Abdome Agudo Inflamatório Flashcards
Quais são os Critérios de Tóquio para colecistite?
A: Sinais locais de inflamação (sinal de Murphy e sensibilidade ou plastrão palpável em HCD);
B: Sinais sistêmicos de inflamação (febre, PCR elevada e leucocitose);
C: Achado radiológico característicos.
Diagnóstico suspeito na presença de dois e confirmado com os três.
Quais os exames de imagem solicitar na suspeita de colecistite?
USG: Primeiro a pedir;
Cintilografia das vias biliares: Melhor exame;
TC.
Quais os achados ultrassonográficos na colecistite?
Aumento da vesícula biliar, espessamento da parede, presença de cálculos, líquido pericolecístico e sinal de Murphy ultrassonográfico.
Como classificar os pacientes com colecistite pelos Critérios de Tóquio para gravidade?
Grau I ou leve: Não atende os outros critérios;
Grau II ou moderado: Presença de leucócitos > 18.000/mm³, massa dolorosa em QSD, duração dos sintomas > 72 horas ou marcador de inflamação local;
Grau III ou grave: Presença de disfunção orgânica.
Quais exames laboratoriais devem ser pedidos na suspeita de colecistite?
Diagnóstico: Hemograma e PCR;
Gravidade: Gasometria arterial, creatinina e INR.
Qual são as medidas iniciais na colecistite?
Antibióticos (cefalosporina com metronidazol ou carbapenêmico em casos graves), jejum, hidratação, correção dos DHE e sintomáticos.
Qual é o tratamento definitivo da colecistite?
Presença de necrose, perfuração ou colecistite enfisematosa: Colecistectomia de emergência;
ASA I ou II: Colecistectomia na mesma internação (em até 72 horas) ou de emergência na ausência de melhora clínica;
ASA III ou IV: Reavaliar após um a três dias de antibióticos ou drenagem percutânea ou endoscópica em doentes críticos.
Quais estruturas compõem o triângulo de Calot?
Borda hepática inferior, ducto cístico e ducto hepático comum.
Qual é a tríade clássica associada ao íleo biliar?
Tríade de Rigler: obstrução intestinal, aerobilia e cálculo ectópico.
Quais são os dois agentes etiológicos mais associados com a apendicite aguda?
Bacterioides fragilis e Escherichia coli.
Quais são as quatro fases de evolução da apendicite aguda?
I: Edematosa;
II: Úlcero-flegmonosa;
III: Fibrinopurulenta;
IV: Perfuração ou necrose.
Quais são os sinais específicos para apendicite aguda?
Sinal de Blumberg;
Sinal de Rovsing;
Sinal de Dunphy;
Sinal de Lenander: Temperatura retal > 1ºC que a temperatura axilar;
Sinal de Summer: Hiperestesia da FID;
Sinal de Ten Horn: Dor na FID enquanto se traciona o testículo direito;
Sinal de Markle;
Sinal de Lapinsky: Dor à compressão da FID enquanto eleva-se o MID esticado.
Quais são os critérios do Escore de Alvarado para apendicite aguda?
Sintomas: Migração da dor para FID (1), anorexia (1) e náuseas ou vômitos (1);
Sinais: Defesa no QID (2), dor à descompressão brusca em FID (1) e temperatura > 37,5ºC (1);
Exames: Leucocitose (2) e desvio à esquerda (1).
Qual a conduta de acordo com o Escore de Alvarado na suspeita de apendicite aguda?
1 a 4: Alta com sinais de alerta;
5 ou 6: Internar, solicitar exames e manter em observação;
7 a 10: Apendicectomia.
Qual exame de imagem solicitar na incerteza de apendicite aguda?
USG, TC com contraste ou RNM em gestantes.
Quais são os achados topográficos na apendicite aguda?
Diâmetro > 7 mm, presença de fecalito, borramento da gordura perpendicular, espessamento da parede, realce da parede apendicular ou abscesso.
Qual é a conduta na apendicite tardia (> 48 horas)?
Presença de peritonite: Apendicectomia;
Ausência de peritonite: Realizar TC, drenagem percutânea de abscesso, colonoscopia em 4 a 6 semanas e apendicectomia de intervalo.
Quais exames de imagem podem auxiliar no diagnóstico da diverticulite aguda?
Enema opaco, TC, RNM e USG.
Qual é a Classificação de Hinchey para diverticulite aguda?
0: Sem abscessos na TC; I: Abscesso pericólico; II: Abscesso pélvico ou à distância; III: Peritonite purulenta; IV: Peritonite fecal.
Como realizar o manejo da diverticulite aguda?
Hinchey 0 ou I com abscesso < 4 cm: Sintomáticos mais antibióticos VO por 7 a 10 dias com cobertura para Gram-negativos e anaeróbios, sendo programada cirurgia eletiva quando necessário;
Hinchey I com abscesso ≥ 4 cm ou II: Drenagem percutânea mais antibióticos;
Hinchey III ou IV: Realizar cirurgia de Hartmann com anastomose primária quando possível.
Quais pacientes necessitam de internação na diverticulite aguda?
Pacientes refratários ao manejo clínico, com dor abdominal intensa, diverticulite perfurada, peritonite ou instabilidade hemodinâmica.