SINDROME ALGICA Flashcards

1
Q

Em um paciente com dor abdominal e quadro de encefalopatia quais os dois grupos de patologias que preciso pensar?

A

Intoxicação: exposição?

Metabólico: familiar? Fator precipitante?

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2
Q

Em um paciente com dor abdominal e quadro de febre qual o diagnóstico que eu devo logo pensar?

A

Infecção

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3
Q

Qual a causa mais comum de dor abdominal e que precisa ser sempre excluída?

A

Apendicite aguda

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4
Q

Nas úlcera duodenal perfurada qual sinal você vê no raio x em até 75% dos casos?

A

Pneumoperitônio

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5
Q

Quais as quatro condições com maior potencial de gravidade num paciente que chega na emergência com quadro de dor abdominal?

A

PIOR

Pancreatite aguda (manejo clínico inicialmente)
Isquemia mesenterica
Obstrução intestinal
Rupturas

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6
Q

Quais são as três grandes indicações cirúrgicas no abdome agudo?

A

Peritonite, isquemia e obstrução total

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7
Q

Onde se encontra o apêndice no exame físico?

A

No ponto de Mcburney

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8
Q

Qual a diferença entre pancreatite aguda leve e grave?

A

Leve: intersticial ou edematosa
Restrita ao pâncreas com evolução clínica favorável

Graves: necrosante
Acomete tecidos peripancreaticos. Pode evoluir com complicações locais e sistêmicas

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9
Q

Porque a mortalidade da pancreatite é dada de forma bimodal?

A

Há a mortalidade precoce (relacionada ao processo inflamatório sistêmico) e a mortalidade tardia (relacionada aos desdobramentos das complicações locais da pancreatite)

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10
Q

Quais as causas de pancreatite aguda? E qual a principal?

A

Litíase biliar (principal)

Álcool

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11
Q

Pacientes com pelo menos um cálculo menor que 5mm tem risco 4x maior de desenvolver pancreatite do que aqueles com cálculos maiores. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro. Há inclusive relatos de pancreatite associado a lama biliar

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12
Q

Qual principal fator etiológico encontrado na pancreatite crônica?

A

Álcool

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13
Q

O que é pâncreas divisum?

A

Ausência de fusão entre as porções central e dorsal do pâncreas ficando uma grande porção do pâncreas (corpo e cauda) sendo drenado pelo ducto de santorini (pequeno) justificando os episódios de pancreatite de repetição

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14
Q

Qual a neoplasia mais relacionada a pancreatite?

A

Neoplasia intraductal mucinosa

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15
Q
Causa rara de pancreatite aguda: 
a) isoniazida 
B) colelitiase
C) estrógeno 
D) picada de escorpião 
E) uso de álcool
A

D

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16
Q

Níveis elevados de IgG circulante + tumoração inexplicado da cabeça do pâncreas + estenose do ducto pancreático

A

Pancreatite autoimune linfoplasmocitica

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17
Q

Como é a clínica da pancreatite aguda?

A

Dor abdominal intensa, localizado no epigástrico como dor em barra, que irradia para o dorso associada a náusea e vômito (mesmo após estômago ter esvaziado)
Pode haver febre

Dor de início súbito constante que alivia quando se inclina pra frente ou quando assume posição genupeitoral

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18
Q

Quando você passa uma sonda nasogástrica e o paciente continua vomitando quais as duas condições devemos pensar?

A

Pancreatite e obstrução intestinal

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19
Q

A febre inicial da pancreatite aguda se deve a infecção?

A

Não. Se deve a resposta sistema inflamatória

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20
Q

O que são sinais de Cullen e Grey Turner? Em qual patologia eles são descritos? São patognomônico?

A

Alteração cutânea representada por necrose gordurosa subcutânea (paniculite)
Grey Turner: equimose em flanco
Cullen: equimose periumbilical

Não são patognomônico

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21
Q

O que é retinopatia de Purtscher?

A

Complicação incomum da pancreatite caracterizada pela perda rápida da visão. Na fundoscopia encontra-se exsudaria algonodosos e hemorragias

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22
Q

Em relação a amilase e lipase: elas alteram em qual patologia abdominal? Qual mais específica? Qual valor para diagnóstico?

A

Pancreatite aguda. Lipase é mais específica por permanecer mais tempo alterada e não elevar por tantas condições como a amilase

Aumento 3x do valor normal

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23
Q

Amilase e lipase se correlacionam com prognóstico?

A

Não

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24
Q

Qual a rotina de exame de imagem para pancreatite aguda?

A

USG: deve ser pedido sempre para todo paciente com pancreatite para identificar se há presença de litíase biliar

TC: com contraste; padrão ouro para diagnóstico. Deve ser solicitada 48-72hrs depois do início do sintomas (se pedir antes, repetir depois. Alterações)

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25
Q

O que mostra uma TC de pancreatite aguda?

A

A TC mostra se há necrose de parênquima hepático, se há aumento difuso ou localizado do órgão, presença ou não de coleções e se há bordamento da gordura perirrenal e peripancreatica

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26
Q

Qual critério diagnóstico para pancreatite?

A

2 de 3 dos seguintes:

1) Dor abdominal em bares com náuseas e vômitos
2) Amilase ou Lipase (3x do valor da normalidade)
3) Tomografia (principal) e USG (colelitiase)

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27
Q

Quais os critérios de Ranson que fazem parte na admissão e nas primeiras 48hrs? Qual a pontuação para considerar um quadro grave?

A
Leucicitose 
Enzimas (AST)
Glicose 
Anos (idade) 
LDH
Fluido (perda) 
Excesso de base 
Cálcio sérico 
Hematócrito (queda) 
O2 (pao2)
Ureia 

A partir de 3 pontos já è considerado quadro grave

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28
Q

Qual a vantagem do APACHE sobre o RANSON e vice versa?

A

Apache você pode estimar a gravidade a qualquer momento porém não pode ser aplicado em qualquer lugar (somente nos pacientes de UTI)

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29
Q

O que é escala BISAP?

A

É um critério para estimar a gravidade da pancreatite aguda. Se e ser avaliado nas primeiras 24hrs

BUN
Rebaixamento de nível de consciência (Impaired mental status)
SIRS
Idade (Age)
Derrame pleural na radiografia (Pleural effusion)

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30
Q

Pancreatite aguda com evolução laboratorial de PCR >150mg/mL por mais de 48hrs é o que?

A

Sinal de gravidade

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31
Q

Explique o critério de Atlanta modificado

A

Pancreatite leve: sem falência orgânica ou complicação

Pancreatite moderadamente grave: falência orgânica transitória <48hr ou complicação local isolada

Pancreatite grave: falência orgânica persistente

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32
Q

Qual tratamento da pancreatite aguda leve?

A

Tratamento de suporte. Repouso, analgesia (opioides) e infusão de líquidos e eletrólitos

Zerar dieta e reintroduzir VO depois de 3/4 dias

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33
Q

Qual tratamento da pancreatite grave?

A

Ressuscitação volêmica vigorosa com ringer lactato nas primeiras 24hre

Internação na uti com monitorização hemodinâmica invasiva (achado de síndrome da resposta inflamatória sistêmica: aumento do índice cardíaco e diminuição da RVS)

Atb quando diagnosticado pancreatite necrosante infectada: cabarpenemico (imipenem)

Suporte nutricional

Considerar abordagem das vias biliares

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34
Q

Sobre complicações da pancreatite aguda: coleção fluida aguda

A

O pâncreas fica “babando” secreção para suas imediações que podem ser infectadas

Nenhum tratamento específico recomendado. Na suspeita de infecção realizar punção percutânea guiada e se confirmada Atb venosos

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35
Q

Sobre complicações da pancreatite aguda: necrose pancreática e peripancreatica

A

Áreas “mortas” no interior do órgão ou em torno dele (tecido peripancreatico) que podem ser estéril ou infectado

A área infectada é a complicação mais temida (tem origem de translocacao bacteriana - febre e leucocitose)

Tratamento conservador. Se infectada: laparotomia com realização de necrosectomia associada a Atb sistêmico

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36
Q

Sobre complicações da pancreatite aguda: pseudocisto pancreático e abscesso pancreático

A

Coleção fluida aguda, rica em suco pancreático. Forma-se uma parede em torno do líquido (amilase acima do tempo esperado) - USG para diagnosticar! E massa palpável do exame físico

Abscesso é quando há infecção (complicação tardia): febre, leucocitose, ileo adinâmico, massa palpável, níveis flutuantes de amilase e rápida deterioração

Minimamente sintomáticos e sem associação a álcool: acompanhados via USG / outros devem ser abordados

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37
Q

Numa pancreatite biliar quais os passos antes da alta hospitalar?

A

colecistectomia videolaparoscopia:
Se leve: na mesma internação
Grave: após 6 semanas

Paciente com dor controlada e alimentação normal

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38
Q

Quais as principais etiologias da pancreatite crônica?

A

Álcool em adultos

Fibrose cística em crianças

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39
Q

Qual quadro clínico da pancreatite crônica?

A

Dor progressiva, esteatorreia, deficiência de vitamina (ADEK), diabetes mellitus.

Pode haver icterícia ou colangite e obstrução (se apresenta parecido com tumor periampular)

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40
Q

Como se faz o diagnóstico para pancreatite crônica?

A

História clínica. Amilase e lipase não estarão alteradas nesse contexto. O histopatologia fecha diagnóstico

A Tc pode ter alguns achados como ducto dilatado, atrofia parenquimatoso e calcificações e o ultrassom endoscópico é o padrão ouro

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41
Q

Como se classifica a pancreatite crônica ?

A

Se há ou não dilatação ductal

Dilatado: mais comum em homem. Doença dos grandes ductos. Maior presença de esteatorreia e diabetes. Calcificações presentes. Diagnóstico mais fácil e tratamento voltado a descompressão do ducto

Não dilatado: mais comum em mulheres. Doença de pequenos ductos e menos presença de disfunções orgânicas. Rara calcificação.
Mais difícil de manejar

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42
Q

O tabagismo não possui uma correlação com o surgimento de pancreatite crônica. Verdadeiro ou falso

A

Falso. Tabagismo é o maior fator de risco quando associado ao álcool

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43
Q

Qual a principal causa de abdome agudo em um ser humano? (Kk)

A

Apendicite aguda

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44
Q

Quais são as principais causas de apendicite aguda no adulto e na criança?

A

Adulto: fecalito

Criança: hiperplasia linfoide

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45
Q

Quais as possíveis complicações da apendicite aguda?

A

Necrose e perfuração (48hrs depois) podendo causar um abscesso localizado (periapendicular) até peritonite generalizada

46
Q

Como é a característica da dor da apêndice aguda?

A

Dor que inicia na região periumbilical (relacionada a distensão do apêndice - peritoneo visceral) que evolui para dor em FID (relacionada a informação - peritoneo parietal)

47
Q

Qual os germes mais comumente associados a apendicite aguda perfurada?

A

Bacteroides fragilis (anaeróbico) e E. coli (aeróbio/anaeróbio facultativo)

48
Q

Qual quadro clínico da apendicite aguda?

A

Dor periumbilical que migra pra FID

Anorexia*, náuseas, vômitos, disuria e febre

49
Q

Cite três sinais semiológicos que podem estar positivo na apendicite aguda

A
Blumberg
Sinal de Dunphy
Sinal de Rovsing
Sinal de Lenander
sinal do Obturador
Etc
50
Q

Em quais grupos não se pode esperar um padrão clássico na apendicite aguda?

A

Idosos, crianças, gestantes e obesos mórbidos

51
Q

Como é o diagnóstico da apendicite aguda?

A

O diagnóstico é clínico (alta probabilidade)
Laboratório para sugerir perfuração (leuco > 20k) e excluir doenças genitourinarias

Probabilidade intermediária ou duvidosa (criança, mulher é idoso): mulher idade fértil/criança: USG e outros: TC | se mantém dúvida: RNM

Suspeita de complicação: Imagem

52
Q

Quais os achados nos exames de imagem (TC e USG) na apendicite aguda?

A

Usg: espessamento da parede, >7mm, aspecto em alvo e aumento da vascularização

TC: >=7mm, espessamento da parede, borramento da gordura perpendicular, abscesso e apendicolito

53
Q

Quais as principais complicações da apendicectomia?

A

Infecção de sítio cirúrgico (mais risco na aberta) e obstrução intestinal

54
Q

Qual tratamento da apendicite aguda?

A

SIMPLES:
menos de 48hr e sem complicações

Hidratação + correção dos DHE + antibiótico profilaxia + apendicectomia (vídeo ou aberta quem escolhe è o cirurgião)

TARDIA:
>48hr ou complicada (massa)
Exame de imagem! USG ou TC

1) exame normal: tratar como simples
2) abscesso: ATB + drenagem de abscesso + colono 4-6 semanas +- apendicectomia tardia (6-8sem)

Se complicar com:
FLEIMÃO: ATB + colono (4-6sem) +- apendicectomia

PERITONITE DIFUSA: cirurgia de urgência + ATB

55
Q

O que è apendicite epiploica (apendagite)?

A

Principal diagnóstico diferencial da apendicite aguda.

Massa de aspecto gorduroso e inflamado junto ao cólon no usg.
É a torção da massa em seu próprio eixo que causa dor em FID. A evolução è benigna e o tratamento è analgesia e aguardar a involução espontânea (1-2sem)

56
Q

Quais as características da doença do reticular dos cólons?

A

Presença de diverticulos nos colons. Pacientes geralmente idosos com predomínio dos diverticulos em sigmoide e sem clínica.

57
Q

O que é divertículo de Meckel e quais são suas principais complicações?

A

Diverticulo oriundo do fechamento incompleto do saco vitelínico. Anomalia congênita mais comum do trato digestivo. Geralmente assintomáticos. Mas podem complicar com obstrução intestinal, sangramento (mais comum) e diverticulite - geralmente menores de 10 anos

58
Q

Qual a regra de dois para diverticulo de Meckel?

A

Incidência de 2% pode apresentar 2 tipos de mucosa ectopica (gástrica e pancreática) está localizado a 2 pés (45-60cm) da válvula ileocecal e apresenta 2 polegadas de comprimento

59
Q

Qual a definição de diverticulite?

A

A inflamação pericolica do diverticulo causada por perfuração de um ou mais diverticulo

60
Q

Quais as manifestações da diverticulite?

A

Dor no quadrado inferior esquerdo “apendicite do lado esquerdo” / dor há alguns dias e quadro de recorrência

Alteração de hábito intestinal, febre com calafrio e urgência urinária

61
Q

Descreva a classificação de Hinchey para diverticulite

A

0: diverticulite não complicada
1: abscesso pericolico ou mesenterico
1a: inflamação confinado a região pericolica (fleimão)
1b: abscesso pericolico
2: abcesso pélvico
3: peritonite purulenta generalizada
4: peritonite fecal generalizada

62
Q

Como se da o diagnóstico de diverticulite?

A

O diagnóstico pode ser clínico: história compatível + exame físico.

Em casos de dúvida pedir TC!

Evitar colono e ENEMA que podem gerar micro perfurações pelo aumento da pressão

63
Q

Quais os achados da TC na diverticulite?

A

Espessamento da parede colonica >4mm; abscessos peridiverticulares; fístulas e coleções líquidas intra abdominais

64
Q

Qual principal diagnóstico diferencial da diverticulite?

A

Câncer de retossigmoide

65
Q

Qual tratamento da diverticulite não complicada? (Estágio I de Hinchey) quando se deve operar esses pacientes?

A

Sintomas mínimos: dieta sem resíduos + ATB oral - tratamento ambulatorial

Sintomas exuberantes: dieta zero + hidratação IV + ATB IV - internação

  • operar se: imunodeprimido, fístula e incapaz de excluir CÁ

ATB: cipro + metro de 7 a 10 dias

66
Q

Qual tratamento da diverticulite complicada? (Estágio I/II e III/IV de Hinchey)

A

1) Com abscesso >4cm (estágio I/II): drenagem + ATB + Colono + cirurgia eletiva *)
* retossigmoidectomia com anastomose primária
2) Peritonite/obstrução (estágio III/IV): Cirurgia de urgência - retossigmoidectomia a Hartmann + ATB

Você pode tentar lavagem laparoscópica em Hinchey III

67
Q

Cite a abordagem conservadora para pacientes com recidiva de diverticulite?

A

Uso de anti-inflamatórios de ação na mucosa intestinal (mesalazina) associando ou não a probiótico

68
Q

Na complicação da diverticulite qual a fístula mais comum formada?

A

Para bexiga / fístula sigmoide-vesical

69
Q

Quais artérias são responsáveis pela irrigação intestinal?

A

Tronco celíaco + artéria mesenterica superior + artéria mesenterica inferior

70
Q

Quais as áreas mais propensas no cólon a fazer isquemia?

A

As pobres em circulação colateral representadas pela flexura esplênica (de Griffiths) e a junção retossigmoide (área de sudeck)

71
Q

Quais as três principais síndromes de isquemia intestinal?

A

Isquemia colonica (70-75%)
Isquemia mesenterica aguda (20-25%)
Isquemia mesenterica crônica (5%)

72
Q

Quais os três espectros da isquemia colônica?

A

Isquemia transitória, isquemia crônica e gangrena

73
Q

Qual é o principal grupo de pacientes acometidos pela isquemia colonica? E qual a principal causa?

A

Idosos (>90% dos casos não iatrogênicos)

Principal causa é a doença aterosclerótica, hipotensão e cirurgias de aorta

74
Q

Qual quadro clínico do paciente com isquemia colônica? Quais as áreas mais acometidas?

A

Colite - febre, dor, diarreia mucosanguinolenta, distensão, acidose

Pode apresentar peritonite se houver perfuração

Junção do retossigmoide e na flexura esplênica

75
Q

Qual primeiro exame solicitado na suspeita de isquemia colonica? E os achados de cada?

A

Radiografia de abdome:
Pode ser encontrado ileo paralítico,
Distenção colonica ou achado mais específico > sinal das impressoes digitais (thumbprint)

Retossigmoidoscopia flexível: mucosa inflamada

76
Q

Qual tratamento da isquemia colônica?

A

Tratamento de suporte.

Tratamento cirúrgico (colectomia parcial ou total) está indicado quando:
- peritonite, hemorragia, colite fulminante ou refratário

77
Q

Quais as principais complicações da isquemia colônica? E qual seguimento para esses pacientes após alta?

A

Estenose e isquemia segmentar crônica

Solicitar
Colonoscopia para descartar DII e neoplasia colonica

78
Q

Qual a principal artéria acometida na isquemia mesenterica aguda?

A

Artéria mesenterica superior

79
Q

Quais os fatores de risco para que um jovem desenvolva isquemia mesenterica aguda?

A

HIpercoagubilidade e uso de cocaína

80
Q

Qual quadro clínico da isquemia mesenterica aguda?

A

Dor abdominal intensa + exame normal + fatores de risco (cardiopatia, FA..)

81
Q

Correlacione a causa com os achados mais comuns da isquemia mesenterica aguda

A

Embolia: dor desproporcional ao exame físico / FA, IAM Recente *

Vasoconstriccao: isquemia não oclusiva / ICC grave, sepse, vasoconstrictor, cocaína

Trombose arterial: paciente vascular (arteriosclerose) / insuficiência vascular periférica

Trombose venosa: HIpercoagubilidade / trombofilias, policitemia vera, hipertensão porta

  • mais cobrado
82
Q

Em um paciente com TC mostrando pneumatose intestinal num contexto de oclusão intestinal deve-se pensar em que doença?

A

Isquemia intestinal

83
Q

Qual quadro clínico da embolia de artéria mesenterica?

A

Dor SÚBITA, em cólica na região periumbilical, desproporcional ao exame físico e temperatura retal menor que a axilar

Taquipneia, ofegante, irritação peritoneal (sinal tardio), acidose metabólica

84
Q

Como diagnóstica a Isquemia Mesenterica aguda!?

A

Mais comum: angioTC
Raio x: pneumatose (tardio)
Padrão ouro: Angiografia: oclusão arterial sem colaterais (sinal de menisco)

85
Q

Quais os achados na angiografia para cada uma das causas de isquemia mesenterica aguda?

A

Embolia: oclusão arterial sem colateral
Isquemia não oclusiva: tudo estreitado
Trombose arterial: oclusão arterial com colateral
Trombose venosa: tudo congesto

86
Q

Qual tratamento para a causa embolica de isquemia mesenterica aguda?

A

Restaurar fluxo vascular + avaliar alça

1) Heparinizacao (evitar progressão da doença) + laparotomia + embolectomia/trombectomia + avaliar alça (ressecar se necessário)
2) Pós Op: papaverina (evitar vasoespasmo)

87
Q

Como tratar a isquemia mesenterica aguda de causa arterial (trombose) e venosa (trombose)?

A

Restaurar fluxo vascular + avaliar alça

1) Heparinizacao (evitar progressão da doença) + laparotomia + embolectomia/trombectomia + avaliar alça (ressecar se necessário)
2) Pós Op: papaverina (evitar vasoespasmo)

88
Q

Qual tratamento da isquemia mesenterica aguda que a causa é vasoconstriccao (não oclusiva)?

A

Papaverina intra arterial (reestabelecer vascularização)
Se complicar: laparotomia
Cirurgia: retratario/irritação peritoneal

89
Q

Qual a principal causa de isquemia mesenterica crônica? A doença é mais comum em quem?

A

Aterosclerose. Mais comum em mulheres idosas com história de tabagismo

90
Q

Qual quadro clínico clássico da isquemia mesenterica crônica?

A

Emagrecimento, caquexia (medo de se alimentar pela dor), dor abdominal após refeição e doença aterosclerotica

91
Q

Como é feito o diagnóstico de isquemia mesenterica crônica?

A

Pela angiografia mesenterica (arteriografia é o padrão ouro)

92
Q

Qual tratamento para isquemia mesenterica crônica?

A

Revascularização (derivação aortica e ilíaca)
Jovens: cirurgia
Idoso ou comorbidade: stent

93
Q

Qual quadro clínico da ruptura de aneurisma de aorta abdominal?

A

Dor abdominal difusa ou localizada (ou dor lombar), Hipotensão e massa pulsátil na barriga

94
Q

Quais as três condições metabólicas que devem ser lembradas nos quadros de abdome agudo?

A

Porfiria intermitente aguda, cetoacidose diabética e insuficiência suprarrenal aguda

95
Q

O que é porfiria e qual a causa da porfiria intermitente aguda?

A

Porfiria é um distúrbio na síntese da porfiria do HEME.

a PIA é a deficiência de HMB Sintase que provoca o acúmulo de ALÁ e PBG que na presença de precipitantes:álcool, tabagismo, medicamentos, infecções, cirurgias e chumbo podem abrir o quadro

96
Q

Qual quadro clínico da porfiria aguda intermitente?

A
São surtos:
Dor abdominal (acompanhado de hiperperistaltismo) e distensão abdominal
Hiperatividade, HÁS
Neuropatia periférica: DDX Guiana barret
Crises convulsivas
Sintomas psiquiátricos
97
Q

Como confirmar o diagnóstico de porfiria aguda intermitente?

A

Inicial: disse PBG e ALA urinário (>50/dia e 20mg/dia respec) ocorre um escurecimento da urina! Arroxeada

Pode realizar teste genético

98
Q

Como tratar o paciente com porfiria aguda intermitente?

A
Suspende fatores preciptantes 
Administrar carboidratos (soro glicosado hipertônico a 10%) ou gene (hematoma ou arginato de heme)
99
Q

Quando pensar em porfiria cutânea tarda?

A

Paciente com deficiência de uroporfirinogenio descarboxilase. Paciente com lesões por exposição ao sol e anemia

100
Q

O que é Saturnismo?

A

Intoxicação pelo chumbo. Geralmente mineradores, baterias, indústria automobilista, tinta… etc

101
Q

Quais as manifestações clínicas do saturnismo?

A

Dor abdominal, anemia com pontilhados basófilicos, distúrbios psiquiátricos, encefalopatia, linha gengival azulada (linha gengival de burton)

102
Q

Como é feito o diagnóstico de intoxicação por chumbo? E o tratamento?

A

História ocupacional + dosagem de chumbo sérico (a partir de 25mcg/dl)

Tratamento eh interromper a exposição e quem antes de chumbo: dimercaprol, DMSA, EDTA
O uso de vitamina C Tem mostrado bons resultados

103
Q

O que é sinal de Carnett e sinal de Fothergill?

A

Carnett: dor desaparece com a contração abdominal - diferenciar dor da parede de dor visceral

Fothergill: maior exposição da massa ao contrair a musculatura do abdome

104
Q

Qual agente etiológico da febre tifoide? E como é sua transmissão?

A

Salmonela tiphy ou paratiphy (menos grave)

Transmissão oral fecal

105
Q

Qual os fatores de risco para a febre tifoide e qual prefirido de infecção da bactéria?

A

Carga elevada e hipocloridria

Ileo (placas de peyer
- Protegidos do sistema imune) e depois dissemina para medula, baço e fígado

106
Q

Descreva o quadro clínico e complicações da febre tifoide

A

Período de incubação 5-12 dias
1-2 sem: bacteremia!
Sinal de faget, febre, dor abdominal

2-3 sem: hiperreatividade
Rash (roséola tifica), hepatoesplenomegalia (+3sem) torpor

Sangramento (+comum) e perfuração (ileal, + grave) são complicações que dão na 3 semana

4 semana: convalescência
<5% vira portador crônico
Maior risco: colelitiase (a salmonela se deposita tb na vesícula)

107
Q

Qual grupo possui maior risco de fazer um quadro de febre tifoide crônica?

A

Mulher adulta com doença biliar prévia

108
Q

Qual sinal semiológico fala a favor de perfuração?

A

Hipertimpanismo pré hepático : sinal de jobert

109
Q

Como fazer o diagnóstico de febre tifoide?

A

Cultura: mielocultura (+sensível)
Biopsia: roséola / placas de peyer
Sorologia/PCR: geralmente não muito confiável

110
Q

Qual tratamento da febre tifoide?

A

Ceftriaxone ou cipro/Azitromicina

MS;
Cloranfenicol

Dexametasona: indicado em casos de
Choque (pct grave)

Crônico: também se trata com Atb