Terapêutica Tópica, Inalatória Flashcards

1
Q

O que é a administração de terapêutica

A

Preparação, administração e avaliação da efetividade dos fármacos

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2
Q

Quais os 9 certos da administração de terapêutica

A
  • Medicamento certo;
  • Fórmula certa;
  • Dose certa;
  • Via de administração certa;
  • Horário certo;
  • Cliente certo;
  • Razão da administração certa;
  • Resultado/Resposta da eficácia;
  • Registo certo;
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3
Q

O que é a administração de medicamentos por via tópica

A

Aplicação local de medicamentos na pele e nas membranas mucosas (via cutânea e mucosa), de modo a obter uma ação que se pretende primariamente local, muito embora possa sempre ser acompanhada de absorção sistémica.

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4
Q

Vantagens da via tópica (6)

A

Tratamento local, reduzindo efeitos colaterais sistémicos e doses de medicamento mais elevadas

Menos riscos associados, nomeadamente: interações medicamentosas, reações alérgicas graves ou infeção

Alívio rápido de sinais e sintomas locais como: dor, prurido e eritema

Formação de uma barreira protetora da pele e mucosas lesadas, prevenindo infeções locais

Melhora a adesão do cliente ao regime terapêutico

Fácil aplicação, permitindo a autoadministração

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5
Q

Desvantagens via tópica (4)

A

Difícil precisão da dose absorvida

Imprevisibilidade dos efeitos sistémicos

Possibilidade de manchar a pele, a roupa ou os lençóis

Dificuldade na autoadministração em locais de difícil acesso para o cliente

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6
Q

Via tópica - Avaliar a integridade da pele ou mucosa - justificação

A

A aplicação em pele ou mucosas não integras pode levar a uma maior e/ou mais rápida absorção do fármaco e consequentes efeitos sistémicos

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7
Q

Via tópica - Lavar e secar a área previamente à aplicação, salvo indicação contrária - justificação

A

A presença de líquidos ou matéria orgânica no local dificulta a absorção do fármaco

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8
Q

Via tópica - Aplicar o fármaco em pomada, creme ou gel em camada fina - justificação

A

Uma quantidade excessiva pode causar uma irritação química da pele, impedir a eficácia do medicamento ou causar efeitos sistémicos adversos

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9
Q

Via tópica - O cliente deve ser instruído para reportar alterações de coloração, dor, edema ou prurido no local da aplicação - justificação

A

Permite a deteção precoce de reações inflamatórias locais ou sistémicas

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10
Q

Via tópica objetivo

A

Obter efeito terapêutico maximizando a concentração do fármaco no tecido alvo

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11
Q

Porque é que o saco conjuntival é o local mais adequado para a instilação de medicamentos por via oftálmica?

A

O olho é extremamente sensível, uma vez que a córnea é muito vascularizada e inervada. O saco conjuntival (fornix inferior), pelo contrário, é muito menos inervado

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12
Q

Indicações via oftálmica (5)

A

Tratar lesões dos olhos
Manter a lubrificação da córnea e conjuntiva
Facilitar a realização de exames auxiliares de diagnóstico
Manter a dilatação ou contração pupilar
Induzir a anestesia local.

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13
Q

Via oftálmica - Limpeza do olho do canto interno para o externo - justificação

A

Limpar neste sentido previne a contaminação do outro olho e do canal lacrimal/ nasolacrimal

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14
Q

Via oftálmica - No caso da administração ocorrer nos dois olhos, usar uma compressa para cada olho e em cada momento do procedimento - justificação

A

Evita-se a contaminação cruzada

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15
Q

Via oftálmica - O aplicador de gotas e a bisnaga de creme são individualizados para cada cliente. - justificação

A

Evita-se a transmissão cruzada entre clientes.

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16
Q

Via oftálmica - O aplicador de gotas ou pomada deve estar o mais próximo possível do saco conjuntival, sem tocar na córnea ou nas pestanas - justificação

A

A administração de um ponto mais elevado dificulta o seu controlo e provoca desconforto.
Uma técnica non-touch assegura a assepsia do procedimento, evita a transmissão cruzada e danos na córnea

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17
Q

Via oftálmica - No caso de haver prescrição de gotas e pomada, iniciar pela aplicação das gotas e aguardar pelo menos 2 minutos pela aplicação da pomada - justificação

A

A pomada forma um filme que impediria a absorção da apresentação líquida

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18
Q

Via oftálmica - No caso de haver prescrição de vários fármacos em gotas ou prescrição de mais do que uma gota em cada olho, aguardar 2 minutos entre cada aplicação - justificação

A

O excesso de líquido administrado leva à sua diluição pelo fluido lacrimal e drenagem do princípio ativo para o exterior

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19
Q

Via oftálmica - Após a administração de gotas, fazer uma ligeira pressão com uma compressa na região óssea do canto interno da pálpebra durante 30 a 60 segundos - justificação

A

Diminui a incidência de efeitos sistémicos pela absorção do fármaco na mucosa do canal lacrimal

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20
Q

Via oftálmica - Após a administração de gotas, o cliente deve permanecer de olhos fechados por 1 a 2 minutos - justificação

A

Assegura a absorção máxima do fármaco pela mucosa conjuntival

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21
Q

Indicações via otológica (3)

A

Efeito terapêutico local
Amolecer o cerúmen
Limpar o canal auditivo externo.

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22
Q

Via otológica - As soluções a administrar devem estar à temperatura ambiente - justificação

A

As estruturas do ouvido interno são muito sensíveis e o calor ou frio podem causar desconforto, tontura, náusea e ataxia

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23
Q

Via otológica - Após a administração pressionar repetida e suavemente o tragus - justificação

A

Ajuda à distribuição do medicamento no canal auditivo

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24
Q

Via otológica - Após a administração dar indicação ao cliente para permanecer lateralizado durante cerca de 5 minutos - justificação

A

Permite a maior absorção do fármaco

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25
Q

Como tracionar o pavilhão auricular

A

Para baixo e para trás (antes dos 3 anos de idade) ou para cima e para fora (após os 3 anos de idade)

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26
Q

Indicações via nasal (3)

A

Administração local de corticoides
Aliviar a congestão nasal
Obtenção de efeito sistémico (p.e. sedativos e analgésicos).

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27
Q

Indicações via vaginal (2)

A

Tratamento de infeções ou com intuito contracetivo

28
Q

Indicações via inalatória (2)

A

Tratamento de patologias respiratórias
Efeitos anti-inflamatórios ou broncodilatadores locais

29
Q

A grande vascularização pulmonar permite obter…

A

Efeito sistémico, no caso dos anestésicos e analgésicos voláteis (p.e. sevoflurano e protóxido de azoto).

30
Q

Como é que o fármaco atinge as porções terminais da árvore brônquica?

A

É administrado numa forma aerossolizada rapidamente absorvida pela mucosa do trato respiratório e pela rede vascular alvéolo-capilar.

31
Q

Por que é frequente a obtenção de efeitos secundários sistémicos? (Em que via? Ver isto)

A

Dado a proximidade da rede vascular

32
Q

De que depende a eficácia da terapêutica? (Via inalatória?)

A

Fração de deposição pulmonar do fármaco

33
Q

Como pode ser obtido o aerossol

A

Nebulização das partículas do princípio ativo ou através de dispositivos, como os inaladores pressurizados de dose controlada e os inaladores de pó.

34
Q

Por que utilizar uma câmara expansora?

A

Aumenta a eficácia do fármaco, pois melhora as características do aerossol e permite uma maior deposição do fármaco nas vias aéreas inferiores e menor deposição na orofaringe.

35
Q

Vantagens dos MDI (4)

A

Convenientes e baratos

Administram uma dose controlada de fármaco

Possibilita o uso de uma CE que ultrapassa a necessidade de coordenação da ventilação

O uso da CE evita a candidíase oral na administração de corticoides inalados

36
Q

Desvantagem dos MDI

A

Necessária boa coordenação da ativação do dispositivo com uma inspiração profunda e longa

37
Q

Vantagem dos DPI

A

Necessitam de menos esforço de coordenação

38
Q

Desvantagens dos DPI (2)

A

Podem estimular o reflexo de tosse

Necessitam de um fluxo inspiratório suficiente para a libertação do pó

39
Q

Como é que a administração sublingual e retal permitem uma absorção rápida de fármacos para a circulação sanguínea, para um efeito sistémico

A

Evita o efeito de primeira passagem pelo fígado

40
Q

Efeito local e sistémico retal

A

Anti-inflamatórios na colite e laxantes de contato

Antieméticos, antipiréticos e analgésicos

41
Q

Via retal - Previamente à administração, observar a região perianal e descartar possíveis sinais de hemorragia retal, cirurgia anoretal recente, hemorroidas ou fissuras no esfíncter - justificação

A

A administração de medicação retal pode agravar estas condições

42
Q

Via retal - Realizada com uma abordagem calma e movimentos suaves - justificação

A

A administração pode induzir uma resposta vagal, resultando em bradicardia, vasodilatação e consequente lipotímia

43
Q

Indicações via transdérmica (3)

A

Contracetivos, analgésicos e antianginosos

Absorção lenta e prolongada mas com atuação sistémica

44
Q

Vantagens da via transdérmica (6)

A

Administração não invasiva e indolor

Manutenção de efeito sistémico dentro de um intervalo terapêutico conhecido

Obtém-se efeito terapêutico prolongado com libertação de uma dose constante

Diminuição dos efeitos indesejáveis por ausência de picos plasmáticos importantes

Evita o metabolismo pré-sistémico

Melhora a adesão do cliente ao regime terapêutico pela fácil administração e efeito prolongado

45
Q

Desvantagens via transdérmica (5)

A

Número limitado de fármacos possíveis de aplicar por esta via

Para fármacos indutores de tolerância é necessário um período sem administração

O início de ação é demorado, pelo que pode ser necessária a administração por outra via nas primeiras 6-24h do penso inicial

Após a interrupção do tratamento, os níveis plasmáticos podem manter-se elevados por 12-24h

Possibilidade de irritação local da pele

46
Q

Via transdérmica - Avaliar a integridade da área corporal desejada para aplicação do patch - justificação

A

A aplicação em pele não íntegra pode levar a uma maior e/ou mais rápida absorção do fármaco e consequentes efeitos adversos

47
Q

Via transdérmica - Assegurar a limpeza e inexistência de pelos no local de aplicação - justificação

A

A presença de líquidos, matéria orgânica ou pilosidade no local dificulta a aderência do patch e a absorção do fármaco.

48
Q

Via transdérmica - Na presença de pelos, não optar por tricotomia com lâmina - justificação

A

A lâmina provoca micro abrasões levando a uma maior e/ou mais rápida absorção do fármaco e consequentes efeitos adversos

49
Q

Via transdérmica - Não segmentar ou alterar a forma do sistema adesivo - justificação

A

A distribuição do fármaco pela superfície do patch não é uniforme

50
Q

Via transdérmica - Não manipular diretamente a superfície adesiva do sistema na sua colocação - justificação

A

O contato com a superfície ativa leva à absorção do fármaco pela pele do profissional e à diminuição de aderência do adesivo à pele do cliente

51
Q

Via transdérmica - Após o seu uso, descartar o sistema dobrando-o sobre si próprio - justificação

A

Mesmo após o seu uso persiste uma dose residual do fármaco, pelo que deve ser evitado o seu uso acidental

52
Q

Via transdérmica - Efetuar rotatividade de local de aplicação - justificação

A

As aplicações subsequentes devem ser feitas alternando os locais, de forma a prevenir irritações na pele

53
Q

O que é a administração de terapêutica oral

A

Preparação e administração de fármacos pela boca

54
Q

O que é a administração de terapêutica entérica

A

Administração de fármacos através de uma sonda ou dispositivo introduzidos no sistema gastrointestinal

55
Q

Resultado esperado da via oral

A

Obtenção do efeito terapêutico sem efeitos adversos, promovendo a autonomia do cliente e a continuidade do regime terapêutico no domicílio.

56
Q

Contra-indicações via oral

A

Intolerância do trato GI e úlcera gástrica, já que estas podem ser exacerbadas por irritação da mucosa pelo medicamento.

Alteração do estado de consciência do cliente e o reflexo de deglutição ausente ou diminuído.

57
Q

Vantagens via oral e entérica (5)

A

Mais segura, conveniente e menos dispendiosa

Fácil de administrar e autoadministrar

Fármacos disponíveis em diversas apresentações alternativas e a maioria pronta a ingerir

Potencia maior adesão e autonomia da pessoa no regime terapêutico

Obtém-se efeito sistémico virtualmente de forma indolor e não invasivo

58
Q

Desvantagens via oral e entérica (5)

A

Alguns fármacos não disponíveis ou não apropriados para a administração gastrintestinal

Necessária a colaboração cognitiva da pessoa, nomeadamente com fórmulas sublinguais ou bucais

Inviável em casos de disfagia ou alterações do estado de consciência (via oral)

Início de ação e obtenção de efeito mais lento face a outras vias

A absorção é influenciada por fatores como a presença de alimentos, stresse e atividade física

59
Q

Via oral e entérica -Administrar fármacos irritantes com alimentos - justificação

A

Minimiza o efeito na mucosa gástrica

60
Q

Via oral e entérica -Administrar fármacos cujo efeito seja prejudicado pelas enzimas digestivas, entre refeições ou em jejum - justificação

A

Previne interferência com a absorção do fármaco

61
Q

Via oral e entérica - Não partir ou pulverizar comprimidos sem sulco de divisão- justificação

A

Evita a administração de doses incorretas, irritação da mucosa gastrintestinal e a destruição do fármaco em pH incompatível

62
Q

Via oral e entérica -Não alterar a forma ou a administração de cápsulas ou comprimidos com cobertura gastrorresistente - justificação

A

Altera o ritmo de absorção do fármaco e, consequentemente, a sua dose e efeito esperado

63
Q

Via oral e entérica - Administrar medicação sublingual e bucal após a medicação oral- justificação

A

Permite a absorção transmucosa oral, como desejado

64
Q

Via oral e entérica - Usar seringa graduada para administrar formas líquidas a lactentes ou sempre que seja necessária dose em múltiplos de 1mL - justificação

A

A seringa é mais precisa que uma colher-medida de 5mL e facilita a administração a uma pessoa não colaborante

65
Q

Via oral e entérica - Ao usar-se uma seringa para administração oral, inserir o bico pela comissura labial e dirigir lentamente o líquido para a face vestibular, pausando para a deglutição - justificação

A

Prevenir lesões orais e engasgamento

66
Q

Via entérica. Se deve ser administrado sem presença de alimentos

A

Interromper alimentação 30 min a 1 hora antes e após

67
Q

Registar no fim

A

Efeito terapêutico desejado

Eventuais efeitos secundários

Reação do cliente