Taquiarritmias Flashcards

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1
Q

Como classificar as taquiarritmias?

A
QRS estreito (< 120 ms): Supraventriculares;
QRS alargado (> 120 ms): Ventriculares (80%) ou supraventriculares com aberrância (20%).
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2
Q

Qual a definição de ritmo sinusal?

A

Presença de onda P precedendo o QRS e positiva em D1, D2 e aVF.

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3
Q

Qual a definição de taquicardia supraventricular?

A

Taquicardia de QRS estreito, não precedido por onda P sinusal.

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4
Q

Quais as características da taquicardia por reentrada nodal?

A

Acomete mulheres jovens com FC entre 150 e 200 bpm, RR estreito e regular, onda P retrógrada, dentro ou muito próxima do QRS e negativa.

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5
Q

Tratamento ambulatorial da taquicardia por reentrada nodal?

A

Nem sempre é necessário, dependendo da frequência e gravidade dos eventos, mas pode ser feito com:
1ª linha: β-bloqueadores;
2ª linha: BCC não-diidropiridínicos;
Refratários: Propafenona, sotalol ou ablação.

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6
Q

Tratamento da taquicardia por reentrada nodal no pronto-socorro?

A

Estável: Manobra de Valsalva modificada e, se insuficiente, adenosina nas doses de 6 mg, 12 mg e 12 mg;
Instável: Cardioversão elétrica sincronizada com 50 a 100 J.

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7
Q

O que define instabilidade hemodinâmica?

A

Diminuição da PA, dor torácica, dispneia, diminuição da perfusão ou desmaio.

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8
Q

Quais as características da taquicardia por reentrada atrioventricular?

A

Apresenta FC entre 150 e 200 bpm, RR estreito e regular, onda P retrógrada após o QRS e alternância de amplitude do QRS.

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9
Q

Tratamento da taquicardia por reentrada atrioventricular?

A

Igual ao da taquicardia por reentrada nodal.

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10
Q

O que é síndrome de Wolff-Parkinson-White?

A

Síndrome de pré-excitação ventricular com taquicardia, caracterizada pela presença de intervalo PR curto e onda delta no ECG, que aparece como um empastamento no início do QRS.

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11
Q

Quais as características da taquicardia atrial multifocal?

A

ECG com ritmo irregular e presença de ondas P anômalas, de pelo menos três morfologias diferentes. Existe associação com DPOC.

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12
Q

Quais as características da fibrilação atrial?

A

Foco mais comum na inserção das veias pulmonares no AE e ECG com ausência de onda P, presença eventual de ondas F e ritmo irregular.

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13
Q

Quais os fatores de risco relacionados com FA?

A

Envelhecimento, HAS, DM, obesidade, síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono, fatores genéticos e abuso de álcool, valvopatias e dilatação do AE.

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14
Q

Qual a definição de FA valvar?

A

FA relacionada a distúrbio na valva mitral, incluindo prótese mecânica, que culmina em aumento do AE.

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15
Q

Qual a classificação temporal da FA?

A

Paroxística: < 7 dias;
Persistente: > 7 dias;
Permanente: Optado por manter em FA.

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16
Q

Tratamento ambulatorial da FA?

A

Anticoagulação associada a controle de ritmo ou frequência.
Não há diferença em mortalidade, mas pessoas em controle de ritmo internam com maior recorrência e apresentam mais efeitos colaterais.

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17
Q

Fatores que direcionam decisão entre controle de ritmo ou frequência na FA?

A

Ritmo: Jovens, sintomáticos, poucas comorbidades, AE < 50 mm, primeira tentativa e FA instalada há < 1 ano;
Frequência: Idosos, assintomáticos, muitas comorbidades, AE > 50 mm, FA recorrente e instalada há > 1 ano.

18
Q

Como realizar controle ambulatorial do ritmo na FA?

A

Cardioversão química ou elétrica programada com 21 dias de anticoagulação prévia.

19
Q

Quais medicações antiarrítmicas podem ser utilizadas?

A

Cardiopatia estrutural: Amiodarona;
Coronariopatia: Sotalol;
FA paroxística: Propafenona com primeiro uso em ambiente hospitalar pelo risco de degeneração para flutter atrial;
FA persistente: Sotalol, propafenona ou amiodarona.

20
Q

Efeitos colaterais da amiodarona?

A

Hipo ou hipertireoidismo, retinopatia, prolongamento do QT, pneumonite, hepatite medicamentosa e neuropatia periférica.

21
Q

Quais medicações são usadas para controle de frequência na FA?

A

1ª escolha: β-bloqueador;
2ª opção: Associar digoxina;
Outros: BCC, exceto se ICFER, amiodarona e ablação do nó AV.

22
Q

Como manejar a FA no pronto-socorro?

A

Instável: Cardioversão elétrica sincronizada com 120 a 200 J;
Estável com tempo < 48 horas: Cardioversão química ou elétrica mais indução de medicações para controle do ritmo;
Estável com tempo ≥ 48 horas: Avaliar presença de trombo com ecocardiograma transesofágico ou anticoagular por 21 dias antes da cardioversão.
OBS: Sempre anticoagular paciente por pelo menos 4 semanas após a cardioversão, avaliando esse tempo pelo CHA2DS2-VASc.

23
Q

Quais são os critérios do escore CHA2DS2-VASc?

A

Insuficiência cardíaca, hipertensão, idade ≥ 75 anos, diabetes, AVE, doença vascular, idade entre 65 e 74 anos e sexo feminino.

24
Q

Como conduzir a anticoagulação a partir do escore CHA2DS2-VASc?

A

Homem: Considerar com um ponto e anticoagular com dois;
Mulher: Considerar com dois pontos e anticoagular com três.

25
Q

Quais situações precisam de anticoagulação contínua independentemente do CHA2DS2VASc?

A

FA valvar, presença de prótese mecânica, miocárdio não compactado, miocardiopatia hipertrófica, hipertireoidismo em fase hipertireoidiana e amiloidose cardíaca.

26
Q

Qual escore é utilizado para prever o risco de sangramento? Quais os seus critérios?

A

HAS-BLED;
Hipertensão descontrolada (PAS > 160 mmHg), alteração hepática ou renal (cirrose, BT > duas vezes LSN, TGO/TGP > três vezes LSN ou creatinina > 2,6), AVE, sangramento prévio ou predisposição, labilidade do RNI, idade ≥ 65 anos e drogas que interfiram na varfarina ou álcool.

27
Q

Quais são os anticoagulantes de escolha?

A

FA não valvar: DOAC ou varfarina;
FA valvar ou prótese mecânica: Varfarina;
FA mais síndrome do anticorpo antifosfolípede: Varfarina;
FA mais DRC dialítica: Varfarina.

28
Q

Quais as características do flutter atrial?

A

ECG com ondas F e aspecto de serrote em linha de base mais FC esperada de 150 bpm pela relação 2:1 com os estímulos atriais.

29
Q

Quais os tipos de flutter atrial?

A

Clássico: Ondas F negativas em derivações inferiores;

Reverso: Ondas F positivas em derivações inferiores.

30
Q

Como tratar o flutter atrial?

A

Semelhante ao tratamento com FA, porém tem responde à cardioversão elétrica com cargas menores (50 J).

31
Q

Quais são as taquicardias ventriculares mais comuns?

A

Taquicardia ventricular monomórfica ou polimórfica (ex. torsades de pointes), fibrilação ventricular e ritmo idioventricular acelerado (RIVA).

32
Q

Como classificar as taquicardias ventriculares?

A

Sustentada: Duração ≥ 30 segundos ou associação com instabilidade;
Não sustentada: Duração < 30 segundos.

33
Q

Quais as características da taquicardia ventricular monomórfica?

A

ECG com QRS > 120 ms e pelo menos três batimentos de automatismo ventricular.

34
Q

Qual o tratamento da TV monomórfica?

A

Estável: Amiodarona EV (300 mg de ataque mais 600 a 900 mg em BIC em 24 horas) e CVES se não houver resposta;
Instável: CVES com pelo menos 100 J.

35
Q

Quais as características da taquicardia ventricular polimórfica?

A

ECG com taquicardia de QRS alargado com diversos tipos de complexos QRS.

36
Q

Qual o tratamento da TV polimórfica?

A

Desfibrilação elétrica.

37
Q

Quais as condições predisponentes para torsades de pointes?

A

Bradicardia severa, hipocalemia, hipomagnesemia e drogas que prolongam o QT.

38
Q

Qual o tratamento da torsades de pointes?

A

Instável: Desfibrilação elétrica;

Estável: Sulfato de magnésio EV seguido de desfibrilação elétrica.

39
Q

Quais as características do ritmo idioventricular acelerado?

A

Taquicardia ventricular benigna e autolimitada com FC < 100 a 120 bpm e ritmo ectópico com mais de três batimentos prematuros.

40
Q

Quais as causas do ritmo idioventricular acelerado?

A

Fase de reperfusão do infarto do miocárdio, intoxicação exógena ou cardiopatia congênita.