Sofrimento fetal, fórcipe e puerpério Flashcards
Em uma gestante com medida de FU abaixo do esperado para a IG, devemos pensar em que?
3
- Medida errada de FU ou de IG
- CIUR
- Oligodramnia
Quando geralmente é descoberto o SF crônico?
No pré-natal (geralmente já é de alto risco)
Quando geralmente é descoberto o SF agudo?
Durante o trabalho de parto
Quais as manifestações presentes no SF crônico?
3
- CIUR
- Oligodramnia
- Insuficiência placentária (alteração no Doppler)
Quais as manifestações presentes no SF agudo?
2
- Alteração em cardiotocografia
- Alteração em perfil biofísico fetal
Quais as alterações bioquímicas fetais encontradas no SF agudo?
- Acidose
- Hipercapnia
- Hipóxia
Quais condições cursam com SF agudo?
Alterações uteroplacentárias
- Hipertonia uterina
- Hipovolemia materna
- Hipotensão materna
Alterações fetoplacentárias
- Qualquer condição que curse com compressão do cordão umbilical
Bebê apresentando circular de cordão, devo indicar cesariana de rotina?
Não!
Qual a medida de rastreio para CIUR?
Medida de fundo de útero
FU < Percentil 10 para IG = CIUR? Oligodramnia?
Uma vez identificado FU < P10 para IG. O que fazer? Quais as possíveis alterações encontradas?
Solicitar USG!
- Redução da circunferência abdominal = CIUR
- Índice de Liq amniótico < 5cm ou Maior bolsão < 2cm = Oligodramnia
Qual o indicador mais sensível para CIUR no USG?
Medida de CA
Como é feita a confirmação diagnóstica de CIUR?
Retrospectiva, com o pediatra
Quais as possíveis causas de oligodramnia?
4
- Insuficiência placentária
- RPMO
- Malformações urinárias fetais (urina é um dos principais constituintes do líquido amniótico)
- IECA
Quais as principais características do CIUR simétrico (tipo 1)?
3
- Ocorre na 1ª metade da gestação
- Afeta a fase de hiperplasia celular
- Relação CC/CA mantida (circunferência cefálica / circ. abdominal)
Quais as principais causas de CIUR tipo 1?
3
- Trissomias
- Drogas (propanolol)
- Infecções do 1º tri
Quais as principais características do CIUR tipo 2 (assimétrico)?
- Mais comum
- Ocorre principalmente no 2/3º tri de gestação
- Afeta a fase de hipertrofia celular
- Relação CC/CA aumentada
Quais as principais causas de CIUR tipo 2?
- HAS
- DM prévio
O Doppler de A. uterina tem como objetivo fazer qual avaliação?
Avaliar fenômenos adaptativos da circulação materna
Quando deve ser realizado o Doppler de A. uterina?
Após 26 sem de IG
Qual possível alteração encontrada no Doppler de A. uterina?
Presença de incisura protodiastólica após 26 sem = indica que as ondas de invasão trofoblástica não ocorreram adequadamente
Conclusão: risco de CIUR / Pré-eclâmpsia
O Doppler de A. umbilical tem como objetivo fazer qual avaliação?
Avaliar a circulação placentária
Em condições normais, a A. umbilical possui ____ resistência. Acontece que, em condições de sofrimento fetal, a a. umbilical está com resistência ______ .
Em condições normais, a A. umbilical possui baixa resistência (alto fluxo sanguíneo). Acontece que, em condições de sofrimento fetal, a a. umbilical está com resistência aumentada (baixo fluxo sanguíneo) .
Qual possível alteração encontrada no Doppler de A. umbilical?
Alteração nas ondas de diástole
- Diástole 0
- Diástole reversa = alta gravidade
O Doppler de A. Cerebral Média tem como objetivo fazer qual avaliação?
Avaliar fenômenos adaptativos na circulação fetal
Qual possível alteração encontrada no Doppler de ACM?
Em condições normais, a ACM possui ______ resistência ( ____ fluxo sanguíneo). Acontece que, em condições de sofrimento fetal, a ACM está com resistência ______ ( ____ fluxo sanguíneo). Isso indica que o feto está desviando o sangue para as áreas nobres.
Em condições normais, a ACM possui alta resistência (baixo fluxo sanguíneo). Acontece que, em condições de sofrimento fetal, a ACM está com resistência reduzida (alto fluxo sanguíneo). Isso indica que o feto está desviando o sangue para as áreas nobres.
Quais os órgãos nobres do feto?
3
- SNC
- Coração
- Adrenais
Como saber que houve o fenômeno de centralização pelo Doppler de ACM?
Centralização = S/D umbilical / S/D ACM
Relação ≥ 1 –> centralização
OU
Índice de Pulsatilidade > 1
Qual a conduta diante de feto com diástole reversa?
Parto cesáreo, independente de IG
Qual a conduta diante de feto com centralização?
Parto cesáreo após 34sem
Qual a conduta diante de feto com diástole zero?
Parto, após 34 sem
Qual a indicação da Dopplerfluxometria de ducto venoso?
Indicado para fetos < 32 sem de IG, em que já ocorreu a centralização. Os achados deste exame são tardios e nos dão a informação sobre como conduzir o restante da gestação.
Qual a possível alteração no doppler de ducto venoso?
Onda A negativa = insuficiência cardíaca fetal
IP > 1,5 = PARTO IMEDIATO
Quais as formas de avaliar SFA?
4
- Movimentação fetal
- Microanálise do sangue fetal (avaliação do pH)
- Ausculta cardíaca
- PBF
Qual o padrão normal de movimentação fetal?
> 5 movimentos em 1 h
Quando considerar que a análise de sangue fetal está alterada?
Indicativo de hipóxia:
Período de dilatação: pH < 7,20
Período expulsivo: pH < 7,15
Com qual frequência realizar ausculta fetal no período do parto?
Baixo risco
- 30/30min na dilatação
- 15/15min no expulsivo
Alto risco
- 15/15 min na dilatação
- 5/5min no expulsivo
Quais os parâmetros avaliados na cardiotocografia?
4
- Linha de base
- Variabilidade
- Aceleração
- Desaceleração
Qual o padrão da normalidade na LINHA DE BASE?
Cardiotocografia
Linha de base indica o BCF
- Normalidade: entre 110 e 160
Como interpretar os achados na VARIABILIDADE?
Cardiotocografia
Variabilidade = diferença entre o BCF mais alto e o mais baixo (desvio padrão)
- > 25 = aumentada
- 6-25 = normal (moderado)
- 1-5 = mínima –> indica ASFIXIA
- 0 = ausente –> estágio terminal, independente do valor de BCF
- Sinusoidal = anemia fetal grave
Como interpretar os achados de ACELERAÇÃO?
Cardiotocografia
Aceleração = aumento de 15 bpm por pelo menos 15s
Reativo = 2 acelerações em 20 min –> tranquilizadora
Como interpretar os achados de DESACELERAÇÃO?
Cardiotocografia
Desaceleração = queda transitória, mas que volta à linha de base
DIP 1 (ou precoce, ou cefálico)
- Desaceleração simultâneo á contração uterina
- Indica compressão do polo cefálico
- NORMAL
DIP 2 (ou tardia, placentária)
- Desaceleração ocorre após a contração uterina
- Indica asfixia (SFA), sobretudo se de repetição
DIP 3 (ou variável, umbilical)
- Desaceleração ora simultânea à contração uterina, ora não simultânea
- Causada por compressão do cordão umbilical
Quais são os padrões desfavoráveis na DIP 3 que indicam hipóxia?
3
- Recuperação lenta
- Sem retorno à linha de base
- Bifásica (em W)
Como é definida a cardiotocografia categoria 1?
4
- BCF: 110 - 160
- Variabilidade normal
- DIP 1
- Aceleração presente ou ausente
Como é definida a cardiotocografia categoria 2?
4
- Variabilidade ausente
- DIP 2 recorrente
- DIP 3 recorrente
- Bradicardia
Qual a conduta de acordo com as classificações da cardiotocografia?
Categoria 1: acompanhar (não é sofrimento)
Categoria 3: O2, decúbito lateral esquerdo, suspender ocitocina e parto pela via mais rápida
Quais os parâmetros do USG relacionados ao Perfil biofísico fetal?
4
- Liq amniótico
- Movimentação fetal
- Movimentação respiratória fetal
- Tônus fetal
Qual o 1º parâmetro a ser alterado no PBF?
Cardiotoco
Qual o último parâmetro a ser alterado no PBF?
Volume de líquido amniótico
(indica sof fetal crônico)
Quais as indicações do Fórcipe de Simpson?
3
- Qualquer variedade de posição (exceto transversa)
- Bom para pequenas rotações
- Não é bom para grandes rotações (>90º)
Quais as indicações do Fórcipe de Piper?
1
Mais utilizado em parto pélvico, com cabeça derradeira
Quais as indicações do Fórcipe de Kielland?
1
Mais adequado para grandes rotações (variedade transversa)
Quais condições devem ser respeitadas para se aplicar o fórcipe?
Mnemônico: APLICAR
Mnemônico: APLICAR
A usência de colo (dilatação total)
P elve proporcional
L ivre canal de parto
I nsinuação do feto (após plano 0 de De Lee)
C onhecer a variedade de posição do feto
A mniotomia
R eto e bexiga vazios
Qual a pegada ideal do fórcipe?
Biparietomalomentoniana
Qual a contraindicação absoluta ao vácuo extrator?
< 34 sem de IG
Quais as 3 etapas da lactação?
- Mamogênese: desenvolvimento da mama
- Lactogênese: início da lactação
- Lactopoiese: manutenção da lactação (relacionada ao estímulo de sucção)
Para que uma mulher puérpera tenha amenorreia da lactação, quais os 3 critérios que devem ser obrigatoriamente cumpridos?
- < 6 meses
- Amenorreia
- aleitamento exclusivo
Quando suspeitar de infecção puerperal?
Febre > 38ºC, por mais de 48h, após o 2º até o 10º dia pós parto
Qual a principal causa de infecção puerperal?
Endometrite
Quais os fatores de risco para endometrite?
4
- Cesariana (principal)
- Desnutrição
- Anemia
- RPMO
Qual a etiologia da endometrite?
Polimicrobiana
O que é a Tríade de Bumm?
Endometrite puerperal
- Útero amolecido
- Útero subinvoluído
- Útero doloroso
Qual o tratamento da endometrite?
ATB: clindamicina + gentamicina mantidos até 72h assintomático
Paciente com diagnóstico inicial de endometrite que não melhora, apesar do tratamento correto. Qual a propedêutica?
Realizar USG
Paciente com diagnóstico inicial de endometrite que não melhora, apesar do tratamento correto. Quais os possíveis diagnósticos diferenciais?
2
Abscesso pélvico
- USG demonstrará abscesso
- Realizar drenagem
Tromboflebite pélvica séptica
- USG não mostra abscesso (diagnóstico de exclusão)
- Manter ATB + iniciar heparina
Como realizar profilaxia da endometrite?
ATB pré operatório
Reduzir nº de toques no parto
Assepsia
Manter bolsa íntegra
Qual o principal Ag etiológico da mastite puerperal?
S aureus
Qual o tratamento da mastite puerperal?
- Manter amamentação
- AINEs
- ATB
Qual a conduta diante do abscesso mamário?
- Manter amamentação, desde que não haja saida de pus ou incisão na papila
- Drenagem
- ATB
Quando pensar em abscesso subareolar recidivante?
Mulher que não está amamentando e que é tabagista (principal causa)
Qual o tratamento do abscesso subareolar recidivante?
- Ressecar ductos acometidos
- Interromper tabagismo
- ATB
Quais os fatores de risco para hemorragia puerperal?
5
- Gemelar
- Polidramnia
- Mioma
- Corioamnionite
- Trabalho de parto muito rápido ou muito lento
Qual a definição de hemorragia puerperal?
- Perda de > 0,5L no parto vaginal; OU
- Perda de > 1 L no parto cesáreo
Quais as causas de hemorragia puerperal?
4 Ts
- Tônus –> atonia uterina (maior causa)
- Trauma –> laceração canal de parto
- Tecido –> restos placentários
- Trombo –> coagulopatia
Qual a conduta diante de atonia uterina?
Mnemônico: MORREU
M assagem uterina bimanual (manobra de Hamilton)
O citocina EV + ÁC tranexamico
R afia de B Lynch
R afia vascular (a. uterina)
E mbolização uterina
U ltimo recurso: histerectomia
Como realizar prevenção de atonia uterina?
Administrar 10 UI de ocitocina pós expulsao fetal
Qual a conduta diante da inversão uterina aguda?
2
- Manobra de Taxe: reversão manual
- Manobra de Huntington: reversão cirúrgica
Quaisas possíveis complicações da inversão uterina aguda?
- Risco de choque hemorrágico ou neurogênico
Qual a conduta diante da retenção placentária?
- Extração manual
- Curetagem
- Evitar tração excessiva
Na avaliação do bem estar fetal, há a presença das micro-oscilações e das macro-oscilações que constituem a variabilidade do BCF. Na cardiotocografia convencional, não conseguimos identificar as micro-oscilações. Quando é possível identificá-las?
Na cardiotocografia computadorizada
Quando utilizar o balão de Barki na hemorragia pós parto?
Em caso de falha farmacológica (sem ter iniciado terapia cirúrgica ainda)
Qual a ordem de acometimento da hipóxia fetal, na avaliação do PBF?
Em ordem de aparecimento na hipóxia:
1. Reatividade cardíaca (hiporreatividade)
2. Movimentos respiratórios (redução)
3. Movimentos fetais (redução)
4. Tônus fetal (hipotonia)
5. Vol de líquido amniótico (redução)
Qual a conduta de um PBF ⩽4?
Interrupção da gestação