pericardiocentese Flashcards

1
Q

objetivo?

A

puncionar um cateter ou agulha no saco pericárdico repleto de líquido,

Pode ser realizada para:
❖ Abordagem diagnóstica: é utilizada quando se deseja
investigar laboratorialmente a etiologia de um derrame
pericárdio (após indicação do especialista).
❖ Finalidade terapêutica: em casos de tamponamento
cardíaco com choque refratário ou parada
cardiorrespiratória (PCR) em pacientes instáveis.

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2
Q

SACO PERICÁRDICO:
Definição:
Localização:
Anatomia:

A

Definição: é uma membrana fibrosserosa que cobre o coração e o início de seus grandes vasos.

Localização: no mediastino anterior, envolto bilateralmente pelas pleuras e inferiormente, pelo diafragma.

Anatomia: é um saco formado por duas camadas.
❖ Camada externa: constituída por um tecido fibroso
duro, o pericárdio fibroso.
❖ Camada interna: é uma membrana delgada,
transparente e mole, o pericárdio seroso,

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3
Q

o conjunto formado pelo pericárdio fibroso e pelo
folheto de pericárdio seroso, que reveste o seu interior,
denomina-se pericárdio parietal; enquanto o folheto do pericárdio seroso que reveste o exterior do coração se designa pericárdio visceral (epicárdio).

A
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4
Q

LÍQUIDO PERICÁRDICO FISIOLOGICO

A

em condições normais, encontra-se cerca de
15 a 30 ml de um líquido de cor de palha, claro e transparente
dentro do saco pericárdico.

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5
Q

Derrame pericárdico:

A

o acúmulo de líquido no espaço situado
entre o pericárdio visceral e o pericárdio parietal é um filtrado plasmático produzido por um processo.

sangue (hemopericárdio) ou pus
(pericardite purulenta);

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6
Q

Consequências – derrame pericárdico:

A

o acúmulo de líquido no
saco pericárdio aumenta a pressão intrapericárdica até se igualar a pressão diastólica ventricular direita e, em seguida, a pressão diastólica esquerda, o que leva a um enfraquecimento cardíaco e diminuição do débito cardíaco (DC). A queda do DC pode ser
suficientemente grave para provocar uma parada cardíaca com atividade elétrica e sem pulso (AESP).

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7
Q

Volume – tamponamento cardíaco:

A

a quantidade de líquido
necessário para produzir um tamponamento cardíaco pode ser de
apenas 200 ml, quando o líquido se acumula rapidamente, ou
maior que 2000 ml nos derrames de aparecimento lento, quando
o pericárdio teve a oportunidade de se distender e adaptar-se ao
crescente volume.

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8
Q

TAMPONAMENTO CARDÍACO

A

O tamponamento cardíaco caracteriza-se pela restrição ao
enchimento das câmaras cardíacas, causado pelo acúmulo de líquido e aumento da pressão no espaço intrapericárdico.

Manifestações clínicas: dependem da etiologia e da velocidade de
instalação do líquido no espaço pericárdico. Raramente ocorre a
Tríade de Beck, a não ser instantes antes de uma parada
cardiorrespiratória.

Tríade de Beck:
turgencia jugular
hipotensao arterial
hipofonese de bulhas cardiacas

ECG: pode ser normal ou apresentar alterações sutis, como um
QRS de baixa tensão ou alternância elétrica de QRS (QRS de
amplitude variável).

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9
Q

Radiografia de Tórax:

A

não se detecta quantidade menores de 200
ml, mas a cardiomegalia (coração em “moringa”) tem alta
sensibilidade para tamponamento cardíaco. Outra informação
importante é o pulmão sem congestão na presença de dispneia.

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10
Q

Fatores de risco para tamponamento cardíaco:

A

❖ Câncer metastático.
❖ História de radiação mediastinal.
❖ Doença renal terminal.
❖ Cirurgia cardíaca recente.
❖ Insuficiência cardíaca congestiva.
❖ Lesão traumática de tórax.
❖ Doenças do colágeno.
❖ Pericardite.
❖ Doenças autoimunes.
❖ Infarto do miocárdio.
❖ Tuberculose.

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11
Q

Ecocardiografia à beira leito:

A

pode ser utilizada para identificar a
presença de líquido pericárdico e as características do
tamponamento pericárdico.

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11
Q

Diagnóstico:

A

é firmado pela presença de líquido pericárdico e o
colapso diastólico do átrio e ventrículo direito. Outros achados que podem apoiar é a dilatação da veia cava inferior sem variações respiratórias

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11
Q

INDICAÇÕES de pericardiocentese de emergencia

A

❖ Tamponamento cardíaco com choque refratário ou
parada cardíaca (pacientes instáveis).
❖ Diagnóstico etiológico de derrame pericárdio, após
avaliação por especialista – ex., pericardite purulenta,
tuberculose, neoplasia).
❖ Derrame pericárdico sintomático, não responsivo a
outras terapias, com mais de 20 mm à diástole no
ecocardiograma.
❖ Derrame pericárdico traumático na impossibilidade de
cirurgia emergencial.

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12
Q

CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS

A

❖ Dissecção aórtica.
❖ Ruptura de parede livre miocárdica pós-infarto.

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13
Q

CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS

A

❖ Coagulopatia não corrigida.
❖ Anticoagulação plena.
❖ Trombocitopenia, plaquetas < 50.000/mm3
❖ Derrame pericárdico traumático com sinais vitais
instáveis e pericardite purulenta (cirurgia preferível).
❖ Pacientes com derrame pericárdico e sinais vitais
estáveis.
❖ Ruptura miocárdica.

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14
Q

COMPLICAÇÕES

A

Mais frequentes: arritmias cardíacas, punção cardíaca,
pneumotórax ou punção de coronária. Também pode resultar em óbito do paciente.

❖ Hemopericárdio.
❖ Laceração de vasos coronários.
❖ Pneumomediastino.

15
Q

O carrinho de PCR, o equipamento para ressuscitação e a
medicação apropriada para qualquer emergência devem estar na sala. É aconselhável oxigênio suplementar 5 a 10 L/min, por meio de cânula ou máscara nasal e um acesso intravenoso seguro.

16
Q

POSICIONAMENTO DO PACIENTE

A

Posição supina, se a condição clínica do paciente permitir,
cabeceira do leito elevada em 30° a 45° → isso facilita o acesso
direto à coleção de líquido no pericárdio.

17
Q

LOCALIZAÇÃO DA PUNÇÃO

A

Abordagem subxifoide – mais usada: punciona-se com a agulha de
punção lombar, 1 a 2 cm abaixo e à esquerda da junção xifocondral
(apêndice xifoide), com um angulação de 45° em relação à pele,
direcionando para a clavícula esquerda.