Trauma Abdominal Flashcards

1
Q

Mulher, 47a, refere queda do telhado há 1 hora e queixa-se de dor abdominal. Exame físico: consciente, orientada, PA = 80 x 40 mmHg, FC = 110 bpm, FR = 20 irpm, descorada 1+/4+, murmúrio vesicular presente e simétrico, abdome doloroso à palpação, sem irritação peritoneal. A conduta em sequência é:

A

CCQ: instabilidade hemodinâmica com provável foco hemorrágico abdominal, fazer volume e avaliar resposta + FAST ou LPD.

Oxigênio suplementar, reposição volêmica e FAST (ou LPD).

Não esquecer ABCDE do trauma.

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2
Q

Jovem, 20a, vítima de acidente automobilístico, foi admitido no pronto-socorro consciente, orientado, referindo dor abdominal. Exame físico: FC = 86 bpm, PA = 120x80 mmHg, palpação abdominal dolorosa, sem irritação peritoneal. Realizada ultrassonografia na sala de emergência (FAST): pequena quantidade de líquido livre periesplênico e na pelve. A conduta é:

A

TC de abdome. Pois está estável.

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3
Q

Paciente foi atropelado, Glasgow 9, possui equimoses e escoriações no abdome, além de múltiplas fraturas em tórax e pelve. A pressão arterial é de 86 X 40 mmHg. Conduta?

A

Será que a hipotensão é consequência de uma lesão abdominal ou pélvica? Ou torácica?
Fazer FAST ou lavado peritoneal diagnóstico (LPD).

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4
Q

Conduta no trauma penetrante?

A

laparotomia imediata se evisceração, irritação peritoneal ou choque.

MAS, a conduta depende muito do tipo de trauma penetrante

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5
Q

Conduta no trauma de abdome por arma de fogo

A

abdome anterior quase sempre será preciso fazer laparotomia

nas feridas no flanco ou dorso do abdome fazer TC se estiver hemodinamicamente estável.

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6
Q

órgãos mais frequentemente envolvidos nas lesões por arma de fogo?

A

intestino delgado (50%), o cólon (40%), o fígado (30%) e estruturas vasculares abdominais (25%).

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7
Q

Conduta no trauma de abdome por arma branca?

A

Se o abdome não for cirúrgico a conduta vai depender da localização da lesão.

Lesão anterior ou lateral – a ferida deve ser avaliada pelo cirurgião, sob anestesia local!

Lesão é dorsal ou no flanco – TC com triplo contraste (oral, retal e venoso) pois o exame físico fica difícil. A cirurgia estará indicada caso seja diagnosticada lesão de alguma estrutura retroperitoneal.

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8
Q

órgãos mais frequentemente envolvidos nas lesões por arma branca?

A

a lesão mais comum é a do fígado (40%), seguido por intestino delgado (30%), diafragma (20%) e cólon (15%).

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9
Q

Quando fazer laparoscopia no trauma abdominal?

A

quando penetrante em que existe dúvida de penetração da cavidade peritoneal.

Um exemplo clássico é a ferida tangencial em flanco por arma de fogo com TC inconclusiva. Habitualmente indicaríamos uma laparotomia exploradora. Contudo, na presença de estabilidade hemodinâmica poderia ser realizada uma laparoscopia, capaz de diagnosticar com precisão se houve ou não penetração da cavidade peritoneal.

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10
Q

Paciente, sexo feminino, 35 anos de idade, com orifício de entrada em epigástrio e sem orifício de saída, estável hemodinamicamente com dor abdominal. Conduta?

A

laparotomia ou laparoscopia. Lesão por PAF na região anterior do abdome e, nesses casos, em mais de 95% das vezes temos lesões intra-abdominais e, por isso, a conduta é a laparotomia.

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11
Q

Conduta no trauma fechado?

A

se houver irritação peritoneal fazer laparotomia. Se instabilidade hemodinâmica depende de qual órgão lesado.

Essa abordagem depende muito do exame físico (por isso deve-se dizer se é confiável ou não)

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12
Q

A víscera mais comumente afetada no trauma fechado?

A

baço

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13
Q

O que fazer diante de paciente com trauma abdominal contuso com exame físico não confiável?

A

LPD ou FAST

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14
Q

O que fazer se LPD ou FAST positivo no trauma contuso?

A

a conduta vai depender da pressão após infusão de volume, se não melhorar após volume fazer laparotomia. Se PA normal após volume ou se sempre esteve normal, fazer TC.

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15
Q

Indicações do LPD ou o FAST:

A

(1) Vítimas de contusão abdominal, para as quais o exame físico não é confiável devido a rebaixamento do nível de consciência.
(2) Circunstâncias em que o abdome pode ser uma das possíveis fontes de hemorragia (pacientes politraumatizados com contusão abdominal e fraturas pélvicas).
(3) Hipotensão ou choque no politrauma sem causa aparente.

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16
Q

Quais espaços avaliados pelo FAST?

A

4 ->
espaço sub-hepático (peri-hepático / Morrison), Espaço subdiafragmático esquerdo (periesplênico), a pelve e o pericárdio.

17
Q

Conduta no trauma contuso de baço?

A
laparotomia x conservador
Cirurgia quando:
Instabilidade hemodinâmica (sempre!), 
Pulverização do órgão (lesão grau V), 
Discrasia sanguínea grave
Extravasamento de contraste na TC (controverso). 

Todos os outros casos atualmente são observados por 2 a 3 dias com acompanhamento tomográfico e de hemograma.

18
Q

Tratamento conservador no trauma contuso de baço?

A

Internar em UTI por 48 a 72 horas, permanecendo em repouso absoluto e com um cateter nasogástrico posicionado. Acompanhar com avaliação clínica e hematócrito seriado. Uma queda no hematócrito requer nova TC.

19
Q

Tratamento cirúrgico no trauma contuso de baço?

A

quando a cirurgia é inevitável, tenta-se a todo custonpreservar o baço (rafi a simples) ou pelo menos parte do órgão (esplenectomia parcial), só indicando se a esplenectomia total quando há lesões muito graves (lesão hilar, pulverização do órgão).

20
Q

Conduta no trauma hepático?

A

preferência por conduta conservadora
laparotomia se: instabilidade hemodinâmica + lesões vasculares graves (grau VI).
No restante pode ser tentada a conduta conservadora, com observação constante em ambiente de
terapia intensiva.

21
Q

Qual a conduta conservadora do trauma hepático?

A

repouso absoluto por cinco dias (as primeiras 48h em Terapia Intensiva) e o acompanhamento dos sinais vitais e a solicitação de hematócritos seriados.

22
Q

O que é a manobra de pringle?

A

clampeamento com pinça vascular das estruturas do ligamento hepatoduodenal (colédoco, artéria hepática e veia porta).

23
Q

Abordagem no trauma de bexiga?

A

é preciso suspeitar do trauma da bexiga

fazer cistografia retrógrada -> identificar se é laceração intra ou extraperitoneal

24
Q

Imagem típica da cistografia retrograda da lesao intra e extraperitoneal respectivamente?

A

orelha de mickey

em chama de vela

25
Q

Tratamento da lesao intra e extraperitoneal respectivamente?

A
  • laparotomia e rafi a da bexiga.

- conservador, com uso de cateter vesical por 2 semanas.

26
Q

Quanto ao trauma de grandes vasos abdominais, quais sao as zonas?

A

resumo

27
Q

Quando operar o trauma de grandes vasos abdominais?

A

Sempre que o trauma for penetrante;
Qualquer lesão na zona 1;
Quando houver sangramento ativo ou hematoma em expansão.

28
Q

Transição toracoabdominal - o que é? que lesão pensar no trauma nessa área? conduta diagnóstica?

A
  • região situada entre a linha mamilar (4º EIC) e o rebordo costal.
  • grande preocupação com a possibilidade de lesão diafragmática
  • indicada uma laparoscopia (ou toracoscopia, dependendo da localização) para diagnóstico e tratamento imediato de possível lesão no órgão.
29
Q

Trauma duodenal - principal tipo de trauma? sinais que sugerem? tratamento?

A
  • penetrante
  • retropneumoperitônio, crepitação ao toque retal e dor em flancos e escroto
  • Ao contrário dos traumas esplênicos e hepáticos, o tratamento das lacerações duodenais costuma ser cirúrgico.
30
Q

Trauma pancreático - diagnóstico? tratamento?

A
  • geralmente durante a cirurgia
  • se tiver LESÃO DUCTAL é cirúrgico, caso contrário é conservador.

*mais detalhes no resumo

31
Q

Tratamento do trauma colônico?

A

conservador X radia simples X ressecção

  • rafia simples se delta-T da cirurgia até 4-6 horas da lesão; estabilidade hemodinâmica (óbvio, não?!); menos de 6 concentrados de hemácias necessários e ausência de lesão vascular no cólon.
  • ressecção do segmento lesado (ex: sigmoidectomia), com ou sem colostomia temporária.
32
Q

Abordagem de fratura pélvica?

A

definir se é cirúrgica ou não
as estáveis, tipo 1 - repouso
as instáveis, tipo 2 (livro aberto) e 3 - tratamento inicial envolve o uso de roupa pneumática antichoque (MAST) e fixação externa na tentativa de estabilizar o anel pélvico.
Fazer arteriografi a com embolização caso sangramento arterial (ilíaca interna) persistente

33
Q

Principais disfunções causadas pela síndrome compartimental abdominal?

A

oligúria, aumento da pressão intratorácica com redução de retorno venoso e aumento da pressão intracraniana.