SÍNDROME METABÓLICA E OBESIDADE Flashcards

1
Q

Quais são os critérios diagnósticos da Síndrome Metabólica?

A

Pelo menos 3 dos seguintes:

Hipertensão: PA > 130/85
HDL: < 40 (homens) ou < 50 (mulheres)
Triglicerídeos: > 150
Obesidade abdominal: > 102 cm (homens) ou > 88 cm (mulheres)
Hiperglicemia: Jejum > 100 mg/dl

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2
Q

Como se define Hipertensão Arterial Sistêmica?

A

Níveis elevados e persistentes de PA com aumento do risco cardiovascular.

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3
Q

Qual a diferença entre HAS primária e secundária?

A

Primária: 90-95% dos casos, sem causa identificável.
Secundária: 5-10% dos casos, causada por outra condição.

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4
Q

Quais órgãos podem sofrer lesões por HAS (LOA)?

A

Coração
Cérebro
Retina
Rim
Vasculatura (arteriopatia/aorta)

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5
Q

Quais são os critérios diagnósticos para HAS?

A

Média de 2 medidas em pelo menos 2 consultas: PA > 140 x 90.
PA > 180 x 110 OU presença de LOA.
MAPA: Vigília > 135 x 85 | 24h > 130 x 80 | Sono > 120 x 70.
MRPA: > 130 x 80 (6 medidas diárias por 5 dias).

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6
Q

Quais as variantes de HAS?

A

HAS do Jaleco Branco: MAPA normal, PA elevada no consultório.
Efeito Jaleco Branco: Diferença de PAS ≥ 20 mmHg ou PAD ≥ 10 mmHg no consultório.
HAS Mascarada: PA normal no consultório, elevada no MAPA.

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7
Q

Qual a classificação da PA segundo níveis de PAS e PAD?

A

PA ótima: PAS < 120 e PAD < 80.
PA normal: PAS 120-129 e/ou PAD 80-84.
Pré-HAS: PAS 130-139 e/ou PAD 85-89.
Estágio 1: PAS 140-159 e/ou PAD 90-99.
Estágio 2: PAS 160-179 e/ou PAD 100-109.
Estágio 3: PAS > 180 e/ou PAD > 110.

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8
Q

Qual é a droga preferida em casos de HAS resistente?

A

Espironolactona como 4ª droga.

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9
Q

Qual a conduta no manejo de Pré-HAS?

A

Apenas mudanças no estilo de vida (MEV):
Redução de peso (mais eficaz).
Atividade física (30 min/dia).
Dieta DASH.
Redução de sódio (< 2g/dia).
Caso de alto risco ou idoso frágil: MEV + monoterapia.
Pergunta: Quais drogas são de 1ª linha para tratamento da HAS?
Resposta:

Diuréticos tiazídicos.
Bloqueadores dos canais de cálcio.
IECA/BRA.

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10
Q

Quais exames devem ser solicitados rotineiramente?

A

Urina 1
Potássio (K+)
Creatinina plasmática
Glicemia de jejum e HbA1c
Perfil lipídico (colesterol total, HDL, triglicerídeos)
Ácido úrico
ECG

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11
Q

Quais são os estágios da Retinopatia Hipertensiva?

A

Estreitamento arteriolar.
Cruzamento AV patológico.
Hemorragia/exsudato.
Papiledema.

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12
Q

Qual a diferença entre Nefroesclerose Hipertensiva Benigna e Maligna?

A

Benigna: Quadro arrastado, arteriosclerose hialina e hipertrofia da camada média.
Maligna: Quadro súbito, arteriosclerose hiperplásica (“bulbo de cebola”) e necrose fibrinoide.

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13
Q

Quais as características clínicas da HAS acelerada maligna?

A

Retinopatia grau III/IV associada à lesão renal.

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14
Q

Qual o mecanismo da encefalopatia hipertensiva?

A

Perda da autorregulação do fluxo cerebral, levando a hiperfluxo e edema cerebral.

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15
Q

Quais os principais sintomas da encefalopatia hipertensiva?

A

Cefaleia, náuseas, vômitos, confusão mental.

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16
Q

Qual exame deve ser feito para excluir AVC em suspeita de encefalopatia hipertensiva?

A

TC de crânio, que pode evidenciar edema em substância branca.

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17
Q

Qual método é recomendado para aferição da PA em consultório?

A

Aparelho automático com aferição pelo método oscilométrico, usando a artéria braquial.

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18
Q

Quando uma HAS é considerada resistente?

A

Quando há uso de 3 ou mais drogas otimizadas, incluindo diurético, sem controle da PA.

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19
Q

Quais fatores devem ser excluídos em suspeita de HAS resistente?

A

Pseudorresistência (má aderência ou efeito do jaleco branco).
HAS secundária.

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20
Q

Qual é a 4ª droga recomendada no tratamento de HAS resistente verdadeira?

A

Espironolactona.

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21
Q

Em quais situações devemos suspeitar de HAS secundária?

A

Início antes dos 30 anos ou após 50 anos.
HAS grave ou resistente.
Presença de lesão de órgão-alvo (LOA).

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22
Q

Quais são os achados clássicos do hiperaldosteronismo?

A

HAS + hipocalemia.

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23
Q

Quais exames confirmam hiperaldosteronismo?

A

Dosagem de aldosterona e atividade de renina plasmática.

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24
Q

Quais são os sinais clássicos de feocromocitoma?

A

Crises adrenérgicas (sudorese, cefaleia, palpitações, taquicardia) alternando com hipotensão.

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25
Quais exames confirmam o diagnóstico de feocromocitoma?
Catecolaminas e metanefrinas urinárias em 24 horas.
26
Qual é a conduta definitiva para feocromocitoma?
Cirurgia, precedida de bloqueio alfa (fenoxibenzamina) e, posteriormente, bloqueio beta.
27
Quais as indicações específicas para IECA/BRA?
Jovens e brancos. Nefropatas, diabéticos, ICC, IAM prévio, hiperuricemia (principalmente losartan).
28
Quais as indicações específicas para tiazídicos?
Negros e idosos. Pacientes com osteoporose.
29
Quais as indicações específicas para bloqueadores dos canais de cálcio?
Negros e idosos. Pacientes com FA ou doença arterial periférica.
30
Quais achados sugerem apneia do sono?
Ronco, sonolência diurna e obesidade.
31
Quais achados sugerem hiperaldosteronismo?
HAS resistente, hipocalemia, nódulo adrenal.
32
Quais achados sugerem feocromocitoma?
Cefaleia, sudorese, palpitações, hipertensão paroxística.
33
Quais achados sugerem hipertensão renovascular?
Sopro abdominal. Edema pulmonar súbito. Alterações da função renal após IECA/BRA.
34
Quais são os alvos terapêuticos da PA para diferentes grupos de risco?
Risco cardiovascular baixo/moderado: < 140 x 90. Risco cardiovascular alto (DM, SM, LOA): < 130 x 80. Idoso frágil: < 160 x 90.
35
Quais critérios diagnósticos são utilizados para confirmar HAS em consultório?
Média de 2 medidas em pelo menos 2 consultas: PA ≥ 140 x 90 mmHg. PA ≥ 180 x 110 mmHg com ou sem lesão de órgão-alvo.
36
Quais são os valores diagnósticos para HAS em MAPA e MRPA?
MAPA: Vigília: ≥ 135 x 85 mmHg. 24h: ≥ 130 x 80 mmHg. Sono: ≥ 120 x 70 mmHg. MRPA: ≥ 130 x 80 mmHg.
37
O que é a HAS do jaleco branco?
PA elevada no consultório, mas normal em MAPA/MRPA.
38
O que é a HAS mascarada?
PA normal no consultório, mas elevada no MAPA/MRPA.
39
Por que a HAS mascarada é preocupante?
Ela está associada ao dobro de eventos cardiovasculares em comparação com indivíduos
40
Qual o tratamento para HAS estágio 1?
Monoterapia. Em pacientes sem fatores de risco adicionais, é possível iniciar com 3-6 meses de MEV antes de introduzir medicamentos.
41
Quais são as drogas de 1ª linha para tratamento da HAS?
Diuréticos tiazídicos. Bloqueadores dos canais de cálcio. IECA/BRA.
42
Quando utilizar betabloqueadores no tratamento da HAS?
Apenas em casos específicos, como ICC, coronariopatia ou enxaqueca.
43
Quais são os principais efeitos adversos dos IECA/BRA?
IRA e hipercalemia (não usar se creatinina > 3 ou K > 5,5). Angioedema. Tosse (IECA, por aumento da bradicinina).
44
Quais são os efeitos adversos dos diuréticos tiazídicos?
4 hipos: volemia, natremia, calemia e magnesemia. 3 hipers: glicemia, lipidemia e uricemia (evitar em gota).
45
Quais efeitos adversos estão associados aos bloqueadores dos canais de cálcio?
Dipinas (vasosseletivos): cefaleia, edema em MMII. Verapamil e diltiazem (cardiosseletivos): bradiarritmias.
46
O que define uma emergência hipertensiva?
Aumento súbito e expressivo da PA (geralmente PAd > 120) associado a lesão aguda de órgão-alvo.
47
Quais são os objetivos de redução da PA na emergência hipertensiva?
Reduzir a PAM em 20-25% na 1ª hora. Nas próximas 2-6h: atingir ~160 x 100 mmHg. Nas próximas 24h: atingir ~135 x 85 mmHg.
48
Qual é a conduta na dissecção aórtica?
Redução brusca de FC e PA com betabloqueadores IV (ex.: esmolol) e nitroprussiato.
49
Cite 3 drogas intravenosas utilizadas em emergências hipertensivas.
Nitroprussiato, nitroglicerina, labetalol.
50
Qual é a diferença entre urgência e pseudocrise hipertensiva?
Urgência: Risco de lesão de órgão-alvo; tratar com medicação oral. Pseudocrise: Sem sintomas ou exames alterados; tratar com ansiolíticos/analgésicos.
51
Qual é a principal característica clínica da dissecção aórtica?
Dor torácica intensa e súbita irradiada para o dorso.
52
Quais exames confirmam a suspeita de dissecção aórtica?
Eco transesofágico, angio-TC, angio-RM.
53
Quando o tratamento cirúrgico é indicado na dissecção aórtica?
Stanford A: Sempre. Stanford B: Casos complicados.
54
Qual o risco do uso prolongado de nitroprussiato?
Intoxicação por cianeto.
55
Quais são os alvos lipídicos no tratamento da dislipidemia?
TG < 150 mg/dL. HDL > 40 mg/dL. LDL: Depende do risco cardiovascular.
56
Quais medicamentos são indicados para reduzir o LDL em pacientes de alto risco?
Estatinas, ezetimiba, inibidores de PCSK9.
57
Quando considerar o uso de fibratos?
Triglicerídeos > 500 mg/dL.
58
Quais os critérios diagnósticos para diabetes?
Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL. Glicemia 2h pós-TOTG ≥ 200 mg/dL. HbA1c ≥ 6,5%. Glicemia ≥ 200 mg/dL + sintomas.
59
Qual a diferença entre os fenômenos do alvorecer e Somogyi?
Alvorecer: Hiperglicemia matinal por aumento de contrainsulínicos. Somogyi: Hipoglicemia noturna seguida de hiperglicemia matinal de rebote.
60
Cite as principais complicações microvasculares do DM.
Retinopatia, nefropatia e neuropatia.
61
Qual é o esquema inicial de insulinoterapia para DM1?
0,5-1 U/kg/dia, com 50% basal (NPH ou glargina) e 50% prandial (regular ou ultrarrápida).
62
Qual a droga de primeira escolha no DM2?
Metformina.
63
Quais medicações têm benefícios cardiorrenais no DM2?
Inibidores de SGLT2 (ex.: empagliflozina) e análogos de GLP-1 (ex.: liraglutida).
64
Quando iniciar insulina diretamente no DM2?
HbA1c > 10%. Glicemia > 300 mg/dL. Sintomas de hiperglicemia. Gestação. Estresse agudo (infecção, cirurgia).
65
Quais são os tipos de retinopatia diabética?
Não proliferativa e proliferativa.
66
Qual exame é usado para rastreamento de retinopatia?
Fundoscopia anual.
67
Cite achados da retinopatia não proliferativa.
Microaneurismas, exsudatos duros, hemorragias em chama de vela, exsudatos algodonosos.
68
Quais são as comorbidades endócrinas associadas à obesidade?
Resistência insulínica, diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e dislipidemia.
69
Quais as principais alterações cardiovasculares associadas à obesidade?
Hipertensão arterial sistêmica (HAS), insuficiência cardíaca congestiva (ICC), doença arterial periférica (DAP), fibrilação atrial (FA) e insuficiência venosa.
70
Quais as complicações respiratórias comuns em obesidade?
Dispneia e apneia do sono.
71
Como calcular o índice de massa corporal (IMC)?
IMC = Peso (kg) ÷ Altura² (m²).
72
Quais os valores de IMC para classificação da obesidade grau I, II e III?
Grau I (leve): 30 – 34,9 Grau II (moderada): 35 – 39,9 Grau III (mórbida): ≥ 40
73
Qual é o tratamento inicial indicado para obesidade?
Mudanças no estilo de vida com dieta e exercícios físicos, recomendados para todos com sobrepeso ou obesidade.
74
Quais as indicações para tratamento medicamentoso da obesidade?
IMC ≥ 30. IMC ≥ 27 com comorbidades associadas, após falha no tratamento clínico.
75
Qual o mecanismo de ação do orlistat no tratamento da obesidade?
O orlistat reduz a absorção de gordura no trato gastrointestinal, ajudando na perda de peso.
76
Quais são as principais indicações para cirurgia bariátrica?
IMC ≥ 40. IMC ≥ 35 com comorbidades (DM2, apneia do sono, HAS). IMC ≥ 30 em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 grave.
77
Quais são os pré-requisitos necessários para cirurgia bariátrica?
Falha no tratamento clínico por pelo menos 2 anos. Paciente psiquiatricamente estável, sem uso de álcool ou drogas ilícitas (> 6 meses). Motivação e compreensão dos riscos e sequelas do procedimento.
78
Quais são os dois tipos principais de cirurgias bariátricas?
Restritivas: Banda gástrica ajustável e gastrectomia vertical (sleeve). Mistas: Bypass gástrico em Y de Roux, derivação biliopancreática (Scopinaro) e duodenal switch.
79
Quais as vantagens da gastrectomia vertical (sleeve)?
Alta perda de peso. Transformável em bypass gástrico, se necessário. Permite avaliação endoscópica (EDA).
80
Qual a principal desvantagem do bypass gástrico em Y de Roux?
Estômago excluso de difícil acesso, dificultando a detecção de neoplasias e úlceras.
81
Quais as principais complicações nutricionais associadas ao duodenal switch?
Desmineralização óssea e aumento da frequência de evacuações e flatulência com odor fétido.
82
Quais condições relacionadas à obesidade foram especificadas como indicações para cirurgia?
IAM, angina, ICC, AVC, HAS com FA, cardiomiopatia dilatada, esteatose hepática, hérnia de disco, entre outras.
83
Qual é a idade mínima para cirurgia bariátrica no Brasil?
Maiores de 18 anos. Jovens entre 16 e 18 podem ser operados com precauções especiais, como a presença de pediatra na equipe e consolidação das cartilagens epifisárias.
84
Quais são os efeitos adversos do uso de sibutramina no tratamento da obesidade?
Taquicardia, insônia, agitação e aumento do risco cardiovascular, especialmente em pacientes com hipertensão descontrolada.
85
Quando o uso de liraglutida (análogo de GLP-1) é indicado?
Para pacientes com IMC ≥ 30 ou IMC ≥ 27 com comorbidades, principalmente na presença de resistência insulínica ou DM2.
86
Quais são as complicações mais comuns associadas à gastrectomia vertical (sleeve)?
Fístula no ângulo de Hiss, refluxo gastroesofágico (DRGE) e hemorragias no pós-operatório.
87
Quais complicações nutricionais podem ocorrer após a cirurgia de Scopinaro?
Deficiência de vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K), anemia ferropriva, anemia megaloblástica (deficiência de vitamina B12) e hipoproteinemia.
88
Quais são as contraindicações absolutas para cirurgia bariátrica?
Uso ativo de drogas ou álcool. Transtornos psiquiátricos graves não controlados. Incapacidade de compreender os riscos e benefícios da cirurgia.