Subordem Nematocera Flashcards
Características morfológicas da Subordem Nematocera
Os mais pequenos (1,5-10mm)
1 par de antenas longas articuladas e maior que o comprimento da cabeça e tórax juntos
Palpos maxilares segmentados
Peças bucais sugadoras
Características biológicas da Subordem Nematocera
Telmofagia: introduzem a probóscide na pele e provocam a lise dos vasos alimentando-se da hemolinfa aí acumulada (nem todos fazem)
Depositam os ovos na água ou perto
Larvas e pupas aquáticas, por vezes terrestres com cabeça bem desenvolvida
Forma adulta terrestre e bastante vulnerável, após sair da pupa procura abrigo e no horário característico inicia a cópula
A fêmea ovipõe no mesmo local onde nasceu
Locais de criação da Subordem Nematocera
Os locais de criação permanentes podem ser naturais como lagos e riachos ou artificiais como caixas de água, garrafas, cascas de ovo e pneus.
Locais de criação temporários são poças
Taxonomia do género Culicoides
Ordem Arthropoda
Classe Insecta
Ordem Diptera
Subordem Nematocera
Família Ceratopogondae
Género Culicoides
Espécies C. nubeculosus, C. austeni, C. grahani, C.milnei, C.imicola
Características morfológicas do género Culicoides
Muito pequenos (0,6-5 mm)
Cabeça pequena com olhos proeminentes
Proboscis curto (telmofágicos) e robusto
Antenas compridas, segmentadas e pilosas com dimorfismo sexual
Asas largas e claras sem escamas e com manchas escuras e claras
Abdómen cinzento, castanho ou amarelado com terminação arredondada nas fêmeas e genitália externa proeminente nos machos
Ciclo de vida do género Culicoides
Ovo, larva e pupas semiaquáticas
Larvas com movimentos natatórios e alimentam-se de vegetação em decomposição
Adultos terrestres e existentes no verão
Características biológicas do género Culicoides
Telmofágicos
Voam em enxame em zonas húmidas
Maus voadores, facilmente dispersos pelo vento
Picam preferencialmente ao amanhecer, entardecer e início da noite
Importância médica do género Culicoides
Agentes de incómodo
Ação traumática e alérgica de picada, dermatite do cavalo, prurido de verão e sarna branda, afeta a crina, orelhas, linha média dorsal e cauda
Vetores de arboviroses como peste equina africana, língua azul nos ovinos e mixomatose nos coelhos
Transmissores de filarídeos como Dipetalonema e Onchocerca
Características morfológicas da família Culicidae
2-10 mm
Corpo delgado
Patas longas
Peças bucais alongadas e projetadas, adaptadas à perfuração e sucção (conseguem picar através da roupa)
2 maxilas, 2 mandíbulas e 1 hipofaringe com ducto salivar que liberta uma substância anticoagulante, tudo isto penetra na pele
Atividade noturna
Antenas longas, segmentadas e plumosas nos machos e pilosas nas fêmeas
Machos com maxilas e mandíbulas reduzidas ou ausentes
Características biológicas da família Culicidae
Apenas as fêmeas depois de fecundadas são hematófagas
Conhecidas mais de 3500 espécies e subespécies de culicídeos
Ubiquitários (em todo o globo exceto Antártida)
Ovos da família Culicidae
Pequenos (1mm)
Após a refeição as fêmeas depositam até 300 ovos isolados ou em grupos
Colocados na água (fresca e corrente, estagnada, pântanos, salobra ou salgada) ou matéria vegetal flutuante
Depositados isoladamente: Aedes e Anopheles
Depositados em jangada: Culex
Ovos de Anopheles têm flutuadores
A eclosão depende da temperatura
Larvas da família Culicidae
Aquáticas
Respiração traqueal, através de espiráculos e sifão
Vermiformes, ápodas e com sedas
Cabeça distinta e quitinizada
Tórax globoso evidente
Abdómen segmentado
Último segmento modificado em segmento anal
Peças bucais filtradoras (escova oral), alimentam-se de detritos e microrganismos aquáticos
Muito móveis
Desenvolvimento dependente da temperatura, pode ocorrer diapausa durante o inverno
Fatores negativos: dessecação, predadores aquáticos (rãs e peixes), fungos, bactérias e vírus patogénicos
Pupas da família Culicidae
Aquáticas
Móveis
Em forma de vírgula
Cefalotórax distinto com 1 par de sifões respiratórios
Taxonomia do género Culex
Filo Arthropoda
Classe Insecta
Ordem Diptera
Subordem Nematocera
Família Culicidae
Género Culex
Características biológicas do género Culex
Doméstico
Hábito noturno
Ovo postura em água estagnada pura ou impura nas imediações das habitações
Encontra-se principalmente sobre o teto, móveis e roupa
Após a ovo postura a fêmea morre ou dura poucos dias
Ciclo de vida de 10-11 dias
Importância veterinária do género Culex
Vetor da filária de elefantíase (obstrução linfáticapela presença de nematodas adultos após 10-15 dias da infeção), Dirofilaria immitis, malária aviária, arbovírus e flavivírus (febre do Nilo Ocidental)
Taxonomia do género Anopheles
Ordem Artropoda
Classe Insecta
Ordem Diptera
Subordem Nematocera
Família Culicidae
Género Anopheles
Adultos do género Anopheles
Criadouros em rios, represas e lagoas
Hábito crepuscular e noturno
Importância veterinária do género Anopheles
Vetor da malária humana, malária aviária e arbovírus
Transmissor de Dirofilaria immitis
Taxonomia do género Aedes
Filo Artropoda
Classe Insecta
Ordem Diptera
Subordem Nematocera
Família Culicidae
Género Aedes
Características biológicas do género Aedes
Postura preferencialmente em águas limpas
Ovo postura com intervalos de pelo menos 1 dia
Ovos resistentes à dissecação durante vários meses (eclodem após chover)
Após a ovo postura a fêmea morre rapidamente
A cópula ocorre 12-14h após nascimento do imago que estimula o desejo de sugar sangue
Fêmeas virgens dificilmente sugam sangue
Com alimentação de líquido açucarado não há postura nem desenvolvimento
Ovo posturas individuais de 70-150 ovos
Hábito diurno, preferem temperaturas elevadas
Mais ativo em dias com pouco sol e alta temperatura
Habitat doméstico, durante a noite protege-se atrás de móveis
Ciclo de vida de 11-18 dias a 26ºC
em condições normais a fêmea pode fazer 12 ou mais repastos sanguíneos num mês
Preferem a zona dos pés
Importância veterinária do género Aedes
Vetor da febre amarela , dengue, Zica, malária aviária e alguns filarídeos do Homem
Importância veterinária da família Culicidae
Agentes de incómodo
Ação traumática pela picada
Ação alérgica por reações de hipersensibilidade
Vetores de protozoários, como a malária humana e aviária
Importância veterinária da família Psychodidae
10% das cerca de 700 espécies são vetores da leishmaniose
Segundo a OMS existem 12 milhões de casos de leishmaniose e 350 milhões de pessoas em risco
Leishmaniose canina com incidência crescente e zonas endémicas em Portugal
Vetores de arboviroses e riquétsias