Sinais e Sintomas do sistema respiratório Flashcards
Qual a ordem para Anamnese(segundo o porto)?
1)Identificação(nome,idade,sexo/gênero,cor/etnia,estado civil,profissão,local de trabalho,naturalidade,procedência,residência,nome da mãe, nome do responsável , cuidador e/ou acompanhante, religião,filiação à órgãos /instituições previdenciárias e plano de saúde))
2) Queixa principal
3) Histórico de doença atual
4)Interrogatório sintomatológico.
5) Antecedentes pessoais fisiológicos
6) Antecedentes pessoais patológicos(história patológica pregressa) - ex:cirurgias, diabetes, hipertensão…
7) Antecendentes familiares: duas perguntas obrigatórias –> alguém na familia com quadro semelhante ao paciente , História de câncer na família.
8) Hábitos e estilo de vida: duas perguntas obrigatórias : Hábitos tabagistas e etilistas.
9) Condições socioeconômicas e culturais. –> se o paciente tem rede de esgoto e água tratada em casa ex: hepatite A.
O que buscar a partir do sintoma guia DOR?
1) Quando iniciou a dor
2) se a dor foi de início súbito ou gradativo
3) Fator desencadeante da dor /ou não teve fator desencadeante
4) Definir localização da dor e se ela irradia para algum lugar.
5) Definir a intensidade da dor
6) Localizar a frequência da dor
7) Definir o tipo de Dor
8) Definir se existe fatores de melhora ou piora da dor
9) Investigar se existem sintomas associados à dor
10) registra a EVOLUÇÃO da dor
11) Saber como está a situação ATUAL da dor no momento da Anamnese.
Os principais sintomas e sinais das afecções do aparelho respiratório são:(9)
dor torácica, tosse, expectoração, hemoptise, vômica, dispneia, sibilância, rouquidão e cornagem
Defina dois fatores importantes de questionar em relação aos hábitos de vida.
O tabagismo apresenta relações diretas com a bronquite, a asma, o enfisema e o carcinoma brônquico.
O etilismo é fator decisivo na eclosão de determinadas pneumonias, como as causadas pela Klebsiella. Pacientes que fazem da nebulização um hábito, e não um método terapêutico, correm maior risco de exacerbar a atividade de certas bactérias, particularmente as do grupo Pseudomonas-Aerobacter. Superdose de heroína provoca edema pulmonar.
**** Se o paciente for tabagista, o que convém questionar?
A grande maioria dos portadores de DPOC são ou foram tabagistas, com consumo de 20 anos/maço (um maço por dia por pelo menos 20 anos).
seis cigarros artesanais correspondem a 20 cigarros industrializados
Se o paciente for tabagista, convém coletar uma história detalhada para determinar o grau de dependência e obter informações que possam ajudá-lo a parar de fumar.
Sempre se deve indagar quantos cigarros fuma por dia, quando iniciou o hábito, se já interrompeu o uso e quanto tempo parou. Verificar tentativas de cessação, tratamentos anteriores, com ou sem sucesso, recaídas e prováveis causas, sintomas de abstinência, formas de convivência com outros fumantes e em quais situações fuma por condicionamento.
A grande maioria dos portadores de DPOC são ou foram tabagistas, com consumo de 20 anos/maço (um maço por dia por pelo menos 20 anos).
Sintomas respiratórios que indicam doença brônquica com um consumo menor de 20 anos/maço (p. ex.,S anos/maço) não sugere DPOC como causa do problema, a não ser que o paciente seja portador de alguma anormalidade genética (deficiência de alfa-1-antitripsina), quando nem é preciso fumar para desenvolver a doença
Para o cálculo da carga tabágica (anos/maço), multiplique o número de cigarros fumados por dia pelo tempo de tabagismo em anos e divida por 20. Para o cálculo em pacientes que fumam cigarro artesanal, recomenda-se considerar que seis cigarros artesanais correspondem a 20 cigarros industrializados
Como é calculada a carga tabágica?
Para o cálculo da carga tabágica (anos/maço), multiplique o número de cigarros fumados por dia pelo tempo de tabagismo em anos e divida por 20. Para o cálculo em pacientes que fumam cigarro artesanal, recomenda-se considerar que seis cigarros artesanais correspondem a 20 cigarros industrializados
Para o cálculo da carga tabágica, utiliza-se o número de cigarros consumidos por dia, dividido por 20 (1 maço = 20 cigarros) e multiplicado pelo número de anos em que o paciente fumou. Exemplo: O paciente fumou 30 cigarros por dia durante 15 anos - 30/20 x 15 = 22,5 anos-maço.
A tosse é o mais significativo e frequente sintoma respiratório.
Consiste em uma inspiração rápida e profunda, seguida de fechamento da glote, contração dos músculos expiratórios, principalmente o diafragma, terminando com uma expiração forçada, após abertura súbita da glote. A última parte da tosse- a expiração forçada- constitui um mecanismo expulsivo de grande importância para as vias respiratórias
A tosse é um mecanismo de defesa das vias respiratórias, as quais reagem aos irritantes ou procuram eliminar secreções anormais, sempre com o objetivo de se manterem permeáveis. Contudo, ela pode tornar-se nociva ao sistema respiratório, em virtude do aumento da pressão na árvore brônquica, que culmina na distensão dos septos alveolares.
Sua investigação clínica inclui as seguintes características:(7)
frequência, intensidade, tonalidade, existência ou não de expectoração, relações com o decúbito, período do dia em que é maior sua intensidade.
A tosse pode ser produtiva ou úmida, acompanhada de secreção, não devendo nesses casos ser combatida; ou seca, quando é inútil, causando apenas irritação das vias respiratórias.
Além disso, quais são as outras carcterísticas da tosse? (8)
Tosse produtiva ou úmida
Tosse seca
Tosse quintosa–> caracteriza-se por surgir em acessos, geralmente pela madrugada, com intervalos curtos de acalmia, acompanhada de vômitos e sensação de asfixia. Embora seja característica da coqueluche, ocorre também em outras afecções broncopulmonares.
tosse-síncope–> aquela que, após crise intensa, resulta na perda de consciência
Tosse bitonal–> deve-se a paresia ou paralisia de uma das cordas vocais, que pode significar comprometimento do nervo laríngeo inferior (recorrente), situado à esquerda no mediastino médio inferi
Tosse rouca--> é própria da laringite crônica, comum nos tabagistas.
Tosse reprimida--> a é aquela que o paciente evita, em razão da dor torácica ou abdominal que ela provoca, como acontece no início das pleuropneumopatias, no pneumotórax espontâneo, nas neuralgias intercostais, nos traumatismos toracoabdominais e nas fraturas de costela.
Tosse psicogênica
Na maioria das vezes, a expectoração costuma ser consequência da tosse. Sua constatação é o primeiro passo para diferenciar uma síndrome brônquica de uma síndrome pleural
Quais são as características semiológicas da expectoração? (5)
As características semiológicas da expectoração compreendem o volume, a cor, o odor, a transparência e a consistência
As características do escarro dependem de sua composição: o escarro seroso contém água, eletrólitos, proteínas e é pobre em células; o mucoide, embora contenha muita água, proteínas, inclusive mucoproteínas, eletrólitos, apresenta celularidade baixa; o purulento é rico em piócitos e tem celularidade alta; no hemoptoico, observam-se “rajas de sangue’’.
Sendo assim, diferencie a expectoração do edema pulmonar, do asmático e nas bronquites iniciais e crônicas.
A expectoração do edema pulmonar agudo é bem característica, tendo aspecto seroso, rico em espuma. Ocasionalmente apresenta coloração rósea.
A expectoração do asmático é mucoide, com alta viscosidade, aderindo às paredes do recipiente que a contém, lembrando a clara de ovo; ela marca o término da crise asmática.
Nas formas iniciais de bronquite, a expectoração é mucoide.
No paciente bronquítico crônico, quando o escarro muda de aspecto, passando de mucoide para mucopurulento ou purulento
A hemoptise é a eliminação de sangue pela boca, passando através da glote. Está entre as mais dramáticas manifestações clínicas com que o médico se defronta, despertando emoção que o tempo e a experiência não conseguem diminuir. O primeiro problema que se impõe é transmitir serenidade ao paciente e à família, sem perder a sua própria.
As hemoptises podem ser devidas a hemorragias brônquicas ou alveolares.
Diferencie as hemoptises de origem brônquica e alveolar.
1) Nas hemoptises de origem brônquica, o mecanismo é a ruptura de vasos previamente sãos, como ocorre no carcinoma brônquico, ou de vasos anormais, dilatados, neoformados, como sucede nas bronquiectasias e na tuberculose
2) Nas hemorragias de origem alveolar, a causa é a ruptura de capilares ou transudação de sangue, sem que haja solução de continuidade no endotélio.
Quando o processo evolui para necrose, surgem cavidades que, ao abscederem, podem abrigar aneurismas de Rasmüssen
OBS: Atualmente, a causa mais frequente é a bronquiectasia, porém a tuberculose ainda é responsável por muitos casos.
OBS2: O prognóstico de uma hemoptise não é definido pelo volume de sangue eliminado.
Conceitue vômica .
A vômica é a eliminação mais ou menos brusca, através da glote, de uma quantidade abundante de pus ou líquido de outra natureza. Pode ser única ou fracionada, proveniente do tórax ou do abdome. Na maioria das vezes, origina-se de abscessos ou cistos nem sempre localizados no tórax, mas que drenam para os brônquios. Suas causas mais frequentes são o abscesso pulmonar, o empiema, as mediastinites supuradas e o abscesso subfrênico.
Defina a dispneia.
A dispneia é a dificuldade para respirar, podendo o pacienteter ou não consciência desse estado. Será subjetiva quando só for percebida pelo paciente, e objetiva quando se fizer acompanhar de manifestações que a evidenciam ao exame físico. A dispneia subjetiva nem sempre é confirmada pelos médicos, e a objetiva nem sempre é admitida pelo paciente.
Relacionando a dispneia com as atividades físicas, pode-se classificá-la em dispneia aos grandes, médios e pequenos esforços.
Dispneia de repouso é a dificuldade respiratória mesmo em repouso. A dispneia pode acompanhar-se de taquipneia (frequência aumentada) ou hiperpneia (amplitude aumentada).
Diferencie a Ortopneia e a Trepopneia.
Ortopneia é a dispneia que impede o paciente de ficar deitado e o obriga a sentar-se ou a ficar de pé para obter algum alívio.
Trepopneia é a dispneia que aparece em determinado decúbito lateral, como acontece nos pacientes com derrame pleural que se deitam sobre o lado são.
Além da tradicional classificação em dispneia de grandes, médios e pequenos esforços, a dispneia pode ser mensurada de diversas maneiras: (1) por escalas categóricas, que se concentram no tipo e na quantidade de esforço para desencadear a dispneia; (2) por escalas analógicas visuais, quando o paciente aponta em uma linha, em geral de 100 mm, a magnitude de sua dispneia em repouso ou realizando alguma atividade; (3) por escalas multidimensionais, quando o instrumento de medida se concentra na limitação funcional e na magnitude do esforço.
Para situações especiais foram propostas classificações com mais detalhes como a Escala de dispneia do Medicai Research Council (MRC) (
Grau Atividade
0)Sinto falta de ar ao realizar exercício físico intenso
1 )Sinto falta de ar quando aperto meu passo ou subo escadas ou ladeira
2) Preciso parar algumas vezes quando ando no meu passo, ou ando mais devagar que as outras pessoas da minha idade
3) Preciso parar muitas vezes devido a falta de ar quando ando perto de 100 m ou poucos minutos de caminhada no plano
4) Sinto tanta falta de ar que não saio de casa, ou preciso de ajuda para me vestir ou tomar banho sozinho