Infecções Na Gestação Flashcards

1
Q

Quais as formas de transmissão materno-fetal (TMF)?

A

Transplacentária (principal), mas pode ocorrer também durante o parto.

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2
Q

Qual a relação da IG e a infecção fetal?

A

Quanto maior a IG, mais vascularizada é a placenta e, consequentemente, maiores as taxas de contaminação fetal. Porém, como com o passar da gestação mais maduro está os fetos e mais completa está sua organogênese, apesar de maior taxa de infecção, menores são as consequências e sequelas fetais quanto maior a IG.

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3
Q

Quais as consequências fetais da toxoplasmose?

A

RCF, óbito fetal, prematuridade e toxoplasmose congênita.

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4
Q

Quais as formas que podemos encontrar o T. gondii no organismo?

A

Taquizoítos (fase aguda, sangue) e bradizoítos (cistos, principalmente no MEE, retina e sistema nervoso central).

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5
Q

Imagem ciclo toxo.

A

.

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6
Q

Quais as formas de transmissão da toxoplasmose?

A

Ingestão via oral de cistos com bradizoítos (contato com fezes de gatos, ingestão de carne crua ou mal passada, ingestão de frutas/legumes/vegetais), transplante de órgãos ou tecidos, transfusão sanguínea, exposição ocupacional em laboratório.

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7
Q

Quais as consequências maternas da infecção pelo Toxoplasma gondii?

A

90% é assintomático. Das sintomáticas (10%), os principais achados são: linfadenopatia generalizada (2-4 semanas após infecção), febre, fadiga, mialgia, …
As consequências maiores da toxoplasmose é quando há imunossupressão com consequente reativação dos cistos.

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8
Q

Como é feito o diagnóstico laboratorial da toxoplasmose materna?

A

É realizada a sorologia na primeira consulta de pré-natal e repete essa sorologia mensalmente em gestantes suscetíveis.
O IgM surge na primeira semana de infecção podendo permanecer positivo até depois de 1 ano.
O IgG surge após 1-2 semanas de infecção e permanece titulável por vários anos.

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9
Q

Quais as possibilidades de resultado da sorologia para toxoplasmose materna?

A

IgM e IgG -: mãe suscetível
IgM- e IgG+: mãe soroconvertida, não imunizada.
IgM+ e IgG+: deve-se realizar o teste de avidez do IgG, pois não sabemos se essa infecção é recente ou não. Sabe-se que a avidez do IgG torna-se alta após cerca de 14 semanas de infecção.
IgM+ e IgG-: pode ser um falso positivo de IgM, mas deve-se acompanhar essa mãe para ver se o IgM permanece constante ou aumenta a titulação.

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10
Q

Quando ocorre transmissão da toxopalsmose para o feto?

A

Apenas durante a primoinfecção, sendo que por reativação é extremamente rara a TMF.

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11
Q

Quais as chances de TMF da toxo segundo o trimestre de gestação?

A

1° tri: 15%
2° tri: 45%
3° tri: 70%.

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12
Q

Quais os achados fetais na toxoplasmose congênita em casos graves?

A

Quando o caso é grave, verifica-se áreas de necrose na placenta com parasitas, necrose cerebral com calcificações (visualizadas na TC), hidrocefalia, microcefalia.

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13
Q

Onde os cistos se desenvolvem no feto na toxo congênita?

A

Nos MEEs e cardíaco, cérebro e retina. A ruptura desses cistos após vários anos pode levar a episódios transitórios de resposta inflamatória com cicatrização posterior.

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14
Q

Qual a diferença entre infecção congênita e assintomática de toxoplasmose?

A

A congênita geralmente é aquela adquirida até o 2° trimestre de gestação, apresentando consequências mais graves. A assintomática geralmente é quando há acometimento fetal no 3° trimestre e as manifestações aparecem após meses ou anos do nascimento.

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15
Q

Qual a tríade clássica da toxoplasmose congênita?

A

Coriorretinite, calcificações intracranianas e hidrocefalia.

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16
Q

Quais os achados USG na toxo congênita?

A

Calcificações intracranianas, dilatações ventriculares, microcefalia, hepatoesplenomegalia, ascite, RCF, placentomegalia.

17
Q

Como deve ser feito o esquema de tratamento em caso de primoinfecção materna de toxoplasmose?

A

Deve-se realizar amniocentese para verificar se há a presença de protozoários no LA.
Se o feto não for acometido: espiramicina até o fim da gravidez (é uma droga parasitostática -> diminui o T. gondii na circulação).
Se o feto tiver sido acometido (PCR positivo na amniocentese): pirimetamina + sulfadiazina + ácido folínico. O esquema tríplice só pode ser iniciado após 14 semanas pelo potencial teratogênico da pirimetamina e sulfadiazina.

18
Q

Por que não se utiliza espiramicina em caso de infecção fetal comprovada?

A

Pois a espiramicina é um parasitostático (não mata o protozoário) e não atravessa a barreira hematoplacentária.

19
Q

Imagem tto toxo.

A

.

20
Q

Por que a infecção por parvovírus B19 é de grande relevância clínica?

A

Pois esse vírus apresenta um grande tropismo celular por eritrócitos, sendo capaz de promover uma anemia fetal importante com consequente hidropsia fetal.

21
Q

É comum a gestante se infectar pelo parvovírus?

A

Não, pois geralmente esse vírus não causa infecção em imunocompetentes, mas quando a gestante adquire a doença, pode ser desastroso.

22
Q

Comente sobre a patogenia da parvovirose fetal.

A

O vírus, por apresentar tropismo por eritrócitos, promove lise dessas células com consequente anemia. Esta, por sua vez, promove diminuição da viscosidade sanguínea, diminuindo sua pressão oncótica e perdendo líquido para o 3° espaço (graus variados de hidropsia fetal). Além disso, a baixa viscosidade promove hipoperfusão tecidual, criando um estado hiperdinâmico no feto (aumento do DC), o que pode ser identificado pela dopplervelocimetria de ACM.

23
Q

Quais os achados USG da hidropsia fetal na parvovirose?

A

Derrame pericárdico, ascite, edema subcutâneo, hipertrofia miocárdica, cardiomegalia, placentomegalia, alterações no volume do LA.

24
Q

Qual o tto da parvovirose fetal?

A

Deve-se realizar o parto (se gestação a termo) ou fazer uma transfusão intrauterina (TIU) por cordocentese caso necessário.

25
Q

Quais as formas de transmissão do zika vírus?

A

Picada do mosquito contaminado, sexual, hemotransfusão e vertical.

26
Q

Qual o QC do zika em adultos?

A

A grande maioria é assintomático, mas 20% dos casos apresenta-se como uma dengue fraca (febre baixa, um pouco de mialgia e artralgia) com congestão conjuntival bilateral. Podem ocorrer complicações neurológicas, como Guillain-Barré, encefalite, mielite transversa e meningoencefalite.

27
Q

Quais as consequências fetais do zika vírus?

A

Pelo seu tropismo por células do SNC, promove anormalidades no crescimento, proliferação e diferenciação neuronal, com maior gravidade nos primeiros trimestres -> microcefalia, calcificações, hipoplasia cerebelar, ventriculomegalia, microftalmia, …

28
Q

Quais as possíveis consequências fetais da rubéola?

A

RCF, óbito fetal, abortamento, malformações. A tríade clássica da SRC (síndrome da rubéola congênita), que é a tríade de Gregg, consiste em: catarata (nuclear mas que se torna total), surdez congênita e cardiopatia congênita (principalmente: persistência do ducto arterioso, CIV e CIA).

29
Q

Como ocorre a TMF da rubéola?

A

Transplacentária (principal), secreções vaginais durante o parto e, teoricamente, amamentação.

30
Q

Qual a probabilidade de TMF da rubéola de acordo com o trimestre?

A

90% 1° tri
30% entre 20-30s
60% 31-36s
100% final da gravidez.

31
Q

Como é feito o diagnóstico da rubéola?

A

IgM se positiva à partir do 5° dia do rash até 1 ano. Pode ser verificada a avidez do IgG também.
Deve-se procurar o IgM fetal e não o IgG, pois o IgG materno pode atravessar a BHP e dar um falso positivo.

32
Q

Uma gestante que já soroconverteu para CMV possui risco de transmitir para o feto?

A

Sim, pois pode haver reativação do vírus (baixa, porém real, chance de contaminação fetal) e pode haver contaminação materna por uma cepa diferente do CMV, funcionando como primoinfecção.

33
Q

Qual a transmissão do CMV?

A

Sexual (é um causador de DIP), saliva, hemotransfusão, exposição ocupacional e transmissão vertical.

34
Q

Como é feito o diagnóstico de CMV?

A

IgM e IgG positivos (testar avidez do IgG), lembrando que pode haver primoinfecção por outra cepa de CMV.

35
Q

Quais as controvérsias no rastreamento para CMV?

A

Baixa acurácia para saber se há ou não sequela fetal pela sorologia, é difícil diferenciar se é uma primoinfecção por outra cepa ou reativação, existem várias cepas, permitindo a reinfecção, se eu detecto que ela é suscetível, não tem muito o que fazer (sem prevenção com vacina) e não há evidência robusta de tto efetivo.

36
Q

Como o feto é contaminado pelo CMV?

A

Transplacentária ou por via ascendente (vagina -> membranas -> LA -> feto deglute).

37
Q

Quais as consequências fetais da infecção por CMV?

A

RCF, microcefalia, hepatoesplenomegalia, petéquias, icterícia, coriorretinite, trombocitopenia, anemia, alças intestinals hiperecogênicas, alterações no SNC e cardíacas.