Sistema Cardiovascular II Flashcards
Mecanismos de controlo da pressão arterial
A curto prazo: regulação do diâmetro dos vasos, FC e contratilidade
A longo prazo: regulação do volume sanguíneo
Controlo local do fluxo sanguíneo
fornecimento de O2 fornecimento de glicose, aa, ácidos gordos remoção de CO2 remoção de H+ Libertação local de adenosina, K+ ou NO
Fatores que regulam a resistência vascular periférica
comprimento do vaso viscosidade do sangue calibre factores miogénicos estímulos metabólicos angiotensina vasopressina HAD prostaglandinas estimulação SNA
Fluxo sanguíneo/ débito coronário depende de…
pressão aórtica ou pressão de perfusão atividade ventricular (maior fluxo na diástole) necessidades metabólicas FC viscosidade sanguínea resistência coronária regulada por fatores: mecânicos endoteliais metabólicos nervosos
Débito coronário
225ml/min
4-5% do débito cardíaco
extração de O2 de 75%
Anatomia funcional da circulação coronária
artérias coronárias subepicárdicas
arteríolas pré-capilares
rede capilar
plexo subendocárdico
Coronariografia
injectando um produto de contraste nas
coronárias e fazendo radiografias em determinadas posições
Maior necessidade de oxigénio a nível cardíaco deve-se a:
tensão intramiocárdica
FC elevada
estado inotrópico
Autoregulação do fluxo coronário
Permite manter um determinado fluxo apesar das variações na pressão de perfusão, por ação da musculatura:
aumenta-se a pressão na parede, logo, a parede sofre estiramento; em resposta, o músculo contrai para manter o diâmetro do vaso e manter as condições de perfusão
(efeito de Baylisse)
Efeito da compressão do miocárdio no fluxo coronário
No coração ESQ: circulação em diástole (em sístole não há diferencial de pressão)
No coração DTO: circulação em sístole e diástole
Afeta mais os vasos subendocárdicos, submetidos a maior trabalho e menor reserva de resistência e dilatação
Quais são intrinsecamente os vasos coronários que são passíveis de poder modificar o seu
fluxo através de variações da resistência?
vasos pré-arteríolares e artíolares, pois os vasos de condutância não mudam a sua resistência
Regulação metabólica via adenosina
Em caso de maior necessidade de O2, a adenosia favorece a abertura dos canais de K+ para hiperpolarizar as células musculares lisas e assim diminuir o tónus muscular, aumentando o débito coronário
Regulação nervosa da circulação coronária
Ação sobretudo indireta!
SIMPÁTICO
fibra simpática com receptores alfa1 e alfa2: vasoconstrição directa nos vasos epicárdicos
“” recetor beta2: vasodilatação dos vasos
intramiocárdicos
estimulação do simpático: aumento da frequência cardíaca e da contractilidade, condicionando variações metabólicas, aumentando o
metabolismo (aumento do débito coronário)
PARASSIMPÁTICO
condiciona vasodilatação
leva à diminuição da FC e da contratilidade
Circulação cerebral
recebe 15% do débito cardíaco, 20% do O2 e 25% da glicose
O fluxo sanguíneo é menor a nível da substância cinzenta (8mL/min/100g) e maior a
nível da substância branca (2mL/min/100g) (V/F)
Falso, é o contrário
Autoregulação (miogénica) cerebral
o débito sanguíneo cerebral total é mantido
praticamente constante e independente das variações amplas da pressão arterial.
- leito vascular dentro duma estrutura rígida / conteúdo intracraneano não compressível
- variações recíprocas de sg e líquido extravascular para manutenção de volume total constante
- limites constantes de utilização de O2 pelo tecido cerebral (3,5 ml/100 gr/min)
Bases da barreira hemato-encefálica
- Revestimento endotelial contínuo
- Estruturas de ligação forte nas junções intercelulares
- Membrana basal contínua
- Pericitos (células suporte) e pés terminais dos astrócitos
(células da neuróglia – sustentação e nutrição de neurónios)
intimamente ligados à membrana basal (85% da sua superfície) - Escasso transporte vesicular
- Múltiplos sistemas de transporte activo nos capilares
Permeabilidade da barreira hemato-encefálica
+ H2O, CO2 , O2 , substâncias lipossolúveis
- Na+, Cl-, K+, H+, CO3-, ureia
0 Proteínas e substâncias não lipossolúveis
Regulação metabólica do débito sanguíneo na circulação cerebral
Aumento de:
Pa O2–vasoconstrição
Pa CO2–vasodilatação
pH– vasoconstrição
Regulação nervosa do débito sanguíneo na circulação cerebral
Inervação simpática por gânglios cervicais:
quando a PA atinge um nível muito elevado durante o exercício ou noutras situações de
atividade circulatória excessiva, o SNSimpático contrai as artérias grandes e
intermediárias, impedindo que a PA muito elevada atinja os pequenos vasos sanguíneos.
Controlo do fluxo na circulação esplâncnica (baço, fígado, pâncreas e intestinos)
Controle metabólico
– principal mecanismo dilatador durante a digestão
Controle Hormonal
– colecistoquinina, gastrina e neurotensina (vasodilatação)
– vasopressina e Ang II (vasoconstrição)
Influência Nervosa
– parassimpático (acção mais importante)
Regulação da circulação hepática (reservatório de sangue)
Quando o fluxo sanguíneo portal diminui, o fluxo na artéria hepática aumenta, e vice-versa.
Este mecanismo garante um estado perfusional constante nos sinusóides hepáticos face às
alterações do influxo portal, que podem ocorrer, por exemplo, após as refeições.
O sistema venoso porta não é autorregulável, contrariamente ao arterial hepático (com influência do SNS)
Estudo da Lusitropia (descontração ativa)
dp/dt máx
quanto mais rápido baixar a pressão em ordem ao tempo menor
Ecografia ou ecodoppler
Permite calcular volumes e
velocidades de fluxo mas de uma forma não invasiva, daí que seja o exame mais pedido. Só em
casos depois seleccionados é que se pede um cateterismo cardíaco (para avaliar melhor as fases do
ciclo cardíaco do indivíduo).
Avaliação da fase de enchimento rápido
1) Valor máximo da quantidade de sangue que entra no ventrículo por unidade de tempo –
dv/dt
2) Tempo entre a abertura da válvula aurículo-ventricular e o momento desse valor máximo –
dV/dt
3) Fracção de enchimento que tem lugar durante o primeiro terço da diástole -
4) Velocidade do fluxo de sangue entre a aurícula e o ventrículo.
Avaliação da fase de enchimento lento
1) Complience (adaptabilidade ou complacência) – que é a maior ou menor dificuldade com
que os ventrículos acomodam o sangue que chega das aurículas. A medida mais comum de
complacência é a derivada do volume em relação à pressão (dv/dp).
2) Também se pode usar o dp/dv (inverso da anterior) que é a rigidez.
Avaliação da sístole auricular
1) Fracção de volume telediastólico que deriva da sístole auricular (equivalente ao estudo da
fase de enchimento rápido).
2) Ecodoppler - podemos ver a velocidade transorificial do sangue no decurso da sístole
auricular.
Parâmetros usados para avaliar a sístole isovolumétrica
1) Velocidade máxima de encurtamento dos elementos contrateis
velocidade vs força – criticável em corações intactos pois é difícil de medir;
2) dp/dt max
Considerado o melhor índice da função sistólica (indivíduo com insuficiência cardíaca tem este
índice francamente diminuído);
3) dp/dt ao nível de 40mmHg