FA Flashcards
Ritmo da FA
Ritmo auricular caótico, por ativação contínua e variável das aurículas
Caracteristicas ecograficas da FA
Ausência de ondas P; baseline irregular; resposta ventricular irregular
V/F
A FA é a arritmia mais frequente e clinicamente significativa
Verdadeiro
Prevalência de FA na população em geral e nos idosos com mais de 80 anos
População geral - 0,4% a 1%
>80 anos - 8%
V/F
Doentes com apenas FA, sem outras doenças, não tem mortalidade aumentada
Verdadeiro
Classificação da FA
De novo - apresentação e deteção inicial da FA
Recorrente - volta a surgir durante o follow-up
Paroxística - auto-limitada em menos de 7 dias
Persistente - >7 dias
Permanente - >1 ano sem estratégia de retorno a ritmo sinusal
Em quanto tempo costumam resolver os episódios paroxisticos de FA ?
Primeiras 24 horas (D - até 48h)
Os mecanismos da FA … (ainda não são/já são) completamente conhecidos.
Ainda não são
Qual o mecanismo iniciador da FA espontânea ?
Disparo elétrico rápido de locais preferenciais de origem focal
Qual o local em que mais frequentemente ocorre a origem focal da FA ?
Músculo da auricular esquerda junto à superfície exterior das veias pulmonares
Se a origem não ocorrer na superfície das veias pulmonares, quais são os outros locais mais frequentes de origem focal ?
Tecido imediatamente próximo; veias torácicas; ostium da VCI ou do seio coronário
Qual a vantagem terapêutica de conhecimento dos locais de trigger focal da FA ?
Possibilidade de ablação, para isolamento dos triggers. Taxas de sucesso de 70-80%na FA paroxistica e menores na persistente
As taxas de sucesso da ablação são … (maiores/menores) na FA paroxistica do que na FA persistente
Maiores
Enquanto que a FA costuma ter origem na auricular esquerda, qual costuma ser a origem do flutter ?
Auricula direita
Qual o risco de AVC em doentes com FA, por ano ?
5%
V/F
O CHADS2 foi reformulado, para incluir diferentes idades e sexo
Verdadeiro
Fatores e pontuação do score de risco de AVC CHA2DS2VASC
Congestive heart failure HTA Age >75 - 2 Diabetes Stroke (prior) - 2 Vascular disease Age (64-75) Sex (mulheres - 1)
(Todos os restantes - 1 ponto)
Score de risco hemorrágico
HAS-BLED
HTA, anormal função hepática/renal, stroke, bleeding history, labilidade do INR, elderly, drogas/álcool
Qual o risco hemorrágico se HAS-BLED 3 ?
19,51%
A AAS e a varfarina são os fármacos mais estudos para redução do risco tromboembólico na FA. A AAS reduz o risco em … % e a varfarina reduz em … %.
25%; 50%
Valores de INR terapêutico na FA, na terapêutica com Varfarina
2 a 3
Em que proporção dos casos de ACO na FA se consegue manter o INR terapêutico ?
2/3
V/F
Apenas faz sentido um valor de INR terapêutico alvo se forem administrados os NOACs.
Falso (INR só para a varfarina)
V/F
Em doentes homens ou mulheres com FA e sem outros fatores de risco para AVC, não deve ser administrada ACO
Verdadeiro
Os NOACs … (têm/não têm) eficácia na prevenção de AVC na FA e tem risco de hemorragia … (menor/semelhante) ao da varfarina.
Têm; semelhante
Os NOACs … (requerem/não requerem) monitorização de concentração sérica.
Não requerem
Qual a fase de maior risco de AVC nos doentes com FA ?
Após o momento de conversão a ritmo sinusal (espontâneo, químico ou elétrico). Normalmente as auriculas só restabelecem a mecânica normal dias/semanas após a conversão, sendo este o período de maior risco, quando já pode ocorrer ejeção de um trombo pré-formado
O que se deve fazer a nível diagnóstico e terapêutico antes da cardioversão, para reduzir o risco de tramboembolismo pré formado ?
3 semanas prévias de ACO; ECO transesofágica
Recomendado em casos de FA que não se sabe quando começaram ou se FA por >48h
Onde ocorre a maior parte da formação de trombose relacionados com a FA ?
Apêndice auricular esquerdo
O Apêndice auricular esquerdo … (é/não é) visualizável na eco transtorácica.
Não é. (Realizar eco transesofágica)
Por quanto tempo deve ser continuada a ACO após a cardioversão ?
4 semanas
Em que se centra o controlo da FC na FA aguda ?
Controlo da resposta ventricular. a FA com resposta ventricular rápida leva a deterioração aguda do VS e DC, com possível isquemia coronária.
Qual a forma mais rápida de obter controlo da FC ?
Restauração do ritmo sinusal
Se o controlo da FC for muito difícil, que outra estratégia deve ser adotada ?
Cardioversão
1a linha para controlo da FC
Beta bloqueante (ou BCC - verapamil/diltiazem, só se FEj>40%)
Qual deve ser a FC alvo para controlo da FC na FA ?
110 bpm
Após a aplicação da 1a linha, que outro fármaco se pode combinar com 1 dos anteriores para atingir a FC alvo ?
Adição de Digoxina, para controlo da FC em repouso
(D - A digoxina controla … (bem/mal) a FC durante o esforço físico e controla … (bem/mal) a FC em repouso, no caso de doentes com FA)
Mal; bem
V/F
Perante a incapacidade de controlar a FC com beta-bloqueante ou BCC, pode-se administrar combinação dos dois
Falso (a combinação de beta-bloqueante+verapamil/diltiazem é contra-indicada; em caso de falência da 1a linha deve-se combinar a digoxina com o previamente utilizado)
Se a terapêutica dupla falhar, que outra estratégia se pode adotar ?
Administração de amiodarona IV (especialmente se FEj<40% ou sintomas de IC)
V/F
A amiodarona facilita a conversão a ritmo sinusal
Verdadeiro
(ESC - Como deve ser a administração de beta-bloqueante para controlo agudo da FC na FA, em caso de FEj<40% ou sintomas de IC ?)
Administrar dose de beta-bloqueante mais baixa
(D - V/F)
A opção de controlo da FC apenas reduz os sintomas e é uma estratégia mais adotada nos indivíduos jovens
Falso (nos idosos >80 anos ou com a auricula muito dilatada)
Se o ritmo sinusal for restaurado em 48 horas é necessária ACO ?
Não, porque o risco tromboembolico é baixo
Qual a proporção de caos de FA de novo que terminam espontaneamente nas primeiras 24-48 horas ?
50%
Qual deve ser a estratégia de controlo de ritmo na FA de novo ?
Deve ser procurada a cardioversão a ritmo sinusal nas primeiras 48 horas do episódio, para evitar início de ACO
Em que situação do controlo agudo da FC se deve optar por cardioversão farmacológica ?
Casos não urgentes (sem compromisso hemodinâmico)
A cardioversão farmacológica com AA é mais bem sucedida em casos de controlo agudo de … (FA crónica/FA de novo).
FA de novo
Principais agentes farmacológicos orais de cardioversão
Flecainida, propafenona, dofetilide
Principais agentes farmacológicos IV para cardioversão
Ibutilide e amiodarona
Efeitos adversos cardíacos do ibutilide
Prolongamento do QT e TV
Como se deve efetuar a cardioversão em doentes com compromisso grave da função cardíaca relacionado com a FA aguda ?
Cardioversão elétrica (urgente)
A cardioversão … (deve/não deve) ser tentada eletivamente na maioria dos casos de FA de novo
Deve
Qual deve ser a colocação mais eficaz dos patches para cardioversão elétrica ?
Anterior-posterior
V/F
Está recomendado começar a cardioversão com outputs de energia elevados
Verdadeiro (reduz o número de choques)
Qual deve ser a intensidade do choque inicial ?
200 J
V/F
O objetivo de terapêutica de controlo do ritmo a longo prazo prende-se com a tentativa de manutenção de ritmo sinusal após cardioversão.
Verdadeiro
Uma … (minoria/maioria) dos doentes têm recidiva e perda do ritmo sinusal até 1 ano após a cardioversão.
Maioria (80%)
V/F
Todos os FAA têm potencial proarrítmico
Verdadeiro
Efeitos adversos dos FAA relacionados com o ritmo cardíaco
Disfunção do nódulo sinusal, bloqueio cardíaco, arritmias ventriculares
Quais dos principais efeitos potencialmente muito graves dos FAA de classe I ?
Depressao miocardica e agravamento da IC ou DCoronaria
V/F
Apesar de CI em doentes com função cardíaca diminuída, os FAA de classe I são muito bem tolerados nos restantes doentes
Verdadeiro
FAA de Classe I
Flecainida e propafenona
FAA de Classe III
Sotalol, dofetilide, dronaderona e amiodarona
V/F
Os FAA de Classe III são seguros em contexto de doença coronária
Verdadeiro
Que 2 FAA de classe III podem ser usados na FA mesmo em caso de IC ?
Dofetilide e amiodarona
Dos FAA, qual o que tem melhor potencial de eficácia ?
Amiodarona. Apesar disso não é muito utilizado pela toxicidade a longo prazo, com disfunção tiroideia e toxicidade hepática e pulmonar, sendo melhor em casos de controlo agudo e de curto prazo
A dronaderona tem … (menos/mais) efeitos adversos que a amiodarona
Menos
V/F
A dronaderona causa aumento da mortalidade em doentes com IC recentemente descompensada e com FA permanente
Verdadeiro
Quais as classes de FAA possíveis de usar para controlo do ritmo a longo prazo em doentes com FA ?
Classes I e III
Os 5 FAA possíveis para controlo do ritmo a longo prazo na FA
Flecainida, propafenona, sotalol, dronaderona e amiodarona
O controlo de ritmo a nível crónico implica FAA de toma crónica após a cardioversão ?
Sim
Ordem de prescrição de FAA
1° - Flecainida e propafenona; Amiodarona se IC
2° - Ibutilide (risco de TdP por QT longo)
CI mais importante para FAA
QT longo
Após fazer cardioversão, quanto tempo de ACO se deve fazer ?
4 semanas
Qual a única CI de ACO ?
Hemorragia ativa
Em que 2 situações se faz sempre ACO para FA independentemente do CHA2DS2-VASc ?
Estenose mitral grave e válvula mecânica
Que dose de bisoprolol usar para controlo de frequência na FA ?
10 mg ou 5mg se IC
Que estratégia de cardioversão deve ser sempre preferida ?
Cardioversão elétrica (com FAA crónico)
V/F
Um valor elevado de HAS-BLED pode CI a ACO
Falso (o HAS-BLED não CI a ACO, só indica mais risco e controlo de fatores de risco)
Indicações para ablação por cateter na FA
Sintomáticos; parox ou persistente (CI na permanente); FAA, mas volta a ter sintomas
V/F
Após a ablação por cateter de FA os doentes devem continuar a ACO
Verdadeiro
Apresentação clínica temporal da FA - ESC
De novo; Paroxistica (<7dias); Persistente (>7 dias); persistente de longa duração (>1A e tentativa de controlo de ritmo); Permanente (não há tentativa de cardioversão)
Escala EHRA de sintomas de FA - ESC
1 - sem sintomas; 2a - ligeiros sem afetar AVD; 2b - moderados e incómodos sem afetar AVDs; 3 - grave e afeta AVDs; 4 - incapacitante
Quais são os 2 sintomas mais frequentes de FA e outros 2 menos frequentes ?
+ frequentes: fadiga e dispneia de esforço
- frequentes: palpitações e dor torácica