Filo Sarcomastigophora Flashcards
Características gerais do filo Sarcomastigophora
Flagelados
Parasitas extracelulares/intercelulares
Características gerais da classe Mastigophora
Podem passar por dentro das células e aí perdem os flagelos
Não encaixamos em famílias todos os géneros
Taxonomia do género Leishmania
Filo Sarcomastigophora
Subfilo Mastigophora
Ordem Kinetoplastida
Família Trypanosomatidae
Género Leishmania
Distribuição da Leishmania
Não é universal porque depende da presença dos vetores, presentes na Europa, África e Ásia
Características biológicas de Leishmania
Heteroxenos
Hospedeiros: mamíferos (canídeos, homem e roedores)
Parasitas das células do sistema retículo endotelial - tecidos ricos em macrófagos, histiócitos, células epiteliais (fígado, baço, medula óssea, gânglios linfáticos e pele)
Zoonose
O homem é hospedeiro acidental (quando o vetor não tem o hospedeiro preferencial
Vetores da Leishmania
Insetos hematófagos da família Psychodidae (Phlebotomus e Lutzomyia)
Vetores biológicos com transmissão cíclica ou evolutiva
Apenas a fêmea é hematófaga, os machos alimentam-se de sucos vegetais
As fêmeas alimentam-se várias vezes ao longo da sua vida e uma vez infetadas inoculam leishmania o resto da vida
Telmofágicos, ou seja, alimentam-se do lago de hemolinfa (explica a transmissão do parasita)
Ativos ao crepúsculo e noite
Maus voadores pelo que se deslocam em voos breves e irregulares e interrompem o voo com o vento
Locais de repouso e refúgio: refúgios de animais, habitações, muros, sebes e matas
Forma Amastigota de Leishmania
Característica da Leishmania
Encontra-se dentro dos macrófagos do H. vertebrado
Não vai às glândulas salivares, fica no aparelho bocal
Fagocitada pelos macrófagos mas não são destruídas, multiplicam-se dentro dos macrófagos que depois rompe
Forma ovóide, com núcleo volumoso, cinetoplasto e flagelo intracelular
Vivem e reproduzem-se dentro dos fagolisossomas dos macrófagos e outras células do SER do H. vertebrado
Mecanismos de sobrevivência e resistência intracelular: inibição da produção de enzimas lisossomais e da resposta respiratória oxidativa (resistem aos radicais de O2 livres)
Ciclo de vida de Leishmania
Leishmanias inoculadas na derme do hospedeiro através da saliva do inseto
Entram nos macrófagos onde se multiplicam
Macrófagos lisam e libertam leishmanias em grande quantidade que afetam outras células
Disseminação de leishmanias no organismo, nomedamente gânglios linfáticos, baço, fígado e pele
Leishmaniose
Síndrome causado pela Leishmania
Nem todos os infetados desenvolvem doença
A resposta imunitária produzida no momento da infeção pode determinar o seu desenvolvimento e progressão de um estado assintomático para sintomático
A suscetibilidade e resistência à Leishmaniose tem base genética, sugerindo-se que raças autóctones sejam mais resistentes (ex.: rafeiro alentejano)
É geralmente um doença crónica, cujos sinais clínicos se podem desenvolver entre 3 meses e 7 anos após a infeção
Geralmente os animais que desenvolvem a doença são os que produzem uma resposta imunitária não protetora, ou seja, produzem demasiados anticorpos que se vão depositar e causar lesões
As lesões levam a insuficiência renal crónica, lesões oculares e síndromes gastrointestinais
Forma Promastigota da Leishmania
No H. invertebrado
Multiplicam-se no intestino do inseto e depois migram para o aparelho bocal
O inseto infetado mão faz refeições completas, anda de hospedeiro em hospedeiro
Formas de Leishmaniose
Uma espécie pode produzir mais de 1 forma de Leishmaniose
Cada forma pode ser causada por várias espécies
- Leishmaniose cutânea (LC)
- Leishmaniose mucocutânea (LMC), não existente em Portugal
- Leishmaniose visceral (LV)
Leishmaniose Cutânea
Úlceras na pele
Pode curar espontaneamente ou evoluir para lesões crónicas com cicatrizes desfigurantes
LC velho mundo: L. major, L. tropica, L. infantum e L. donovani
LC novo mundo: L. chagasi, L. mexicana e L. braziliensis
Designado de Botão do Oriente
Leishmaniose Mucocutânea
Metástases nas mucosas do tato respiratório, necrose dos tecidos moles e cartilagens naso-farígeas
Evolui com lesões mutilantes e cicatrizes desfigurantes
L. braziliensis e L. panamensis
Leishmaniose Visceral
Afeta vários órgãos - baço, medula óssea, Gânglios linfáticos e pele
Forma progressiva e quase sempre fatal
Kala-azar
L. infantum, L. donovati e L. chagasi
Endémica em Portugal
Importância veterinária da Leishmaniose
Importância na Saúde Pública e disseminação crescentes
Fatores que favorecem o aumento de casos: migrações, fatores ,ambientais económicos e imunodepressores
Zoonose com o cão como reservatório principal
Predominante me crianças
Causa muito frequente de ida ao veterinário
Presente em todo o país mas existem zonas endémicas (Região do Alto Douro, Área Metropolitana de Lisboa e Algarve)
Cerca de 50% dos cães infetados são assintomáticos
Os infetados assintomáticos são reservatórios e portadores importantes da doença
Taxonomia do género Trypanosoma
Filo Sarcomastigophora
Subfilo Mastigophora
Ordem Kinetoplastida
Família Trypanosomatidae
Género Trypanosoma