HIV Flashcards

1
Q

Qual é o agente etiológico predominante do HIV?

A

HIV-1 é o agente predominante no mundo, seguido pelo HIV-2.

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2
Q

Quais são os principais problemas de saúde relacionados à infecção pelo HIV?

A

A infecção causa imunodeficiência, resultando em infecções oportunistas, neoplasias, doenças cardiovasculares e distúrbios metabólicos.

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3
Q

Como a Terapia Antirretroviral (TARV) alterou a história natural do HIV?

A

A TARV aumentou a sobrevida dos pacientes e melhorou a função imunológica, reduzindo doenças secundárias e melhorando a qualidade de vida.

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4
Q

Qual é a situação da epidemia de HIV no Brasil?

A

A epidemia está estabilizada, concentrada em grupos específicos, com cerca de 30 a 40 mil casos novos por ano.

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5
Q

O que é a profilaxia pré-exposição (PrEP) e como funciona?

A

A PrEP consiste no uso de antirretrovirais antes da exposição ao HIV para reduzir o risco de infecção.

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6
Q

Quando é indicada a profilaxia pós-exposição (PEP)?

A

A PEP deve ser iniciada em até 72 horas após a exposição e utilizada por 28 dias em casos de acidentes com material biológico ou exposição sexual de risco.

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7
Q

Qual é o método principal para o diagnóstico da infecção pelo HIV no Brasil atualmente?

A

O diagnóstico é feito principalmente por meio de testes rápidos, embora métodos sorológicos não rápidos também possam ser utilizados.

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8
Q

Por que é importante conhecer o quadro clínico da infecção aguda pelo HIV?

A

É crucial para entender os fluxos de conduta em situações de acidentes com material biológico e para um diagnóstico precoce.

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9
Q

Quais exames devem ser realizados na avaliação inicial de um paciente recém-diagnosticado com HIV?

A

Devem incluir testes para carga viral, contagem de CD4, e exames para infecções oportunistas.

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10
Q

Quais são as principais infecções oportunistas associadas ao HIV e como variam por faixa de CD4?

A

As principais incluem neurotoxoplasmose, pneumocistose e tuberculose, que se manifestam em diferentes níveis de contagem de CD4.

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11
Q

Como é tratado a coinfecção HIV/tuberculose e quais interações são relevantes?

A

O tratamento deve ser iniciado rapidamente, considerando interações entre antirretrovirais e rifampicina, além de possíveis reações paradoxais.

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12
Q

Quais profilaxias devem ser realizadas para infecções oportunistas em pacientes HIV+?

A

A profilaxia inclui medicamentos para prevenir pneumonia por pneumocystis e tuberculose.

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13
Q

Quais vacinas são recomendadas para a população HIV+ e quais suas contraindicações?

A

Vacinas como a da gripe, hepatite B e pneumocócica são recomendadas, enquanto vacinas vivas atenuadas são geralmente contraindicadas.

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14
Q

Quais células são as primeiras a entrar em contato com o HIV-1?

A

As células dendríticas, que fazem parte da linhagem de monócitos.

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15
Q

Quais tipos de células o HIV infecta predominantemente?

A

Linfócitos T auxiliares (CD4+), macrófagos teciduais e células da micróglia.

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16
Q

Qual é a principal enzima responsável pela transcrição do RNA viral em DNA?

A

A transcriptase reversa (TR).

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17
Q

Como o HIV é transmitido?

A

Por via sexual, pelo sangue (parenteral e vertical) e pelo leite materno.

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18
Q

Qual é a importância do correceptor CCR5 na infecção pelo HIV?

A

É fundamental para a entrada do vírus na célula e há drogas que inibem esse correceptor.

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19
Q

O HIV-1 e HIV-2 têm origem em qual tipo de vírus?

A

Eles têm origem em retrovírus relacionados presentes em primatas não humanos.

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20
Q

Quais são os grupos em que o HIV-1 pode ser dividido?

A

Grupos M, O e N; o grupo M é o mais prevalente.

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21
Q

Como a carga viral afeta a transmissibilidade do HIV?

A

Indivíduos com infecção aguda ou imunossupressão avançada têm maior carga viral, aumentando a transmissibilidade.

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22
Q

que significa o conceito “indetectável = não transmissor” no contexto do HIV?

A

Indivíduos em tratamento com carga viral indetectável não transmitem o vírus sexualmente.

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23
Q

Por que o conceito “indetectável = não transmissor” não se aplica à amamentação?

A

O HIV pode ser transmitido para o bebê durante a amamentação, mesmo com a carga viral indetectável.

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24
Q

Qual exame é realizado trimestralmente em toda consulta de PrEP?

A

Teste rápido para HIV, utilizando amostra de sangue total, soro ou plasma.

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25
Q

Com que frequência deve ser realizado o teste para sífilis em pacientes em uso de PrEP?

A

Trimestralmente.

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26
Q

Qual exame deve ser realizado semestralmente ou de forma mais frequente, caso haja sintomas?

A

Pesquisa de ISTs como clamídia e gonococo, utilizando urina ou secreção genital.

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27
Q

Quais exames são indicados para monitorar a função renal em pacientes usando PrEP?

A

Clearance de creatinina, dosagem de ureia e creatinina sérica, além da avaliação da proteinúria.

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28
Q

Com que frequência deve ser realizado o monitoramento da função hepática?

A

Trimestralmente, através da dosagem de enzimas hepáticas (AST/ALT).

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29
Q

Quando deve ser realizado o teste de gravidez em pacientes usando PrEP?

A

Trimestralmente ou quando necessário.

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30
Q

Que exames são recomendados para monitorar infecções por hepatite B e C em pacientes usando PrEP?

A

Hepatite B: pesquisa de HBsAg e Anti-HBs (se não houver soroconversão após vacinação).

Hepatite C: pesquisa de Anti-HCV (teste rápido).

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31
Q

O que é a PrEP e como ela funciona?

A

A PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) consiste no uso diário de antirretrovirais para prevenir a infecção pelo HIV, com eficácia próxima de 99% na população HSH.

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32
Q

Quais fatores indicam a necessidade de PrEP em indivíduos expostos ao HIV?

A

Repetição de práticas sexuais sem preservativo, múltiplos parceiros, histórico de ISTs, uso frequente de PEP, e contexto de troca de sexo por dinheiro ou drogas.

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32
Q

Por que a PrEP não substitui o uso de preservativos?

A

Embora previna a infecção por HIV, a PrEP não protege contra outras ISTs ou hepatites virais.

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33
Q

Quais grupos populacionais devem ser priorizados para o uso de PrEP?

A

HSH, profissionais do sexo, pessoas trans e outros grupos com maior risco de infecção pelo HIV.

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34
Q

O que é a PEP e quando deve ser iniciada?

A

A PEP (Profilaxia Pós-Exposição) é o uso de antirretrovirais após a exposição ao HIV, devendo ser iniciada o mais rápido possível, com limite de 72 horas.

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34
Q

Quais são as principais recomendações para o manejo de acidentes com material biológico envolvendo exposição ao HIV?

A

Coletar sorologia do acidentado, testar a fonte para HIV, iniciar profilaxia com TDF/3TC/Dolutegravir, e realizar seguimento em 30 e 90 dias.

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35
Q

A PEP deve ser oferecida mesmo se a pessoa fonte tiver carga viral indetectável?

A

Sim, apesar do conceito “indetectável = intransmissível” se aplicar à transmissão sexual, a PEP é recomendada para exposições acidentais.

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36
Q

O que caracteriza a infecção aguda pelo HIV?

A

Ocorre nas primeiras semanas após o contato, com replicação viral intensa, alta carga viral e redução dos linfócitos CD4+.

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37
Q

Quais exames são indicados para diagnosticar a infecção aguda pelo HIV?

A

O exame de eleição é a carga viral, mas testes de quarta geração como o ELISA também podem ser usados devido à janela imunológica curta.

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38
Q

Quais são os sintomas comuns da infecção aguda pelo HIV?

A

Febre, adenopatia, faringite, mialgia, artralgia, rash cutâneo, ulcerações mucocutâneas, hiporexia, cefaleia, hepatoesplenomegalia, entre outros.

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39
Q

Quanto tempo duram, em média, os sintomas da infecção aguda pelo HIV?

A

Cerca de 14 dias, com resolução espontânea em 3 a 4 semanas.

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40
Q

Por que é importante iniciar o tratamento com antirretrovirais durante a fase aguda da infecção?

A

Iniciar o tratamento precoce reduz o tamanho dos reservatórios imunológicos e melhora o prognóstico.

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41
Q

O que é a fase de latência clínica na infecção pelo HIV?

A

É um período geralmente assintomático, com linfadenopatia persistente, mas sem manifestações clínicas significativas.

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41
Q

Quais achados laboratoriais podem estar presentes durante a fase de latência clínica do HIV?

A

Plaquetopenia, anemia normocrômica e normocítica, e leucopenia leves.

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42
Q

Qual é o risco de infecções quando a contagem de CD4+ está acima de 350 células/mm³?

A

As infecções mais comuns são bacterianas, como infecções respiratórias e tuberculose.

43
Q

Quais sinais podem indicar a progressão da infecção pelo HIV?

A

Apresentações atípicas de infecções, resposta tardia a antibióticos, e reativação de infecções antigas.

44
Q

Quais são as manifestações de imunodeficiência moderada relacionadas à perda de peso e febre?

A

Perda de peso inexplicada (>10% do peso) e febre persistente inexplicada por mais de 1 mês (>37,6°C).

45
Q

Quais são os exemplos de infecções graves associadas à imunodeficiência moderada?

A

Pneumonia, empiema, meningite, piomiosite, infecções osteoarticulares, bacteremia e doença inflamatória pélvica grave.

46
Q

Quais são as manifestações mais comuns de candidíase em imunodeficiência moderada?

A

Candidíase oral persistente e candidíase vulvovaginal persistente, frequente ou não responsiva à terapia.

47
Q

Quais são os critérios para pneumonia bacteriana recorrente como manifestação avançada de imunodeficiência?

A

Dois ou mais episódios de pneumonia bacteriana no período de um ano.

48
Q

Qual doença definidora de AIDS está associada ao Pneumocystis jiroveci?

A

Pneumonia por Pneumocystis jiroveci.

49
Q

Quais são as doenças virais que podem aparecer em estágios avançados de imunodeficiência?

A

Herpes simples com úlceras mucocutâneas (>1 mês), doença por CMV (retinite ou outros órgãos), e leucencefalopatia multifocal progressiva (LEMP).

50
Q

O que caracteriza a síndrome consumptiva associada ao HIV?

A

Perda involuntária de mais de 10% do peso habitual, associada à diarreia crônica (≥2 episódios/dia por 1 mês) ou fadiga crônica e febre por ≥1 mês.

51
Q

Quais são as manifestações neurológicas avançadas associadas à imunodeficiência no HIV?

A

Neurotoxoplasmose e encefalopatia pelo HIV.

52
Q

Quais doenças fúngicas estão relacionadas à imunodeficiência avançada?

A

Criptococose extrapulmonar e candidíase esofágica, de traqueia, brônquios ou pulmões.

53
Q

Quais infecções intestinais crônicas são associadas à imunodeficiência avançada no HIV?

A

Isosporíase intestinal crônica (duração >1 mês).

54
Q

Quais micoses disseminadas são consideradas doenças definidoras de AIDS?

A

Histoplasmose e coccidioidomicose disseminadas.

55
Q

Qual bactéria está associada à septicemia recorrente em pacientes com imunodeficiência avançada?

A

Salmonella não Typhi.

56
Q

Quais tipos de linfoma são considerados manifestações de imunodeficiência avançada?

A

Linfoma não Hodgkin de células B ou primário do sistema nervoso central

57
Q

Qual neoplasia é definidora de AIDS em mulheres?

A

Carcinoma cervical invasivo.

58
Q

Quais são as manifestações cardíacas e renais associadas ao HIV?

A

Cardiomiopatia e nefropatia sintomática associadas ao HIV.

59
Q

Quais infecções oportunistas comuns definem o quadro de AIDS?

A

Pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose atípica ou disseminada, meningite criptocócica e retinite por citomegalovírus.

60
Q

Quais são as neoplasias mais comuns associadas ao HIV?

A

Sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e câncer de colo uterino.

61
Q

Qual é a contagem de linfócitos CD4+ tipicamente associada ao aparecimento de infecções oportunistas e neoplasias?

A

Abaixo de 200 células/mm³.

62
Q

Quais são os preditores clínicos de progressão para AIDS?

A

Candidíase oral, diarreia crônica, febre de origem indeterminada e leucoplasia oral pilosa.

63
Q

Em que situações podem ocorrer resultados falso-positivos em testes rápidos para HIV?

A

Durante a gestação, sífilis, doenças autoimunes, doença de Chagas e vacinação recente.

64
Q

O que deve ser solicitado em caso de suspeita de exposição recente com síndrome retroviral aguda, mas com testes rápidos negativos?

A

Carga viral, já que a sorologia e o teste rápido ainda podem estar negativos.

65
Q

Quais erros podem ocorrer no diagnóstico do HIV?

A

Cepas virais com variações genéticas não detectadas, infecções com viremia baixa ou sem viremia (controladores de elite), e erros humanos ou operacionais durante a execução dos testes.

66
Q

Quais exames são recomendados na primeira consulta de pacientes HIV+?

A

Contagem de LT-CD4+, carga viral, genotipagem pré-tratamento, hemograma, glicemia de jejum, perfil lipídico, função hepática e renal, testes para sífilis, hepatites, toxoplasmose, HTLV I/II, Chagas, PPD, e radiografia de tórax.

67
Q

Qual é a importância da Prova Tuberculínica (PT) em pacientes HIV+?

A

A PT ajuda a diagnosticar a infecção latente por tuberculose, um marcador de risco para o desenvolvimento de TB ativa, e deve ser realizada em todos os pacientes HIV+, mesmo assintomáticos.

68
Q

Quando o tratamento da infecção latente por TB com isoniazida (INH) é recomendado em pacientes HIV+?

A

Se o PPD for ≥ 5 mm e CD4+ > 350, ou independentemente do PPD se CD4+ < 350.

69
Q

Quais são as principais classes de medicamentos antirretrovirais utilizados no tratamento do HIV?

A

Inibidores da transcriptase reversa (nucleosídeos, nucleotídeos e não nucleosídeos), inibidores da protease e inibidores da integrase.

70
Q

Qual é o esquema inicial preferencial de tratamento para pacientes HIV+ no Brasil?

A

Tenofovir (TDF), lamivudina (3TC) e dolutegravir (DTG).

71
Q

Quais alternativas podem ser usadas se o paciente tiver contraindicação ao uso de tenofovir (TDF)?

A

Abacavir (ABC) ou zidovudina (AZT).

72
Q

Como deve ser ajustado o tratamento em pacientes com coinfecção HIV/TB?

A

Dolutegravir (DTG) em dose dobrada ou substituição por raltegravir ou efavirenz (EFV).

73
Q

Quais medicamentos são indicados no tratamento de gestantes HIV+ no primeiro trimestre?

A

Atazanavir e efavirenz (EFV), para evitar o uso de dolutegravir devido ao risco de má-formação do tubo neural.

74
Q

Quais exames devem ser realizados para monitorar a função hepática e renal em pacientes HIV+?

A

AST, ALT, FA, bilirrubinas, creatinina e exame básico de urina.

75
Q

Quais vacinas de vírus atenuado podem ser administradas em pacientes HIV+ com contagem de CD4+ acima de 200 células/mm³?

A

Tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola), varicela, e febre amarela, dependendo da avaliação de risco-benefício.

76
Q

Qual é a recomendação para a vacinação contra a varicela em pacientes HIV+?

A

Duas doses com intervalo de 3 meses em suscetíveis com CD4+ >300 células/mm³.

77
Q

Quando deve ser administrada a vacina contra a febre amarela em pacientes HIV+?

A

Apenas com CD4+ ≥350 células/mm³, após individualizar o risco-benefício.

78
Q

Qual é a recomendação de vacinação contra hepatite A para pacientes HIV+?

A

Duas doses (0 e 6 a 12 meses) para indivíduos suscetíveis, incluindo portadores de hepatopatia crônica.

79
Q

Qual vacina contra o Streptococcus pneumoniae deve ser administrada em pacientes HIV+?

A

A vacina 23-valente, com duas doses e revacinação após 5 anos.

80
Q

Qual cuidado deve ser tomado ao iniciar TARV em pacientes com infecções oportunistas neurológicas e pulmonares?

A

Evitar iniciar TARV concomitante ao tratamento dessas infecções para reduzir o risco de Síndrome Inflamatória de Reconstituição Imune (SIR/IRIS).

80
Q

Quais são os princípios gerais para a vacinação de pacientes HIV+?

A

Vacinar quando CD4+ estiver acima de 350, e avaliar risco-benefício entre 200 e 350 células/mm³; evitar vacinas de vírus vivo atenuado quando CD4+ estiver abaixo de 200.

80
Q

Quais são os sinais de Síndrome Inflamatória de Reconstituição Imune (SIR/IRIS)?

A

Sinais inflamatórios 4 a 8 semanas após início ou modificação da TARV, geralmente acompanhados de aumento dos LT-CD4+ e redução da carga viral.

80
Q

Quando iniciar TARV em pacientes com tuberculose?

A

Aproximadamente 15 dias após o início do tratamento da TB, especialmente em pacientes com CD4+ abaixo de 50 células/mm³, devido ao risco de IRIS.

81
Q

Quais infecções oportunistas são comuns em pacientes com contagem de CD4+ abaixo de 200 células/mm³?

A

Candidíase orofaríngea ou esofágica, pneumocistose e isosporíase.

82
Q

Quais infecções oportunistas aparecem com CD4+ abaixo de 100 células/mm³?

A

Diarreia por Cryptosporidium, microsporidiose, toxoplasmose e criptococose.

83
Q

Quais infecções podem ocorrer em qualquer contagem de CD4+ em pacientes com HIV?

A

Tuberculose, herpes simples recorrente, herpes zóster, pneumonia bacteriana e sarcoma de Kaposi.

83
Q

Quais infecções são mais comuns em pacientes com CD4+ abaixo de 50 células/mm³?

A

Infecção por Mycobacterium avium e citomegalovirose.

83
Q

Quais infecções oportunistas aparecem com CD4+ abaixo de 100 células/mm³?

A

Diarreia por Cryptosporidium, microsporidiose, toxoplasmose e criptococose.

84
Q

Qual infecção oportunista é comum tanto em contagens baixas de CD4+ quanto em qualquer nível?

A

Tuberculose.

85
Q

Quais exames são fundamentais na avaliação inicial de doenças neurológicas em pacientes HIV+?

A

Tomografia e coleta de líquor (LCR).

86
Q

Qual é a principal etiologia a ser considerada em casos de lesão com efeito de massa no sistema nervoso central (SNC) em pacientes HIV+?

A

Neurotoxoplasmose, especialmente em pacientes com CD4+ <100/mm³.

87
Q

Quais são os achados radiográficos clássicos da neurotoxoplasmose?

A

Lesões hipodensas com realce anelar de contraste e edema perilesional.

88
Q

Qual é o principal diagnóstico diferencial para neurotoxoplasmose se não houver melhora após 2 semanas de tratamento?

A

Linfoma primário do sistema nervoso central.

89
Q

Qual é o tratamento inicial para neurotoxoplasmose?

A

Pirimetamina 200 mg no 1º dia seguido de 50 mg/dia, sulfadiazina 1-1,5 g/dia, e ácido folínico 15 mg/dia, ou sulfametoxazol/trimetoprim 5-20 mg/kg a cada 12 horas por 6 semanas.

90
Q

Quais são os sinais e sintomas comuns do linfoma primário do SNC em pacientes HIV+?

A

Sinais subagudos, como alterações cognitivas e neurológicas focais, com lesões hipodensas com realce anelar e edema perilesional.

91
Q

Quais são as características típicas da neurocriptococose em pacientes HIV+?

A

Meningite subaguda ou crônica, cefaleia progressiva, febre, náuseas, vômitos, e rebaixamento de consciência, com CD4+ <100 células/mm³.

92
Q

Quais exames confirmam o diagnóstico de neurocriptococose?

A

Tinta da China positiva no líquor, cultura positiva, ou pesquisa do antígeno para criptococo no LCR (sensibilidade >95%)

93
Q

Qual é o tratamento de indução recomendado para neurocriptococose?

A

Anfotericina lipossomal ou desoxicolato + 5-flucitosina por pelo menos 2 semanas, seguido de consolidação com fluconazol.

94
Q

O que é a Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LEMP) e qual é seu agente causal?

A

LEMP é uma doença desmielinizante multifocal causada pelo poliomavírus (geralmente vírus JC), afetando predominantemente os oligodendrócitos.

95
Q

Quais são os achados clínicos sugerindo pneumocistose em pacientes com HIV?

A

Dispneia progressiva aos esforços, febre, taquipneia, taquicardia, infiltrado pulmonar difuso bilateral no raio X, e elevação de DHL.

96
Q

Qual é a contagem de LT-CD4+ frequentemente associada à pneumocistose?

A

Abaixo de 200 células/mm³.

97
Q

Quais exames iniciais devem ser solicitados em pacientes HIV+ com suspeita de infecção respiratória?

A

Raio X de tórax, lactato desidrogenase (DHL), hemoculturas, escarro para bacilo álcool-ácido resistente (BAAR), Pneumocystis jirovecii, coloração de Gram e culturas para fungos e micobactérias.

98
Q

Quais são os achados típicos da pneumocistose na radiografia de tórax e na tomografia computadorizada (TC)?

A

Na radiografia: infiltrado intersticial difuso, bilateral. Na TC: padrão de vidro fosco.

99
Q

Quando o tratamento para pneumocistose deve ser iniciado?

A

O tratamento deve ser iniciado com base na suspeita clínica, sem necessidade de aguardar testes diagnósticos.

100
Q

Qual é o tratamento padrão para pneumocistose?

A

Sulfametoxazol por 21 dias, associado a corticosteroides quando a PaO2 é menor que 70 mmHg.

101
Q

Quando deve ser iniciada a terapia antirretroviral (TARV) em pacientes com pneumocistose?

A

TARV deve ser iniciada apenas após o tratamento da pneumocistose, exceto em pacientes que já estejam em uso.

102
Q

Quais exames podem ser solicitados para confirmação do diagnóstico de pneumocistose quando há escarro disponível?

A

PCR e culturas para Pneumocystis jirovecii.

103
Q

Qual é a principal causa de elevação da lactato desidrogenase (DHL) em pneumocistose?

A

A elevação de DHL acima de 500 mg/dL está associada a formas mais graves da doença.