Trauma Flashcards
Classificação das fraturas de face (Le Fort)
Tipo 1 (“Guérin” ou disjunção dentoalveolar)
- Linha de fratura transversa
Tipo 2
- Separa o osso maxilar e nasal do osso frontal
Tipo 3
- Semelhante à 2 porém com acometimento da órbita
Local da toracocentese
Toracocentese de alívio
- 4º ou 5º EIC anterior à LAM
- Na criança: 2º EIC na linha hemiclavicular
Drenagem em selo d’água
- 5º EIC anterior à LAM
Hemotórax maciço
- > 1.500 mL ou drenagem constante > 200-300 mL/h por 2-4 horas
- Necessidade persistente de transfusão
- Conduta: toracotomia (buscar origem do sangramento)
- Possibilidade de autotransfusão
Tríade de Beck (tamponamento cardíaco)
- Turgência de jugular
- Hipotensão
- Hipofonese de bulhas
Classificação do choque hemorrágico
Classe I
- PA normal
- FC < 100 bpm
- Perda < 750 mL (< 15%)
- Não transfundir
Classe II
- PA normal
- FC 100-120 bpm
- Perda 750-1.500 mL (15-30%)
- Avaliar necessidade de transfusão
Classe III
- Hipotensão
- FC 120-140 bpm
- Perda 1.500-2.000 mL (30-40%)
- Transfusão
Classe IV
- Hipotensão
- FC > 140 bpm
- Perda > 2.000 mL (> 40%)
- Transfusão maciça
Transfusão maciça
- > 10 UI/24 h ou > 4 UI/1h
- 1 CH (1 concentrado de hemácias) : 1 plasma : 1 CP (concentrado de plaquetas)
- Perda volêmica classe IV
Ácido tranexâmico no trauma
- Se sangramento volumoso não compressível
- 1ª dose (1 g) em até 3 horas e reforço (1 g) em 8 horas
- Ideal nos primeiros 10 minutos
- Após 3 horas pode aumentar a letalidade
Diurese na reposição volêmica
- 0,5 mL/kg/h
- Criança: 1 mL/kg/h
- Idealmente com cateter vesical (afastar trauma uretral antes)
Escala de Coma de Glasgow
Abertura ocular
1. Ausente
2. Ao estímulo de pressão
3. Ao chamado
4. Espontânea
Fala
1. Ausente
2. Sons incrompreensíveis
3. Palavras desconexas
4. Desorientado
5. Conversa normalmente
Resposta motora
1. Ausente
2. Reflexo em extensão
3. Flexão anormal
4. Flexão normal
5. Localiza dor
6. Obedece comandos
Glasgow-P = ECG - pupilas
0. Resposta pupilar bilateral
1. Resposta pupilar unilateral
2. Resposta pupilar ausente
Lesões de vísceras abdominais mais comuns por tipo de trauma
- Arma de fogo (PAF): delgado > cólon > fígado (“tiro pega tripa”)
- Arma branca: fígado > delgado > diafragma (“faca pega fígado”)
- Contuso: baço > fígado (“batida pega baço”)
Topografia de utilização do FAST
- Saco pericárdico (subxifoide)
- Espaço hepatorrenal
- Espaço esplenorrenal
- Hipogástrio / fundo de saco (suprapúbico)
- FAST estendido (E-FAST): para hemo e pneumotórax
Trauma esplênico
- Fratura de arcos costais E e sinal de Kerh (dor no ombro)
- Sempre que possível, prefere-se tratamento conservador:
1. Lesões grau I, II e III
2. Lesão grau IV* (devascularização >25%)
3. Lesão grau V* (baço pulverizado)
*Se estável e com blush, tentar angioembolização
Vacinação: Pneumococo, Meningococo e Haemophilus até 14 dias após esplenectomia
Características do trauma hepático
Se paciente estável, tentar tratamento conservador
- Lesão grau V: se estável, tentar angioembolização se possível
- Grau VI (avulsão): cirurgia (tem começado a se tentar angioembolização para algumas lesões grau VI)
Manopra de Pringle: clampeamento do ligamento hepatoduodenal (colédoco, a. hepática e v. porta)
Se não parar de sangrar, considerar possibilidade de sangramento de VCI (retro-hepática) ou veias hepáticas
- Empacotamento
- Shunt atriocaval
Síndrome compartimental abdominal
- PIA normal = 5-7 mmHg
- SCA = PIA aumentada (> 12 mmHg) + disfunção orgânica (geralmente com PIA > 21 mmHg, IRPa, IRA, hipotensão, HIC)
Tratamento: - Medidas gerais de suporte: posição supina, reposição com cautela, drenagem de coleções, analgesia e sedação
- Se refratário, cirurgia de descompressão
- Se PIA > 25 mmHg: sempre descompressão
Tipos de fratura de pelve
- Compressão lateral (60-70%)
- Compressão vertical (5-15%)
- Compressão AP (15-20%, em livro aberto, maior risco de sangramento)