TB Flashcards

1
Q

O que é tuberculose e por que sua notificação é compulsória?

A

Tuberculose é uma doença infecciosa de notificação compulsória, prevalente em grandes centros urbanos, e seu controle representa um grande desafio.

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2
Q

Quando ocorre a primo-infecção por tuberculose e em que faixa etária é mais comum no Brasil?

A

A primo-infecção por tuberculose ocorre quando um indivíduo suscetível inala o Bacilo de Koch (BK), sendo mais comum na infância no Brasil.

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3
Q

Qual é a diferença entre TB primária e TB pós-primária?

A

TB primária pode se desenvolver em alguns casos após o contato inicial, especialmente em crianças ou imunocomprometidos, enquanto a TB pós-primária geralmente se apresenta como uma reativação do foco anos depois, sendo a principal forma clínica da doença.

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4
Q

Quais são os principais fatores de risco para a reativação da tuberculose?

A

Infecção pelo HIV, diabetes mellitus (DM), neoplasias, desnutrição, alcoolismo, uso de biológicos (anti-TNF) e outros imunossupressores são os principais responsáveis pela reativação da tuberculose.

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5
Q

O que ocorre após a inalação do bacilo da tuberculose em condições imunológicas ideais?

A

Em condições imunológicas ideais, ocorre a formação de um granuloma caseoso, seguido pela formação do Complexo de Ghon.

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6
Q

Por que a tuberculose é um desafio de saúde pública nos grandes centros urbanos?

A

Devido à sua prevalência e à dificuldade de controle, apesar da melhoria dos indicadores de saúde.

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7
Q

Quais são as formas de apresentação da tuberculose?

A

A tuberculose pode se apresentar na forma pulmonar (a grande maioria dos casos) ou extrapulmonar, sendo as formas principais desta última pleural, ganglionar e meníngea.

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8
Q

Como se caracteriza a forma pulmonar da tuberculose e quem mais afeta?

A

A forma pulmonar caracteriza-se normalmente por um quadro de pneumonia após o contato inicial, afetando mais as crianças (TB primária, paucibacilares) e, nos adultos (mais bacilíferos), é mais frequente a TB pós-primária, com infiltrado principalmente na região apical do pulmão direito.

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9
Q

Quais são os critérios para o diagnóstico das formas pulmonares de tuberculose?

A

O diagnóstico das formas pulmonares baseia-se em clínica compatível (tosse por mais de 3 semanas, febre vespertina, perda ponderal), radiografia do tórax (lesões cavitadas, árvore em brotamento) e baciloscopia, cultura ou Teste Rápido Molecular no escarro (TRM) positivos.

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10
Q

Qual é a diferença na apresentação da tuberculose pulmonar entre crianças e adultos?

A

Crianças geralmente apresentam TB primária com menos bacilos (paucibacilares), enquanto adultos tendem a desenvolver TB pós-primária com uma carga bacilar mais elevada.

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11
Q

Por que é importante saber interpretar padrões radiológicos na tuberculose pulmonar?

A

Saber interpretar padrões radiológicos como cavitações, árvore em brotamento e miliar é crucial para o diagnóstico preciso de tuberculose pulmonar.

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12
Q

Como a imunossupressão afeta a apresentação da tuberculose?

A

Em indivíduos imunossuprimidos, a tuberculose pode apresentar-se na forma primária, independente da idade.

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13
Q

Qual é a importância da prova tuberculínica (PPD) e do IGRA na tuberculose?

A

A prova tuberculínica (PPD) é um importante marcador de contato com o bacilo da tuberculose e é decisiva na indicação de tratamento da infecção latente, assim como o IGRA, que também avalia a infecção latente.

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14
Q

Como é diagnosticada a tuberculose pleural?

A

Na tuberculose pleural, o diagnóstico se baseia na análise do líquido pleural com ADA >40 (exsudato, linfomonocitário), baciloscopia, cultura no líquido e, preferencialmente, biópsia pleural com reação histológica, que é o padrão-ouro.

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15
Q

Qual é o esquema básico de tratamento para tuberculose e quais são suas principais considerações?

A

O esquema básico de tratamento consiste em 2 meses de RIPE (Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida, Etambutol) seguidos por 4 meses de RI (Rifampicina, Isoniazida), com atenção especial aos efeitos colaterais, especialmente a hepatoxicidade.

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16
Q

Por quanto tempo se prolonga o tratamento da tuberculose nas formas ósseas e meníngeas?

A

O tratamento das formas ósseas e meníngeas de tuberculose é prolongado para 12 meses.

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17
Q

Qual é a relevância do ADA na avaliação da tuberculose pleural?

A

O ADA (Adenosina Deaminase) é relevante na avaliação da tuberculose pleural por indicar a presença de exsudato linfomonocitário, ajudando no diagnóstico.

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18
Q

O que indica a necessidade de tratamento da infecção latente de tuberculose?

A

A necessidade de tratamento da infecção latente é indicada por testes como a prova tuberculínica (PPD) e o IGRA, que detectam contato prévio com o bacilo.

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19
Q

Qual efeito colateral a isoniazida pode causar e como é prevenido?

A

A isoniazida pode causar neuropatia periférica, caracterizada por parestesias em “bota” e em “luva”, sendo, em alguns casos, necessária a reposição de piridoxina (vitamina B6) para prevenção.

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20
Q

Quais são as principais opções de drogas alternativas em caso de hepatoxicidade nos esquemas de tratamento da tuberculose?

A

Em caso de hepatoxicidade, as principais opções de drogas alternativas são aminoglicosídeos e quinolonas.

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21
Q

Por que a tuberculose é considerada a principal doença oportunista em pessoas vivendo com HIV (PVHIV)?

A

A tuberculose é a principal doença oportunista em PVHIV devido à sua alta incidência e ao risco aumentado de adoecimento nessa população.

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22
Q

Quais antirretrovirais são preferidos na coninfecção de tuberculose e HIV, e por quê?

A

Prefere-se esquemas antirretrovirais baseados em efavirenz e dolutegravir na coninfecção de tuberculose e HIV, pois são compatíveis com o uso de rifampicina.

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23
Q

Qual é a importância do tratamento da infecção latente de tuberculose e como é realizado?

A

O tratamento da infecção latente de tuberculose, realizado com isoniazida, é importante para prevenir o adoecimento por tuberculose, sendo uma grande estratégia de prevenção segundo a OMS.

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24
Q

Em quais grupos populacionais o DOT (Tratamento Diretamente Observado) é indicado?

A

O DOT é indicado em grupos populacionais com maior risco de abandono do tratamento.

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25
Q

Quais assuntos sobre tuberculose são mais cobrados em provas e concursos médicos?

A

Os assuntos mais cobrados incluem a profilaxia de contactantes e o tratamento da infecção latente, o papel do PPD e o que é viragem tuberculínica.

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26
Q

Por que a tuberculose foi chamada de “peste branca” no século XIX?

A

A tuberculose foi chamada de “peste branca” no século XIX devido à alta mortalidade que causou em todo o mundo.

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27
Q

Quais fatores contribuíram para a redução da incidência e mortalidade da tuberculose na metade do século XX?

A

A redução da incidência e mortalidade da tuberculose deveu-se principalmente à melhoria das condições de vida das populações e ao surgimento das medicações anti-TB.

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28
Q

Quais foram as causas do recrudescimento global da tuberculose no início da década de 1980?

A

O recrudescimento global da tuberculose deveu-se à emergência da infecção pelo HIV nos países de alta renda e à miséria, urbanização descontrolada, e desestruturação dos serviços de saúde nos países de baixa renda.

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29
Q

Qual é o novo desafio no cenário global da tuberculose relacionado ao tratamento?

A

Um novo desafio é a multirresistência ao tratamento, especialmente em algumas áreas do mundo, devido a tratamentos incompletos e má adesão.

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30
Q

Como a tuberculose está relacionada com as condições socioeconômicas de um país?

A

A incidência da tuberculose guarda relação direta com o baixo índice de desenvolvimento humano e condições socioeconômicas desfavoráveis, afetando principalmente países da África Subsaariana, Ásia, Caribe e América Latina.

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31
Q

Qual é o agente etiológico da tuberculose e sua principal via de transmissão?

A

O agente etiológico da tuberculose é o Mycobacterium tuberculosis, um Bacilo Álcool-Ácido Resistente (BAAR), transmitido respiratoriamente pela inalação de partículas infectantes na forma aerossolizada.

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32
Q

Quais formas de tuberculose são as principais envolvidas na transmissão da doença?

A

As formas pulmonares bacilíferas (presença do BAAR no escarro) e laríngeas são as principais formas envolvidas na transmissão.

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33
Q

Por que todo caso de tuberculose deve ser notificado imediatamente ao serviço de vigilância epidemiológica?

A

A notificação imediata permite o adequado controle e monitoramento da doença, facilitando ações de saúde pública para prevenção e tratamento.

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34
Q

Qual teste deve ser obrigatoriamente oferecido em todo caso diagnosticado de tuberculose e por quê?

A

Deve-se obrigatoriamente oferecer o teste anti-HIV, pois a prevalência da tuberculose e a infecção pelo HIV são significativamente maiores do que na população soronegativa.

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35
Q

Quais precauções devem ser tomadas para isolar casos suspeitos de tuberculose bacilífera?

A

Casos suspeitos devem ser isolados em leito com precauções respiratórias, idealmente em quartos com pressão negativa e filtro HEPA, e os profissionais devem utilizar máscara N95.

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36
Q

Quais são os dados globais e regionais sobre a incidência e mortalidade da tuberculose em 2015?

A

Em 2015, estima-se que 10,4 milhões de pessoas desenvolveram tuberculose, 580 mil na forma de TB MDR ou TB RR, e 1,4 milhão morreram da doença, com a região das Américas representando cerca de 3% da carga mundial.

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37
Q

Qual é o propósito da estratégia Stop-TB lançada em 2006?

A

O propósito da estratégia Stop-TB é reduzir drasticamente o peso global da TB até 2015, considerando aspectos sociais, econômicos, pesquisas e inovação tecnológica.

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38
Q

Quais populações no Brasil apresentam maior concentração de tuberculose?

A

No Brasil, a tuberculose está concentrada em populações como PVHIV, pessoas em situação de rua, privadas de liberdade, população indígena e pessoas vivendo em aglomerados e situação de pobreza.

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39
Q

Como o Brasil se destaca no contexto mundial da tuberculose, segundo a OMS?

A

O Brasil apresenta incidência de 46 casos por 100.000 habitantes, atingiu as metas de incidência e mortalidade, contribuindo para a redução global da TB, e possui a maior taxa de detecção entre os países de alta carga.

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40
Q

Quais fatores contribuíram para o sucesso do Brasil no controle da tuberculose?

A

Contribuíram o crescimento econômico, iniciativas governamentais para reduzir a desigualdade na saúde, compromisso político com a cobertura universal do SUS e aumento do financiamento para controle da TB.

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41
Q

Quais desafios ainda existem no controle da tuberculose no Brasil?

A

Desafios incluem o aumento da cobertura de testagem para HIV, melhoria na adesão ao tratamento e expansão do tratamento de infecção latente pelo M. tuberculosis.

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42
Q

Por que o rastreamento de TB latente é obrigatório para pacientes transplantados e em uso de terapias imunobiológicas?

A

Devido à imunossupressão, que aumenta o risco de reativação da TB, o rastreamento de TB latente é obrigatório antes do início de terapias imunossupressoras específicas.

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43
Q

O que ocorre na primoinfecção por M. tuberculosis e qual é o resultado mais comum?

A

Na primoinfecção, ocorre a formação do Complexo de Ghon no pulmão, seguida de disseminação linfática e hematogênica. Na maioria dos casos (cerca de 95%), o processo é autolimitado, resultando em infecção latente.

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44
Q

Qual é a porcentagem de indivíduos que desenvolve tuberculose primária progressiva após a primoinfecção?

A

Cerca de 5 a 10% dos indivíduos podem desenvolver tuberculose primária progressiva nos primeiros dois anos após a primoinfecção.

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45
Q

O que é reativação endógena no contexto da tuberculose?

A

A reativação endógena é o processo pelo qual a infecção latente por M. tuberculosis pode se reativar e desenvolver em tuberculose pós-primária.

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46
Q

Qual é a diferença entre reativação endógena e reinfecção exógena?

A

Reativação endógena é a reativação da própria infecção latente, enquanto a reinfecção exógena ocorre quando uma nova cepa de M. tuberculosis infecta um indivíduo previamente sensibilizado.

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47
Q

Como o M. tuberculosis é transmitido?

A

O M. tuberculosis é transmitido por via aérea, através de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com tuberculose pulmonar ou laríngea ativa.

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48
Q

Por que pacientes com tuberculose pulmonar ou laríngea são chamados de bacilíferos?

A

São chamados bacilíferos porque têm baciloscopia positiva no escarro, indicando uma alta capacidade de transmitir a doença.

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49
Q

Quando um paciente com tuberculose pode ser retirado do isolamento?

A

Um paciente com tuberculose pode ser retirado do isolamento após 15 dias de tratamento com significativa redução na transmissão ou após três baciloscopias negativas.

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50
Q

A que complexo pertence o M. tuberculosis e quais são suas características básicas?

A

O M. tuberculosis pertence ao complexo tuberculosis, é uma bactéria aeróbica estrita com multiplicação lenta e é álcool-ácido-resistente.

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51
Q

Qual é o principal método inicial de investigação da tuberculose e como é confirmada a etiologia?

A

A evidência do BAAR após a coloração pela Técnica de Ziehl-Neelsen é o principal método inicial de investigação, e a etiologia é confirmada pelo crescimento em meio de Löwenstein-Jensen ou meio líquido.

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52
Q

Como a parede celular do M. tuberculosis influencia sua interação com antibióticos e macrófagos?

A

A parede celular rica em lipídeos, como o ácido micólico, diminui a permeabilidade aos antibióticos e aumenta a sobrevivência do bacilo no interior de macrófagos, dificultando sua eliminação.

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53
Q

Quais espécies integram o complexo Mycobacterium tuberculosis?

A

O complexo Mycobacterium tuberculosis inclui M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, entre outros.

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54
Q

Qual é a relevância do M. bovis como agente etiológico da TB e em quais condições ele é mais comum?

A

O M. bovis é especialmente relevante em locais que consomem leite e derivados não pasteurizados ou fervidos de rebanho bovino infectado e frequentemente apresenta-se na forma ganglionar e outras formas extrapulmonares.

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55
Q

Qual é a importância da forma pulmonar da tuberculose para a saúde pública?

A

A forma pulmonar da tuberculose, especialmente a bacilífera, é a mais relevante para a saúde pública por ser responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença.

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56
Q

Quais são os principais métodos diagnósticos para tuberculose pulmonar?

A

Os principais métodos diagnósticos incluem o microbiológico (baciloscopia e cultura do material), clínica, diagnóstico histológico e reconhecimento de padrões radiológicos compatíveis com tuberculose.

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56
Q

O que é um sintomático respiratório e qual é o papel dessa identificação no controle da tuberculose?

A

Um sintomático respiratório é alguém que apresenta tosse por mais de 3 semanas e deve ser investigado para tuberculose, o que permite a detecção precoce das formas pulmonares e ajuda no controle da doença.

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56
Q

Qual é a eficácia da baciloscopia do escarro no diagnóstico de tuberculose pulmonar em adultos?

A

A baciloscopia do escarro, quando executada corretamente, permite detectar de 60 a 80% dos casos de tuberculose pulmonar em adultos.

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57
Q

Quando é indicada a baciloscopia de escarro?

A

A baciloscopia de escarro é indicada em casos de sintomáticos respiratórios, suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar e para o acompanhamento e controle de cura em casos confirmados laboratorialmente.

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58
Q

Quantas amostras de escarro devem ser coletadas para a baciloscopia e quando?

A

Devem ser coletadas pelo menos duas amostras: uma no primeiro contato com o paciente que tosse e outra no dia seguinte, de preferência ao despertar.

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59
Q

O que deve ser feito se houver suspeita de tuberculose pulmonar, mas as duas amostras iniciais de baciloscopia são negativas?

A

Se houver suspeita clínica e radiológica e as duas amostras de diagnóstico forem negativas, podem ser solicitadas amostras adicionais.

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60
Q

A baciloscopia de quais outros materiais biológicos pode ser indicada e quando?

A

A baciloscopia de outros materiais biológicos está indicada na suspeição clínica de TB extrapulmonar.

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61
Q

Por que a cultura é um método importante no diagnóstico da TB?

A

A cultura é importante no diagnóstico da TB devido à sua elevada especificidade e sensibilidade, aumentando o diagnóstico bacteriológico da doença em até 30% nos casos pulmonares com baciloscopia negativa.

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62
Q

Quais são os meios de cultura mais comumente utilizados na cultura de micobactérias?

A

Os meios de cultura mais comumente utilizados são os sólidos à base de ovo, como o Löwenstein-Jensen, e os líquidos utilizados em métodos automatizados como o MGIT®.

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63
Q

Quais são as desvantagens do uso de meio sólido para a cultura de micobactérias?

A

A desvantagem do meio sólido é o tempo prolongado de detecção do crescimento bacteriano, que varia de 14 a 30 dias e pode se estender por até 8 semanas.

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64
Q

Qual é a diferença no tempo de detecção entre as culturas em meio líquido e sólido?

A

Em meio líquido, o tempo de resultado varia entre 5 a 12 dias quando positivo, e até 42 dias quando negativo, enquanto o meio sólido pode levar de 14 a 30 dias, podendo se estender por até 8 semanas.

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65
Q

Após o crescimento na cultura, qual é o próximo passo no diagnóstico da TB?

A

Após o crescimento na cultura, é necessária a identificação da espécie para caracterizar se é um caso de tuberculose ou outra micobactéria.

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66
Q

Como se procede quando uma espécie não tuberculosa é identificada?

A

Quando uma espécie não tuberculosa é identificada, deve-se avaliar o contexto clínico e de imagem do paciente para decidir se o resultado será valorizado para iniciar o tratamento.

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67
Q

Por que é importante rotineiramente checar as culturas em meio sólido durante a investigação de infecção por micobactérias?

A

Devido ao tempo que podem demorar para positivar, é importante checar rotineiramente as culturas em meio sólido em pacientes em processo de investigação de infecção por micobactérias.

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68
Q

Quais são as micobactérias não tuberculosas mais comuns e em quais pacientes elas geralmente aparecem?

A

MNTs como Mycobacterium avium complex (MAC), M. abscessus são mais comuns e podem aparecer em pneumopatas crônicos, pessoas vivendo com HIV, e em relação a procedimentos estéticos invasivos.

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69
Q

Quando é indicada a avaliação histológica em casos de tuberculose?

A

A avaliação histológica é indicada na investigação de formas pulmonares com apresentação radiológica difusa e nas formas extrapulmonares de TB.

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70
Q

Qual achado histológico é compatível com o diagnóstico de TB?

A

A identificação histológica de granuloma com necrose de caseificação é compatível com o diagnóstico de TB.

71
Q

Como deve ser interpretado um granuloma sem necrose de caseificação?

A

Um granuloma sem necrose de caseificação deve ser interpretado com cautela, considerando os achados clínicos, pois outras doenças granulomatosas como sarcoidose e silicose podem ter apresentações histológicas semelhantes.

72
Q

Em que condições a baciloscopia do tecido tende a ser positiva?

A

A baciloscopia do tecido tende a ser positiva com frequência nos pacientes com imunossupressão mais avançada, onde a identificação de granuloma é incomum.

73
Q

Para que serve a Adenosina Deaminase (ADA) em amostras clínicas?

A

A ADA, presente particularmente no linfócito ativado, pode auxiliar no diagnóstico de TB ativa quando elevada em amostras clínicas, como o líquido pleural.

74
Q

Quais são os parâmetros que indicam pleurite tuberculosa quando associados ao aumento da ADA?

A

Os parâmetros que indicam pleurite tuberculosa incluem idade inferior a 45 anos, predomínio de linfócitos acima de 80%, e alta concentração de proteína (exsudato).

75
Q

Como deve ser realizado o diagnóstico na forma pulmonar de TB?

A

O diagnóstico na forma pulmonar deve ser realizado com a pesquisa e cultura de BAAR de 3 amostras iniciais de escarro, podendo incluir testes moleculares como o real time PCR ou o TRM.

76
Q

Quais são as alternativas quando a coleta do escarro é impossível ou os resultados iniciais são negativos?

A

As alternativas incluem a realização de broncoscopia com lavado broncoalveolar e biópsia transbrônquica ou biópsia transparietal guiada por tomografia computadorizada.

77
Q

Qual é a abordagem diagnóstica quando há PBAAR ou culturas negativas?

A

Mesmo com pesquisas e culturas negativas, a clínica em conjunto com uma imagem radiológica sugestiva pode ser suficiente para iniciar um tratamento empírico para TB.

78
Q

O que é o TRM-TB e para que é utilizado?

A

O TRM-TB, GeneXpert®, é um teste de amplificação de ácidos nucleicos que detecta DNA dos bacilos do complexo M. tuberculosis e triagem de cepas resistentes à rifampicina usando a técnica de PCR em tempo real.

79
Q

Qual é a vantagem do TRM-TB em relação à baciloscopia?

A

O TRM-TB tem uma sensibilidade de cerca de 90% em amostras de escarro de adultos, o que é superior à baciloscopia, e também detecta resistência à rifampicina com uma sensibilidade de 95%

80
Q

Quais são as indicações para o uso do TRM-TB?

A

O TRM-TB está indicado para o diagnóstico de novos casos de TB pulmonar e laríngea em adultos e adolescentes, em populações vulneráveis, diagnóstico de TB extrapulmonar nos materiais biológicos validados, e triagem de resistência à rifampicina em casos de retratamento ou suspeita de falência.

81
Q

O TRM-TB é útil para acompanhar a resposta ao tratamento da TB? Por quê?

A

Não, o TRM-TB não serve para acompanhar a resposta ao tratamento porque detecta DNA de micobactérias vivas ou mortas, e a positividade pode persistir devido à detecção de DNA de micobactérias mortas, mesmo após um tratamento eficaz.

82
Q

Como deve ser feito o acompanhamento da resposta terapêutica na TB?

A

O acompanhamento da resposta terapêutica deve ser feito com baciloscopias mensais, não com o TRM-TB.

83
Q

O que deve ser considerado ao iniciar um tratamento empírico para TB?

A

Ao considerar um tratamento empírico para TB, deve-se levar em conta a clínica e uma imagem radiológica sugestiva, mesmo na presença de pesquisas e culturas negativas.

84
Q

Por que é importante solicitar exame anti-HIV em qualquer forma de tuberculose?

A

É importante porque a tuberculose é a principal doença oportunista associada ao HIV no Brasil, e o manejo da tuberculose pode mudar dependendo do status do HIV.

85
Q

Como a contagem de células TCD4 afeta a apresentação clínica da tuberculose em pacientes com HIV?

A

A apresentação clínica da tuberculose em pacientes com HIV depende da contagem de células TCD4, com padrões miliares predominando em pacientes com redução significativa de CD4.

86
Q

Quando deve ser iniciada a terapia antirretroviral em pacientes co-infectados com HIV e tuberculose?

A

A terapia antirretroviral deve ser iniciada precocemente, de 2 a 6 semanas após o início do tratamento da tuberculose com RIPE, se o CD4 estiver abaixo de 50 células.

87
Q

Em pacientes com tuberculose e HIV com CD4 acima de 350 células, quando os ARVs podem ser iniciados?

A

Em pacientes com CD4 acima de 350 células, pode-se esperar pelo fim da primeira fase de tratamento da tuberculose para começar os ARVs.

88
Q

Por que inibidores de protease não devem ser utilizados com rifampicina?

A

Inibidores de protease não devem ser utilizados com rifampicina devido a interações medicamentosas que podem reduzir a eficácia do tratamento.

89
Q

Quais são as recomendações para esquemas antirretrovirais em pacientes com tuberculose e HIV?

A

Prefere-se esquemas baseados em dolutegravir e efavirenz. Em caso de necessidade de inibidores de protease, a rifampicina deve ser trocada por rifabutina ou pode-se usar dolutegravir em dose dobrada.

90
Q

Quem tem indicação para investigação de ILTB?

A

A investigação de ILTB é indicada para contatos de TB pulmonar e laríngea, PVHIV com CD4 ≥350 células/mm³, pessoas em uso de inibidores de TNF alfa ou corticosteroides, entre outros grupos de risco.

91
Q

Quais condições aumentam o risco de desenvolver tuberculose ativa a partir da ILTB?

A

Fatores como infecção pelo HIV, tratamentos imunossupressores, idade inferior a 2 anos ou superior a 60 anos, diabetes mellitus e desnutrição aumentam o risco de adoecimento ativo.

92
Q

Qual é a probabilidade de uma pessoa saudável se infectar com o bacilo da TB após exposição?

A

Uma pessoa saudável tem cerca de 30% de chance de infectar-se após exposição ao bacilo da TB, dependendo de vários fatores como o grau de exposição e a infectividade do caso-índice.

93
Q

O que é a infecção latente por Mycobacterium tuberculosis (ILTB)?

A

ILTB é uma condição em que uma pessoa está infectada pelo bacilo da TB, permanecendo saudável e sem sintomas, sem transmitir a doença, mas com imunidade parcial ao bacilo.

94
Q

Por que não há indicação para investigação indiscriminada de ILTB na população em geral?

A

Não há indicação para investigação indiscriminada de ILTB na população geral porque a maioria das pessoas infectadas não desenvolverá a doença ativa e a investigação é indicada apenas para populações que se beneficiariam do tratamento.

95
Q

Qual é o maior risco de adoecimento ativo a partir de ILTB?

A

O maior risco de adoecimento ativo a partir de ILTB concentra-se nos primeiros 2 anos após a primoinfecção, mas o período de latência pode estender-se por muitos anos ou mesmo décadas.

96
Q

Por que pessoas com alterações radiológicas fibróticas sugestivas de sequela de TB devem ser investigadas para ILTB?

A

Porque essas alterações podem ser indicativas de uma infecção TB anterior, aumentando o risco de reativação da doença.

97
Q

Em que situações pré-transplante é indicada a investigação de ILTB?

A
  • Em pacientes que farão terapia imunossupressora para transplante.
98
Q

Quais condições ocupacionais ou de saúde aumentam a necessidade de investigação de ILTB?

A
  • Profissionais de saúde, pessoas que vivem ou trabalham no sistema prisional ou em instituições de longa permanência têm indicação para investigação de ILTB.
99
Q

oq indica?

A

Lesão apical do lado direito.

100
Q

O que é a Prova Tuberculínica (PT) e para que é utilizada?

A

: A PT é um teste diagnóstico para a Infecção Latente por Tuberculose (ILTB) e pode auxiliar no diagnóstico de tuberculose ativa em crianças. Consiste na inoculação intradérmica de um derivado proteico do M. tuberculosis para medir a resposta imune celular a esses antígenos.

101
Q

A PT pode ser usada como método auxiliar no diagnóstico de tuberculose pulmonar ou extrapulmonar em adultos?

A

Não, não há evidências para a utilização da PT como método auxiliar no diagnóstico de TB pulmonar ou extrapulmonar em adultos.

102
Q

Uma PT positiva confirma o diagnóstico de tuberculose ativa?

A

Não, uma PT positiva não confirma, e uma PT negativa não exclui o diagnóstico de TB ativa.

103
Q

Qual tuberculina é utilizada no Brasil para a PT e qual a dose aplicada?

A

No Brasil, utiliza-se a tuberculina PPD-RT 23, aplicada por via intradérmica, no terço médio da face anterior do antebraço esquerdo, na dose de 0,1 ml que contém 2 unidades de tuberculina (2 UT).

104
Q

Qual é a janela de tempo recomendada para a leitura da PT após sua aplicação?

A

A leitura da PT deve ser realizada 48 a 72 horas após a aplicação, podendo ser estendida para 96 horas caso o paciente falte à leitura na data agendada.

105
Q

Como deve ser interpretado um resultado de PT sem enduração?

A

Se não houver enduração, o resultado da PT deve ser registrado como ZERO mm.

106
Q

Qual é a especificidade da PT e quais fatores podem causar reações falso-positivas?

A

A especificidade da PT é alta, cerca de 97%, mas reações falso-positivas podem ocorrer em indivíduos infectados por outras micobactérias ou vacinados com a BCG, especialmente se vacinados após o primeiro ano de vida.

107
Q

O que são os ensaios de liberação do interferon gama (IGRA) e qual seu propósito?

A

IGRAs são testes diagnósticos para detecção da ILTB que medem a produção de interferon gama por células previamente sensibilizadas aos antígenos da tuberculose, representando uma alternativa diagnóstica à Prova Tuberculínica.

108
Q

Como os IGRAs diferenciam entre a infecção por M. tuberculosis e a vacinação com BCG ou infecção por outras micobactérias?

A

IGRAs identificam segmentos genômicos específicos do M. tuberculosis ausentes nas cepas de BCG e na maioria das micobactérias ambientais, conferindo alta especificidade ao teste.

109
Q

Quais são as principais vantagens dos IGRAs em comparação com a Prova Tuberculínica?

A

As vantagens incluem não serem influenciados pela vacinação prévia com BCG, menor influência por infecções prévias por Micobactérias Não Tuberculosas, resultados não sujeitos ao viés do leitor, e eliminação da necessidade de retorno do paciente para leitura do teste.

110
Q

Quais são as desvantagens dos IGRAs?

A

As desvantagens incluem custo elevado em comparação à PT, necessidade de coleta de sangue, não recomendação para testes seriados, frequência de resultados indeterminados, e a exigência de um laboratório bem equipado e manuseio cuidadoso.

111
Q

Em que tipo de países os IGRAs têm sido recomendados como substitutos ou em complementação à PT?

A

Os IGRAs têm sido recomendados principalmente em países de alta renda como potenciais substitutos ou complementos à PT.

112
Q

Qual é a forma mais comum de tuberculose pulmonar e em que grupo etário é geralmente encontrada?

A

A forma pós-primária é a apresentação mais comum da tuberculose pulmonar, geralmente encontrada em adultos, decorrente da reativação de uma infecção latente ocorrida anos ou décadas antes.

113
Q

Quais são os principais sintomas da tuberculose pulmonar?

A

Os principais sintomas incluem tosse crônica com expectoração mucopurulenta, fenômenos hemoptoicos, febre vespertina diária com sudorese noturna, e perda ponderal.

114
Q

Como é definido o sintomático respiratório na tuberculose pulmonar?

A

O sintomático respiratório é definido pela persistência da tosse produtiva por mais de 3 semanas.

115
Q

Quais são os métodos recomendados para o diagnóstico da tuberculose pulmonar?

A

Os métodos incluem a pesquisa e cultura de BAAR de 3 amostras iniciais de escarro, testes moleculares como real time PCR, broncoscopia com lavado broncoalveolar e biópsia transbrônquica, e biópsia transparietal guiada por TC.

116
Q

Qual é o exame de imagem inicial recomendado para suspeita de tuberculose pulmonar e qual outro exame pode auxiliar na elucidação diagnóstica?

A

A radiografia de tórax é o exame inicial recomendado, enquanto a Tomografia Computadorizada (TC) tem auxiliado cada vez mais na elucidação diagnóstica.

117
Q

Qual achado em uma TC de tórax é bastante sugestivo de doença micobacteriana em atividade?

A

Nódulos centrolobulares com padrão de “árvore em brotamento” em uma TC de tórax são bastante sugestivos de doença micobacteriana em atividade.

118
Q

oq indica ?

A

Alterações sugestivas de tuberculose pulmonar em TC.

119
Q

oq indica

A

Alterações sugestivas de tuberculose pulmonar em TC

120
Q

Qual é a principal forma de tuberculose extrapulmonar no Brasil?

A

A tuberculose pleural é a principal forma de tuberculose extrapulmonar no Brasil.

121
Q

Como ocorre a disseminação da tuberculose pleural?

A

A disseminação da tuberculose pleural ocorre principalmente por contiguidade a partir de um foco subpleural, pela via linfática ou por extensão do comprometimento pulmonar.

122
Q

Quais são os principais sintomas da tuberculose pleural?

A

Os principais sintomas incluem dor pleurítica, tosse seca, e desconforto respiratório, dependendo da extensão do processo.

123
Q

A tuberculose pleural geralmente apresenta perda ponderal significativa ou febre quando na forma isolada?

A

Não, quando a tuberculose pleural se apresenta na forma isolada, com comprometimento pleural apenas, muitas vezes não há perda ponderal significativa ou febre.

124
Q

Qual é o padrão mais comum do acometimento na tuberculose pleural?

A

O acometimento unilateral é o padrão mais comum da tuberculose pleural.

125
Q

Como é caracterizado o líquido pleural na tuberculose pleural?

A

O líquido pleural é caracteristicamente um exsudato com celularidade aumentada, seguidamente amarelo-citrino, predominantemente linfocítico, com baixa positividade da pesquisa direta e da cultura do BAAR.

126
Q

Qual exame é útil para correlacionar a etiologia micobacteriana na tuberculose pleural e qual valor é considerado indicativo?

A

A análise da adenosina deaminase (ADA) é útil, com valores acima de 40 UI indicativos da etiologia micobacteriana, excetuando a presença de empiema.

127
Q

oq indica

A

. Tuberculose pleural.

128
Q

Qual é a segunda forma extrapulmonar mais frequente de tuberculose e a mais frequente em pessoas vivendo com HIV?

A

A tuberculose ganglionar é a segunda forma extrapulmonar mais frequente e a mais comum em pessoas vivendo com HIV.

129
Q

Como se apresentam as cadeias cervicais na tuberculose ganglionar?

A

: Nas cadeias cervicais, os gânglios se apresentam móveis à palpação, indolores, e podem assumir formas coalescentes de aspecto “pseudotumoral”.

130
Q

A tuberculose ganglionar está sempre associada a sinais sistêmicos?

A

Não, a tuberculose ganglionar pode não estar associada a sinais sistêmicos como febre e perda ponderal.

131
Q

Qual é o método de disseminação mais comum da tuberculose ganglionar?

A

A disseminação ocorre, em grande número, por via linfática.

132
Q

Qual procedimento deve ser seguido na ausência de fistulização em um caso de tuberculose ganglionar?

A

Na ausência de fistulização, deve-se proceder preferencialmente com a biópsia do material para análise anatomopatológica, pesquisas, culturas e também PCR.

133
Q

Qual é o local preferencial de acometimento da tuberculose óssea em adultos?

A

Em adultos, o local preferencial de acometimento da tuberculose óssea é a coluna vertebral, conhecida como “Mal de Pott”, geralmente na transição toracolombar.

134
Q

Como os abscessos paravertebrais associados à tuberculose na coluna são comumente chamados?

A

Os abscessos paravertebrais associados à tuberculose na coluna são comumente chamados de “abscessos frios”.

135
Q

Quais são os sintomas comuns da tuberculose osteoarticular?

A

Os sintomas comuns incluem lombalgia, evoluindo para sintomas neurológicos de compressão como parestesia, paraparesia, e até quadros de paraplegia crural completa, dependendo da extensão do processo.

136
Q

Qual é o órgão mais acometido pela tuberculose genitourinária?

A

: O rim é o órgão mais acometido pela tuberculose genitourinária, com extensão a órgãos contíguos como ureter e bexiga.

137
Q

Quais são os principais sintomas urinários que devem levantar a suspeita de tuberculose genitourinária?

A

Sintomas como disúria, hematúria (macro ou microscópica), polaciúria, cistite recorrente, e dor suprapúbica, especialmente na ausência de outra causa, devem levantar a suspeita de tuberculose genitourinária.

138
Q

O que indica a presença de hematúria e leucocitúria persistente com uroculturas negativas?

A

Hematúria e leucocitúria persistente com uroculturas negativas sempre devem levantar a possibilidade de tuberculose de vias urinárias.

139
Q

Quais são os princípios básicos da terapia medicamentosa para a tuberculose?

A

: Os princípios básicos são: atividade bactericida precoce, prevenção da emergência de bacilos resistentes e atividade esterilizante.

140
Q

Qual é a indicação de internação em casos de tuberculose?

A

As principais indicações de internação incluem tuberculose meningoencefálica, intolerância incontrolável aos medicamentos anti-TB em ambulatório, estado geral que não permite tratamento em ambulatório, intercorrências clínicas e/ou cirúrgicas que necessitam de tratamento hospitalar, e situações de vulnerabilidade social com risco de abandono do tratamento.

141
Q

O que é o tratamento DOT (Directly Observed Treatment) e quando deve ser considerado?

A

O tratamento DOT é um método de tratamento diretamente observado e deve ser considerado em pacientes com risco de abandono do tratamento ou com histórico de tratamentos prévios.

142
Q

Quais são os medicamentos indicados para o tratamento da tuberculose e a duração das fases de tratamento?

A

: O tratamento indicado envolve a combinação de rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol nos 2 primeiros meses (fase de indução), seguida de rifampicina e isoniazida por mais 4 meses, completando 6 meses. Nas formas neurológicas, a segunda fase de tratamento é estendida por mais 10 meses, totalizando 12 meses.

143
Q

Quais são as formas de tuberculose que podem requerer um tempo maior de tratamento?

A

Formas graves, disseminadas e com padrão lento de resposta terapêutica, como as formas osteoarticulares, intestinais e urinárias, podem requerer um tempo maior de tratamento.

144
Q

Como se define a monorresistência e a polirresistência em relação ao tratamento da tuberculose?

A

Monorresistência é definida como a resistência isolada a qualquer droga tuberculostática. Polirresistência refere-se ao comprometimento de mais de duas drogas, com exceção da rifampicina e isoniazida.

145
Q

O que é TB-MDR (tuberculose com resistência a múltiplas drogas)?

A

TB-MDR é quando há resistência às duas drogas mais importantes do esquema de tratamento da tuberculose: rifampicina e isoniazida.

146
Q

Qual esquema de tratamento da tuberculose é indicado para pacientes com peso acima de 70 kg?

A

Para pacientes acima de 70 kg, o esquema RHZE de 150/75/400/275 mg é indicado com a dosagem de 5 comprimidos na fase intensiva.

147
Q

Por quanto tempo deve-se administrar o esquema RH na fase de manutenção do tratamento da tuberculose?

A

O esquema RH na fase de manutenção deve ser administrado por 4 meses.

148
Q

O que deve ser feito em caso de suspeita de resistência aos fármacos de primeira linha no tratamento da tuberculose?

A

Deve-se obter amostras para cultura e testes de sensibilidade aos fármacos de primeira linha e drogas alternativas para tratamento.

149
Q

Quando o uso de corticosteroides é indicado no tratamento da tuberculose?

A

Corticosteroides são indicados nos dois primeiros meses de tratamento para formas neurológicas e pericárdicas da tuberculose.

150
Q

Quais critérios determinam a duração do tratamento para formas graves de tuberculose?

A

A duração do tratamento para formas graves de tuberculose é determinada conforme a evolução clínica da doença.

151
Q

Qual esquema terapêutico é indicado para todas as formas de tuberculose em indivíduos acima de 10 anos, com exceção da neurotuberculose?

A

A combinação de rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol nos 2 primeiros meses (fase de indução), seguida por rifampicina e isoniazida por mais 4 meses.

152
Q

Como deve ser o manejo de casos de tuberculose com risco de abandono do tratamento?

A

: Em casos com risco de abandono, deve-se considerar a possibilidade de tratamento diretamente observado (DOT).

153
Q

Qual é a recomendação de manejo para náusea, vômito e dor abdominal causados por medicamentos antituberculose?

A

Recomenda-se reformular o horário da administração da medicação (2 horas após o café da manhã), considerar o uso de medicação sintomática e avaliar a função hepática.

154
Q

O que deve ser orientado quando ocorre suor ou urina de cor avermelhada devido à rifampicina?

A

Deve-se orientar o paciente, pois é um efeito colateral esperado do medicamento.

155
Q

Como deve ser manejado o prurido ou exantema leve causado pela isoniazida ou rifampicina?

A

Deve-se medicar com anti-histamínico para aliviar os sintomas.

156
Q

Que medicação pode ser utilizada para dor articular induzida por pirazinamida ou isoniazida?

A

Analgésicos ou anti-inflamatórios não hormonais podem ser usados para tratar a dor articular.

157
Q

Qual suplemento deve ser considerado no manejo da neuropatia periférica causada pela isoniazida?

A

Pode-se medicar com piridoxina (vitamina B6) na dosagem de 50 mg/dia para prevenir ou tratar a neuropatia periférica.

158
Q

O que deve ser recomendado para hiperuricemia sem sintomas causada pela pirazinamida?

A

Deve-se orientar o paciente a seguir uma dieta hipopurínica.

159
Q

Qual é o procedimento a ser seguido em casos de hepatotoxicidade induzida por medicamentos antituberculose?

A

Deve-se suspender o tratamento, aguardar a melhora dos sintomas e redução dos valores das enzimas hepáticas, reintroduzir um a um após avaliação da função hepática; considerar a continuidade do EB ou EE substituto, conforme o caso.

160
Q

Como se deve proceder em casos de exantema ou hipersensibilidade severa causada pelos medicamentos antituberculose?

A

Suspender o tratamento, reintroduzir os medicamentos um a um após a resolução do quadro; substituir ou ajustar o esquema nos casos recidivantes ou graves por esquemas especiais sem a medicação causadora do efeito.

161
Q

Quais são os fatores de risco mais referidos para o desenvolvimento de efeitos colaterais no tratamento da tuberculose?

A

Os fatores de risco incluem idade (a partir da quarta década), dependência química ao álcool (ingestão diária de álcool >80 g), desnutrição (perda de mais de 15% do peso corporal), história de doença hepática prévia e coinfecção pelo vírus HIV em fase avançada de imunossupressão.

162
Q

O que deve ser feito se um paciente em tratamento antituberculose apresentar icterícia?

A

Se o paciente apresentar icterícia, o esquema de tratamento deve ser suspenso imediatamente.

163
Q

Qual aumento dos níveis de ALT e AST é tolerado em pacientes em tratamento para tuberculose?

A

Toleram-se aumentos de 3 a 5 vezes o limite superior da ALT e AST, respectivamente, no paciente sintomático (náusea, vômito, dor abdominal) e assintomático.

164
Q

O que deve ser feito após a suspensão do esquema de tratamento antituberculose devido a efeitos colaterais?

A

Após a suspensão, aguarda-se a normalização das transaminases e, então, reintroduzem-se as drogas rifampicina e etambutol, seguidas pela isoniazida e, mantendo a normalidade, a pirazinamida na formulação 4 em 1.

165
Q

Quando a piridoxina deve ser administrada preventivamente em pacientes em tratamento para tuberculose?

A

A piridoxina (vitamina B6) na dosagem de 50 mg/dia deve ser administrada preventivamente em pacientes alcoólatras, desnutridos ou neuropatas, devido ao risco de neuropatia periférica causada pela isoniazida.

166
Q

Quais exames são essenciais para o controle do tratamento da tuberculose?

A

O acompanhamento do tratamento da tuberculose inclui consultas mensais, avaliação da adesão, baciloscopia de controle para casos pulmonares, radiografia de tórax, e exames de função hepática, renal e glicemia conforme necessário.

167
Q

qual é a expectativa em relação à baciloscopia durante o tratamento da tuberculose pulmonar?

A

Espera-se a negativação da baciloscopia a partir do final da segunda semana de tratamento, mas pacientes podem persistir com baciloscopia positiva sem que isso signifique falha terapêutica.

168
Q

O que deve ser feito quando a baciloscopia permanece positiva ao final do segundo mês de tratamento?

A

Se a baciloscopia for positiva ao final do segundo mês, deve-se solicitar cultura para micobactéria com teste de sensibilidade e reavaliar o esquema de tratamento com o resultado.

169
Q

O que é profilaxia primária e quando ela é indicada?

A

A profilaxia primária é indicada para indivíduos sem contato prévio com a micobactéria e em situação de risco para infecção, como um recém-nascido habitando um domicílio com pacientes bacilíferos.

170
Q

Qual a conduta profilática para um recém-nascido que vive com um paciente bacilífero?

A

O recém-nascido deve receber isoniazida na dose de 10 mg/kg/dia e não ser vacinado inicialmente. No 3º mês, realiza-se o PPD; se reator (PT ≥5 mm), continua-se a terapia até o 6º mês. Se não reator (PT <5 mm), interrompe-se a profilaxia e vacina-se com BCG.

171
Q

A amamentação é contraindicada em mães bacilíferas que estão tratando tuberculose?

A

Não é contraindicada. A mãe bacilífera pode amamentar utilizando máscara.
Pergunta: Qual é a abordagem antes de iniciar o tratamento da ILTB?
Resposta: Antes de iniciar o tratamento da ILTB, deve-se investigar sinais e sintomas clínicos sugestivos de tuberculose ativa e, na presença de suspeita, investigar para tuberculose ativa.

172
Q

Quais os grupos com indicação para tratamento da ILTB?

A

Os grupos incluem crianças menores de 10 anos contatos de casos pulmonares, PVHIV, adultos e adolescentes contatos de casos de TB, entre outros grupos de risco.

173
Q

Como é interpretado um resultado de prova tuberculínica PT ≥5 mm em alguém vacinado com BCG no Brasil?

A

Em quem foi vacinado até o primeiro ano de vida e não foi revacinado, como é comum no Brasil, um resultado PT ≥5 mm é interpretado como infecção latente.

174
Q

Quando o tratamento da ILTB deve ser considerado em adultos e adolescentes?

A

: O tratamento da ILTB deve ser considerado em adultos e adolescentes com PT ≥5 mm ou IGRA positivo e em situações de risco, como uso de TNF-α inibidores, corticosteroides, ou condições que comprometam a imunidade.

175
Q

Quais as indicações para tratamento da ILTB em indivíduos com PT ≥10 mm ou IGRA positivo?

A

As indicações incluem indivíduos com neoplasia de cabeça e pescoço, linfomas, insuficiência renal em diálise, diabetes mellitus, baixo peso, tabagistas pesados, e calcificação isolada em radiografia.

176
Q

O que significa uma conversão na prova tuberculínica e quem deve ser tratado nesse caso?

A

Uma conversão significa um aumento de 10 mm na segunda PT em relação à primeira. O tratamento é indicado para contatos de TB confirmada por critério laboratorial, profissionais de saúde, de laboratório de micobactéria, e trabalhadores do sistema prisional e instituições de longa permanência.