Sistema neurológico Flashcards
Quais alterações são encontradas em um equino com afecção neurológica?
Alterações de comportamento, do nível de consciência e da marcha e/ou postura.
O que deve ser avaliado num exame clínico completo de um animal com alterações neurológicas?
Avaliação dos reflexos (ameaça, fotomotor e palpebral), posição ocular, mastigação, tônus lingual e deglutição, posição da cabeça.
O que deve ser avaliado em um animal em decúbito que está apresentando alterações neurológicas?
Testes de sensibilidade: reflexo do panículo (pescoço e tórax), sensibilidade cutânea dos membros, arcos reflexos, tônus muscular e caudal, sensibilidade perineal.
Quais as divisões do sistema nervoso?
SNC: encéfalo (cérebro, cerebelo, tronco encefálico) e medula.
SNP: nervos espinhais e cranianos, gânglios e terminações nervosas.
Quais as vantagens de se obter resultados de um exame neurológico?
Determinar a localização da lesão inicial, relacionar as possíveis afecções causais, indicar e realizar exames complementares para um diagnóstico definitivo, instituir um tratamento (se houver) ou determinar a conduta e estabelecer o prognóstico.
Quais as possíveis causas (etiologias) de lesões traumáticas na coluna?
Atropelamento, tombos, estiramento, golpes de corda ou laço, pancadas, projéteis, etc.
Quais vértebras são mais suscetíveis a fraturas em potros?
Vértebras cervicais (C1-C5) e torácicas caudais.
Quais vértebras são mais suscetíveis a fraturas em cavalos adultos?
Vértebras cervicais (C5-C7), lombares e lombossacras.
Quais sinais clínicos podem ser observados em casos de lesão não compressiva das vértebras cervicais?
Pescoço rígido, eventualmente flexionado (torcicolo).
Quais sinais clínicos são comuns em casos de compressão leve que afetam as vértebras cervicais?
Ataxia, paresia e espasticidade em todos os quatro membros (membros pélvicos mais espásticos do que os torácicos).
Como a compressão severa das vértebras cervicais se manifesta em um cavalo?
Animal fica em decúbito (espasticidade).
Quais são os sinais clínicos associados à lesão na intumescência cranial (C6-T2)?
Fraqueza profunda e hiporreflexia nos membros torácicos (hiper e normorreflexia nos membros pélvicos).
O que caracteriza uma lesão na espinha tóraco-lombar (T3-L3) em termos de sinais clínicos?
Ataxia leve, paresia nos membros pélvicos.
Quais sinais clínicos são observados em casos de lesão na intumescência caudal (L4-S2)?
Paresia profunda e hiporreflexia nos membros pélvicos, podendo assumir a posição de cão sentado.
Quais sinais clínicos estão associados à lesão da cauda equina (S2 para frente)?
Fraqueza da cauda, atonia de bexiga e hipoalgesia perineal.
Quais os sintomas a serem pesquisados nos quatro membros de um animal durante a avaliação de lesão na coluna?
Com o animal em pé e se possível caminhando, observar presença de ataxia, paresia, espasticidade e hipermetria.
Quais testes devem ser realizados para verificar sinais de ataxia, paresia, espasticidade e hipermetria em cavalos?
Teste do puxão de cauda, testar os reflexos sinápticos (codilho, patela), tônus muscular e a sensibilidade.
Quais as divisões das vértebras localizadas no pescoço, membro torácico, abdômen, membro pélvico, períneo e cauda?
Pescoço (C1-C5), membro torácico (C6-T2), abdômen (T3-L3), membro pélvico (L4-S2), períneo e cauda (S3-S5).
Como é feito o diagnóstico de um equino com lesão na coluna?
Através do histórico, sinais clínicos, radiografias (simples e contrastadas) e líquor (líquido cefalorraquidiano).
Qual é o tratamento recomendado a um animal com lesão na coluna?
- Tratamento medicamentoso: corticoide (dexametasona), diurético (manitol), anti-inflamatório (DMSO), benzodiazepínico (diazepam) e antibioticoterapia.
- Tratamento cirúrgico: em casos de fraturas compressivas, feito para aliviar a compressão e estabilizar os fragmentos fraturados.
Qual o prognóstico em casos de lesão na coluna?
O prognóstico é difícil de estabelecer em muitos casos, dependendo da natureza da lesão, duração da compressão e da severidade dos sinais clínicos.
Quais faixas etárias de equinos podem ser afetadas pela mieloencefalite protozoária?
Todas as idades podem ser afetadas.
Quais partes do sistema nervoso são acometidas pela mieloencefalite protozoária equina?
Cérebro e medula espinhal.
Qual é o agente etiológico da mieloencefalite protozoária equina?
Sarcocystis neurona.
Quem é o hospedeiro definitivo do Sarcocystis neurona, agente da mieloencefalite protozoária equina? E quem é o hospedeiro acidental?
Hospedeiro definitivo é o gambá, hospedeiro acidental é o equino.
Quais os sinais clínicos da mieloencefalite protozoária em equinos?
Incoordenação motora, paresia, perda de massa muscular, ataxia, decúbito, convulsões e hipo/hipermetria.
Quais sinais clínicos podem indicar a presença de mieloencefalite protozoária equina no cérebro?
Convulsões e/ou apatia.
Quais sintomas podem surgir se o parasita da mieloencefalite protozoária afetar os nervos cranianos?
Orelhas e pálpebras caídas, desvio lateral dos lábios e incapacidade de deglutir.
Quais sinais clínicos sugerem comprometimento da medula espinhal em casos de mieloencefalite protozoária equina?
Incoordenação dos membros, sudação localizada e atrofia muscular.
Como é feito o diagnóstico da mieloencefalite protozoária equina?
Através de avaliação dos sinais clínicos e exames laboratoriais (western blot, coleta e análise do líquido cérebro espinhal e da concentração de albumina no LCR - líquido cefalorraquidiano).
Qual o tratamento da mieloencefalite protozoária equina?
Antiprotozoário (diclazuril, nitazoxanida) e anti-inflamatório (DMSO).
Quais são as formas de prevenção contra a mieloencefalite protozoária equina?
Armazenamento adequado de alimentos, controle da população de gambás e vacina contra a Sarcocystis neurona.