Trabalho de Parto Prematuro Flashcards

1
Q

Defina: parto pré-termo, prematuridade extrema, moderada e leve, pretermo precoce, pretermo tardio, termo precoce e termo completo.

A
Parto pré-termo: TP entre 20-22s e 36s6d.
Prematuridade Extrema: 20-27s6d.
Prematuridade Morderada: 28s-31s6d.
Prematuridade Leve: 32s-36s6d.
Pretermo precoce: 20-33s6d.
Pretermo tardio: 34s-36s6d.
Termo precoce: 37s-38s6d
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2
Q

Qual a frequência do trabalho de parto prematuro (TPP) espontâneo em relação ao total de nascimentos?

A

Corresponde a 10% do total de nascimentos.

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3
Q

Quais as causas de TPP?

A

Iatrogenia, IIC, Infecção (corioamnionite), RPMO, sobredistensão uterina (polidrâmnio, gemelaridade), malformações uterinas (utero didelfo - útero suporta mal a distensão), sangramento de 2a metade (DPP e PP), gestação de alto risco (alterações endócrinas e aumento de contratilidade).

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4
Q

Qual a fisiopatologia do TPP?

A

O trabalho de parto ocorre por uma liberação de citocinas pró-inflamatórias, hormônios hipotalâmicos e adrenais (cortisol, ocitocina), estrógenos placentários e prostaglandinas, ocorrendo por 1 de 4 processos: ativação prematura do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal materno e fetal, inflamação/infecção, hemorragia decidual e distensão uterina patológica.

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5
Q

Quais os FR do TPP?

A

Estresse físico e psicológico, baixo estatus socioeconômico, gestação múltipla, polidrâmnio, miomatose, anomalia uterina, fatores cervicais, infecção, DPP, PP, PARTO PREMATURO ANTERIOR (principal), alcoolismo, extremos de idade, desnutrição, anomalia congênita fetal e RCF.

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6
Q

Qual o QC do TPP?

A

Em gestação normal, existem contrações que vão aumentando sua frequência conforme o passar da gestação (contrações de Braxton-Hicks). No TPP, a atividade uterina encontra-se precocemente aumentada, causando dor, que persiste por mais de 1h mesmo com a grávida em repouso e sedação.

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7
Q

Diferencie ameaça de TPP de TPP franco.

A

Ameaça de TPP: atividade uterina aumentada, apagamento parcial ou total do colo, dilatação ausente ou discreta.
TPP franco: 4 contrações em 20 minutos ou 8 contrações em 60 minutos + alteração do colo + dilatação cervical > 2 cm ou apagamento cervical > 80%.

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8
Q

Quais exames podem ser realizados como preditivos de TPP?

A

USG transvaginal para medição do comprimento do colo do útero e exame da fibronectina fetal.
Vale ressaltar que são exames que não devem ser realizados de rotina pela baixa acurácia deles.

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9
Q

Explique a USG com medição de colo uterino.

A

Realizado em gestantes com alto risco de TPP ou gestantes sintomáticas de TPP entre 18-24s. O valor de corte é 25mm, ou seja, se a distância entre o OCI e OCE for maior que 25mm, existe um baixo risco de TPP e se for menor existe alto risco. No entanto, gestantes sintomáticas que apresentam colo maior que 30mm exclui o TPP em mulheres com contrações (falso trabalho de parto).

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10
Q

Explique o teste da fibronectina fetal.

A

A fibronectina é uma substância que mantém a aderência entre a placenta e o útero e entre a membrana fetal-decídua. Quando há separação entre alguma dessas estruturas, há liberação da fibronectina fetal na vagina, aumentando sua concentração entre 24s-35s, o que não é normal.

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11
Q

Qual o prognóstico do TPP?

A

É responsável por 75% dos óbitos neonatais e 50% das lesões neurológicas em crianças.

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12
Q

Quais as complicações do TPP?

A

Principais: síndrome da angústia respiratória (principal causa de morte no pré-termo) (principalmente por doença da membrana hialina - deposição de fibrina nos alvéolos), hemorragia intracraniana, enterocolite necrosante e sepse.
Outras: retardo do crescimento, disfunções auditivas/visuais, maior chance de óbito no 1° ano de vida, …

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13
Q

Explique a Síndrome da Angústia Respiratória.

A

Ocorre quando há nascimento antes da maturação dos pneumócitos tipo II, que produzem o surfactante. Este é composto principalmente pela lecitina, que é produzida por 2 vias. A primeira via produz uma lecitica instável e ocorre até 35 semanas. Após esse período ela é produzida pela 2a via, que é mais estável. O nascimento quando há produção apenas pela 1a via predispões à SAR.

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14
Q

É possível verificar a maturidade fetal antes do nascimento? Como?

A

Sim, porém é restrito para pesquisas com amostras do líquido amniótico: dosagem da creatinina (maturidade renal), percentual de células fetais maduras (maturidade epidérmica), teste de Clemens (maturidade pulmonar), dosagem de fosfatidilglicerol (maturidade pulmonar).

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15
Q

Quais medidas podem ser tomadas para prevenir o TPP?

A

Diminuição da atividade física é controverso (sem evidência), tto de vaginose bacteriana, circlagem em IIC (vários abortos tardios ou comprimento do colo menor que 20mm), suplementação com progestágenos.

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16
Q

Explique a suplementação com progestágenos.

A

Usado na forma de supositórios vaginais em gestantes com histórico de TPP (entre 20-34s) ou pacientes com colo curto (< 20 mm) entre 20-24s mesmo que assintomáticas ou sem FR.
Existe evidência de que o trabalho de parto ocorre pela queda na relação progesterona/estrógeno, fazendo com que a administração de progesterona possa prevenir o TPP.

17
Q

Quando deve ser feita a inibição do TPP?

A

Entre 24-34s, pois após esse período não houve verificação de redução na morbimortalidade fetal e menor que isso está muito relacionada a desfechos desfavoráveis

18
Q

Explique a tocólise.

A

A tocólise por si só não está relacionada à redução na morbimortalidade neonatal, mas permite ganhar tempo para uso do corticoide, que produz redução significativa na mortalidade.

19
Q

Quais as contraindicações da tocólise?

A

Sofrimento fetal agudo, óbito fetal, malformações incompatíveis com a vida, DM-1 descompensada, hipertireoidismo descompensado, HAS grave, DPP, DHEG, corioamnionite, maturidade pulmonar fetal comprovada, PP, colo com dilatação > 4 cm, RPMO, RCF, anemia falciforme.

20
Q

Quais as drogas utilizadas como tocolíticos?

A

Beta-miméticos, bloqueadores do canal de cálcio, antagonistas do receptor de ocitocina, inibidores da síntese de prostaglandinas.

21
Q

Como atua cada uma dessas drogas?

A

Beta-miméticos: relaxamento muscular por diminuição do cálcio intracelular (ritodrina e terbutalina).
BCC: relaxamento do miométrio por redução do cálcio intracelular (nifedipino).
Antagonistas da ocitocina: atosiban.
Inibidores da síntese de prostaglandinas: as prostaglandinas possuem papel importante na gênese das contrações uterinas (indometacina).

22
Q

Qual a melhor droga tocolítica e por quê?

A

Não existe consenso, porém o BCC apresenta eficácia melhor/igual ao beta-mimético porém produz muito menos efeitos colaterais, sendo preferíveis. O antagonista de ocitocina possuem menos efeitos colaterais de todos, porém sua eficácia diminui quanto menor a IG (menos receptores de ocitocina). A indometacina está relacionada com oligodrâmnio e fechamento precoce do ducto arterioso quando uso prolongado (> 48h) ou após 32s.

23
Q

Explique a corticoterapia.

A

É comprovadamente eficaz na redução da mortalidade neonatal por diminuir a SAR, hemorragia intracraniana e enterocolite necrosante, apresentando pico de efetividade após 48h da primeira dose, durante até 7d e depois disso perde todo seu efeito (a indicação deve ser muito criteriosa).
As drogas de escolha são a betametasona e dexametasona e deve ser utilizada entre 24-34s (sem benefício antes e depois) com pico de benefício entre 28-34s).
O efeito adverso mais procupante é o edema agudo de pulmão em gestantes com uso de tocolíticos.

24
Q

Explique o sulfato de magnésio.

A

Diminuição significativa do risco de paralisia cerebral

25
Q

Como deve ser feita a assitência ao TPP?

A

Não deve haver tentativa de inibição quando não há benefício em prolongar a gestação (<24s ou > 34s), CI à tocólise ou tocólise ineficaz. Avalia-se a vitalidade fetal rigorosamente, avalia-se a via de parto e faz-se rastreio para strepto tipo B.

26
Q

Quais fatores influenciam na escolha da via de parto?

A

IG, integridade das membranas, peso fetal, apresentação fetal, vitalidade fetal e condições cervicais.

27
Q

Em quais gestantes é feito o rastreio para Estreptococcos do grupo B?

A

Em TODAS as gestantes deve-se fazer rastreio para esses CGP com IG entre 35-37s, pois 10-30% das gestantes são colonizadas.

28
Q

Como é feito o rastreio para Estreptococcos do grupo B?

A

Swab vaginal (introito vaginal) e retal.

29
Q

Qual a conduta em rastreio para Estreptococcos do grupo B?

A

As gestantes positivas devem receber ATB durante o TP ou no momento da amniorrexe.

30
Q

Qual a conduta em rastreio para Estreptococcos do grupo B?

A

As gestantes positivas devem receber profilaxia com ATB durante o TP ou no momento da amniorrexe.

31
Q

Quais fatores de risco devem ser considerados caso não tenha sido feito o rastreio para Estreptococcos do grupo B?

A

Trabalho de parto com menos de 37s, temperatura intraparto > 38° e RPMO > 18h.

32
Q

Qual a via de parto escolhida?

A

Depende:
- Feto inviável (< 24s) -> vaginal
- Feto viável cefálico com < 1500g -> cesárea
- Feto pélvico com > 750g -> cesárea
VIA VAGINAL: cefálica fletida e pélvico com < 750g.
VIA ALTA: cefálica defletida e pélfico com > 750g.