando realizar EDA para diagnóstico de úlcera peptica
Sempre está indicada em pacientes com dispepsia e mais de 45 anos, ou com sinais de alarme para possível neoplasia gástrica:
- perda ponderal, anemia, sangramento, vômitos recorrentes, disfagia, massa abdominal, adenopatia, história familiar de câncer gástrico, gastrectomia parcial previa
Fora esses casos só solicitamos EDA após testes não invasivos para h pylori (se forem positivos faz tto empírico com atb + ibp); caso negativo curso empírico de 4 semanas com antissecretores, solicitamos EDA apenas nos casos refratários ou recorrentes
Testes para diagnóstico de infecção da H pylori
Invasivos
- teste rápido da urease no fragmento biopsiado
- histopatologia
- cultura (ajuda a saber a sensibilidade dos atb)
Não invasivos
- sorologia: ELISA
- teste respiratório de ureia (TRU): bom para controle de cura, deve ser realizado 4-6 semanas após término da erradicação
- pesquisa do antígeno fecal: indicam doença ativa
Indicações para erradicação de h pylori (9)
1) DUP
2) linfoma MALT
3) dispepsia não ulcerosa
4) síndrome dispéptica sem indicação de EDA
5) história de CÁ gástrico em parentes de primeiro grau
6) presença de lesões pré neoplasicas de cá gástrico: pangastrite, gastrite atrófica e metaplasia intestinal;
7) após tratamento do adenocarcinoma gástrico;
8) usuários crônicos de aines ou aas
9) PTI
Como tratar o h pylori?
Omeprazol 20 mg 12/12 h +
Claritromicina 500 mg 12/12 +
Amoxicilina 1 g 12/12
Por 7 dias
Alergia a penicilina
Omeprazol + claritromicina + furazolidona 200 mg 12/12 h por 7 dias
Obs: além disso trata-se “separadamente” à úlcera com ibp por 4 a 8 semanas
Obs2: o controle deve ser feito 4 a 6 semanas após esquema atb
2 indicações para a realização de um procedimento cirúrgico nos pacientes com úlcera:
1- Intratabilidade clínica;
2- Presença de complicações (hemorragia, perfuração
e obstrução).
obs: o procedimento realizado é a vagotomia supersseletiva (OU + antrectomia com gastrojejunostomia em y de roux - bilroth II). Você reduz a secreção gastrica estimulada pelo vago e ainda tira a porção do estomago (antro) que estimula a secreção acida
Tipos de úlceras gástricas e tratamento cirúrgico proposto.
- Tipo I de Johnson: Loacaliza-se no Corpo (pequena curvatura). tratamento com Gastrectomia distal ou “Hemigastrectomia”
- Tipo II de Johnson: Associada à úlcera duodenal. tratamento: Vagotomia troncular + Antrectomia
- Tipo III de Johnson: Pré-pilórica. Tratamento é Vagotomia troncular + Antrectomia
- Tipo IV (Alta): localiza-se na pequena curvatura, próxima
à junção esofagogástrica. tratamento com Gastrectomia subtotal + Y de Roux
Causa mais comum de HDA na população?
Doença Ulcerosa Péptica (40% dos casos)
Tratamento inicial da HDA (por DUP)
Primeiro procuramos a estabilização hemodinamica do paciente, com reposição volemica (cristaloides) e hemoderivados
+
SNG
+
80 mg de omeprazol (bolus), seguida de infusão contínua de 8 mg/h.
+
EDA nas proximas 24-48 horas
Classificação de Forrest para DUP - caracteristicas e risco de ressangramento
- é a mais utilizada para estimar o risco de ressangramento da DUP
Forrest I (hemorragia ativa)…………………..90%
- Ia (sangramento arterial em jato)
- Ib (sangramento lento, “babando”)
Forrest II (sinais de hemorragia recente)
- IIa (vaso visível não sangrante)…………….50%
- IIb (coágulo aderido)……………………………30%
- IIc (hematina na base da úlcera)…………..10%
Forrest III: (úlcera com base clara, sem sangramento)………………………………………< 5%
Tratamento Endoscópico para sangramento em DUP
Somente os pacientes com achados endoscópicos
Ia, Ib, IIa e IIb de Forrest serão submetidos
ao tratamento endoscópico
- Em casos de sangramento arterial ativo: administração de epinefrina na base da úlcera somada a um segundo
método (coagulação térmica ou o emprego de
clipes metálicos no vaso sangrante); - ausência de sangramento arterial ativo: a coagulação térmica ou o emprego de clipes metálicos mostraram-se superiores à epinefrina.
Principais Indicações de CIRURGIA na
Hemorragia por DUP (5)
(1) Persistência de instabilidade hemodinâmica a despeito de ressuscitação volêmica (infusão de > 6 U de concentrado de hemácias).
(2) Falência inicial da terapia endoscópica em parar o primeiro sangramento.
(3) Falência da terapia endoscópica em interromper o ressangramento (que ocorre após estabilização
hemodinâmica).
(4) Choque associado a ressangramento.
(5) Sangramento contínuo com necessidade de > 3 U de concentrado de hemácias/dia.
Locais mais frequentes de perfuração por ulcera em duodeno e estomago
A úlcera duodenal perfurada habitualmente se
localiza na parede anterior do bulbo.
A úlcera gástrica perfurada é encontrada mais frequentemente na pequena curvatura.
Gastrite atrófica autoimune - etiologia, anticorpos envolvidos e manifestações da doença
Gastrite que envolve geralmente corpo e fundo poupando antro, autoanticorpos podem estar presentes:
- anticelula parietal
- antifator intrínseco (mais específico)
Falta de fator intrínseco pode levar a anemia megalobastica (carência de b12)
Tal gastrite é fator de risco para adenocarcinoma gástrico
Síndrome de Zollinger-Ellison - definição
Sinais e sintomas que resultam de um estado de hipersecrecao acida, consequente a um gastrinoma (tumor produtor de gastrina, geralmente localizado em duodeno, pâncreas etc
Tais gastrônomas podem metastatizar para linfonodos regionais, fígado e ossos
A que acometimento endócrino a síndrome de zollinger ellison pode estar associada?
Neoplasia endócrinas múltipla 1
Principais características da neoplasia endócrinas múltipla 1
1) hiperparatireoidismo
2) adenina hipofisário
3) tumor endócrino pancreático (mais comum é o gastrinoma)
Manifestações clínicas da síndrome de zollinger e ellison
1) doença ulcerosa peptica - 95% dos pacientes, perfuração e hemorragia são mais comuns, úlceras em locais atípicos (estômago, esôfago e jejuno)
2) drge
3) diarreia (melhora com sng)
4) esteatorreia
5) ma absorção de b12
Diagnóstico da síndrome de zollinger ellison
- dosagem de gastrina sérica maior que 1000 pg/ml e ao mesmo tempo ph gástrico <2,5 OU ph<2,5 + hipergastrinemia de 101-999
- teste de estimulação com secretina - aumenta gastrina basal em mais de 200
- para rastrear o gastrinoma: TC com constraste + cintilografia de receptores de somatostatina (com octeotride)
Tratamento da síndrome de zollinger ellison
Procura e extração Cirurgica do tumor
IBP
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Classificação para adenocarcinoma gástrico - nome e tipos
Classificação de LAUREN
1) tipo intestinal: bem diferenciado, acomete mais homens, e velhos, apresenta disseminação hematogenica
2) tipo difuso: pouco diferenciado, mais em mulheres e indivíduos jovens sem história de gastrite, comportamento mais agressivo, células em anel de sinete
O que é diarreia?
Eliminação de fezes amolecidas, de consistência liquida, associada a:
- aumento do número de evacuações diárias (>3 vezes ao dia)
- aumento da massa fecal (>200 g/dia)
Ela ocorre quando o balanço entre absorção e secreção de fluidos pelos intestinos está prejudicada (redução da absorção e aumento da secreção)
Classificação das diarreias quanto sua duração?
- aguda: <2 semanas
- persistente: 2-4 semanas
- crônica: >4 semanas
Classificação das diarreias quanto ao tipo (5)
1) diarreia osmótica: existe algum substância osmoticamente ativa e não absorvível pelo epitélio intestinal. Anion gap fecal elevado >125mOsm/L
2) diarreia secretoria: algum fator (toxina/droga) está estimulando a secreção ou inibindo absorção hidroeletrolitica do intestino. Ex: laxativos estimulantes, bactérias produtoras de toxinas, diarreia dos ácidos biliares e ácidos graxos. Anion gap fecal baixo (<50)
3) diarreia invasiva ou inflamatória: decorrente da liberação de citocinas e mediadores inflamatórios por lesão direta da mucosa intestinal (enterite, colite, enterocolite)
4) diarreia + esteatorreia (síndrome disabsortiva)
5) diarreia funcional: hipermotilidade intestinal
Diarreia aguda inflamatória (invasiva) - caracterização inicial e etiologia (principais agentes)
- Sangue, pus e muco nas fezes, febre;
- EAF para hemácias, leucócitos fecais e Lactoferrina
- viral: citomegalovírus
- protozoário: Entamoeba hystolitica
- bactéria: E coli enterohenorragica, shigella, salmonella etc
Diarreia aguda não inflamatória (secretoria) - caracterização inicial e agentes etiologicos
- Fezes aquosas, ausência de sangue, pus e muco; sem febre; Eas normal
- viral : rotavírus, nonovirus
- protozoário: giárdia, criptosporidium
- bactérias: s aureus, clostridium, e coli enterotoxigenica
Quando solicitar exames para esclarecer a etiologia de uma diarreia aguda? (9)
- diarreia por mais de sete a 10 dias
- Piora progressiva
- Mais de seis episódios por dia
- Diarreia aquosa profunda acompanhada de Franca desidratação
- Paciente idoso frágil mais de 70 anos
- Pacientes imuno deprimidos
- Diarreia adquirida no hospital (internação mais de três dias)
- Sinais de comprometimento sistêmica
- Sinais de diarreia inflamatória
Exames iniciais para diagnóstico etiológico das diarreias agudas (4)
- EAF (elementos anormais nas fezes)
- coprocultura
- pesquisa de toxina do c difficile (internação e uso recente de atb)
- testes parasitológicos
Tratamento diarreia aguda
- dieta: o que o paciente tolerar, porém incentivar refeições leves e de fácil digestão
- hidratação: se possível fazer hidratação oral com soro pronto ou caseiro (50-200 ml/kg/dia). Hidratação venosa para quem não tolera a VO, feita com ringer lactato
- antidiarreicos: loperamida, racecadotril etc
- probióticos: floratil 100-200 mg 8/8 h
Indicação de antibióticos empíricos no tratamento das diarreias agudas
1) presença de leucócitos fecais no EAF
2) Disenteria, febre, dor abdominal intensa
3) Desidratação importante
4) Mais de oito evacuações por dia
5) paciente imunodepromido
6) Necessidade de hospitalização pela diarreia
Ciprofloxacino 500 mg 12/12 por 5-7 dias
Síndrome desabsortiva - definição
É o conjunto de sinais e sintomas que resultam da incapacidade do trato Gastrointestinal em utilizar os nutrientes da dieta (proteínas carboidratos gorduras vitaminas e Oligo elementos), seja por distúrbios no processo de digestão (como no caso de uma insuficiência exócrinas do pâncreas), seja por distúrbios no processo de absorção (como no caso das doenças que lesam diretamente a mucosa intestinal e na deficiência de ácidos biliares)
Sinais e sintomas da síndrome desabsortiva
Fezes diarreicas (esteatorreia) fezes amareladas, fétidas, oleosas, aderentes ao vaso sanitário e costumam boiar no vaso
Testes diagnósticos úteis para identificar síndromes desabsortivas
1) teste quantitativo da gordura fecal: diagnostica a esteatorreia, confirmando a síndrome
2) teste qualitativo da gordura fecal (Sudan III): consegue diferenciar se a causa da esteatorreia é pancreática ou deficiência de ácidos biliares
3) teste da D-xilose urinária: >5 g na urina é doença pancreática; <5 g é doença por lesão do delgado proximal (pois essa porção que a xilose é absorvida) ou supercrescimento bacteriano
4) testes de insuficiência pancreática exócrinas: bioquímicos, secretina
5) teste de Schilling (b12)
6) testes de exalação (respiratórios)
7) cultura do delgado
8) estudos radiológicos
9) EDA e biópsia do delgado
Doença de Whipple - agente etiológico, manifestações clínicas, tratamento
- infestação intestinal causada pelo bacilo Tropheryma whipplei, infecta mucosa jejunoileal causando síndrome disabsortiva insidiosa
- manifestações: esteatorreia, perda de peso, dor abdominal, febre, artrite (poliartralgia ou artrite periférica de grandes articulações), linfonodomegalia, anormalidades neurológicas (nistagmo, oftalmoplegia, distúrbio dos nervos craniano) - miorrtimia oculomastigaroria
- tratamento: penicilina G + estreptomicina parenterais por 2 semanas, seguido de Bactrim F 12/12 h por 1 ano
Doença celíaca - definição e epidemiologia
Doença autoimune, permanente, que aparece em indivíduos geneticamente predispostos, desencadeada pela exposição ao glúten
Acomete predominantemente brancos caucasianos 1:100 indivíduos
Doença celiaca - fisiopatologia
O glúten digerido no intestino libera gliadina, que se liga a transglutaminase tecidual (tTG) formando um “antígeno” reconhecido por células apresentadoras de antígeno em pessoas com: HLA-DQ2 e/ou HLA-DQ8.
Quando essa ligação ocorre às células apresentadoras de antígeno podem estimular uma resposta inflamatória que causa destruição da mucosa intestinal (infiltração linfocitica + produção de autoanticorpos contra glúten, gliadina, tTG)
Doença celíaca - manifestações clínicas
Em crianças menores de 2 anos: síndrome de má absorção, diarreia crônica com esteatorreia, déficit pondero-estatural, carência de nutrientes;
Em crianças maiores e adultos: diarreia crônica, dispepsia, flatulência, perda ponderal.
Manifestações atípicas: fadiga, depressao, anemia ferropriva, osteopenia, baixa estatura, amenorreia, infertilidade e dermatite herpetiforme
Quais anticorpos solicitar na suspeita de doença celíaca?
IgA anti-transglutaminase tecidual (IgA anti-tTG)
IgG anti-gliadina deaminada (IgG anti-DPG)
Os títulos dos auto anticorpos acompanham a atividade da doença logo são úteis para monitorar adesão ao tratamento