Trauma Flashcards

1
Q

Birmingham Eye Trauma Terminology System - BETTS

A

Trauma Fechado
- Contusão
- Laceração lamelar

Trauma Aberto
- Rotura
- Laceração - Penetrante / Perforante / Corpo estranho

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Ocular Trauma Score - OTS - Que variáveis usa? Que parâmetros tem? O que prevê?

A

A - AV inicial
B - Rotura do globo
C - Endotalmite
D - Lesão perfurante
E - Descolamento da Retina
F - DPAR

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Trauma - Alterações pupilares no trauma - De que podem resultar?

A

MIDRIASE
- Resulta de ROTURA do esfíncter
- Excluir presença de Hifema
- Correção cirurgica
MIOSE
- Resulta geralmente de INFLAMAÇÃO
- Costuma resolver com tratamento anti-inflamatório

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Trauma - Iridodiálise - onde é a separação? Como se trata?

A
  • Separação da RAÍZ DA ÍRIS do corpo ciliar
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Trauma - Ciclodiálise - Onde é a separação? Como se diagnostica? Leva a que alteração da PIO?

A
  • Separação do CORPO CILIAR da sua origem no esporão escleral
  • Diagnóstico por gonioscopia
  • UBM pode ajudar no diagnóstico
  • Aumenta fluxo pela via uveoscleral e pode levar a hipotonia :O
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Trauma - Hifema Traumático - Que região costuma sangrar? Qual é a taxa de ressangramento? Quais são as 2 preocupações? Como se trata?

A
  • É geralmente devido a lesão nos VASOS da IRIS PERIFÉRICA, do ESFINCTER da íris ou do Corpo ciliar anterior
  • Tem geralmente BOM prognóstico
  • Risco de ressangramento é de 5% de 5-7 dias

Excluir
- HTO
- Cronicidade por risco de Corneal Blood Stainning

Tratamento
- Repouso
- Cabeceira elevada
- Cicloplegicos tópicos
- CCE tópicos
- Controlar PIO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Trauma - Laceração corneoescleral - qual é o local mais susceptível a rotura num Trauma Contuso? E os seguintes?

A

Locais mais susceptíveis de rotura num trauma CONTUSO são
- Limbo
- Área de inserção muscular
- Área da inserção do nervo óptico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Trauma - Laceração Córneoescleral - Quais são as zonas em que se divide o trauma com laceração córneo-escleral?

A

Zona 1 - Córnea
Zona 2 - Limbo e dos primeiros 5 mm da esclera
Zona 3 - Restante Esclera

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Trauma - Laceração Córneoescleral - Como se trata uma ferida na zona 1? Quais são as preocupações técnicas? Que tipo de fio e agulha se usam? Que linha de laceração deve ser usada como referência - anterior ou posterior?

A

Objectivos
- Preservar contorno e transparência
- Induzir mínimo de astigmatismo irregular
- Evitar pontos no eixo visual
- Priroridade é APOSIÇÃO dos bordos (astigmatismo induzido pelos pontos é reversível, mas o de mal-aposição não é
- Deve-se sempre tentar sepultar os pontos

  • Sutura 10-0 Nylon
  • Agulha espatulada

A linha de referencia para os pontos deve ser a linha de laceração posterior (em caso de lacerações obliquas)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Trauma - Laceração Córneoescleral - Como se garante a estanquicidade da sutura? Qual é a influencia do comprimento dos pontos e a distancia inter-pontos?

A
  • Plano de compressão tem configuração TRIANGULAR
  • Isto faz com que o COMPRIMENTO da sutura influencie área que está a ser comprimida
  • Comprimento do ponto deverá ser > a distância entre pontos para obter uma sutura estanque
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Trauma - Laceração Córneoescleral - Ferida na Zona 2 - Por que ordem se deve encerrar? Que fios se usam em que locais?

A

Suturar 1º o LIMBO
- Nylon 8-0 ou 9-0

Suturar em 2º a córnea
- Nylon 10-0

Suturar em 3º a esclera
- Nylon 8-0 ou vycril 8-0 (se lacerações pequenas)

  • Começar as suturas pelos ANGULOS da laceração e pontos de referencia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Trauma - Laceração Córneoescleral - Ferida na Zona 3 - Que técnica é geralmente usada quando não se sabe a extensão posterior? Quais são os pormenores da abordagem da ferida?

A

Técnica close as you go
- Ir suturando de anterior para posterior
- Previne herniação do conteúdo intraorbitário

Pormenores
- Iniciar com peritomia e disseção da Tenon
- Sutura da esclera exposta
- Nas feridas extensas e MUITO POSTERIORES deve-se evitar manipulações agressivas devido ao risco de extrusão do conteúdo
- É legitimo deixar feridas muito posteriores SEM sutura - tamponamento será feito pelos tecidos moles periorbitários

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Trauma Penetrante e perfurante - Qual é o melhor preditor da AV?

A
  • AV inicial é o MELHOR PREDITOR do resultado visual final
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Trauma Penetrante e perfurante - Perante suspeita, o que NÃO se pode fazer?

A
  • Gonioscopia
  • Tonometria
  • Depressão escleral
  • Tudo o que comprima o olho
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Trauma Penetrante e perfurante - Tratamento NÃO cirúrgico - Quando se pode fazer? O que se pode fazer?

A

Se perfuração for MINIMA com selação espontânea
- Pode-se fazer só ATB, observação

Se ferida pequena com Seidel ligeiro
- LC
- Cola de fibrina
- anti-HTO para suprimir produção de humor aquoso e reduzir fluxo permitindo cicatrização

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Trauma Penetrante e perfurante - Tratamento Cirúrgico - Qual deve ser o timing? Perante traumatismo generalizado, em relação a que é que deve ter prioridade, e em relação a que é que não deve ter?

A
  • O MAIS RAPIDO POSSIVEL
  • Sob Anestesia geral
  • Reparação de uma laceração córneo-escleral é deve ter PRIORIDADE em relação a TUDO o que não seja life-threatening
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Trauma Penetrante e perfurante - Quais são os objectivos primário e secundário do tratamento?

A

Objectivo Principal
- Restaurar integridade do globo ocular
Objectivo Secundário
- Restaurar AV

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Trauma Penetrante e perfurante - Prolapso de conteúdo intraocular - o que se deve fazer?

A

Prolapso de vítreo ou de fragmentos do cristalino
- Devem ser CORTADOS para permitir encerrar ferida
Prolapso de tecido uveal
- Só deve ser cortado se aspecto necrotico
- Na ausência de aspecto necrótico, deve-se repor no olho

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Trauma Penetrante e perfurante - Como se deve medicar no pós-op?

A
  • ATB intravenosos
  • CCE tópicos
  • CCE sistémicos
  • Controlo PIO
  • Remover suturas de acordo com evolução
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Lesão ocular química - Qual é a importância epidemiológica?

A
  • São a 2 maior causa de dano ocular no trabalho - 12% (depois dos corpo estranhos 43%)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Lesão ocular química - Quais são os factores de gravidade do químico?

A
  • pH
  • Volume
  • Concentração
  • Duração do contacto
  • Toxicidade intrínseca da substancia
  • Bases
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Lesão ocular química - Qual é o efeito dos ácidos no tecido? Qual é o acido mais grave?

A
  • MENOS graves do que as bases
  • Desnaturam e precipitam proteínas
  • Proteinas coaguladas vão prevenir penetração mais funda, o que leva a menor taxas de melting corneano
    EXCEPÇÃO
  • Ácido Hidroflúrico pode dar quadro muito grave
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Lesão ocular química - Qual é o efeito das bases no tecido?

A
  • MAIS graves que ácidos
  • São lipolíticas - saponificam ácidos gordos das membranas células
    # imaginar detergente a tirar gordura da loiça
  • Penetram mais facilmente no estroma, destruindo as cadeias de colagénio e glicosaminoglicanos
  • Mais associadas a melting estromal e perfuração
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Lesão ocular química - Que achado indica isquémia límbica?

A

Aspecto em mármore

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Lesão ocular química - Como agir?

A
  • Lavagem imediata - PELO MENOS 30 minutos
  • Tirar quaisquer restos nos fundos de saco
  • Medir pH ambos os olhos
  • Ver estruturas CA e segmento posterior
  • Fundo
  • PIO
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Lesão ocular química - Que classificações existem para avaliar o trauma químico? Que parâmetros avalia cada uma?

A

Classificação de Roper-Hall
- Aspecto da córnea
- Extensão de dano límbico
- 4 níveis

Classificação de Dua
- Extensão de dano Limbico
- Extensão de dano conjuntival
6 níveis

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Lesão ocular química - Soluções de lavagem - que características químicas devem ter? Quais são as principais soluções usadas?

A

Osmolaridade BAIXA
- Para promover o edema corneano e a diluição do agente, minimizanto a perfuração
Alta capacidade de tamponamento
- Corresponde à capacidade de absorver ácido ou base em excesso

Água
- Baixa osmolaridade
- Baixa capacidade de tamponamento

Soro fisiológico
- Baixa osmolaridade
- Baixa capacidade de tamponamento

Soro fisiológico tamponado com Fosfato - 300 mOsm/L
EDTA 564 mOsm/L
Hexafluorina
Difoterina
- Todas elas com grande capacidade de tamponamento

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Lesão ocular química - Como é feito o controlo da inflamação? E em casos muito graves?

A

CCE tópicos
- 2/2 a 6/6 horas
- Desmame após 1 semana
- Sem conservantes ou fosfatos
Casos graves
- Podem ser usados CCE sistémicos IV 1-3 dias, depois orais

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Lesão ocular química - Que anti-HTO devem ser usados? Porque?

A
  • anti-HTO colírios - Evitar agentes adrenérgicos porque induzem vasoconstrição !!
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Lesão ocular química - O que pode ser feito para prevenir simbléfaro?

A
  • Aneis de simbléfaro (para prevenir formação)
  • Alguns dispositivos comerciais combinam anel de simbléfaro com MA
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Lesão ocular química - Complicações a Longo Prazo - Defeito Epitelial Persistente - o que pode fazer?

A
  • LA sem conservantes ou fosfatos
  • Colírios de insulina
  • Soro autólogo
  • Plasma rico em factores de crescimento
  • Plug lacrimal
  • LC terapêutica
  • Toxina botulínica na pálpebra medial

Adjuvantes
Doxiciclina oral - reduz actividade colagenases e MMP
Vitamina C - reduz ulceração e perforação corneana
Citrato de sódio tópico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

Lesão ocular química - Terapias cirúrgicas para complicações a longo prazo?

A
  • Membrana Amniotica
  • SLET
  • MA + Transplante
    (Todos em capitulo próprio)
  • Tenoplastia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

Traumatismo das Vias Lacrimais - Ocorre mais frequentemente em que local?

A
  • Canaliculo inferior isolado 75%
  • Canaliculo Superior + Inferior em 10-15%
  • Bilaterais são raros
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

Traumatismo das Vias Lacrimais - Causas mais frequentes

A

Crianças - Mordedura de cão

Adultos jovens - Violencia e acidentes de viação

Idosos - Quedas

Outras causas
- Trauma Facial Grave
- Iatrogenia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

Traumatismo das Vias Lacrimais - Que % tem lesão no globo ocular? Que localização torna essa lesão mais provável?

A
  • 15-20% das lesões da via lacrimal tem lesão do globo !!
  • Sobretudo em casos de lesão canalicular SUPERIOR
36
Q

Traumatismo das Vias Lacrimais - Como se diagnostica?

A
  • Sondagem
37
Q

Traumatismo das Vias Lacrimais - Em que timing deve ser tratado? Alternativas de Tratamento?

A
  • Podem esperar até 48h
  • Resolução do edema facilita identificação das estruturas
  • Reparação PRIMARIA com INTUBAÇÃO aumenta taxa de sucesso
  • Corantes e OVD podem ajudar na identificação da extremidade DISTAL do canalículo

Intubação Monocanalicular com Mini-monoka
- Passado desde o ponto lacrimal até extremidade proximal lacerada
- Identificação da extremidade distal lacerada
- Intubação da extremidade distal
- Sutura de aproximação pericanalicular com fio absorvível 7-0
- Sutura do BORDO palpebral
- Sutura do orbicular e pele

38
Q

Traumatismo das Vias Lacrimais - Quais são as causas mais frequentes para lesões do ponto lacrimal?

A
  • Iatrogénicas
  • Queimaduras
  • Patologia inflamatória e infecciosa
39
Q

Traumatismo das Vias Lacrimais - Quais são as causas mais frequentes para lesões do Saco Lacrimal? Como se compara a urgência do tratamento em relação às lesões canaliculares?

A
  • Geralmente traumáticas
  • Etiologia semelhante às dos canaliculos
  • Menos urgentes - reparação geralmente electiva
40
Q

Traumatismo das Vias Lacrimais - Quais são as causas mais frequentes para lesões do ducto Nasolacrimal Inferior? Como se tratam?

A

Etiologia
- Fracturas cranio-faciais / Traumatismos graves
Iatrogénica
- Cirurgicas

  • Tratadas ELECTIVAMENTE
  • Geralmente DCR
41
Q

Traumatismo das Vias Lacrimais - Como se podem abordar lesões canaliculares antigas?

A
  • Tentar reconstrução do canaliculo - muito mais dificil do que cirurgia em fase aguda
  • Conjunitodacriocistorrinostomia - CDCR
42
Q

Traumatismo do Segmento Posterior - 2ª Cirurgial (após cirurgia primária de encerramento) deve ser realizada em que timing? Qual é o objectivo?

A

Geralmente protelar 7-14 dias para:
- Recuperação das feridas primárias tratadas na 1 cirurgia
- Liquefação de hemorragia da coroide (para aspirar mais facilmente)

43
Q

Neuropatia Optica Traumática - Epidemiologia - Idade? Ocorre em que % de traumatismos cranianos fechados? A que tipo de lesões se associa?

A
  • Mais frequente em JOVENS
  • Ocorre em até 2,5% dos traumatismos cranianos fechados
  • É causa de perda visual GRAVE
  • Geralmente no contexto traumatismo GRAVE de alta energia sinética
44
Q

Neuropatia Optica Traumática - Fisiopatologia

A

Dano directo
- Laceração
- Contusão
- Transecção
- Fractura de fragmento ósseo

+/-

Dano Indirecto
- Transmissão de forças de energia através do cone ósseo orbitário ao canal óptico
- Edema axonal com síndrome compartimental do canal óptico, que leva a isquémia

45
Q

Neuropatia Optica Traumática - Qual é o comprimento do N. Optico Intraorbitário e Intracanalicular?

A
  • Nervo óptico INTRAORBITÁRIO - 25mm, 7 mm em excesso para permitir compensar excursões do globo ocular)
  • Nervo óptico intracanalicular - tem 6-10 mm de comprimento
46
Q

Neuropatia Optica Traumática - Qual é o segmento do N. Optico mais afectado?

A

O segmento intracanalicular é a porção mais lesada no trauma indirecto, sobretudo em TCE fechado (pelo síndrome compartimental no espaço pequeno)

47
Q

Neuropatia Optica Traumática - Avulsão do N. Optico - Em que consiste?

A
  • Consiste numa deslocação posterior forçada do Nervo Optico em relação ao canal escleral
  • Pode ser completa ou incompleta
48
Q

Neuropatia Optica Traumática - Como se pode estimar a AV num doente não colaborante?

A

PEV

49
Q

Neuropatia Optica Traumática - Classificação de Neuropatia Traumática - Nome? Em que consiste?

A

Graus de Neuropatia optica traumática (segundo Cook)
Grau 1 – AV > 1/10, sem fractura orbitaria posterior
Grau 2 - AV superior a pl, mas < 1/10, SEM fractura orbitária posterior
Grau 3 – SEM pl ou com presença de fractura orbitária posterior e pelo menos pl
Grau 4 – sem pl e com fractura orbitária posterior

50
Q

Neuropatia Optica Traumática - Tratamento - Quais são os pilares fundamentais? Qual é a evidencia? Qual foi a conclusão do único estudo especifico em relação a isto?

A

Nada tem evidencia clara…
A evidencia dos corticoides baseia-se na resposta a outro tipo de neuropatias traumáticas (não ópticas)

Corticoides
- Podem ter efeito neuroprotector no trama
- Reduzem edema axonal na fase aguda
- Reduzem radicais livres
- Melhoram fluxo sanguíneo

Antibióticos sistémicos
- Devem ser feitos SEMPRE que houver presença de fractura dos seios nasais, ou no traumatismo PENETRANTE

Cirurgia
- Envolve geralmente descompressão do canal óptico
- Também não te evidencia clara
- Geralmente indicada na presença de fractura canalicular com fragmento ósseo a exercer compressão no Nervo Optico

International optic nerve trauma study (IONTS)
133 doentes com neuropatia traumática
Divididos em 3 grupos
- Observação
- Corticoterapia
- Descompressão
Resultados
- Não houve diferenças entre os grupos …

51
Q

Neuropatia Optica Traumática - Tratamento - Qual é o protocolo de actuação segundo o Livro de NOF?

A
  • Diagnostico apropriado (excluir perfuração ocular)
  • Cantotomia ou cantólise se a orbita estiver tensa e drenar hematoma se presente
  • Considerar corticoides IV mesmo em doentes sem percepção luminosa
  • TC de alta resolução e considerar descompressão se houver compressão
  • Se visão melhorar, passar para CCE oral após 2 dias
  • Se não houver resposta com CCE após 2 dias, ponderar cirurgia descompressiva
52
Q

Trauma Ocular Pediátrico - Qual é a idade mais frequente? Sexo?

A
  • Pico da incidência de TRAUMA em doentes pediátricos é 11-15 anos
  • RAPAZES 3 a 4x mais susceptiveis do que MENINAS
53
Q

Trauma Ocular Pediátrico - Qual é o prognóstico do trauma com cigarros?

A
  • Lesões com CIGARROS geralmente NÃO deixam cicatriz
54
Q

Trauma Ocular Pediátrico - Como varia a velocidade de cicatrização corneana nas crianças?

A
  • Lesões corneanas cicatrizam MAIS RAPIDO em CRIANÇAS (pontos também podem ser retirados MAIS CEDO)
55
Q

Trauma Ocular Pediátrico - Que diferenças há no padrão das fracturas da órbita? Porque?

A

Fracturas do TECTO da órbita são muito mais comuns em crianças do que em adultos
- Geralmente resultam de queda com impacto da região das sobrancelhas
- Geralmente resolvem SEM tratamento

Nas crianças, o seio frontal ainda não está pneumatizado. A presença de ar nos adultos ampara a queda

56
Q

Shaken Baby Syndrome (agora chamado de Abusive Head Trauma) - Como são as lesões a olho nu? Quais são os sinais Oculares e Não Oculares?

A
  • AUSENCIA de sinais de TRAUMA ao olho nú (é uma lesão de “abanamento”, não dá hematomas, feridas superficiais, etc)

Oculares
- Hemorragia da Retina - é o sinal MAIS FREQUENTE de Shaken baby - 80%
(Habitualmente resolvem em semanas/meses)
- Pregas na retina
- Isquisis traumática - mais RARO, resultam de trauma mais grave
- Podem criar cavidades que podem encher de sangue

Sistémicos
- Hematoma Subdural
- Hemorragia subaracnoide
- Edema intracraniano
- Isquemia intracraniana

57
Q

Shaken Baby Syndrome (agora chamado de Abusive Head Trauma) - Que conjunto de achados é praticamente patognomónico? Porque?

A
  • Hemorragia Retiniana Extensa + pregas maculares + isquisis
    com
  • Hemorragia Intracraniana

Traumatismos graves da cabeça por outros motivos QUASE NUNCA envolvem hemorragias da retina

As hemorragias da retina associadas ao parto geralmente despareceram por completo ao final do 1 mês

58
Q

Shaken Baby Syndrome (agora chamado de Abusive Head Trauma) - Como é o prognóstico? Que factores podem predizer o prognóstico?

A
  • 30% das crianças morre
  • Má função visual e má função pupilar relacionam-se com mortalidade
  • Crianças que não morrem ficam com lesões neurológicas graves e permanentes
59
Q

Traumatismo da Órbita - Quais são as consequências de fracturas do Zigomático?

A
  • Alteração do posicionamento do globo ocular
  • Distopia do canto lateral
  • Diplopia
60
Q

Traumatismo da Órbita - Quais são as consequências de fracturas que envolvem o Ápex da órbita?

A
  • Neuropatia Optica Traumática
  • Fístula Carótido-Cavernosa
61
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas do tecto da órbita - Qual é o mecanismo mais frequente? Em que doentes são mais frequentes?

A
  • Geralmente causadas por Trauma contuso, muitas vezes queda de frente
    Mais frequentes em crianças pequenas porque o Seio Frontal ainda não está pneumatizado :O
62
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas do tecto da órbita - Entrapment muscular é frequente? Diplopia é devido a que? Como se abordam?

A
  • Oftalmoplegia por entrapment muscular é RARA
  • Diplopia surge geralmente por hematoma, edema ou contusão das estruturas orbitárias
    Tratamento
  • A MAIORIA não necessita de reparação
63
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas da Parede Medial da órbita - De que resultam? Que ossos costumam envolver?

A
  • Resultam geralmente do impacto de um objecto sólido / impacto numa superfície sólida
  • Geralmente envolvem Processo Frontal do Maxilar, Osso Lacrimal e Osso Etmoidal
    (Parede medial é constituída por
  • Maxilar
  • Lacrimal
  • Etmoidal
  • Esfenoide - Pequena Asa)
64
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas da Parede Medial - Como se Classificam?

A

Tipo I - envolvimento de tecido ósseo ligado ao tendão cantal medial
Tipo II - Cominutivas, com envolvimento de osso ligado ao tendão cantal medial
Tipo III - Cominutivas, com atingimento ou desinserção do tendão cantal medial

65
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas da Parede Medial - Complicações?

A
  • Lesão cerebral
  • Epistaxis severa por avulsão da A. Etmoidal Anterior
  • Hematoma orbitário
  • Rinorreia de LCE
  • Lesão da Via Lacrimal
  • Desvio lateral do canto medial
  • Fractura associada do pavimento
66
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas da Parede Medial - Como se tratam?

A

Redução e fixação

67
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas Blowout da Parede Medial - Ocorrem geralmente em que contexto?

A
  • Extensão de Fractura blowout do pavimento da órbita
  • Podem ocorrer isoladamente
68
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas Blowout da Parede Medial - Indicações para tratamento?

A
  • Entrapment muscular
  • Diplopia persistente
  • Enoftalmos grave (risco maior se fractura medial + pavimento)
69
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas Blowout da Parede Medial - Qual é a abordagem cirúrgica?

A
  • Palpebra inferior
  • Transconjuntival
  • Orbitotomia medial
70
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas do Pavimento da Órbita - Qual é o mecanismo mais frequente?

A

Blowout

71
Q

Traumatismo da Órbita - Qual é o mecanismo das fracturas Blowout? Que tipo de objectos causam?

A

São causadas geralmente por objectos MAIORES que o diâmetro Orbitário (bola de ténis, Murro)

1 - Trauma contuso causa aumento súbito da pressão intraorbitária, com cedência do ponto mais frágil que é o pavimento da órbita, sobretudo na sua região posterior
2 - A deformação no Bordo Orbitário inferior transmite forças que se concentram no pavimento da órbita

72
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas Blowout do pavimento da órbita - Quadro Clínico?

A

Palpebras
- Equimose e edema
- Pode haver AUSENCIA de sintomas - White-eyed blowout fracture :O

Diplopia
- Limitação da SUPRA ou INFRA (ou ambas)

Enoftalmus
- Devido à herniação dos tecidos moles para o seio maxilar
- Muito agravada se houver fractura concomitante da parede medial
- Na fase aguda pode estar mascarado pelo edema

Hipostesia da Distribuição do N. Infraorbitário
(ramo do V2)

Enfisema Palpebral e da Órbita
- Ar proveniente dos seios
- Geralmente na presença de fractura medial
- Doentes devem ser instruídos para não se assoarem
Diminuição AV
- Pode acontecer no contexto de Neuropatia Traumática ou S. Compartimental da Órbita

73
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas Blowout do pavimento da órbita - Como se diagnostica o Entrapment do Recto Inferior?

A
  • Teste ducção activa positivo
74
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas Blowout do pavimento da órbita - Qual é a causa mais frequente de diplopia e de Neuropatia?

A
  • Hemorragia e Edema
75
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas Blowout do pavimento da órbita - Enoftalmus - Ocorre em que contexto?

A

Herniação dos tecidos moles para o seio maxilar
- Muito agravada se houver fractura concomitante da parede medial
- Na fase aguda pode estar mascarado pelo edema

76
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas Blowout do pavimento da órbita - A que pode levar a tentativa de ducção do olho

A

Reflexo Oculo-Cardiaco
- Bradicardia
- Náuseas
- Dor

77
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas Blowout do pavimento da órbita - Quanto tempo se deve aguardar antes de ponderar cirurgia? Porque?

A

2 semanas

Na maioria dos casos os sintomas devem-se a hemorragia / Edema

78
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas Blowout do pavimento da órbita - Em que idade se torna mais provável o encarceramento do recto inferior?

A

Doentes Pediátricos

79
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas Blowout do pavimento da órbita - Indicações cirúrgicas?

A
  • Diplopia em posição primária, ou limitação grave com entrapment comprovado
  • Enoftalmus grave (> 2 mm) - no início pode estar mascarado pelo edema
  • Fracturas extensas, envolvendo mais de metade do pavimento orbitário
80
Q

Traumatismo da Órbita - Fracturas Blowout do pavimento da órbita - O que se faz na cirurgia? Qual é a abordagem?

A
  • Transconjuntival Inferior +/- Cantotomia lateral
  • Libertação do tecido preso / herniado
  • Colocação de um implante na região da fractura (aloplásticos, silicone, titânio)
81
Q

Síndrome Compartimental da Órbita - O que é? Quais são as causas?

A

Causas
- Trauma
- Cirurgia
- Injeção retrobulbar ou peribulbar
- Doença orbitária

82
Q

Síndrome Compartimental da Órbita - Quais são os mecanismos de perda de visão?

A
  • OACR
  • Neuropatia compressiva directa
  • Compressão da vasculatura do Nervo Optico
83
Q

Síndrome Compartimental da Órbita - Como é que se pode estimar a pressão intraorbitária neste contexto?

A
  • A PIO reflecte a pressão intraorbitária nestas circunstancias
84
Q

Síndrome Compartimental da Órbita - Quadro Clínico

A

Diminuição AV

DPAR

HTO
- A PIO reflecte a pressão intraorbitária nestas circunstancias

Proptose
Resistência à retropulsão do globo

85
Q

Síndrome Compartimental da Órbita - Tratamento - Deve ser feito em que timing perante suspeita? O que se faz?

A
  • Descompressão EMERGENTE
  • NÃO aguardar por exame de imagem
    Técnica
    Cantotomia Lateral + Cantólise inferior
  • Consiste na desinserção das pálpebras do bordo orbitário lateral
  • Permite “espalhar” o hematoma mais para a frente
    Se não for necessário, Cantólise inferior +/- superior podem ser necessárias