Trauma Abdominal Flashcards
Quais as indicações de laparotomia pelo ATLS?
Trauma abdominal contuso com FAST ou LPD positivo mais instabilidade hemodinâmica;
Trauma abdominal penetrante mais instabilidade hemodinâmica;
FAF com trajetória transperitoneal;
Evisceração;
Sangramento do TGI após FAB;
Peritonite;
Pneumoperitônio, lesão retroperitonial ou ruptura de hemidiafragma.
Quais as indicações de FAST pelo ATLS?
Trauma abdominal fechado com instabilidade hemodinâmica;
Trauma abdominal penetrante sem indicação de laparotomia imediata.
Quais são os espaços avaliados pelo FAST?
Espaços pericárdico, hepatorrenal, esplenorrenal e suprapúbico.
Quais são as indicações de LPD pelo ATLS?
Trauma abdominal contuso com instabilidade hemodinâmica;
Trauma abdominal penetrante sem indicação de laparotomia imediata.
Quando podemos dizer que o LPD está positivo?
Aspiração de 10 mL de sangue ou presença de conteúdo entérico ou bilioso;
Análise do conteúdo aspirado após infusão de solução fisiológica 0,9% aquecida com > 100.000 hemácias, > 500 leucócitos ou presença de bactéria Gram-positiva ou fibra alimentar.
Qual é a limitação do LPD?
Não é fidedigno para estruturas retroperitoneais.
Qual a condição necessária para realização de TC?
Estabilidade hemodinâmica.
Quais as indicações de laparotomia no trauma abdominal?
Instabilidade hemodinâmica; Peritonite; Evisceração; Sangramento franco pela SNG ou no toque retal; Empalamento.
Quais as estruturas mais acometidas no trauma abdominal por FAB?
Anterior: Fígado;
Flanco ou dorso: Estruturas retroperitoneais.
Qual a conduta no trauma por FAB em parede anterior do abdome?
Exploração digital e, se penetração da cavidade, laparotomia ou observação clínica com sinais vitais de 4 em 4 horas, hemograma de 8 em 8 horas e exame físico de 6 em 6 horas.
Qual a conduta no trauma por FAB em flanco ou dorso?
TC de abdome de pelve com triplo constraste.
Qual a conduta no trauma abdominal por FAF sem indicação absoluta de laparotomia?
Em paciente com exame físico confiável, solicitar TC, radiografia em duas incidências ou e-FAST;
Em caso de exame físico não confiável, abordar cirurgicamente.
Qual o órgão mais acometido no trauma abdominal contuso?
Baço.
Quais lesões estão relacionadas com o sinal do cinto de segurança?
Lesões de delgado e mesentério.
Qual a conduta no paciente estável com trauma abdominal contuso?
Se exame físico confiável, realizar FAST e, quando positivo, TC mais tratamento específico;
Se não confiável, TC.
Qual a conduta no paciente instável com trauma abdominal contuso?
Realizar FAST:
Positivo: Laparotomia;
Negativo: Avaliar outros sítios e, na ausência de outro foco, ressuscitação volêmica mais TC assim que possível.
Quais são os mecanismos envolvidos no trauma de pelve?
Compressão lateral (60 a 70%), compressão AP (15 a 20%) e cisalhamento vertical (5 a 15%).
Qual a conduta no paciente estável com trauma de pelve após a estabilização da região?
Realizar TC de abdome e pelve pesquisando blush:
Presente: Arteriografia;
Ausente: Avaliação ortopédica para fixação da pelve.
Qual a conduta no paciente instável com trauma de pelve após a estabilização da região?
Realizar FAST:
Positivo: Laparotomia mais tamponamento pré-peritoneal e fixação da pelve;
Negativo: Tamponamento pré-peritoneal e fixação da pelve;
Caso o paciente persista com instabilidade hemodinâmica, realizar arteriografia.
Quais são as fases da cirurgia de controle de danos?
Fase 0: Precede a cirurgia com adequada condução inicial do paciente;
Fase 1: Cirurgia de controle de danos durando até 90 minutos com intuito de evitar tríade letal (coagulopatia, hipotermia e acidose);
Fase 2: Ressuscitação em UTI;
Fase 3: Reparo definitivo das lesões;
Fase 4: Fechamento do abdome.
Quando pensar em síndrome do compartimento abdominal?
Pressão intra-abdominal > 20 mmHg associada com lesão orgânica.
Quais as repercussões da síndrome do compartimento abdominal?
Cardiovasculares: Diminuição do DC, redução do retorno venoso e aumento da RVP;
Respiratórias: Aumento da pressão intratorácica e diminuição da complacência pulmonar;
Renais: Vasoconstrição arterial e compressão da veia renal.
Como conduzir a síndrome do compartimento abdominal?
Estabilização hemodinâmica e ventilatória, supinação do paciente, controle de fluidos, melhora da sedação e analgesia, drenagem de coleções, drenagem nasogástrica e considerar descompressão.