Trauma Flashcards

1
Q

Definição de politraumatizado

A

Aquele que apresenta lesões em 2 ou mais sistemas de órgãos, sendo que pelo menos uma, ou uma combinação dessas lesões, represente um risco vital para o doente

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2
Q

Distribuição de mortes no trauma

A

É trimodal:
segundos/minutos: lacerações de aorta, lesões de medula espinhal e tronco
minutos/horas: hemorragia, pneumotórax, hemorragia subdural
horas/semanas: sepse e disfunção orgânica

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3
Q

Múltiplas vítimas versus desastre

A

Em caso de múltiplas vítimas, se o hospital for capaz de oferecer atendimento adequado a todas, os pacientes com risco de vida iminente e aqueles com lesões multissistêmicas são atendidos primeiro. Em caso de desastre, em que o número de vítimas supere a capacidade do hospital, os pacientes com maior probabilidade de sobreviver serão atendidos primeiro

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4
Q

Quais são os grupos em que são mais observadas fraturas de coluna?

A

Acidentes com veículos em alta velocidade, em homens jovens

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5
Q

Em quem pedir estudo radiológico para retirada de colar cervical?

A

Déficit neurológico
Intoxicação alcoólica ou por outras drogas
Lesões que podem distrair
Nível alterado de consciência (GCS < ou = 14)
Pacientes com dor cervical
Pela regra canadense: idade < 65 anos, mecanismo não perigoso

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6
Q

O que é a fratura de Hangeman?

A

É a fratura do enforcado. Consiste na fratura dos pedículos de C2 e deslizamento anterior de C2 sobre C3. O mecanismo mais comum consiste na hiperextensão.

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7
Q

Quais os efeitos da hipóxia e hipercapnia no paciente?

A

Hipóxia provoca agitação e hipercapnia provoca letargia no paciente.

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8
Q

A quantos litros deve ser ministrado o oxigênio na máscara facial?

A

10 L/min

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9
Q

Indicações de VA definitiva:

A

Apneia
TCE necessitando hiperventilação
Proteção de VA inferior contra aspiração de sangue ou conteúdo gástrico
Comprometimento iminente das VA (lesões por inalação, fraturas faciais, convulsões)
GCS < ou = 8
Incapacidade de manter oxigenação adequada com ventilação sob máscara

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10
Q

Definição de VA definitiva

A

Cânula endotraqueal (com balão insuflado) abaixo das pregas vocais, adequadamente fixada e conectada a um sistema de ventilação assistida com oxigênio

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11
Q

Drogas na sequência rápida de intubação

A

Etomidato (sedativo) 0,3 mg/kg

Succinilcolina (BNM) 1-2 mg/kg ou rocurônio (1mg/kg, preferido em crianças)

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12
Q

Máscara laríngea e combitube são métodos de VA definitiva?

A

NÃO

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13
Q

Indicações de VA cirúrgica:

A

Trauma maxilofacial extenso
Presença de distorção anatômica resultante de trauma no pescoço
Incapacidade de intubação e necessidade de uma VA definitiva

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14
Q

Contraindicação à realização de cricotireoidostomia cirúrgica

A

Idade inferior a 12 anos

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15
Q

Sinais de fratura de laringe

A

Enfisema subcutâneo
Rouquidão
Preferência por IOT e se não der certo, traqueo de emergência

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16
Q

Sobre a cricotireoidostomia por punção:

A

Não é uma VA definitiva
Retenção de CO2 (porque a fase expiratória é curta)
Pode ser empregada em crianças < 12 anos
30-45 min

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17
Q

O que verificar frente a uma piora inesperada da saturação de oxigênio?

A

D - dislodgment
O - obstruction
P - pneumothorax
E - equipment

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18
Q

Quando iniciar ventilação mecânica?

A

Presença de lesão grave à parede torácica
Pacientes com diminuição do drive respiratório
Casos de hipoxemia com infiltrados no parênquima

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19
Q

Características do pneumotórax hipertensivo

A

Colapso do pulmão ipsilateral ao pneumotórax
Desvio do mediastino com compressão do pulmão saudável, gerando insuf. respiratória
Dificuldade do retorno venoso, redução do DC com hipotensão ou choque

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20
Q

Definição de pneumotórax aberto

A

É uma ferida torácica aspirativa
Se a abertura medir 2/3 do diâmetro da traqueia, há uma competição pelo ar, sendo que ele segue preferencialmente a abertura torácica, gerando um quadro de insuficiência respiratória

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21
Q

TTO do pneumotórax aberto

A

Curativo de três pontas (tto provisório); drenagem em selo d’água (tto definitivo)

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22
Q

Definição de tórax instável (flail chest)

A

Fratura em pelo menos 2 arcos costais consecutivos, com cada arco fraturado em 2 ou mais pontos. A separação dos arcos costais do esterno (disjunção costocondral) também é causa de instabilidade torácica

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23
Q

Clínica do tórax instável

A

DOR

Respiração paradoxal

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24
Q

Principais fontes de hemorragia

A

4 floor: no ambiente, ossos longos, abdome, tórax, pelve

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25
Q

Volume normal de sangue em um adulto

A

7% do peso

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26
Q

Cálculo da PAS na criança

A

PAS = 70 + 2 x idade

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27
Q

A partir de qual classe de choque hipovolêmico que a PAS altera?

A

Classe III (perda de 30-40%)

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28
Q

Estado mental e diurese se alteram a partir de qual grau de choque?

A

Especialmente III

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29
Q

Pressão de pulso diminui a partir de qual grau?

A

Grau II

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30
Q

Atualmente, qual um dos principais parâmetros utilizados para classificar o choque hipovolêmico?

A
O base déficit
I) 0 a -2
II) -2 a -6
III) -6 a -10
IV) menor que -10
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31
Q

Qual a composição do Ringer Lactato e qual um dos riscos da infusão de grandes volumes de soro fisiológico?

A

RL: KCl, NaCl, CaCl2, lactato de sódio

Risco de acidose hiperclorêmica

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32
Q

Volume de cristaloide

A

Até 1 L no adulto e 20 ml/kg na criança

Conceito atual de transfusão sanguínea precoce

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33
Q

Diurese que indica boa resposta à reposição volêmica:

A

0,5 ml/kg/h em adultos

1 ml/kg/h em crianças

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34
Q

Esquema de reposição:

A

1CH:1 plasma:1 plaqueta

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35
Q

Uso de ácido tranexâmico

A

Nas primeiras 3h do trauma (1g)

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36
Q

Tríade da morte no trauma

A

Coagulopatia, hipotermia, acidose metabólica

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37
Q

Tríade de Beck

A

Hipotensão, abafamento de bulhas, turgência jugular

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38
Q

Condições que podem levar à AESP

A

Tamponamento cardíaco
Pneumotórax hipertensivo
Hipovolemia grave

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39
Q

Contraindicação ao cateterismo vesical

A

Suspeita de lesão uretral –> sangue no meato uretral, equimose perineal, sangue no escroto, deslocamento cefálico da próstata, fratura pélvica
Fazer uretrocistografia retrógrada

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40
Q

Marco anatômico importante na avaliação de feridas em região cervical

A

Platisma. As lesões que penetram esse músculo devem ser exploradas cirurgicamente na maioria dos casos.

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41
Q

Zonas do pescoço

A

Zona I) Da fúrcula esternal à cartilagem cricoide
Zona II) Da cartilagem cricoide ao ângulo da mandíbula
Zona III) Entre o ângulo da mandíbula e a base do crânio

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42
Q

Incisão para cervicotomia

A

Incisão oblíqua ao longo da borda anterior do músculo esternocleidomastoideo

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43
Q

Conduta nas lesões penetrantes cervicais:

A

Angio-TC (também pedida nos traumas fechados)

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44
Q

Conduta nas lesões de traqueia e laringe:

A

TC, laringoscopia e broncoscopia

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45
Q

Conduta nas lesões de faringe e esôfago:

A

< 12h: reparo primário + drenagem da ferida

> 12h: esofagostomia + ATB + alimentação via gastro ou jejunostomia

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46
Q

Classificação das fraturas de face:

A

Classificação de LeFort:
I) Guerin ou disjunção dentoalveolar
II) Separa o osso maxilar e nasal do frontal
III) Traço se estende pelo assoalho da órbita

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47
Q

Indicações de toracotomia em CC:

A

Hemotórax maciço - drenagem imediata de 1500 ml ou 1/3 da volemia; ou saída de 200 mL/h
Lesões penetrantes na parede torácica anterior com tamponamento cardíaco
Feridas da caixa torácica de grande extensão
Lesões a vasos nobres no tórax na presença de instabilidade hemodinâmica
Lesões traqueobrônquicas extensas
Evidências de perfuração esofagiana

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48
Q

Indicação de toracotomia de reanimação

A

Pacientes vítimas de trauma torácico penetrante com AESP em que a massagem cardíaca convencional não surte efeito

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49
Q

Repercussões de fratura de arcos costais em idosos

A

Acúmulo de secreções, atelectasias e posterior infecção

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50
Q

Indicações de IOT e VPP em pacientes com tórax instável

A
FR > 40 irpm
Hipoxemia
Rebaixamento de nível de consciência
Doença pulmonar crônica
Lesões abdominais concomitantes
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51
Q

Condições que podem complicar a contusão pulmonar

A

Síndrome do desconforto respiratório agudo e pneumonia

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52
Q

Defina hipoxemia significativa

A

PaO2 < 65 mmHg ou SatO2 < 90%

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53
Q

Defina pneumotórax simples

A

Todo aquele que não apresenta desvio de mediastino

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54
Q

Tamanhos de pneumotórax:

A

Pequeno: perda de parênquima é inferior a 1/3 do volume do pulmão
Grande: colapso de todo ou quase todo o pulmão

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55
Q

Conduta no pneumotórax simples:

A

Pequeno –> pode ser observado clinicamente

Grande –> drenagem em selo d’água

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56
Q

Critérios para retirada do dreno no pneumotórax:

A

Pulmão totalmente expandido

Não borbulhamento pelo frasco por 48-72h

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57
Q

Clínica do pneumotórax hipertensivo

A
Dispneia
Redução da expansibilidade do hemitórax envolvido
Desvio contralateral da traqueia
Ausência ou diminuição do MV
turgência jugular
Hipotensão
Enfisema subcutâneo
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58
Q

Conduta no quilotórax

A

Além da drenagem em selo d’água, é necessário suporte nutricional com TAG de cadeia média. Se não funcionar , parte para pleurodese

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59
Q

Defina a área de Ziedler

A

Os limites são o segundo EIC, linha paraesternal direita, processo xifoide e linha axilar anterior esquerda. Cerca de 70% dos ferimentos cardíacos são originados na zona de Ziedler.

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60
Q

Principal área cardíaca atingida no trauma

A

VD

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61
Q

Consequências da contusão miocárdica

A

IC e arritmias

62
Q

Características clínicas do tamponamento cardíaco

A

Tríade de Beck (apenas 30-40%)
Congestão pulmonar
Pulso paradoxal (queda maior que 10 mmHg na PAS no término da inspiração)
Sinal de Kussmaul (aumento da pressão venosa na inspiração)

63
Q

Mecanismos mais frequentes no traumatismo de aorta

A

Acidentes automobilísticos e quedas de grandes alturas

64
Q

Local mais comumente afetado no traumatismo de aorta

A

Aorta descendente no nível do ligamento arterioso, portanto, distal à artéria subclávia esquerda

65
Q

Alterações radiológicas presentes no traumatismo de aorta

A

Alargamento de mediastino
Perda de contorno aórtico
Desvio do tubo orotraqueal e traqueia para D
Densidade retrocardíaca
Elevação e desvio para D do brônquio principal D

66
Q

Em caso de suspeita de traumatismo de aorta pedir:

A

TAC com contraste. Se vier positiva, pedir angioTC ou aortografia. TTO pode envolver reparo cirúrgico ou stent + controle da PA

67
Q

Região diafragmática mais lesada em trauma fechado

A

Lado esquerdo

68
Q

Quando investigar lesão diafragmática?

A

Todo paciente com lesão penetrante abaixo dos mamilos e acima da margem costal

69
Q

Órgãos mais comumente atingidos no trauma abdominal por FAF

A
Intestino delgado (50%)
Cólon (40%)
Fígado (30%)
70
Q

Abordagem no FAF:

A

Cirúrgica

71
Q

Indicações de laparotomia exploradora no FAB:

A

Instabilidade hemodinâmica
Evisceração
Sinais de peritonite

72
Q

Indicações FAST:

A

Vítimas de contusão abdominal para as quais o EF não é confiável
Pacientes politraumatizados com contusão abdominal e fratura pélvica
Hipotensão ou choque no politrauma sem causa aparente

73
Q

Janelas do FAST

A

Hepatorrenal
Hepatoesplênica
Pericárdica
Fundo de saco

74
Q

Quando o LPD é positivo?

A
Retorno imediato > 10 mL de sangue
> 100 mil hemácias/mm3 (ou 10 mil se TTA)
> 500 leucócitos/mm3
Amilase > 175
Bile ou fibras alimentares
75
Q

Qual o órgão mais comumente afetado no trauma fechado de abdome?

A

Baço

76
Q

Indicações de conduta conservadora no trauma esplênico:

A

Estabilidade hemodinâmica
Sem sinais de irritação peritoneal
Ausência de indicações precisas de laparotomia ou de lesões associadas que necessitem de cx
Ausência de condições clínicas que aumentem o risco de sangramento
Lesões esplênicas grau I-III (discutível atualmente)

77
Q

Conduta se blush de contraste na TC no trauma esplênico

A

Angiografia e embolização

78
Q

Risco após esplenectomia

A

Infecções, em especial por encapsulados

79
Q

Qual o grau de lesão de um baço pulverizado?

A

Grau V

80
Q

Lesão esplênica que tem hematoma subcapsular atingindo 40% da superfície

A

Grau II

81
Q

Conduta no trauma contuso hepático

A

Conservadora, se hemodinamicamente estável e sem sinais de peritonite

82
Q

No que consiste a manobra de Pringle?

A

Clampeamento com a pinça vascular das estruturas do ligamento hepatoduodenal (colédoco, artéria hepática, veia porta).

83
Q

Conduta no trauma da via biliar extra-hepática em pacientes críticos:

A

Ligadura simples + correção definitiva em segunda intervenção

84
Q

Conduta no trauma da via biliar extra-hepática em pacientes estáveis:

A

Reparo primário se lesão < 50% da circunferência + dreno em T (Kehr)

85
Q

Conduta no trauma da via biliar extra-hepática quando transecção ou perda tecidual importante:

A

Anastomose biliodigestiva (hepaticojejunostomia em Y de Roux)

86
Q

Principal complicação do trauma da via biliar extra-hepática:

A

Estenose da via biliar

87
Q

Mecanismos do trauma de duodeno:

A

Colisões automobilísticas sem uso do cinto de segurança e em crianças, guidão da bicicleta

88
Q

Sinais/sintomas de retroperitônio:

A

Dor lombar e em flancos com irradiação até escroto

Crepitação ao toque retal

89
Q

Sinais radiológicos de lesão de duodeno:

A
Discreta escoliose
Apagamento da sombra do psoas
Ausência de ar no bulbo duodenal
Ar no retroperitônio delineando os rins
No caso de hematoma duodenal: imagem de mola em espiral ou empilhamento de moedas no exame contrastado
90
Q

Relação do trauma pancreático com outros órgãos:

A

Pâncreas proximal -> lesão duodenal (segunda e terceira porções)
Corpo e cauda -> hilo esplênico

91
Q

Quando é possível adotar conduta conservadora no trauma pancreático?

A

Graus I e II (sem lesão ductal)
Grau III - lesão distal - pancreatectomia distal com esplenectomia
Graus IV e V - pâncreas proximal - Whipple

92
Q

Qual a principal complicação após tto de trauma pancreático?

A

Fístula pancreática

93
Q

Sinal que tem elevada correlação com trauma de intestino delgado:

A

Sinal do cinto de segurança

94
Q

Quando se indica enterectomia no trauma de intestino delgado?

A

Lesões que acometem > 50% da circunferência da alça ou presença de várias lesões próximas umas das outras

95
Q

Qual porção do intestino grosso é mais afetada no trauma?

A

Cólon transverso

96
Q

Associações da lesão de uretra

A

Fraturas pélvicas

Queda a cavaleiro

97
Q

Sinais de lesão de uretra membranosa

A

Uretrorragia
Retenção urinária com distensão da bexiga
Próstata em posição alta identificada ao toque retal
Tríade: uretrorragia, retenção vesical, bexigoma

98
Q

Conduta na suspeita de lesão uretral

A

Uretrografia retrógrada

Fazer cistostomia suprapúbica

99
Q

Manifestação mais frequente do trauma renal

A

Hematúria

100
Q

Conduta nas lesões renais menores (sem dano à via excretora)

A

Repouso por 7 dias + ATB. Novo exame de imagem em um mês

101
Q

Associação do trauma de bexiga

A

fratura de pelve

102
Q

Sinal de trauma de bexiga

A

Hematúria franca

103
Q

Diagnóstico do trauma de bexiga

A

Cistografia

104
Q

Definição de fratura de pelve instável

A

Deformidade importante do anel pélvico ou abertura da sínfise > ou = 2,5 cm

105
Q

Classificação das fraturas de pelve

A

Classificação de Young e Burgess:
A) Forças de direção lateral. Tipos I, II, III
B) Forças de direção AP. Tipos I, II, III. Ocasionam livro aberto
C) Forças de direção vertical.

106
Q

Correlação das fraturas de pelve

A

Tipo A e C - lesões viscerais

Tipo B - hemorragia

107
Q

Manobra de Mattox:

A

Manobra de rotação visceral medial esquerda, permitindo a exposição da aorta

108
Q

Manobra de Kocher:

A

Manobra de rotação visceral medial direita, permitindo acesso ao segmento infra-hepático da VCI, aorta supracelíaca e origem da AMS

109
Q

Manobra de Cattel-Braasch

A

Extensão mais medial da manobra de Kocher. Permite a mais ampla visualização do retroperitônio

110
Q

Valores normais da PIA

A

5-7 mmHg

111
Q

Graus de hipertensão intra-abdominal

A

I) 12-15 mmHg
II) 16-20 mmHg
III) 21-25 mmHg
IV) > 25 mmHg

112
Q

Definição de SCA

A

PIA > 20 mmHg, acompanhada de disfunção de um ou mais órgãos

113
Q

Que valores de pressão de perfusão abdominal que se correlacionam com aumento da sobrevida?

A

> ou = 60 mmHg

114
Q

Clínica da hérnia de uncus

A

Midríase ipsilateral à lesão expansiva

Déficit motor contralateral à lesão expansiva

115
Q

Síndrome de Kernohan

A

Hemiplegia e midríase ipsilaterais à lesão expansiva

116
Q

TCE grave

A

Pupilas assimétricas
Assimetria motora
Fratura aberta de crânio com perda de líquor ou exposição do tecido cerebral
GCS < ou = 8, ou queda maior que 3 pontos na reavaliação
Fratura de crânio com afundamento

117
Q

Qual a causa mais comum de efeito massa no TCE?

A

Hematoma subdural agudo

118
Q

Populações mais susceptíveis a hematoma subdural agudo

A

Idosos
Alcoólatras
Pacientes em uso de anticoagulantes

119
Q

Tríade de Cushing

A

HAS
Bradicardia
Bradipneia

120
Q

Aspecto na TC de um hematoma subdural

A

Imagem hiperdensa que acompanha a convexidade cerebral

121
Q

Quando que a abordagem do hematoma subdural é cirúrgica?

A

Desvio da linha média de 5 mm ou mais

122
Q

Evolução do hematoma epidural

A

Intervalo lúcido –> piora neurológica súbita

123
Q

Característica do hematoma epidural na TC

A

Imagem hiperdensa biconvexa

124
Q

Principal mecanismo que provoca contusão e hematomas intracerebrais

A

Desaceleração, provocando golpe e contragolpe

125
Q

Hematomas intraparenquimatosos grandes e únicos após trauma cerebral mínimo devem nos chamar a atenção para:

A

Presença de diásteses hemorrágicas (induzidas por drogas ou não)
Amiloidose vascular no idoso

126
Q

Indicações de TC no TCE leve e moderado:

A

GCS < 15 em 2h após a lesão
Suspeita de fratura de crânio aberta ou com afundamento
Presença de qualquer sinal de fratura de base de crânio
Mais de 2 episódios de vômito
Idade > 65 anos
Uso de anticoagulante
Perda de consciência > 5 min
Amnésia retrógrada (> 30 min)
Mecanismo perigoso: ejeção para fora do veículo, atropelamento, queda de altura > 5 degraus (1 m)

127
Q

Quando está indicada monitorização da PIC?

A

TCE grave (GCS < ou = 8) e alterações na TC de crânio

128
Q

Em torno de qual valor deve se manter a PIC?

A

20 mmHg

129
Q

Valor ideal de PPC

A

> ou = 70 mmHg

130
Q

Definição de hipertensão intracraniana

A

PIC > 20 mmHg por mais de 5 min

131
Q

Em que se deve iniciar os procedimentos para determinação de morte encefálica?

A

Pacientes que apresentem coma não perceptivo, ausência de reatividade supraespinhal e apneia persistente, e que atendam aos pré-requisitos:
presença de lesão encefálica de causa conhecida, irreversível
ausência de fatores tratáveis que possam confundir o dx
tto e observação em hospital pelo período mínimo de 6h
T >35 graus, SatO2 > 94%, PAS > ou = 100 ou PAM > ou = 65

132
Q

Procedimentos mínimos para determinação de morte encefálica:

A

2 exames clínicos que confirmem coma não perceptivo e ausência de função no TE
teste de apneia
exame complementar que comprove ausência de atividade encefálica

133
Q

Função neurológica sacral

A
Flexão do hálux
Tônus retal
Reflexo cutâneo-anal
Reflexo bulbocavernoso
Função vesical e retal
*** Se a função neurológica sacral estiver presente, indica que a lesão medular é incompleta
134
Q

Definição de fratura de coluna instável

A

Comprometimento (ósseo e/ou ligamentar) de 2 ou mais colunas

135
Q

O que é a fratura de Jefferson?

A

Trata-se da ruptura dos arcos anterior e posterior do atlas, causada por trauma de compressão axial do crânio sobre o atlas

136
Q

Qual a fratura mais comum da coluna cervical alta?

A

Fratura do processo odontoide

137
Q

Mecanismo da fratura do processo odontoide

A

Hiperflexão cervical

138
Q

O que é a fratura do enforcado (hangman)?

A

Fratura dos pedículos do áxis + deslizamento anterior de C2 sobre C3.

139
Q

Qual o mecanismo mais comum atualmente para a espondilolistese de C2?

A

Hiperextensão cervical

140
Q

Fraturas luxações cervicais mais comuns:

A

C5-C6

141
Q

Síndrome centromedular

A

Trauma em hiperextensão

Perda de força e sensibilidade em mmss

142
Q

Síndrome medular anterior

A

Retropulsão do disco ou fragmentos do corpo vertebral no interior do canal
Tetraplegia e perda da sensibilidade dolorosa, sem afetar a sensibilidade tátil, proprioceptiva e vibratória

143
Q

Síndrome de Brown-Séquard (hemissecção)

A

Hemiplegia + perda da propriocepção ipsilateral

Perda da sensibilidade dolorosa contralateral

144
Q

A fratura cervical explosiva é mais comum em qual vértebra?

A

C7

145
Q

Principais vértebras atingidas nas fraturas toracolombares

A

T12-L1-L2

146
Q

Síndrome da cauda equina

A
Paraparesia
anestesia em sela
ausência de reflexos sacrais
arreflexia tendinosa nos mmii
ausência do sinal de Babinski
disfunção esfincteriana
147
Q

Em que grupo são mais comuns as fraturas impactadas?

A

Idosos com osteoporose

148
Q

Mecanismo de fratura explosiva de vértebra

A

Queda de grandes alturas com os calcanhares batendo no chão

149
Q

O que é a fratura de Chance?

A

É a fratura do cinto de segurança. Está muito associada ao trauma abdominal fechado

150
Q

Quais são as fraturas cervicais estáveis?

A
Sem TRM
Translação < 3,5 mm
Angulação < 11 graus
Compressão < 50%
Sem rotura ligamentar de duas ou mais colunas