Terapia Nutrológica Parenteral no Adulto Flashcards
1
Q
TNP
Conceito
A
- Consiste na realização de terapia nutricional através de cateteres periféricos ou centrais com o intuito de isolada ou em conjunto, fornecer os nutrientes eu o paciente precisa, a fim de evitar complicações inerentes a queda do estado nutricional
2
Q
TNP
Características gerais
A
- O princípio básico da terapia nutrológica é usar o método menos invasivo e mais fisiológico para a alimentação.
- A nutrição parenteral é a administração intravenosa de uma solução contendo aminoácidos, glicose, lipídios, eletrólitos, elementos-traço e vitaminas.
- A infusão de nutrientes diretamente na circulação venosa é o método menos preferido. No entanto, em alguns casos, a nutrição parenteral central ou a nutrição parenteral periférica são as únicas maneiras de nutrir o paciente.
- A terapia nutrológica parenteral carrega riscos inerentes associados à colocação de cateter venoso central, como infecção e trombose, portanto, a indicação deve ser cuidadosamente avaliada
3
Q
TNP
Indicação
A
- Incapacidade de absorção de nutrientes pela via digestiva;
- Ressecção maciça de intestino delgado, síndrome do intestino curto (pelo menos inicialmente);
- Enterite por radiação;
- Diarreia grave;
- Obstrução completa do intestino;
- Catabolismo grave com ou sem subnutrição, quando o intestino não pode ser usado por 5 a 7 dias;
- Impossibilidade de acesso enteral;
- Impossibilidade de fornecimento de todos os nutrientes por via enteral;
- Pancreatite com dor abdominal com enteral jejunal;
- Hemorragia do trato gastrointestinal persistente;
- Abdome agudo, íleo;
- Fistula entérica de alto débito (> 500 mL/dia) e impossibilidade de se passar sonda nasoentérica além da fistula;
- Trauma com necessidade de vários procedimentos cirúrgicos;
- Fístula enterocutânea;
- Doença inflamatória intestinal não responsiva ao tratamento clínico;
- Hiperêmese gravídica (náusea e vómitos persistentes por 5 a 7 dias sem possibilidade de uso de terapia nutrológica enteral);
- Obstrução parcial de intestino delgado;
- Quimioterapia/Mucosite;
- Cirurgia de grande porte na qual o tubo digestivo não pode ser usado por 5 a 7 dias
- Vômitos intratáveis quando a terapia enteral jejunal não é possível;
- Ascite quilosa ou quilotórax quando a nutrição enteral com baixo teor de gordura não leva à diminuição do débito
4
Q
TNP
Contraindicação
A
- Trato gastrointestinal funcionante
5
Q
TNP
Avaliação nutrológica
A
- Antes de se iniciar a TNP, deve-se realizar uma avaliação nutrológica capaz de
- Determinar as necessidades calórica e proteica e identificar as alterações metabólicas provocadas pela doença de base, pela condição clínica e pelo uso de medicações.
- A determinação das necessidades calórica e proteica para pacientes subnutridos, em condição de estresse e sob ventilação mecânica pode ser dificil.
- No paciente crítico, o fornecimento das necessidades totais estimadas pode ser tem-se orientado, inicialmente, o fornecimento de calorias em quantidades menores do que a necessidade estimada
6
Q
TNP
Considerações no início na TNP
A
- Deve se observar antes do início se há a correta indicação, as doenças de base do paciente, as necessidades proteicas e calóricas, presença de distúrbios glicêmicos e de eletrólitos, dosagem de TGO, TGP e triglicerídeos .
- Considerar se o acesso será venoso ou centra
7
Q
TNP
Total x Parcial
A
Total
- Única via alimentar é a parenteral
Parcial
- TNP se torna uma via de complementação a via enteral
8
Q
TNP
Sistemas
A
Solução glicídico: Glicose e aminoácido
- Solução 2:1 - Solução transparente
Solução Lipídico: Glicose, aminoácido e lipídio
- Solução 3:1
- Solução esbranquiçada
- Idealmente, se utiliza a solução lipídica, entretanto em situação com aumento de triglicerídeos utiliza-se a solução glicídica
- Além disso, pode haver necessidade de uma solução individualizada
9
Q
TNP
Acesso venoso
A
Avaliar osmolaridade da solução para decidir a vida de acesso
Periférico
- Necessidade calórica inferior a 1800 kcal/dia;
- Necessidade de nutrição intravenosa por curto período (menos de 10 dias);
- Paciente com boa rede venosa periférica;
- Restrição hídrica não é necessária.
Central
- Utilização de cateter exclusivo para infusão da nutrição
10
Q
TNP
Oferta glicídios
A
- Os glicídios devem constituir no máximo 60% do valor calórico total da nutrição parenteral.
- No início dessa terapia, recomenda-se que a oferta de glicose não ultrapasse
- 7,2 g/kg/dia, o equivalente a 5 mg/kg/min, para diminuir os riscos de hiperglicemia e esteatose hepática.
- No entanto, no paciente hospitalizado, clinicamente estável ou em TNP domiciliar, recebendo nutrição parenteral cíclica, essa quantidade pode ser excedida, caso o paciente necessite de calorias para manutenção ou ganho de peso
11
Q
TNP
Oferta lipídios
A
- Corresponde a 30% do VET
- Os lipídios em nutrição parenteral são uma importante fonte de energia e de ácidos graxos essenciais. Portanto, a quantidade de glicose necessária como fonte energética é menor, contribuindo para evitar a hiperglicemia e a esteatose hepática.
- Principais: mono e poliinsaturados; ômega 3, 6; TCL/TCM
- Síndrome da oferta excessiva de gordura (fat overload syndrome): pode ocorrer quando a taxa de infusão é muito maior do que a taxa de utilização. As partículas de lipídios não utilizadas podem ser captadas pelo sistema fagocítico mononuclear e o sistema imunitário pode ter sua função deprimida como resultado da ativação crônica do sistema fagocítico mononuclear
- Interrupção da infusão: triglicerídeos maior que 400mg/dL
12
Q
TNP
Oferta proteínas
A
- Geralmente na faixa de 1,5 g/kg/dia, dependendo do estresse e do catabolismo de cada paciente.
- Determinados pacientes (críticos, queimados, pós-trauma, em pós-operatório, em diálise): necessitam de 1,2 a 2 g/kg/dia. A necessidade proteica daqueles em estados catabólicos graves pode atingir 2 a 2,5 g/kg/dia.
- Insuficiência renal aguda em diálise: 1 a 1,7 g/kg/dia.
- Doença hepática: estudos recentes mostraram que a restrição proteica pode piorar a doença hepática de base, além de não levar redução da ocorrência de episódios de encefalopatia hepática.
- • Esteato-hepatite: 1,2 g/kg/dia em pacientes com subnutrição moderada e 15 g[kg/dia em pacientes com subnutrição grave.
- Cirrose hepática compensada: 1,2 g/kg/dia.
- Cirrose hepática descompensada: com subnutrição grave, a oferta proteica deve ser de 1,5 g/kg/dia.
- Encefalopatia III e IV: deve-se considerar o uso de soluções com maior proporção de aminoácidos de cadeia ramificada
13
Q
TNP
Oferta eletrólitos
A
- Os eletrólitos na nutrição parenteral são adicionados de acordo com as necessidades de cada paciente, considerando-se as medicações em uso e as recomendações de cada um deles
- As perdas excessivas de eletrólitos em feridas, fistulas gastrointestinais, drenos, febre, vómito e diarreia precisam ser repostas na nutrição parenteral ou em outra formulação endovenosa
14
Q
TNP
Complicações
A
Mecanicas
- Pneumotórax
- Lesão ou punção arterial
Metabólicas
- Hiponatremia ou Hipernatremia;
- Hipopotassemia ou Hiperpotassemia;
- Hipocalcemia ou hipercalcemia;
- Hipomagnesemia;
- Hipofosfatemia ou Hiperfosfatemia;
- Uremia
- Síndrome da hiperalimentação (overfeeding)
- Acidose metabólica (alteração da função tubular renal)
Infecciosa
- Infecção de cateter