suturas Flashcards
Definição:
é um dos métodos utilizados para a síntese, em que as bordas
de uma ferida são aproximadas por meio de pontos dados com fio cirúrgico.
Objetivos:
os 4 objetivos básicos de uma sutura são:
* Evitar infecção da ferida.
* Promover a hemostasia.
* Diminuir o tempo de cicatrização.
* Favorecer um resultado estético.
suturas podem ser feitas em pele contaminada?
As suturas devem ser realizadas em feridas limpas, feridas com contamina-
ção recente e feridas sem infecção.
Normas: para realizar uma boa sutura, algumas normas básicas são neces-
sárias:
Assepsia adequada
Bordas regulares: facilita a exposição das suturas e sua execução.
Boa captação das bordas: bordas bem alinhadas e coaptadas facilitam
o processo de cicatrização, reduz a formação de queloides e contribui
para uma melhor estética.
Hemostasia: hematomas dificultam a cicatrização e favorecem infec-
ções (meio de cultura para os microrganismos) – o excesso de hemos-
tasia pode fazer isquemia e promover necrose tecidual.
Evitar espaço morto: pode haver acúmulo de líquidos e afastar os te-
cidos.
Contraindicações relativas e absolutas:
- Feridas/lesões infectadas.
- Mordidas de animais.
- Perfurações profundas.
- Suturas que demandam muita tensão do tecido.
- Feridas com sangramento ativo não controlado.
- Feridas superficiais (escoriações e erosões).
Agulhas:
Podem ser:
* Curvas (mais usadas) ou retas.
* Traumáticas(quando o fio não vem montado e há um orifício para sua
colocação) ou atraumáticas (já montadas com o fio).
Fios cirúrgicos:
Podem ser:
* De origem sintética ou orgânica;
- Monofilamentares (levam a menor reação inflamatória) ou multifila-
mentares.
O fio ideal deveria ter as seguintes características:
- Resistência tênsil igual à dos tecidos.
- Ser fino, regular e flexível.
- Ter pouca reação tecidual.
- Baixo custo.
Os fios podem ser classificados em absorvíveis e não absorvíveis:
Absorvíveis:
o Origem animal – Catgut simples e cromado.
o Origem sintética – Vycril, Dexon, Monocryl, Vycril Rapid e PDS II.
Não absorvíveis
o Origem animal – seda.
o Origem vegetal – linha e algodão.
o Origem sintética – Mononylon (poliamida), Prolone (polipropileno),
Mersilene, Polycot, Aciflex.
Calibre dos fios:
varia de no 0 até no 12.0 → quanto menor o número de
zeros, maior é o calibre do fio, portanto, um fio 2.0 (dois zeros) é mais ca-
libroso que o fio 4.0 (quatro zeros).
TIPOS DE SUTURAS
Sutura continua: o fio é passado do início ao fim sem interrupções. É uma
sutura de execução mais rápida que a descontínua.
- Vantagem: é mais hemostática, tendo a mesma tensão em todo o per-
curso da sutura. - Desvantagem: pode ser estenosante e impermeável e o rompimento
de um ponto pode comprometer toda a sutura. Além disso, tem uma
tendência a reduzir a microcirculação das bordas da ferida, prolongando a fase destrutiva da cicatrização e aumentando a formação de
edema. - Fio: em geral, usa-se fios absorvíveis.
Ex.: chuleio simples, chuleio ancorado e barra grega (ou colchoeiro
contínuo).
Sutura descontínua: para cada alça de fio corresponde um nó, não ha-
vendo continuidade do fio entre as alças. São suturas de lenta elaboração,
porém mais seguras, porque na eventualidade de soltura de um ponto, não
há prejuízo importante para o conjunto.
PONTOS CONTÍNUOS
Chuleio simples:
É um tipo de sutura de mais fácil e rápida execução, sendo aplicada em
bordas não muito espessas e pouco separadas.
Uso: bastante usada em sutura de vasos, por ser bastante hemostática.
zig zag
Chuleio ancorado:
Consiste na realização de um chuleio simples, sendo que o fio, depois de
passado, é ancorado sucessivamente na alça anterior. O ancoramento
serve para dar firmeza à sutura, principalmente nas suturas longas.
É mais hemostática que o chuleio simples e, por isso, há maior chance de
isquemia. Atualmente é pouco utilizada.
Barra grega ou colchoeiro contínuo:
A sutura em barra grega (sutura em “U” contínuo/horizontal ou sutura do
colchoeiro)
Degermação:
- Diminuição do número de microrganismos patogênicos.
- Remove mecanicamente a maior parte da flora microbiana existente
nas camadas superficiais da pele. - A degermação e a antissepsia devem ser feitas com o mesmo produto,
ou seja, só com PVPI (iodopovidona) ou só com clorexidina.
Obs.: caso não tenha degermante, pode ser feita com sabão de coco.
Degermantes:
PVPI degermante:
Clorexidina degermante:
Obs.: PVPI é de cor escura, enquanto a Clorexidina é transparente.
Antissepsia:
Medidas para inibir o crescimento de microrganismos ou destruí-los.
* Destruição de microrganismos existentes nas camadas superficiais ou
profundas da pele.
* Feridas abertas ou mucosas (sondagem vesical): usa-se complexo dis-
solvido em solução aquosa.
* Pele íntegra: antes do ato cirúrgico, usa-se o complexo dissolvido em
solução alcóolica (preferencialmente).
Antissépticos:
Clorexidina a 0,5% alcóolico:
Clorexidina aquoso:
PVPI tintura:
PVPI tópico:
Assepsia:
A assepsia é realizada com a colocação do campo estéril.
A clorexidina apresenta maior efeito residual que o iodo, de 6 a 8 ho-
ras, devendo ser a opção para cirurgias prolongadas.
- Checklist de anestesia
- Especificar o material para o procedimento anestésico: seringa 10 mL,
agulha 40 x 1,2 mm (canhão rosa); agulha 25 x 0.7 (canhão cinza); agu-
lha 13 x 0,45 mm (canhão marrom) e anestésico.
- Checar o anestésico solicitado.
- Checar a validade do anestésico.
- Aspirar um pouco de ar com a agulha 40 x 1,2 mm (canhão rosa) e
injetar dentro da ampola para aumentar a pressão. - Aspirar anestésico com seringa e agulha 40 x 12 mm (canhão rosa) –
uns 2mL. - Retirar o ar de dentro da seringa.
- Descartar agulha 40 x 1,2 mm (canhão rosa) no descarpack.
- Realizar botão anestésico (90o) na derme com agulha 13 x 0,45 mm
(canhão marrom) – 0,5 mL. - Descartar agulha 13 x 0,45 mm no descarpack.
- Injetar anestesia local em plano mais profundo lentamente “em leque”
com agulha 25 x 0,7 mm (canhão cinza). - Aspirar antes de injetar para verificar se ocorre retorno de sangue.
- Descartar seringa + agulha 25 x 0,7 mm (canhão cinza) no descarpack.
- Realizar testagem da anestesia com a pinça (ação inicia-se de 3 – 5 mi-
nutos).
- Lidocaína 1% e 2% com vasoconstritor: evitar uso em anestesia de extre-
midade do corpo.
dedos, nariz, ouvido externo, pênis (apenas extremidades).
PONTO EM U HORIZONTAL (DE WOLFF OU DE COLCHOEIRO)
INDICACOES
* Usado para produzir hemostasia e em suturas com alguma tensão (como
cirurgias de hérnias, suturas de aponeurose), que impede a coaptação per-
feita das bordas ou em ferimentos extensos de pele em grandes animais.
* Provocar a eversão das bordas da ferida.
* São pontos mais fortes que os simples separados, mas a cicatriz é maior.
Contraindicações:
* Em pequenos animais não deve ser utilizado para suturas a pele, por po-
der diminuir a irrigação local e retardar a cicatrização ou até provocar a
necrose tissular.
PONTO EM X OU CRUZADO (SULTAN)
interno e externo
Indicações:
* Aumentar a superfície de apoio de uma sutura para hemostasia ou apro-
ximação.
* Fechamento de paredes e suturas de aponeurose, músculos e até couro
cabeludo.
* Utilizado em regiões com resistência e submetidas a grandes tensões.
externo: reto, cruza, reto
interno: cruza,cruza
PONTO DE GILLIES
reto, u intradermico, volta reto