Simulado 1 - Aneurismas Flashcards
Aprendizado
- Qual é a anatomia microscópica dos aneurismas? O que é um pseudoaneurisma e um aneurisma verdadeiro?
Os vasos arteriais são compostos por 3 camadas, citadas em sequência interna para externa:
1. Túnica íntima subdividida em outras 3 partes
Endotélio
Lâmina basal
Lâmina elástica interna
2. Túnica média (camada muscular)
3. Túnica adventícia.
Os aneurismas são tipicamente protrusões arredondadas da túnica muscular (túnica média) colagenizada e deficiente através de um defeito localizado na lâmina elástica interna (túnica íntima) e na túnica média. A camada muscular normal e a lâmina elástica terminam geralmente no colo do aneurisma. Assim sua parede contém frequentemente apenas a íntima e a adventícia.
O aneurisma verdadeiro intracranianos tem algumas das camadas encontradas normalmente nas artérias, ainda que faltem outros componentes.
Já os pseudoaneurismas tem uma perda de continuidade da artéria formando um acúmulo de sangue entre a média e a adventícia e há uma comunicação direta da luz do vaso com o aneurisma predispondo ao seu crescimento.
- Como são classificados os tipos de aneurismas quanto a sua forma?
- Fusiformes
- Dissecantes
- Saculares
Mnemônico Fim De Semana - FDS
- Onde ficam localizados a maioria dos aneurismas? Cite os mais comuns de circulação anterior e da circulação posterior.
A maioria dos aneurismas fica localizado na circulação anterior predominantemente no círculo de Willis.
Os locais mais comuns na circulação anterior incluem as junções/bifurcações entre ACoA e ACA, ACoP e ACI intracraniana e a bifurcação da ACM.
Os locais mais comuns na circulação posterior incluem o Topo da AB e as junções/bifurcações entre AB com ACS ou ACIA (AICA) e AV com ACIP (PICA).
Quais as principais diferenças entre os aneurismas de adultos e crianças?
_ _ _ _ _ _ - - - - Adultos - - Crianças
Prevalência - Comum - – Raro .
Sexo - - - - - - Feminino - - Masculino 3x
Local - - - - - - CW/ACM - - Circ. Posterior e vasos distais
Múltiplos - - - Comuns - - - Raros
> 2.5 cm (G) - Raros - - - - Comuns
Etiologia - - - Hemodin - Trauma, infecção e alterações na matriz do vaso.
O que é um infundibulo?
Estrutura triangular com no máximo 3mm e no seu topo sai um vaso sanguíneo.
Como fazer o seguimento dos pacientes com aneurismas não rotos?
Geralmente estes pacientes são seguidos realizando angiografias por métodos não invasivos como ressonância ou tomografia, preferencialmente por ARM por não haver exposição à radiação. Geralmente realizando seguimento anual por 2-3 anos e após se não houver crescimento novos exames a cada 2-3 anos. Caso um aneurisma novo seja encontrado é razoável repetir a imagem em 6 meses (parece haver um maior risco de rotura nestes casos). Em caso haja de aumentos de tamanho ou aumento em quantidade de aneurismas geralmente estes serão escalados ao tratamento.
Sempre orientar sobre evitar TBG, álcool, medicamentos e drogas estimulantes, drogas ilícitas, esforço excessivo e manobras de valsalva.
Quando devem ser solicitados novos exames de imagem controle após a embolização com molas de aneurisma não roto?
6 meses, 1 ano e 6 meses e 3 anos.
Quanto em porcentagem do aneurisma deve ser preenchido por coils (molas) para que a chance de recorrência seja reduzida?
Algo em torno de 25-33%.
Cite as indicações gerais de embolização de aneurismas intracranianos.
As indicações gerais para o tratamento via embolização de aneurismas intracranianos são
- HSA aneurismática
- Aneurismas intracranianos não-rotos
- Pacientes com perfil ruim para a cirurgia
- Idosos
- Comorbidades importantes
- Precisem de anticoagulação sistêmica crônica (ex.: FA)
- Aneurismas de Circulação Posterior
- Aneurismas de ACI no segmento cavernoso.
Cite contra-indicações gerais ao tratamento de embolização de aneurismas.
- Anatomia vascular proibitiva (por exemplo, alguns aneurismas gigantes de colo largo, tortuosidade exagerada dos vasos).
- Doença aterosclerótica significativa ou outras anormalidades que afetam o vaso portador (por exemplo, estenose aterosclerótica significativa da bifurcação carótida).
- Distúrbios de coagulação ou hipersensibilidade à heparina.
- Infecção bacteriana ativa (ou seja, bacteremia no momento do tratamento endovascular).
Organize o preparo de um procedimento ambulatorial de embolização de um aneurisma intracraniano - não é necessário saber o nome de dispositivos específicos apenas sua função.
- *1 passo**
- *Preparo do Paciente**
-
História e Exame Físico Geral
- Checar contra-indicações (alergias - principalmente a contraste e heparina), uso de medicações (ex.: metformina), comorbidades e status funcional atual.
- Exame Neurológico - atentar-se ao exame de nervos cranianos.
-
Checar exame de imagem
- TC/RM de crânio e
- ATC, ARM ou e/ou Angiografia por cateter
-
Detalhes a serem anotados da imagem
- Localização, orientação, forma, tamanho da cúpula e do colo.
- Anatomia do vaso portador
- Presença ou não de trombo intra-luminal
- Anatomia do acesso vascular (hipoplasias, estenoses, tortuosidade, etc).
- Presença ou não de aterosclerose ou displasia fibromuscular nos vasos a serem acessados.
-
Detalhes a serem anotados da imagem
- *2 Passo**
- *Estratégia de Tratamento**
- Antes da abordagem, preferível no dia anterior, o paciente deve ser reavaliado e todas as imagens revisadas para se preparar para o caso. Decisões sobre a estratégia geral devem ser tomadas a frente do tempo para permitir a seleção correta dos dispositivos e performance tranquila e eficiente durante o caso.
- Aplique o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
- Jejum após a meia-noite ou 6 horas antes do procedimento, exceto para medicações.
-
O planejamento deve incluir:
- Escolha da via de acesso arterial.
- A escolha da técnica endovascular (embolização primária vs. assistida por stent ou balão vs. diversor de fluxo)
- Os tipos e tamanhos dos dispositivos - bainhas, guias, micro-guias, cateteres, espirais metálicas, stents, balões e diversores de fluxo a depender da técnica.
- *3 Passo**
- *Preparo Pré-Procedimento**
- 2 Acessos Venosos Periféricos Calibrosos
- SVD
- Checar Jejum.
- Checar medicações - se suspendeu metformin e se caso o planejamento seja uso de stents esta em uso correto da dupla anti-agregação.
- Faça um teste de função plaquetária se necessário.
- Checar se todos os dispositivos que possam ser necessários estão disponíveis na angio suite antes do procedimento.
- Se HSA - CVC, PAI antes do procedimento, se DVE deve ser plugada ao monitor para vigilância da PIC
- A PIC é um aviso precoce de rotura ou re-ruptura durante o procedimento a DVE deve estar na função de monitorização e não drenagem, se possível. Se for necessário haverá drenagem intermitente durante o procedimento.
Descreva o papel dos redirecionadores de fluxo no tratamento de aneurismas intracranianos, quais é seu mecanismo de ação, as situações clínicas em que são indicados e as vantagens que oferecem em relação a outras opções terapêuticas.
Os redirecionadores de fluxo atuam alterando a hemodinâmica dentro do aneurisma. Ao serem implantados no vaso parente, reduzem o fluxo turbilhonado no interior do aneurisma, promovendo estagnação e subsequente trombose. Com o tempo, ocorre endotelização da malha do stent, ajudando a excluir o aneurisma da circulação e restaurando o fluxo normal na artéria.
As indicações tradicionais para o uso de redirecionadores de fluxo incluem aneurismas grandes ou gigantes com colo largo, que são aneurismas com um colo largo, tornando difícil a eficácia das técnicas de embolização com coils; aneurismas fusiformes, tipicamente difíceis de tratar com outros métodos; aneurismas recorrentes, sem sucesso de oclusão após o tratamento com outras técnicas, sejam endovasculares ou cirúrgicas padrões.
Em relação às vantagens, os redirecionadores de fluxo proporcionando altas taxas de oclusão a longo prazo; possibilidade de preservar ramos arteriais; permitem o tratamento de múltiplos aneurismas ao longo do comprimento do dispositivo implantado.
