Taquicardia Flashcards
O que caracteriza a taquicardia sinusal?
É uma arritmia com uma frequência cardíaca superior a 100/min, apresenta ondas P e é gerada por descarga do nó sinusal. Geralmente, a frequência cardíaca não excede 120 a 130/min.
Qual é a abordagem inicial para a taquicardia sinusal?
A meta é identificar e corrigir a causa sistêmica subjacente. O tratamento e a correção dessa causa melhorarão os sinais e os sintomas do paciente.
Quais são as causas de taquicardia sinusal ?
Influências externas no coração, como febre, anemia, hipotensão, perda de sangue ou exercício.
Qual é a dose recomendada de adenosina no tratamento da taquicardia estável?
Dose inicial de adenosina é de 6 mg IV + flush de 20 ml de solução salina + elevação imediata do braço. Se não houver resposta em 1 a 2 minutos, pode-se administrar uma segunda dose de 12 mg IV, com o mesmo procedimento.
Porque os BB não são indicados na taquicardia sinusal ?
Os ß-bloqueadores podem causar deterioração clínica, se o débito cardíaco cair quando uma taquicardia compensatória for bloqueada.
O que caracteriza uma taquicardia como estável ?
FC superior a 100/min e nenhum sinal ou sintoma significativo causado pela FC elevada
Quais são as contraindicações para o uso da adenosina ?
Pacientes com asma ou DPOC
Quais são os antiarrímitocos mais usados para as taquicardias ?
Procainamida: 20 a 50 mg/min IV até supressão da arritmia, ocorrência de hipotensão, aumento >50% na duração do QRS ou administração da dose máxima de 17 mg/kg. Infusão de manutenção: 1 a 4 mg/min IV.
Amiodarona: 1° dose: 150 mg IV por 10 minutos. Repita conforme a necessidade, se houver recorrência da TV. Infusão de manutenção de 1 mg/min IV nas primeiras 6 horas.
Sotalol : 100 mg (1,5 mg/kg) IV por 5 minutos. Evite, se QT for prolongado.
Quais são as etapas do fluxograma de uma taquicardia estavel ?
- Identificação da taquicardia e verificação do pulso
Taquicardia sem pulso → Siga o algoritmo de PCR para adultos
Taquicardia com pulso + assintomático → Siga para etapa 2 - Identifique e trate as causas subjacentes
Mantenha a via aérea patente e auxilie a ventilação
Administre oxigênio (se hipoxêmico).
Monitor cardíaco para identificar o ritmo e monitorar a PA e a oximetria.
Obtenha acesso IV.
Faça um ECG de 12 derivações - Análise do ECG (complexo QRS e ritmo)
O que pode ser qual a conduta em uma taquicardia estavel de QRS estreito e ritmo irregular ?
Pode ser: fibrilação atrial (mais provável), flutter atrial e taquicardia atrial multifocal
Conduta: Avaliar anticoagulação ; fazer o controle da FC com ß- bloqueadores: metoprolol 5 mg, EV, correr em 2 minutos; cardioversão quando apropriado
O que pode ser qual a conduta em uma taquicardia estavel de QRS estreito e ritmo regular ?
Pode ser: taquicardia por reentrada nodal (TRN), taquicardia atrial, flutter atrial e taquicardia por reentrada átrio-ventricular (TRAV)
Conduta:
1° opção: manobras vagais (compressão do seio carotídeo: comprime a carótida contra a vertebra e faz movimentos para cima e para baixo por 10 segundos)
2° opção: adenosina
3° opção: Bloqueadores de Canal de Cálcio
- Verapamil: 2,5 – 5,0 mg lento; pode-se repetir 5 – 10 mg após 15-30 minutos da primeira dose, com dose máxima de 20 mg.
- Diltiazem: 0,25 mg/kg em 2 minutos; pode-se repetir 0,35 mg/kg após 15 minutos da primeira dose.
O que pode ser qual a conduta em uma taquicardia estavel de QRS largo e ritmo regular ?
Pode ser: TV monomórfica ou TSV com aberração
Conduta: Amiodarona
O que pode ser qual a conduta em uma taquicardia estavel de QRS largo e ritmo irregular ?
Pode ser: fibrilação atrial com aberração, fibrilação atrial pré-excitada, TV polimórfica/torsades de pointes
Conduta:
1° opção: sulfato de Magnésio 50%: 1 – 2 g em 5 - 20 minutos. Se necessário pode-se realizar novamente 2 g após 15 minutos.
2° opção: Marcapasso Transvenoso para pacientes que não respondem ao MgSO4. Deve-se manter uma estimulação atrial ou ventricular de 100 – 120 bpm
O que fazer diante de uma taquicardia estável regular, na qual não consigo determinar o ritmo
Adenosina pode ser usada para ajudar no diagnóstico.
O que caracteriza a taquicardia instável?
Batimentos cardíacos tão rápidos que reduzem o débito cardíaco, levando a sinais de hipoperfusão sistêmica, como hipotensão, estado mental alterado, sinais de choque, desconforto torácico isquêmico e insuficiência cardíaca aguda.
Quais são as etapas do fluxograma para o tratamento da taquicardia instável?
- Identificação da taquicardia e verificação do pulso;
− Taquicardia sem pulso → Siga o algoritmo de PCR para adultos
− Taquicardia com pulso + sintomático → siga para etapa 2 - Identificação e tratamento das causas subjacentes;
− Mantenha a via aérea patente e auxilie a ventilação
− Administre oxigênio (se hipoxêmico).
− Monitor cardíaco para identificar o ritmo e monitorar a PA e a oximetria.
− Obtenha acesso IV.
− Faça um ECG de 12 derivações (Não atrase a cardioversão imediata para adquirir o ECG) - Avaliação da persistência dos sinais e sintomas após o tratamento das causas;
− Se sim → Cardioversão
− Se não → Seguir fluxograma de taquicardia estável - Determinação do tipo de taquicardia instável;
- Se QRS largo uniforme e regular (TV monomórfica) → cardioversão sincronizada. Se paciente não estiver hipotenso, pode ser feita adenosina 6mg IV (seguida de aplicação de solução salina) enquanto prepara a cardioversão sincronizada
- Se QRS largo polimórfica (TV polimórfica) → choques não sincronizados ( desfibrilação)
- Se dúvida entre TV monomórfica ou polimórfica → desfibrilação
Qual é a diferença entre choque sincronizado e choque não sincronizado na cardioversão de taquicardia instável?
O choque sincronizado é aplicado em sincronia com o pico do complexo QRS, enquanto o choque não sincronizado é aplicado independentemente do ciclo cardíaco. O choque sincronizado é preferido em pacientes com pulso para evitar choques durante a fase vulnerável da repolarização cardíaca (onda T).
Quais são os possíveis problemas associados à sincronização durante a cardioversão de taquicardia instável?
- Se os picos da onda R de uma taquicardia forem indiferenciados ou de baixa amplitude, os sensores do monitor poderão ser incapazes de identificar um pico da onda R
- Muitos cardioversores não fazem a sincronização pelas pás manuais.
- A sincronização pode levar tempo extra (ex: se precisar anexar eletrodos ou se não conhecer o equipamento).
Como saber se a taquicardia está produzido os sinais e sintomas ou se eles que são a causa da taquicardia ?
Quando uma FC é inferior a 150/min, é provável que os sintomas de instabilidade não sejam causados primariamente pela taquicardia, a menos que o paciente esteja gravemente doente ou tenha uma doença cardíaca significativa subjacente. Uma FC inferior a 150/min costuma ser uma resposta adequada a um estresse fisiológico (ex: febre, desidratação) ou outros quadros clínicos subjacentes.
Qual o passo a passo para realização da cardioversão sincronizada ?
- Sedação para todos os pacientes conscientes, exceto se instáveis ou sob rápida deterioração.
- Sedação: diazepam, midazolam, etomidato, metoexital, propofol
- Analgesia: fentanil, morfina. - Ligue o desfibrilador (monofásico ou bifásico).
- Conecte os eletrodos e posicione as pás (condutores) no paciente e certifique-se de que haja exibição adequada do ritmo do paciente.
- Coloque no modo sincronização
- Procure marcadores na onda R que indiquem o modo de sincronização. Se necessário, ajuste o ganho do monitor
- Selecione o nível de energia apropriado.
Escolha o nível de energia recomendado do dispositivo, para maximizar o sucesso do primeiro choque.
Se QRS estreito: começa com 50 J
Se QRS alargado: começa com 100 J - Anuncie: “Carregando desfibrilador, afastem-se!”.
- Pressione o botão de carga e espere carregar
9.Pressione os botões de choque.
- Verifique o monitor.
- Ative o modo de sincronização depois de administrar cada choque sincronizado. Os desfibriladores retornam automaticamente ao modo não sincronizado , isso permite um choque imediato caso a cardioversão produza uma FV. Caso o choque cause FV (ocorre na minoria dos pacientes, apesar do risco teórico), tente a desfibrilação imediatamente.
OBS: Se ocorrerem atrasos na sincronização e o quadro clínico do paciente for crítico, passe imediatamente aos choques não sincronizados.
O que fazer se a cardioversão não for bem sucedida ?
- Procurar qualquer causas subjacente
- Aumentar gradativamente o nível de energia
- Adicionar medicamentos antiarrítmicos.
- Consultar um especialista