Trauma Abdominal Flashcards
Orgãos mais lesionados no trauma contuso e no trauma penetrante
- Contuso (fechado): baço, fígado
- Penetrante (aberto):
-> PAF: delgado
-> Arma branca: fígado
Sinal do cinto de segurança (órgãos mais afetados)
Delgado e mesentério
Exames mais utilizados na investigação do trauma abdominal
TC com contraste:
* Avalia as lesões específicas e o retroperotônio
* Padrão ouro
* Exige estabilidade hemodinâmica!!!
* Limitações: lesão diafragmática e de víscera oca
Lavado peritoneal diagnóstico
* Exame mais sensível para encontrar sangue no abdome
* Positivo:
-> Aspirado: ≥ 10 ml de sangue ou restos alimentares
-> Lavado: gram + ou hemácias > 100.000 ouleucócitos > 500; amilase > 175 ou bile
-> Incisão infraumbilical para a realização do exame ➝ paciente gestante ou suspeita de fratura de pelve: incisão supraumbilical
FAST
* Locais de avaliação
-> Saco pericárdico (subxifoide)
-> Espaço hepatorrenal (espaço de Morrison)
-> Espaço esplenorrenal
-> Pelve/ fundo de saco (supra-púbica)
* FAST estendido (E-FAST): Pleura ➝ PTX e HTX
* RUSH protocol: 9 locais de análise
Videolaparoscopia
* Exige estabilidade hemodinâmica
* Lesões penetrantes na transição torocoabdominal e lesão do diafragma
Indicação de laparotomia
Abdome cirúrgico
- Trauma penetrante: presença de choque, peritonite ou evisceração
- Trauma contuso: presença de peritonite ou (retro)pneumoperitônio
Trauma penetrante não cirúrgico:
(não tem choque, peritonite ou evisceração)
* Arma de fogo: laparotomia
* Arma branca: exploração digital da ferida
-> Negativa: não violou o peritônio ➝ Alta
-> Positiva ou duvidosa: observar por 24h; exame físico + Hb 8/8h ➝ [1] sem alteração: reiniciar dieta + alta; [2] abdome cirúrgico ou choque: laparotomia; [3] leucocitose ou queda da Hb > 3g/dL: considerar TC/ FAST/ LPD
Lesão flanco e dorso: se estável, TC triplo contraste
Trauma contuso não cirúrgico (sem peritonite ou retropneumoperitônio):
* Estável: FAST antes da TC ➝ TC com contraste (avaliar o grau da lesão)
* Instável:
-> Não politrauma: laparotomia
-> Politrauma: FAST/LPD ➝ laparotomia
Indicação de laparotomia imediata no trauma abdominal fechado
- Trauma abdominal com dor e irritação peritoneal;
- Paciente instável com FAST ou LPD positivos;
- Pneumoperitônio, retroperitônio;
- Evidência de ruptura diafragmática;
- Sangramento GI persistente e significativo oservado na drenagem nasogástrica ou vômito (hematêmese) ou sangramaneto retal;
- TC de abdome revelando lesão de TGI, lesão vesical intraperitoneal, lesão de pedículo renal e lesão parenquimatosa grave
Indicação de laparotomia imediata em trauma abdominal penetrante:
- Ferimento por arma de fogo com trajeto transperitoneal (na região abdominal
- Instabilidade hemodinâmica
- Evisceração
- Irritação peritoneal
- Sangramento GI (observado na SNG ou retal) ou TGU
Conduta diante de um trauma penetrante não cirúrgico
Trauma penetrante não cirúrgico:
(não tem choque, peritonite ou evisceração)
* Arma de fogo: laparotomia
* Arma branca: exploração digital da ferida
-> Negativa: não violou o peritônio ➝ Alta
-> Positiva ou duvidosa: observar por 24h; exame físico + Hb 8/8h ➝ [1] sem alteração: reiniciar dieta + alta; [2] abdome cirúrgico ou choque: laparotomia [3] leucocitose ou queda da Hb > 3g/dL: considerar TC/ FAST/ LPD
Lesão flanco e dorso: se estável, TC triplo contraste
Conduta diante de um trauma contuso não cirúrgico (sem peritonite ou retropneumoperitônio):
Trauma contuso não cirúrgico (sem peritonite ou retropneumoperitônio):
* Estável: FAST antes da TC ➝ TC com contraste (avaliar o grau da lesão)
* Instável:
-> Não politrauma: laparotomia
-> Politrauma: FAST/LPD ➝ laparotomia
Conduta conservadora no trauma abdominal
• Não é abdome cirúrgico
• Estabilidade hemodinâmica
• Condições de observação/
intervenção: hospital, médico, TC, angiografia
Conduta diante ferimento no flanco ou dorso:
TC com duplo ou triplo contrataste
Trauma esplênico
- Órgão mais lesado no trauma contuso do abdome
- Fraturas de arcos costais inferiores (E) e sinal de Kehr (dor referida em ombro E)
- Tratamento cirúrgico: rafia ou esplenectomia parcial ou total
-> Instabilidade hemodinâmica
-> Lesões graus: IV (desvascularização > 25%); V (baço pulverizado)
-> Dreno: só com lesão de cauda de pâncreas
-> Vacinação (esplenectomia total): pneumococo, meningococo, haemophilus
Estratégia med:
* Estável + lesão grau I, II ou III: observação UTI
* Estável + lesão grau III ou IV com extravassamento ativo de contraste: embolização esplênica (controverso para lesão IV)
* Estável + lesão grau IV e V: laparotomia
* Instabilidade, peritonite, outras lesões cirúrgicas abdominais, falha no tratamento não cirúrgico: laparotomia = esplenectomia
Trauma hepático
- Órgão mais acometido no trauma abdominal penetrante por arma branca e o segundo no trauma contuso
- Dor abdominal no QSD, fratura de arcos costais inferiores à D
Conduta conservadora:
- Estabilidade hemodinâmica
- Lesões de baixo grau
- Controle do sangramento com angioembolização
Tratamento cirúrgico:
- Instabilidade intraoperatório: cirurgia de controle de danos - empacotamento hepático
- Estabilidade intraopeatória: tratamento definitivo da lesão hepática
- Lesão grau VI: avulsão hepática ➝ hepatectomia + porto-cava
- Manobra de Pringle: clampeamento do ligamento hepatoduodenal (colédoco, artéria hepática e veia porta) ➝ Controla e identifica a origem do sangramento
*sem melhora com Pringle: lesão da veia hepática ou cava retro hepática
Trauma duodenal
• Laceração: retropneumoperitônio
- Dor lombar irradiando até a região escrotal; escoliose antálgica e crepitações ao toque retal
- Dx: RX ou TC (ar delineando os rins)
- Tto: laparotomia
• Hematoma: obstrução alta (náuseas, vômitos)
- Dx: RX com contraste (“mola em espiral” ou empilhamento de moedas); TC (melhor exame)
- Tto: conservador (descompressão gástrica + NPT); laparotomia se não houver melhora em 2 semanas
- Grau I e II: rafia + reforço de omento
- Grau III: rafia + exclusão pilórica + gastroenteroanastomose
- Grau IV: reparo do duodeno + colédoco
- Grau V: duodenopancreatectomia
Trauma pancreático
• Avaliar localização e lesão ductal
• Sem lesão do ducto: reparo e drenagem
• Com lesão do ducto:
[a] Corpo e cauda (esq. da v. mesentérica superior): pancreatectomia distal + drenagem
[b] Cabeça (direita da v. mesentérica superior):
- Lesões simples: drenagem +- reparo
- Graves ou junto com o duodeno: duodenopancreatectomia + drenagem
Trauma de intestino grosso
• Local mais comum: transverso
• Cirurgias:
1) Rafia primária: leve, < 50% da circunferência
2) Ressecção + anastomose: + grave, > 50% da circunferência
3) 2 + colostomia ou controle de danos:
- instabilidade hemodinâmica
- > 4-6 concentrados de hemácias
- tardia (> 4-6h), contaminação com peritonite