SURCE 2021 Flashcards
Mulher de 47 anos com queixa de dor suprapúbica ao enchimento vesícula há 4 meses. A dor piora na semana anterior a menstruação e alivia com a micção. Nega perdas de urina e queixas vaginais. Ao exame físico, não apresenta anormalidades, exceto leve dor à palpação da parede vaginal anterior no toque vacinal. Após sumário de urina normal e urinocultura negativa, qual exame mais indicado?
Cistoscopia. Ela pode apresentar alguns sinais da síndrome da bexiga dolorosa como as úlceras de Humberto ou as glomerulações, que são petéquias ou hemorragias na submucosa visualizadas sob hidrodistensão.
Sobre a síndrome da bexiga dolorosa, marque V ou F:
I. Também é chamada cistite intersticial.
II. É uma doença inflamatória crônica da bexiga que lava à urgência miccional, aumento de frequência urinária e dor pélvica, constituindo um diagnóstico diferencial das incontinências urinárias.
III. A etiologia não está bem esclarecida, sendo a principal hipótese um defeito na camada de glicosaminoglicanos da mucosa vesical que permite que a urina estimule nervos sensoriais da bexiga.
IV. Seu diagnóstico é de exclusão.
V. A dor costuma ser exacerbada com o consumo de alimentos condimentados, bebidas alcoólicas ou gaseificadas e cafeína.
VI. Os sintomas tendem a intensificar-se no período pré-menstrual.
VII. A cistoscopia não confirma ou exclui o diagnóstico, mas serve para excluir outras patologias.
VIII. Na cistoscopia, os achados sugestivos dessa patologia são as úlceras de Hunner(lesões da mucosa com cor vermelho amarronzada presentes em cerca de 10% dos casos) e as glomerulações que são petéquias ou hemorragias nas submucosa visualizadas sob hidrodistensão.
Todas estão corretas
Sobre a síndrome da bexiga dolorosa, marque V ou F:
I
II
III
IV
V
Verdadeiro ou falso:
Alguns antidepressivos diminuem a eficácia do tamoxifeno, sendo considerados fortes inibidores dos citocromo CYP3A4 e CYP2D6 são a paroxetina, a fluoxetina e a bupropiona. A sertralina é um inibidor moderado.
Verdadeiro
Sobre o tratamento dos sintomas vasomotores em pacientes com contraindicação para a terapia hormonal, marque V ou F:
I. Os ISRS e os IRNs atuam bloqueando a receptação desses neurotransmissores, podendo diminuir os sintomas vasomotores.
II. A clonidina apresenta eficácia baixa, com benefícios discretos.
III. A isoflavona e outros fitoterápicos não têm eficácia comprovada cientificamente.
IV. A venlafaxina é uma boa opção para pacientes em uso de tamoxifeno, pois não apresenta interação medicamentosa.
Todas estão corretas
Os critérios abaixo correspondem a cardiotocografia categoria:
I. FCF basal: 110-160 bpm.
II. Variabilidade moderada.
III. Ausência de desaceleração tardia ou variável.
IV. Desaceleração precoce e aceleração pode estar ausente ou presente.
I: normal
Os padrões abaixo correspondem a cardiotocografia categoria:
I. Variabilidade ausente acompanhada de pelo menos uma das situações abaixo:
• desaceleração tardia recorrente
• desaceleração variável recorrente
• bradicardia
II. Padrão sinusoidal
III: anormal/alta probabilidade de sofrimento fetal
A carregaria II é indeterminada e fica entre os critérios da I e III.
Sobre as desacelerações na cardiotocografia, marque V ou F:
I. Representa os momentos de desacelerações bruscas da FCF mediante contrações ou outros condições.
II. DIP I ou precoce é aquela cujo pico da desaceleração acompanha o nadir do pico de contração uterina e são benignas. Essas desacelerações estão normalmente associadas com a compressão da cabeça fetal durante o trabalho de parto.
III. DIP II ou tardia é altamente sugestiva de hipóxia fetal e nela o pico da desaceleração é tardia, ocorrendo após o nadir do pico de contração uterina e estão associadas a sofrimento fetal agudo.
IV. DIP III apresenta os picos de desaceleração variáveis e estão associados a posições específicas onde há compressão do cordão umbilical.
V. Desacelerações variáveis são consideradas patológicas se ocorrerem de maneira recorrente, atingirem valores abaixo de 70 bpm com duração superior a 60 segundos ou desaceleração bifásica(em W).
VI. A presença de acelerações em ombro é característica da DIP III.
Todas estão corretas
Sobre o uso de tocolíticos no trabalho de parto prematuro(TPP), marque V ou F:
I. Os tocolíticos devem ser usados na inibição do TPP preferencialmente até 33 semanas. Sua utilização entre 33 a 36 semanas deve ser individualizada.
II. O tempo de uso dos tocolíticos não deve ultrapassar 48 a 72 horas, o que seria suficiente para o uso de corticoide antenatal e a profilaxia de infecção pelo estreptococo do grupo B.
III. As principais contraindicações à tocólise são:
RCIU Infecções amnióticas DPP Placenta prévia sangrando Síndrome hipertensivas maternas Doença materna grave descompensada(DM, cardiopatia, hipertireoidismo) Malformações fetais incompatíveis com a vida
IV. As medicações que possuem ação tocolíticas consideradas de 1ª linha são:
Terbutalina Nifedipino Atosibana
V. A indometacina e o sulfato de Mg não são mais utilizados como tocolíticos devido aos efeitos colaterais graves e baixa eficácia.
Todas estão corretas
Verdadeiro ou falso:
Os termos exérese de zona de transformação(EZT), cirurgia de alta frequência (CAF) e conização são utilizados como sinônimos nas provas de residência.
Verdadeiro
Sobre a ruptura prematura de membranas ovulares, marque V ou F:
I. A conduta de RPM entre 24 e 33 6/7 semanas é expectante com internação hospitalar, coleta de cultura para estreptococos do grupo B, T, FC materna e fetal, laboratorial de infecção, assim como a avaliação da vitalidade fetal.
II. A corticoterapia para maturação pulmonar é a principal conduta nessa idade gestacional, pois reduz os riscos ocasionados pela PMT, estando indicada nas gestações menores que 34 semanas.
III. Caso a gestante entre em trabalho de parto, deve-se aplicar sulfato de magnésio para neuroproteção fetal(até 32 semanas) e antibioticoprofilaxia para estreptococos do grupo B, se a gestante não estiver mais fazendo antibiótico pada aumentar o período de latência.
IV. Deve-se iniciar ampicilina 2 g IV 6/6 h por 48 h + Azitromicina 1 g VO dose única. Após 48 h, substituis a ampicilina por amoxicilina 500 mg VO 8/8 h por 5 dias. Não usar amoxicilina-clavulanato devido ao risco de maior incidência de enterocolite necrosante.
Todas estão corretas
Sobre mortalidade materna, marque V ou F:
I. As principais causas obstétricas diretas das mortes maternas são: hemorragia, hipertensão e infecção.
II. Se a morte materna decorrer de hipertensão prévia à gravidez ela será classificada como indireta.
Ambas estão corretas
Sobre a hemorragia pós parto, marque V ou F:
I. O período de Greemberg corresponde a primeira hora pós parto, ou seja, pós parto imediato, cuja principal causa é a atonia uterina.
II. Para avaliação do estado hemodinâmico pode ser utilizado o parâmetro chamado Índice de choque que é um marcador mais precoce que é a razão entre a FC e PAS. Valores acima de 0,9 sugerem perda sanguínea significativa e valores acima de 1,4 indicam necessidade de terapêutica agressiva com urgência com abertura de protocolo para transfusão maciça.
III. O intervalo normal do índice de choque corresponde 0,5-0,7.
Todas estão corretas
Sobre a estática fetal, marque V ou F:
I. A atitude fetal é a relação das diversas partes fetais entre si.
II. A situação é a relação entre o maior eixo fetal com o maior eixo materno, podendo ser longitudinal, transverso ou oblíquo.
III. Posição é a relação do dorso fetal com lado materno.
Todas estão corretas
Sobre o pré natal, marque V ou F:
I. A USG do 1º trimestre é aquela realizada até 14 semanas.
II. É possível identificar a corionicidade na USG a partir de 6 semanas.
III. É possível identificar a amniocidade a na USG partir de 8 semanas.
IV. A USG morfológica do 1º trimestre pode ser realizada tanto por via vaginal, como por via abdominal e entre
11 semanas e 13 semanas e 6 dias.
V. O rastreamento de colo curto é feito entre 18 e 24 semanas.
Todas estão corretas
Sobre DMG, marque V ou F:
I. Para o diagnóstico de acordo com o TOTG:
Jejum: 92-125 mg/dL Glicemia 1ª h: > ou = 180 mg/dL Glicemia da 2ª h: 153-199 mg/dL
II. As metas glicêmicas para a DMG são:
Jejum: 95 mg/dL 1 h pós-prandial: 140 mg/dL 2 h pós-prandial: 120 mg/dL
Todos estão corretos
Sobre POP-Q, marque V ou F:
I. Existem 6 medidas dinâmicas à Valsava e 3 medidas estáticas.
II. O ponto de referência é o himen(ponto 0). Tudo o que estiver antes do hímen(dentro da vagina) é negativo, enquanto que o que estiver para fora da vagina é positivo. Todos as medidas são em cm.
III. Aa é o ponto que está para dentro do canal vaginal 3 cm, por isso ele é -3. É o local de repouso fisiológico da bexiga.
IV. O Ba é o ponto de MAIOR prolapso da parede vaginal anterior. Se a paciente não tiver prolapso o Ba vai estar no mesmo local que o Aa(-3).
V. O Ap como é uma analogia da parede anterior, estará a 3 cm na parede vaginal posterior. Se não tiver prolapso, o Bp = Ap = -3. O Bp é o ponto de maior prolapso da parede vaginal posterior.
VI. O C é o ponto de maior prolapso do lábio anterior do colo ou cúpula e irá informar o ponto de maior prolapso APICAL.
VII. O D é fundo de saco de Douglas e serve para diminuirmos D - C e avaliarmos se existe alongamento hipertrófico de colo.
VIII. O D estará ausente a paciente estiver histerectomizada, dado que ele serve apenas para dizer o tamanho do colo e a paciente com histerectomia não tem colo.
IX. Aa, Ba, C, Ap, Bp e D são os pontos dinâmicos.
X. HG, CP e CVT são os pontos estáticos.
XI. Hiato genital(HG) é a medida da metade da uretra até o introito vaginal.
XII. Corpo perineal(CP) é a medida da metade do ânus até o introito vaginal.
XIII. CVT é o comprimento vaginal total.
XIV.
Parede anterior Aa Ba C
Pontos fixos HG CP CVT
Parede posterior Ap Bp D
XV. Se D - C > 4 cm existe hipertrofia de colo de uterino.
XVI. Estadios
O estadio dependem do tamanho da vaginal.
0: sem prolapso(Aa/Ap/Ba/Bp = -3, enquanto C e D até CVT -2. 1: ponto de maior prolapso < -1 2: ponto de maior prolapso entre - 1 e + 1(1 + 1 = 2) 3: ponto de maior prolapso entre + 2 e CVT < -2 4: ponto de maior prolapso > ou = CVT -2
XVII. Estadio 2: -1 a +1 e
Estadio 4 CVT - 2
Todos estão corretos
Sobre o tratamento de prolapso uterino, marque V ou F:
I. O tratamento dos prolapsos da parede anterior é feito através da colporrafia anterior.
II. O tratamento dos prolapsos da parede posterior é feito através da colporrafia posterior.
III. O tratamento dos prolapsos apicais pode ser feito por técnicas reconstrutivas ou obliterantes.
IV. As técnicas reconstrutivas são: sacrocolpofixação abdominal, fixação nos ligamentos uterossacros ou nos ligamentos sacroespinais.
V. As técnicas obliterativas são empregadas em pacientes sem condições clínicas para procedimentos mais mórbidas é que não desejam mais ter vida sexual ativa. A principal técnica é a colpocleise ou cirurgia de Le Fort que consiste no fechamento cirúrgico da vagina.
VI. A cirurgia de Manchester é indicada principalmente para os casos de prolapso do compartimento apical é consiste na amputação do colo uterino, colporrafia e sutura dos ligamentos cardinais do coto do colo.
Todos estão corretos
Sobre o tratamento de infertilidade na SOP, marque V ou F:
I. O princípio básico da ovulação é elevar os níveis de FSH e a principal característica fisiopatológica da SOP é o aumento da secreção de LH e a diminuição da secreção de FSH.
II. Atualmente, o letrozol é a primeira escolha de tratamento medicamentoso para a indução de ovulação nas pacientes com SOP.
III. O letrozol é um inibidor da aromatase, inibindo a conversão de testoterona e androstenediona em estradiol e estrona. Com isto não ocorre o feedback negativo de estrógeno na hipófise, levando ao aumento da produção de FSH.
IV. O citrato de clomifeno é considerada a 1ª opção em alguns serviços. Ele é um agonista parcial do estrogênio(AERM) e também age induzido a hipófise a produzir mais FSH porque inibe o feedback negativo só estrogênio sobre o hipotálamo, visto que ele se aos receptores de estrogênio.
V. Uma opção para as pacientes que não responderam ao tratamento anterior é o drilling dos ovários l que consiste na realização de furos no ovário através da videolaparoscopia, reduzindo a secreção ovariana de andrógenos e promovendo aumento da secreção de FSH.
Todos estão corretos
Sobre a infecção pelo HPV, marque V ou F:
I. Os métodos químicos são: ácido tricloroacético 70-90%, imiquimod 5%, podofilina, 5-fluoroacil 5%z
II. Os métodos físicos são: crioterapia e eletrocauterização.
III. O ácido tricloroacético pode ser usado em gestantes e crianças, contudo não pode ser aplicado pela paciente.
IV. Imiquimod, podofilina, 5-fluoracil podem ser aplicados pela paciente, contudo são contraindicados em gestantes.
Todos estão corretos
Classificação de risco e vulnerabilidade com a recomendação da periodicidade:
Risco baixo(até 5 pontos): 6 meses a 1 ano. Risco médio(6 a 10 pontos): 4 a 6 meses Risco alto(entre 11 e 15 pontos): 2 a 3 meses Risco muito alto(a partir de 16 pontos): 1 a 2 meses
👍🏻
Sobre a lombalgia, marque V ou F:
I. Aguda: menos de 6 semanas
Subaguda: no intervalo
Crônica: > 3 meses.
II. Sinais de alarme são:
Persistência > 1 visita ao médico em 30 dias Idade < 20 e > 59 Trauma Tumor(história ou suspeita) Infecção Déficit neurológico Osteoporose Cauda equina
Todas estão corretas
Sabendo-se que mesmo para as crianças amamentadas por meio de fórmula, a introdução alimentar deveria ser aos 6 meses, qual a recomendação você daria para uma mãe com bebê de 4 meses que não tem condições financeiras para manutenção da fórmula?
Observar os sinais de prontidão da criança para a introdução alimentar, como capacidade sentar-se , pescoço firme e engolir sem engasgar e iniciar introdução alimentar para evitar carências nutricionais.
Sobre o tratamento da tuberculose latente, marque V ou F:
I. A isoniazida não deve ser usada em hepatopatas, crianças(< 10 anos) e > 50 anos.
II. A dose da isoniazida no adulto é de 300 mg/dia e 10 mg/kg/dia na criança.
III. O tempo de tratamento com isoniazida é de 6 meses(180 doses) ou 9 meses(270 doses).
IV. A rifampicina é recomendada para quem não pode usar isoniazida.
V. A dose no adulto da rifampicina é 10 mg/kg/dia(máximo 600 mg/dia) e na criança 15 mg/kg/dia.
VI. O tempo de tratamento com a rifampicina é de 4 meses(120 doses).
Todas estão corretas
Sobre as ferramentas de abordagem familiar, marque V ou F:
I. O Ecomapa produz uma “rede social da família.”
II. O PRACTICE estuda o funcionamento familiar e vem de suas iniciais Problema R - roles and structure; Affect; Communication; Time of life; Coping with stress; Ecology.
III. O APGAR familiar é uma metodologia que utiliza um questionário com 5 perguntas a serem aplicadas a cada familiar variando de raramente(0); as vezes(1); sempre(2) e a contagem média permite classificar a família como funcional, moderadamente funcional ou gravemente disfuncional.
IV. Adaptação
Participação
G crescimento
Afeição
Resolução
Todas estão corretas
Verdadeiro ou falso:
Paciente com pontuação na escala de depressão > 5 indica episódio depressivo.
Verdadeiro
Durante uma visita domiciliar de um paciente acamado, você percebe um “clima pesado” entre os integrantes devido à sobrecarga da cuidadora. Qual ferramenta de abordagem familiar ajudará, de maneira mais específica, a ESF em traçar estratégias para esse caso?
Ecomapa
Verdadeiro ou falso:
No tocante à dispneia, os opiodes são amplamente recomendados, pois ocasionam redução na percepção central da dispneia, redução na sensibilidade à hipercapnia, redução no consumo de indigenista e aumento da função cardiovascular. Para pacientes virgens de opiodes e com dispneia leve, devemos iniciar com codeína, enquanto nos pacientes com dispneia moderada ou intensa, devemos iniciar morfina.
Verdadeiro