HIV Flashcards
Qual é o agente etiológico predominante do HIV?
HIV-1 é o agente predominante no mundo, seguido pelo HIV-2.
Quais são os principais problemas de saúde relacionados à infecção pelo HIV?
A infecção causa imunodeficiência, resultando em infecções oportunistas, neoplasias, doenças cardiovasculares e distúrbios metabólicos.
Como a Terapia Antirretroviral (TARV) alterou a história natural do HIV?
A TARV aumentou a sobrevida dos pacientes e melhorou a função imunológica, reduzindo doenças secundárias e melhorando a qualidade de vida.
Qual é a situação da epidemia de HIV no Brasil?
A epidemia está estabilizada, concentrada em grupos específicos, com cerca de 30 a 40 mil casos novos por ano.
O que é a profilaxia pré-exposição (PrEP) e como funciona?
A PrEP consiste no uso de antirretrovirais antes da exposição ao HIV para reduzir o risco de infecção.
Quando é indicada a profilaxia pós-exposição (PEP)?
A PEP deve ser iniciada em até 72 horas após a exposição e utilizada por 28 dias em casos de acidentes com material biológico ou exposição sexual de risco.
Qual é o método principal para o diagnóstico da infecção pelo HIV no Brasil atualmente?
O diagnóstico é feito principalmente por meio de testes rápidos, embora métodos sorológicos não rápidos também possam ser utilizados.
Por que é importante conhecer o quadro clínico da infecção aguda pelo HIV?
É crucial para entender os fluxos de conduta em situações de acidentes com material biológico e para um diagnóstico precoce.
Quais exames devem ser realizados na avaliação inicial de um paciente recém-diagnosticado com HIV?
Devem incluir testes para carga viral, contagem de CD4, e exames para infecções oportunistas.
Quais são as principais infecções oportunistas associadas ao HIV e como variam por faixa de CD4?
As principais incluem neurotoxoplasmose, pneumocistose e tuberculose, que se manifestam em diferentes níveis de contagem de CD4.
Como é tratado a coinfecção HIV/tuberculose e quais interações são relevantes?
O tratamento deve ser iniciado rapidamente, considerando interações entre antirretrovirais e rifampicina, além de possíveis reações paradoxais.
Quais profilaxias devem ser realizadas para infecções oportunistas em pacientes HIV+?
A profilaxia inclui medicamentos para prevenir pneumonia por pneumocystis e tuberculose.
Quais vacinas são recomendadas para a população HIV+ e quais suas contraindicações?
Vacinas como a da gripe, hepatite B e pneumocócica são recomendadas, enquanto vacinas vivas atenuadas são geralmente contraindicadas.
Quais células são as primeiras a entrar em contato com o HIV-1?
As células dendríticas, que fazem parte da linhagem de monócitos.
Quais tipos de células o HIV infecta predominantemente?
Linfócitos T auxiliares (CD4+), macrófagos teciduais e células da micróglia.
Qual é a principal enzima responsável pela transcrição do RNA viral em DNA?
A transcriptase reversa (TR).
Como o HIV é transmitido?
Por via sexual, pelo sangue (parenteral e vertical) e pelo leite materno.
Qual é a importância do correceptor CCR5 na infecção pelo HIV?
É fundamental para a entrada do vírus na célula e há drogas que inibem esse correceptor.
O HIV-1 e HIV-2 têm origem em qual tipo de vírus?
Eles têm origem em retrovírus relacionados presentes em primatas não humanos.
Quais são os grupos em que o HIV-1 pode ser dividido?
Grupos M, O e N; o grupo M é o mais prevalente.
Como a carga viral afeta a transmissibilidade do HIV?
Indivíduos com infecção aguda ou imunossupressão avançada têm maior carga viral, aumentando a transmissibilidade.
que significa o conceito “indetectável = não transmissor” no contexto do HIV?
Indivíduos em tratamento com carga viral indetectável não transmitem o vírus sexualmente.
Por que o conceito “indetectável = não transmissor” não se aplica à amamentação?
O HIV pode ser transmitido para o bebê durante a amamentação, mesmo com a carga viral indetectável.
Qual exame é realizado trimestralmente em toda consulta de PrEP?
Teste rápido para HIV, utilizando amostra de sangue total, soro ou plasma.
Com que frequência deve ser realizado o teste para sífilis em pacientes em uso de PrEP?
Trimestralmente.
Qual exame deve ser realizado semestralmente ou de forma mais frequente, caso haja sintomas?
Pesquisa de ISTs como clamídia e gonococo, utilizando urina ou secreção genital.
Quais exames são indicados para monitorar a função renal em pacientes usando PrEP?
Clearance de creatinina, dosagem de ureia e creatinina sérica, além da avaliação da proteinúria.
Com que frequência deve ser realizado o monitoramento da função hepática?
Trimestralmente, através da dosagem de enzimas hepáticas (AST/ALT).
Quando deve ser realizado o teste de gravidez em pacientes usando PrEP?
Trimestralmente ou quando necessário.
Que exames são recomendados para monitorar infecções por hepatite B e C em pacientes usando PrEP?
Hepatite B: pesquisa de HBsAg e Anti-HBs (se não houver soroconversão após vacinação).
Hepatite C: pesquisa de Anti-HCV (teste rápido).
O que é a PrEP e como ela funciona?
A PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) consiste no uso diário de antirretrovirais para prevenir a infecção pelo HIV, com eficácia próxima de 99% na população HSH.
Quais fatores indicam a necessidade de PrEP em indivíduos expostos ao HIV?
Repetição de práticas sexuais sem preservativo, múltiplos parceiros, histórico de ISTs, uso frequente de PEP, e contexto de troca de sexo por dinheiro ou drogas.
Por que a PrEP não substitui o uso de preservativos?
Embora previna a infecção por HIV, a PrEP não protege contra outras ISTs ou hepatites virais.
Quais grupos populacionais devem ser priorizados para o uso de PrEP?
HSH, profissionais do sexo, pessoas trans e outros grupos com maior risco de infecção pelo HIV.
O que é a PEP e quando deve ser iniciada?
A PEP (Profilaxia Pós-Exposição) é o uso de antirretrovirais após a exposição ao HIV, devendo ser iniciada o mais rápido possível, com limite de 72 horas.
Quais são as principais recomendações para o manejo de acidentes com material biológico envolvendo exposição ao HIV?
Coletar sorologia do acidentado, testar a fonte para HIV, iniciar profilaxia com TDF/3TC/Dolutegravir, e realizar seguimento em 30 e 90 dias.
A PEP deve ser oferecida mesmo se a pessoa fonte tiver carga viral indetectável?
Sim, apesar do conceito “indetectável = intransmissível” se aplicar à transmissão sexual, a PEP é recomendada para exposições acidentais.
O que caracteriza a infecção aguda pelo HIV?
Ocorre nas primeiras semanas após o contato, com replicação viral intensa, alta carga viral e redução dos linfócitos CD4+.
Quais exames são indicados para diagnosticar a infecção aguda pelo HIV?
O exame de eleição é a carga viral, mas testes de quarta geração como o ELISA também podem ser usados devido à janela imunológica curta.
Quais são os sintomas comuns da infecção aguda pelo HIV?
Febre, adenopatia, faringite, mialgia, artralgia, rash cutâneo, ulcerações mucocutâneas, hiporexia, cefaleia, hepatoesplenomegalia, entre outros.
Quanto tempo duram, em média, os sintomas da infecção aguda pelo HIV?
Cerca de 14 dias, com resolução espontânea em 3 a 4 semanas.
Por que é importante iniciar o tratamento com antirretrovirais durante a fase aguda da infecção?
Iniciar o tratamento precoce reduz o tamanho dos reservatórios imunológicos e melhora o prognóstico.
O que é a fase de latência clínica na infecção pelo HIV?
É um período geralmente assintomático, com linfadenopatia persistente, mas sem manifestações clínicas significativas.
Quais achados laboratoriais podem estar presentes durante a fase de latência clínica do HIV?
Plaquetopenia, anemia normocrômica e normocítica, e leucopenia leves.
Qual é o risco de infecções quando a contagem de CD4+ está acima de 350 células/mm³?
As infecções mais comuns são bacterianas, como infecções respiratórias e tuberculose.
Quais sinais podem indicar a progressão da infecção pelo HIV?
Apresentações atípicas de infecções, resposta tardia a antibióticos, e reativação de infecções antigas.
Quais são as manifestações de imunodeficiência moderada relacionadas à perda de peso e febre?
Perda de peso inexplicada (>10% do peso) e febre persistente inexplicada por mais de 1 mês (>37,6°C).
Quais são os exemplos de infecções graves associadas à imunodeficiência moderada?
Pneumonia, empiema, meningite, piomiosite, infecções osteoarticulares, bacteremia e doença inflamatória pélvica grave.
Quais são as manifestações mais comuns de candidíase em imunodeficiência moderada?
Candidíase oral persistente e candidíase vulvovaginal persistente, frequente ou não responsiva à terapia.
Quais são os critérios para pneumonia bacteriana recorrente como manifestação avançada de imunodeficiência?
Dois ou mais episódios de pneumonia bacteriana no período de um ano.
Qual doença definidora de AIDS está associada ao Pneumocystis jiroveci?
Pneumonia por Pneumocystis jiroveci.
Quais são as doenças virais que podem aparecer em estágios avançados de imunodeficiência?
Herpes simples com úlceras mucocutâneas (>1 mês), doença por CMV (retinite ou outros órgãos), e leucencefalopatia multifocal progressiva (LEMP).
O que caracteriza a síndrome consumptiva associada ao HIV?
Perda involuntária de mais de 10% do peso habitual, associada à diarreia crônica (≥2 episódios/dia por 1 mês) ou fadiga crônica e febre por ≥1 mês.
Quais são as manifestações neurológicas avançadas associadas à imunodeficiência no HIV?
Neurotoxoplasmose e encefalopatia pelo HIV.
Quais doenças fúngicas estão relacionadas à imunodeficiência avançada?
Criptococose extrapulmonar e candidíase esofágica, de traqueia, brônquios ou pulmões.
Quais infecções intestinais crônicas são associadas à imunodeficiência avançada no HIV?
Isosporíase intestinal crônica (duração >1 mês).
Quais micoses disseminadas são consideradas doenças definidoras de AIDS?
Histoplasmose e coccidioidomicose disseminadas.
Qual bactéria está associada à septicemia recorrente em pacientes com imunodeficiência avançada?
Salmonella não Typhi.
Quais tipos de linfoma são considerados manifestações de imunodeficiência avançada?
Linfoma não Hodgkin de células B ou primário do sistema nervoso central
Qual neoplasia é definidora de AIDS em mulheres?
Carcinoma cervical invasivo.
Quais são as manifestações cardíacas e renais associadas ao HIV?
Cardiomiopatia e nefropatia sintomática associadas ao HIV.
Quais infecções oportunistas comuns definem o quadro de AIDS?
Pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose atípica ou disseminada, meningite criptocócica e retinite por citomegalovírus.
Quais são as neoplasias mais comuns associadas ao HIV?
Sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e câncer de colo uterino.
Qual é a contagem de linfócitos CD4+ tipicamente associada ao aparecimento de infecções oportunistas e neoplasias?
Abaixo de 200 células/mm³.
Quais são os preditores clínicos de progressão para AIDS?
Candidíase oral, diarreia crônica, febre de origem indeterminada e leucoplasia oral pilosa.
Em que situações podem ocorrer resultados falso-positivos em testes rápidos para HIV?
Durante a gestação, sífilis, doenças autoimunes, doença de Chagas e vacinação recente.
O que deve ser solicitado em caso de suspeita de exposição recente com síndrome retroviral aguda, mas com testes rápidos negativos?
Carga viral, já que a sorologia e o teste rápido ainda podem estar negativos.
Quais erros podem ocorrer no diagnóstico do HIV?
Cepas virais com variações genéticas não detectadas, infecções com viremia baixa ou sem viremia (controladores de elite), e erros humanos ou operacionais durante a execução dos testes.
Quais exames são recomendados na primeira consulta de pacientes HIV+?
Contagem de LT-CD4+, carga viral, genotipagem pré-tratamento, hemograma, glicemia de jejum, perfil lipídico, função hepática e renal, testes para sífilis, hepatites, toxoplasmose, HTLV I/II, Chagas, PPD, e radiografia de tórax.
Qual é a importância da Prova Tuberculínica (PT) em pacientes HIV+?
A PT ajuda a diagnosticar a infecção latente por tuberculose, um marcador de risco para o desenvolvimento de TB ativa, e deve ser realizada em todos os pacientes HIV+, mesmo assintomáticos.
Quando o tratamento da infecção latente por TB com isoniazida (INH) é recomendado em pacientes HIV+?
Se o PPD for ≥ 5 mm e CD4+ > 350, ou independentemente do PPD se CD4+ < 350.
Quais são as principais classes de medicamentos antirretrovirais utilizados no tratamento do HIV?
Inibidores da transcriptase reversa (nucleosídeos, nucleotídeos e não nucleosídeos), inibidores da protease e inibidores da integrase.
Qual é o esquema inicial preferencial de tratamento para pacientes HIV+ no Brasil?
Tenofovir (TDF), lamivudina (3TC) e dolutegravir (DTG).
Quais alternativas podem ser usadas se o paciente tiver contraindicação ao uso de tenofovir (TDF)?
Abacavir (ABC) ou zidovudina (AZT).
Como deve ser ajustado o tratamento em pacientes com coinfecção HIV/TB?
Dolutegravir (DTG) em dose dobrada ou substituição por raltegravir ou efavirenz (EFV).
Quais medicamentos são indicados no tratamento de gestantes HIV+ no primeiro trimestre?
Atazanavir e efavirenz (EFV), para evitar o uso de dolutegravir devido ao risco de má-formação do tubo neural.
Quais exames devem ser realizados para monitorar a função hepática e renal em pacientes HIV+?
AST, ALT, FA, bilirrubinas, creatinina e exame básico de urina.
Quais vacinas de vírus atenuado podem ser administradas em pacientes HIV+ com contagem de CD4+ acima de 200 células/mm³?
Tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola), varicela, e febre amarela, dependendo da avaliação de risco-benefício.
Qual é a recomendação para a vacinação contra a varicela em pacientes HIV+?
Duas doses com intervalo de 3 meses em suscetíveis com CD4+ >300 células/mm³.
Quando deve ser administrada a vacina contra a febre amarela em pacientes HIV+?
Apenas com CD4+ ≥350 células/mm³, após individualizar o risco-benefício.
Qual é a recomendação de vacinação contra hepatite A para pacientes HIV+?
Duas doses (0 e 6 a 12 meses) para indivíduos suscetíveis, incluindo portadores de hepatopatia crônica.
Qual vacina contra o Streptococcus pneumoniae deve ser administrada em pacientes HIV+?
A vacina 23-valente, com duas doses e revacinação após 5 anos.
Qual cuidado deve ser tomado ao iniciar TARV em pacientes com infecções oportunistas neurológicas e pulmonares?
Evitar iniciar TARV concomitante ao tratamento dessas infecções para reduzir o risco de Síndrome Inflamatória de Reconstituição Imune (SIR/IRIS).
Quais são os princípios gerais para a vacinação de pacientes HIV+?
Vacinar quando CD4+ estiver acima de 350, e avaliar risco-benefício entre 200 e 350 células/mm³; evitar vacinas de vírus vivo atenuado quando CD4+ estiver abaixo de 200.
Quais são os sinais de Síndrome Inflamatória de Reconstituição Imune (SIR/IRIS)?
Sinais inflamatórios 4 a 8 semanas após início ou modificação da TARV, geralmente acompanhados de aumento dos LT-CD4+ e redução da carga viral.
Quando iniciar TARV em pacientes com tuberculose?
Aproximadamente 15 dias após o início do tratamento da TB, especialmente em pacientes com CD4+ abaixo de 50 células/mm³, devido ao risco de IRIS.
Quais infecções oportunistas são comuns em pacientes com contagem de CD4+ abaixo de 200 células/mm³?
Candidíase orofaríngea ou esofágica, pneumocistose e isosporíase.
Quais infecções oportunistas aparecem com CD4+ abaixo de 100 células/mm³?
Diarreia por Cryptosporidium, microsporidiose, toxoplasmose e criptococose.
Quais infecções podem ocorrer em qualquer contagem de CD4+ em pacientes com HIV?
Tuberculose, herpes simples recorrente, herpes zóster, pneumonia bacteriana e sarcoma de Kaposi.
Quais infecções são mais comuns em pacientes com CD4+ abaixo de 50 células/mm³?
Infecção por Mycobacterium avium e citomegalovirose.
Quais infecções oportunistas aparecem com CD4+ abaixo de 100 células/mm³?
Diarreia por Cryptosporidium, microsporidiose, toxoplasmose e criptococose.
Qual infecção oportunista é comum tanto em contagens baixas de CD4+ quanto em qualquer nível?
Tuberculose.
Quais exames são fundamentais na avaliação inicial de doenças neurológicas em pacientes HIV+?
Tomografia e coleta de líquor (LCR).
Qual é a principal etiologia a ser considerada em casos de lesão com efeito de massa no sistema nervoso central (SNC) em pacientes HIV+?
Neurotoxoplasmose, especialmente em pacientes com CD4+ <100/mm³.
Quais são os achados radiográficos clássicos da neurotoxoplasmose?
Lesões hipodensas com realce anelar de contraste e edema perilesional.
Qual é o principal diagnóstico diferencial para neurotoxoplasmose se não houver melhora após 2 semanas de tratamento?
Linfoma primário do sistema nervoso central.
Qual é o tratamento inicial para neurotoxoplasmose?
Pirimetamina 200 mg no 1º dia seguido de 50 mg/dia, sulfadiazina 1-1,5 g/dia, e ácido folínico 15 mg/dia, ou sulfametoxazol/trimetoprim 5-20 mg/kg a cada 12 horas por 6 semanas.
Quais são os sinais e sintomas comuns do linfoma primário do SNC em pacientes HIV+?
Sinais subagudos, como alterações cognitivas e neurológicas focais, com lesões hipodensas com realce anelar e edema perilesional.
Quais são as características típicas da neurocriptococose em pacientes HIV+?
Meningite subaguda ou crônica, cefaleia progressiva, febre, náuseas, vômitos, e rebaixamento de consciência, com CD4+ <100 células/mm³.
Quais exames confirmam o diagnóstico de neurocriptococose?
Tinta da China positiva no líquor, cultura positiva, ou pesquisa do antígeno para criptococo no LCR (sensibilidade >95%)
Qual é o tratamento de indução recomendado para neurocriptococose?
Anfotericina lipossomal ou desoxicolato + 5-flucitosina por pelo menos 2 semanas, seguido de consolidação com fluconazol.
O que é a Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LEMP) e qual é seu agente causal?
LEMP é uma doença desmielinizante multifocal causada pelo poliomavírus (geralmente vírus JC), afetando predominantemente os oligodendrócitos.
Quais são os achados clínicos sugerindo pneumocistose em pacientes com HIV?
Dispneia progressiva aos esforços, febre, taquipneia, taquicardia, infiltrado pulmonar difuso bilateral no raio X, e elevação de DHL.
Qual é a contagem de LT-CD4+ frequentemente associada à pneumocistose?
Abaixo de 200 células/mm³.
Quais exames iniciais devem ser solicitados em pacientes HIV+ com suspeita de infecção respiratória?
Raio X de tórax, lactato desidrogenase (DHL), hemoculturas, escarro para bacilo álcool-ácido resistente (BAAR), Pneumocystis jirovecii, coloração de Gram e culturas para fungos e micobactérias.
Quais são os achados típicos da pneumocistose na radiografia de tórax e na tomografia computadorizada (TC)?
Na radiografia: infiltrado intersticial difuso, bilateral. Na TC: padrão de vidro fosco.
Quando o tratamento para pneumocistose deve ser iniciado?
O tratamento deve ser iniciado com base na suspeita clínica, sem necessidade de aguardar testes diagnósticos.
Qual é o tratamento padrão para pneumocistose?
Sulfametoxazol por 21 dias, associado a corticosteroides quando a PaO2 é menor que 70 mmHg.
Quando deve ser iniciada a terapia antirretroviral (TARV) em pacientes com pneumocistose?
TARV deve ser iniciada apenas após o tratamento da pneumocistose, exceto em pacientes que já estejam em uso.
Quais exames podem ser solicitados para confirmação do diagnóstico de pneumocistose quando há escarro disponível?
PCR e culturas para Pneumocystis jirovecii.
Qual é a principal causa de elevação da lactato desidrogenase (DHL) em pneumocistose?
A elevação de DHL acima de 500 mg/dL está associada a formas mais graves da doença.