Filo Sarcomastigophora Flashcards

1
Q

Características gerais do filo Sarcomastigophora

A

Flagelados
Parasitas extracelulares/intercelulares

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2
Q

Características gerais da classe Mastigophora

A

Podem passar por dentro das células e aí perdem os flagelos
Não encaixamos em famílias todos os géneros

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3
Q

Taxonomia do género Leishmania

A

Filo Sarcomastigophora
Subfilo Mastigophora
Ordem Kinetoplastida
Família Trypanosomatidae
Género Leishmania

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4
Q

Distribuição da Leishmania

A

Não é universal porque depende da presença dos vetores, presentes na Europa, África e Ásia

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5
Q

Características biológicas de Leishmania

A

Heteroxenos
Hospedeiros: mamíferos (canídeos, homem e roedores)
Parasitas das células do sistema retículo endotelial - tecidos ricos em macrófagos, histiócitos, células epiteliais (fígado, baço, medula óssea, gânglios linfáticos e pele)
Zoonose
O homem é hospedeiro acidental (quando o vetor não tem o hospedeiro preferencial

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6
Q

Vetores da Leishmania

A

Insetos hematófagos da família Psychodidae (Phlebotomus e Lutzomyia)
Vetores biológicos com transmissão cíclica ou evolutiva
Apenas a fêmea é hematófaga, os machos alimentam-se de sucos vegetais
As fêmeas alimentam-se várias vezes ao longo da sua vida e uma vez infetadas inoculam leishmania o resto da vida
Telmofágicos, ou seja, alimentam-se do lago de hemolinfa (explica a transmissão do parasita)
Ativos ao crepúsculo e noite
Maus voadores pelo que se deslocam em voos breves e irregulares e interrompem o voo com o vento
Locais de repouso e refúgio: refúgios de animais, habitações, muros, sebes e matas

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7
Q

Forma Amastigota de Leishmania

A

Característica da Leishmania
Encontra-se dentro dos macrófagos do H. vertebrado
Não vai às glândulas salivares, fica no aparelho bocal
Fagocitada pelos macrófagos mas não são destruídas, multiplicam-se dentro dos macrófagos que depois rompe
Forma ovóide, com núcleo volumoso, cinetoplasto e flagelo intracelular
Vivem e reproduzem-se dentro dos fagolisossomas dos macrófagos e outras células do SER do H. vertebrado
Mecanismos de sobrevivência e resistência intracelular: inibição da produção de enzimas lisossomais e da resposta respiratória oxidativa (resistem aos radicais de O2 livres)

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8
Q

Ciclo de vida de Leishmania

A

Leishmanias inoculadas na derme do hospedeiro através da saliva do inseto
Entram nos macrófagos onde se multiplicam
Macrófagos lisam e libertam leishmanias em grande quantidade que afetam outras células
Disseminação de leishmanias no organismo, nomedamente gânglios linfáticos, baço, fígado e pele

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9
Q

Leishmaniose

A

Síndrome causado pela Leishmania
Nem todos os infetados desenvolvem doença
A resposta imunitária produzida no momento da infeção pode determinar o seu desenvolvimento e progressão de um estado assintomático para sintomático
A suscetibilidade e resistência à Leishmaniose tem base genética, sugerindo-se que raças autóctones sejam mais resistentes (ex.: rafeiro alentejano)
É geralmente um doença crónica, cujos sinais clínicos se podem desenvolver entre 3 meses e 7 anos após a infeção
Geralmente os animais que desenvolvem a doença são os que produzem uma resposta imunitária não protetora, ou seja, produzem demasiados anticorpos que se vão depositar e causar lesões
As lesões levam a insuficiência renal crónica, lesões oculares e síndromes gastrointestinais

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10
Q

Forma Promastigota da Leishmania

A

No H. invertebrado
Multiplicam-se no intestino do inseto e depois migram para o aparelho bocal
O inseto infetado mão faz refeições completas, anda de hospedeiro em hospedeiro

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11
Q

Formas de Leishmaniose

A

Uma espécie pode produzir mais de 1 forma de Leishmaniose
Cada forma pode ser causada por várias espécies
- Leishmaniose cutânea (LC)
- Leishmaniose mucocutânea (LMC), não existente em Portugal
- Leishmaniose visceral (LV)

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12
Q

Leishmaniose Cutânea

A

Úlceras na pele
Pode curar espontaneamente ou evoluir para lesões crónicas com cicatrizes desfigurantes
LC velho mundo: L. major, L. tropica, L. infantum e L. donovani
LC novo mundo: L. chagasi, L. mexicana e L. braziliensis
Designado de Botão do Oriente

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13
Q

Leishmaniose Mucocutânea

A

Metástases nas mucosas do tato respiratório, necrose dos tecidos moles e cartilagens naso-farígeas
Evolui com lesões mutilantes e cicatrizes desfigurantes
L. braziliensis e L. panamensis

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14
Q

Leishmaniose Visceral

A

Afeta vários órgãos - baço, medula óssea, Gânglios linfáticos e pele
Forma progressiva e quase sempre fatal
Kala-azar
L. infantum, L. donovati e L. chagasi
Endémica em Portugal

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15
Q

Importância veterinária da Leishmaniose

A

Importância na Saúde Pública e disseminação crescentes
Fatores que favorecem o aumento de casos: migrações, fatores ,ambientais económicos e imunodepressores
Zoonose com o cão como reservatório principal
Predominante me crianças
Causa muito frequente de ida ao veterinário
Presente em todo o país mas existem zonas endémicas (Região do Alto Douro, Área Metropolitana de Lisboa e Algarve)
Cerca de 50% dos cães infetados são assintomáticos
Os infetados assintomáticos são reservatórios e portadores importantes da doença

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16
Q

Taxonomia do género Trypanosoma

A

Filo Sarcomastigophora
Subfilo Mastigophora
Ordem Kinetoplastida
Família Trypanosomatidae
Género Trypanosoma

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17
Q

Importância veterinária do Trypanosoma

A

Áreas tropicais e subtropicais na África e América
A tripanosomose humana é uma das doenças mais importantes logo após a malária
A tripanosomose animal é causa de grande e morbilidade e mortalidade, em particular nos ungulados
Difícil de erradicar

18
Q

Características gerais do Trypanosoma

A

Heteroxeno
Todas as espécies têm um vetor invertebrado
Vetor biológico, indispensável ao ciclo e que realiza a a transmissão cíclica ou evolutiva (Glossina sp.)
Vetor mecânico: tabanídeos e moscas
Exceção: T. equiperdum, não tem vetor biológico e transmite-se através do contacto direto no coito
Hospedeiros: mamíferos especialmente ungulados (bovinos e equinos), canídeos (cão é o reservatório de T. cruzi), aves e suínos (das espécies mais resistentes)
Parasitas da corrente sanguínea e tecidos

19
Q

Tripomastigota no Trypanosoma

A

Característico do género Trypanosoma
Morfologia hidrodinâmica em espiral
Fusiforme, flagelado, com complexo citoplasmático e membrana citoplasmática com glicoproteínas que se alteram periodicamente

20
Q

Secção Stercoraria do Trypanosoma

A

Desenvolve-se na porção posterior do tubo digestivo do vetor
Transmissão por contaminação fecal
Flagelo livre
Cinetoplasto grande não terminal
Extremidade posterior pontiaguda
Não patogénicos à exceção de T. cruzi
Espécies: T. theileri, T. lewis, T. ,elophagium e T. cruzi (doença de Chagas uma zoonose, também conhecida como tripanosomose americana)

21
Q

Ciclo de vida de Trypanosoma

A

O h. vertebrado infeta-se através da picada do vetor infetado que injeta o Trypanosoma na corrente sanguínea
Trypanosoma multiplica-se no sangue e tecidos causando danos
O vetor infeta-se ao alimentar-se do sangue do hospedeiro infetado
Trypanosoma multiplica-se dentro das células do vetor e migra para as glândulas salivares para poder ser transmitido a outros hospedeiros através da picada

22
Q

Secção Salivaria de Trypanosoma

A

Desenvolvimento da porção anterior do tubo digestivo do vetor (hipofaringe e glândulas salivares)
Transmissão por inoculação, exceto T. equiperdum
Flagelo livre presente ou ausente
Cinetoplasto terminal ou subterminal
Extremidade posterior romba
Patogénicos
Espécies: T. brucei (tripanosomose animal e humana - doença do sono), T. congolense e T. vivax (ambas agentes da tripanosomose animal - nagana), T. envasi, T. equinum e T. equiperdum (agente da durina, mal do coito ou sífilis equina)

23
Q

Tripanosomose africana

A

Distribuição na África Central
Vetor biológico: transmissão inoculativa cíclica por Glossina
Vetor mecânico: transmissão inoculativa mecânica por Tabanídeos

24
Q

Características gerais da ordem Trichomonadida

A

Corpo piriforme
Núcleo unico da parte anerior
3 a 5 flagelos anteriores, um falgelo ao longo da borda com uma mambrana ondulante
Axóstilo, estrutura em forma de bastão ao longo da célula com função estrutural

25
Q

Taxonomia de Trichomonas

A

Filo Sarcomastigophora
Classe Mastigophora
Ordem Trichomonadida
Género Trichomonas
Espécie T. vaginalis (parasita do prepúcio e vagina de humanos)

26
Q

Taxonomia de Tritrichomonas

A

Filo Sarcomastigophora
Classe Mastigophora
Ordem Trichomonadida
Género Tritrichomonas
Espécie T. foetus (parasita do prepúcio e vagina de bovinos )

27
Q

Diferenças entre Trichomonas e Tritrichomonas

A

Trichomonas: flagelo posterior não é livre e tem 4 flagelos anteriores
Tritrichomonas: 3 flagelos anteriores

28
Q

Ciclo de vida de Tritrichomonas foetus

A

A fêmea é infetada através da monta.
Tritrichomonas foetus coloniza o trato genital onde ocorre bipartição
Os trofozítos são eliminados pelo muco vaginal durante a cópula
O touro infeta-se durante a cópula
O parasita instala-se na próstata e na uretra onde pode permanecer meses a anos
Quando o touro infetado cobre outra vaca o parasita é transmitido

29
Q

Ciclo de vida de Trichomonas vaginalis

A

O parasita é transmitido através do ato sexual
Coloniza o trato genital onde se reproduz por bipartição
Adere-se às células epiteliasi da vagina e uretra provocando inflamação, corrimento e dor ao urinar
Os trofozoítos são eliminados com o muco vaginal e podem sobreviver fora do organismo por algumas horas
Quando um indivíduo saudável entra em contacto com o parasita o ciclo reinicia-se
(É favorecido pela baixa de pH)

30
Q

Características morfológicas de Tritrichomonas foetus

A

Trofozoítos com formato piriforme e sem simetria bilateral
4 flagelos (3 curtos e 1 que percorre o corpo do parasita até à parte posterior e depois liberta-se continuando ligado à membrana ondulante)
Não tem forma quística

31
Q

Patogenia de Tritrichomonas foetus

A

Touro é assintomático e não desenvolve imunidade
O macho pode abrigar o parasita e contaminar um grande número de fêmeas
Pode provocar vaginite, placentite, aborto ou reabsorção fetal, piometria, descargas uterinas e ciclos irregulares - tricomonose genital
Facilita a entrada de agentes oportunistas

32
Q

Trichomonas gallinae

A

Hospedeiros: principalmente o pombo mas pode infetar outras aves
Afeta aves jovens, os adultos são portadores
Infeção pode ser leve ou evoluir para a morte
Localzação: cavidade bocal, seios, região orbital, faringe, esófago e proventrículo
Lesões amareladas pequenas que podem evoluir para grandes massas caseosas

33
Q

Taxonomia de Giardia

A

Filo Sarcomastigophora
Classe Mastigophora
Ordem Diplomonadida
Género Giardia

34
Q

Caracteísticas biológicas de Giardia

A

Localização no intestino delgado
Quistos viáveis por 2 semanas no ambiente
Formas evolutivas: quisto e trofozoíto
Parasitas anaeróbios aerotolerantes
Sem mitocôndrias
Usam glicose e armazena glicogénio
Produzem etanol, CO2 e acetato

35
Q

Características morfológicas de Giardia

A

2 núcleos
8 flagelos (o que os torna móveis)
Simetria bilateral
12-15 micrometros
Arredondados na extremidade anterior e pontudos na extremidade anterior
Face ventral achatada com disco adesivo bilobado (responsável pela adesão ao hospedeiro para se alimentar) e face dorsal convexa
Quistos novos com 2 núcleos e antigos com 4

36
Q

Ciclo de vida de Giardia

A

Ingestão de quistos nos alimentos e água
Trofozoítos dividem-se por divisão binária
No intestino grosso ocorre o endurecimento das fezes e forma-se os quistos

37
Q

Características gerais de Giardia

A

Descoberta em 1689
Descritas mais de 40 espécies
Flagelado mais comum do trato digestivo
280 milhões de novos casos por ano
Humanos: G. duodenalis, G. intestinalis e G. lamblia
G. duodenalis não é uniforme, representa um conjunto de espécies morfologicamnete parecidas e que podem compartilhar o hospedeiro
Total de 6 genótipos
Destrói as junções intercelulares do epitélio entérico
Aumenta a permeabilidade capilar
Resposta inflamatória e alterações na digestão
Um único hospedeiro pode eliminar biliões de parasitas

38
Q

Diagnóstico de Giardia

A

Exame microscópico direto a partir de esfregaço de fezes para verificar a presença de trofozoítos e quistos (pouco sensível)
Flutuação em cloreto de sódeio pu sulfato de zinco
Metodologia de colheita (eliminação intermitente de quistos pelas fezes)
Ensaio ELISA
PCR

39
Q

Taxonomia do género Histomonas

A

Filo Sarcomastigophora
Classe Mastigophora
Ordem Rhizomastigina
Género Histomonas
Espécie H. meleagridis

40
Q

Características gerais de Histomonas

A

Organismos amebóides e uninucleados
1 flagelo
H. definitvo: perus, faisões, galinhas, perdizes, …
H. intermediário: Heteralis gallinarum
Localização: mucosa do ceco e fígado de perus
Trasmissão: o hospedeiro contamina-se por ingestão de ovos de Heterakis gallinarum com quistos de Histomonas

41
Q

Ciclo de vida de Histomonas

A

Heterakis gallinarum alimenta-se na mucosa do ceco e ingere o Histomonas
Aves ingerem ovos embrionados de Heterakis
A larva de Heterakis eclode e fixa-se no intestimo
O Histomonas liberta-se e penetra na mucosa do intestino onde se reproduz por bipartição
Anelídeos podem ingerir ovos de Heterakis (h.paraténico)
Histomonas perdem o flagelo e adquirem morfologia amebóide e podem migrar até ao fígado

42
Q

Importância veterinária de Histomonas

A

Pode levar à inflamação do ceco seguida de alterações patológicas no fígado (enterohepatite), levando À queda na produtividade e morte
Mais frequente em aves jovens
Nos perus conhecida como enterohepatite infecciosa ou 3cabeça negra”
Não forma quistos
A galinha doméstica pode ser um reservatório
Muito importante em criações de perus, especialmente animais jovens em regime extensivo
Depende do hospedeiro paraténico (Heterakis)
Importante quebrar o ciclo de Heterakis (ambiente limpo, seco e sem acesso a outras aves e insetos)