Taquicardias Flashcards
QRS e origem das taquicardias Supra-ventriculares e ventriculares
SVT - origem nas aurículas ou nódulo AV e QRS estreitos
TV - origem ventricular e QRS largos
Caracterização clínica dos episódios de Taquicardia paroxistica
Episódios recorrentes de taquipalpitações de início e fim súbitos. Podem estar associadas a dispneia, dor torácica, síncope e depressao ST transitória
V/F
Os episódios de Taquicardia paroxistica dependem de doença estrutural cardíaca
Falso
De que mecanismo fisiopatologico dependem as arritmias supraventriculares paroxisticas ?
Reentrada, a partir do nódulo AV (TRNAV) ou de uma via acessória (TRAV)
Proporção de TRAV e TRNAV
TRNAV (maior) - 60%
TRAV (menor) - 40%
Que Taquicardia pode originar o padrão WPW ?
TRAV
Num período de normalidade em que situações se consegue distinguir TRAV de TRNAV ?
Se houver padrão WPW em repouso, a Taquicardia paroxistica que acontece é a TRAV
Achados de TPSV no ECG
Taquicardia regular de QRS estreitos, sem onda P antes do QRS (o intervalo RP é muito curto e a P está no QRS ou no ST)
Possível distinção morfológica de TRNAV e TRAV no ECG
TRNAV - P + precoce (entalhe/empastamento dentro do QRS)
TRAV - P + tardia (P invertida já dentro do ST)
V/F
Nas TPSV não são visíveis ondas P antes dos QRS
Verdadeiro
Sintoma possível de TRNAV
Pulsação cervical por contração de auricula contra válvulas fechadas
V/F
Uma TRNAV ocorre espontaneamente sem fator desencadeante
Falso (há um evento iniciador, como uma extrassitole - atividade triggered)
Estratégias de interrupção de um evento agudo de TRNAV
Manobras vagais (massagem do seio carótideo; valsalva) ou adenosina iv
Como pode ser feito o tratamento crónico de um doente com TRNAVs paroxisticas ?
Ablação por cateter é o mais indicado (pode haver terapia crónica com beta bloq, ou BCC; antiarritmicos tem demasiados efeitos adversos
Qual a taxa de sucesso da ablação por cateter e quais os determinantes da sua realização ?
90%; depende de frequência dos episódios de arritmia, dos sintomas e da preferência do doente
Como se distingue a taquicardia juncional ?
Irregular e mais frequente em jovens
Qual das vias do NAV sofre ablação ?
Via lenta
Que tipo de TPSV está associada a existência de uma via acessória ?
TRAV
Qual o padrão que se pode observar por vezes em doentes com via acessória ?
Padrão WPW (PR curto e onda delta)
Qual a forma mais frequente de TRAV ?
Ortodromica
Como são os QRSs na presença de TRAV ?
QRS estreitos, exceto em caso de aberração de ritmo, com taquicardia pre-excitada de QRSs largos
Como são os QRSs da TRAV antidromica ?
QRSs alargados (o nódulo AV faz condução retrógrada também)
A que corresponde o padrão WPW ?
Presença de via acessória com repercussões no ECG (PR curto; onda delta), mas sem sintomas ou TPSV associada.
O padrão WPW está presente em que percentagem das pessoas com via acessória ? Qual a frequência na população geral ?
50%; 1:1000
Abordagem terapêutica no padrão WPW
Não deve haver abordagem terapêutica, porque o prognostico (sem sintomas) é muito favorável
A que corresponde a síndrome WPW ?
Doentes com padrão WPW que apresentam episodios de TPSV (TRAV) e sintomas de arritmia
Qual a recomendação terapêutica/abordagem na Síndrome de WPW ?
Deve ser feito um estudo eletrofisiologico invasivo para estratificar o risco e realizar ablação por cateter da via acessória.
A que corresponde a pré-excitacao ?
Surge se houver algo que gere uma preferência na condução do impulso das aurículas para os ventrículos pela via acessória e não pelo nódulo AV
Em que situações a pré-excitacao se torna maligna ?
Situações de aumento da frequência auricular, que assim pode ser transmitida aos ventrículos, ou seja em casos de FA/Flutter + WPW. Aumenta muito a frequência cardíaca e pode levar a fibrilhacao ventricular.
O que pode estimular a condução anterograda pela via acessória e causar pre excitação ?
Fármacos que deprimam o nódulo AV, como digoxina, beta bloq, BCC ou adenosina
Fármacos contra-indicados na síndrome WPW
Digoxina, beta bloq, BCC, adenosina (depressores do nódulo AV)
FA pre-excitada no ECG
Taquicardia de QRSs largos, Irregular; onda delta no pico do QRS (mais empastado), possível batimento de QRS estreitos ocasional (pelo NAV)
Terapêutica aguda e crónica em caso de WPW + pre-excitação por FA
Aguda - amiodarona (procainamida, ibutilide); se instabilidade - cardioversão elétrica. Crónica - ablação
Proporção da condução AV habitual no flutter ?
2:1 (possivelmente 4:1; ou irregular por fármacos)
Em que derivações são mais visíveis as ondas F de flutter ?
Derivações inferiores (II, III, aVF)
Flutter no esquema de abordagem das taquiarritmias
Taquiarritmia; complexos QRS estreitos; Regular (exceto de fármacos que bloqueiam o NAV); Não passa com manobras vagais, mas expõe as ondas F de flutter num intervalo; Morfologia flutter e FC 150 bpm