Sífilis Congênita Flashcards

1
Q

Como ocorre a transmissão da sífilis ao RN?

A

Disseminação hematogênica do Treponema por via transplacentária ou durante a saída no canal do parto

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2
Q

Em qual fase da infecção e idade gestacional pode ocorrer a infecção neonatal?

A

A transmissão da sífilis pode ocorrer em:

  • qualquer estágio da infecção materna
  • em qualquer idade gestacional
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3
Q

Quais são os estágios da doença mais prováveis da infecção de ocorrer a transmissão da sífilis?

A

Quanto mais recente a infecção maior a chance de que a mãe transmita ao feto:
- Sífilis primária e secundária: 70 a 100% (maior parasitemia)
- Sífilis terciária e latente tardia: 30%
Quanto mais precocemente a gestante tiver adquirido a doença, maior a chance de transmissão

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4
Q

Todos os RN com a infecção congênita apresentam alteração?

A

Cerca de 50% dos RN nasce sem nenhum sintoma clínico ao nascimento, as manifestações podem aparecer apenas aos 3 meses.

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5
Q

Qual a IG mais provável de ocorrer a transmissão?

A

As chances são menores até o quarto o mês e aumentam a medida que se aproxima do termo, isso porque o fluxo placentário aumenta progressivamente até o terceiro trimestre

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6
Q

Como a sífilis congênita é dividida clinicamente?

A

Em sífilis congênita precoce: quando as manifestações surgem entre o período do nascimento até os dois anos
Sífilis congênita tardia: sinais e sintomas surgem após os 2 anos de idade

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7
Q

Qual alteração visceral está presente na maioria dos casos de sífilis congênita precoce?

A

Hepatomegalia e esplenomegalia. Podem vir acompanhada de anemia, púrpura e icterícia

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8
Q

Quais são os principais achados clínicos da sífilis congênita precoce?

A
Hepatomegalia e esplenomegalia
Lesões cutaneomucosas
Lesões ósseas
Lesões Viscerais 
Lesões Nervosas e oculares
Acometimento do sistema hematopoiético
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9
Q

Qual é a manifestação clínica mais frequente da SC?

A

Lesões ósseas PERIOSTITE E OSTEOCONDRITE METAFISÁRIA

- sendo o sinal radiológico mais encontrado a osteocondrite metafisária.

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10
Q

Quais são as lesões viscerais da SC?

A

Hepatite: icterícia, esplenomagalia e distúrbios hemorrágicos
Baço aumentado
Rim: sd. nefrótica ou nefrítica (depósito de imunocomplexo)

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11
Q

Qual é a forma mais comum de acometimento do SNC em RN pela SC?

A

Meningite

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12
Q

Qual é a lesão ocular mais comum da sífilis congênita na fase aguda e o seu aspecto no fundo de olho?

A

Coriorretinite (aspecto “sal e pimenta”)

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13
Q

Quais são os principais fatores que auxiliam o diagnóstico na SC tardia?

A

Os estigmas da doença

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14
Q

Qual é a tríade de Hutchinson?

A

ceratite
alterações dentárias
surdez

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15
Q

Quais são os testes possíveis para diagnóstico da sífilis?

A

Campo escuro
Testes não treponêmicos
Testes Treponêmicos

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15
Q

Quais são os testes possíveis para diagnóstico da sífilis?

A

Campo escuro (Pesquisa direta do treponema)
SOROLÓGICOS:
Testes não treponêmicos
Testes Treponêmicos

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16
Q

Quais são os testes não trepnêmicos?

A

VDRL e RPR

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17
Q

O que o VDRL detecta?

A

Anticorpos IgG e IgM contra a cardiolipina

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18
Q

Quando considera-se o Teste Não Treponêmico positivo?

A

Quando os títulos forem superiores ao materno.
Títulos iguais ou inferiores ao da mãe não significam SC e devem ser repetidos em 15 dias, se houver ascensão a infecção ativa é provável.

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19
Q

Qual o benefício do VDRL?

A

Ele é um teste quantitativo que mede a atividade da doença. Serve para diagnóstico e seguimento terapêutico.

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20
Q

O que ocorre com o VDRL após a cura?

A

Pode permanece reagente por longos períodos, mas apresenta quedas progressivas da titulação até não ser reagente?

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21
Q

O que deve ser feito após um VDRL reagente?

A

Solicitar um teste treponêmico confirmatório, no caso o FTA-ABS

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22
Q

O que os teste treponêmicos identificam?

A

Anticorpos contra o treponema, tanto IgG quanto IgM

23
Q

Para que o FTA-ABS serve?

A

Para excluir casos falso-positivos

24
O FTA-ABS reagente indica infecção ativa?
Não necessariamente, pois pode estar positivo devido apenas ao IgG por transferência de anticorpos maternos.
25
Quando o FTA-ABS deve ser solicitado ao RN?
Apenas após 18 meses de vida quando os anticorpos adquiridos de forma passiva pela placenta não forem mais detectáveis.
26
Quando o RN é considerado portador de neurossífilis congênita?
Sempre que o VDRL no líquor for reagente OU Sempre que o VDRL for negativo mas houver pleocitose (>25 hemácias/mm), proteinorraquia (>150) ou LCR inconclusivo
27
Quando deve-se colher o líquor do RN para realização de VDRL?
Sempre que houver suspeita de SC
28
O que o FTA-ABS positivo no líquor indica?
Diante de VDRL negativo, pode indicar apenas transferência passiva de anticorpos do sangue para o SNC
29
Quando deve-se realizar a sorologia de sífilis com VDRL em gestantes?
Primeira consulta de pré-natal e início do terceiro trimestre. Além de realizar na internação para o parto ou aborto.
30
Quando deve-se fazer o VDRL no sangue periférico do RN?
SEMPRE que o VDRL da mãe for positivo EM QUALQUER DILUIÇÃO | DIANTE DE QUALQUER POSSIBILIDADE DE SÍFILIS CONGÊNITA
31
Qual é a droga utilizada para tratar a SC?
Penicilina CRISTALINA (sempre que houver alteração liquórica) OU PROCAÍNA.
32
Qual a conduta que deve ser tomada em relação ao RN com SC precoce?
Isolamento nas primeiras 24 horas de tratamento quando as lesões cutaneomucosas ainda são infectantes
33
Porque a penicilina benzatina não é adequada para SC?
Pois ela não atravessa a barreira hematoencefálica.
34
Quando os exames sorológicos se negativam na SC precoce?
Em torno de 6 meses
35
Quando a criança deve ser retratada?
Quando o VDRL permanecer reagente aos 18 meses ou quando os títulos forem ascendentes.
36
Como é feita a profilaxia da SC?
Através do adequado tratamento da gestante sifilítica com penicilina benzatina.
37
Quando o tratamento da gestante com sífilis é considerado inadequado?
- Tratamento feito com droga não penincilínica, ou penincilínica incompleta (tempo/dose), ou penincilínica inadequada (para a fase clínica da doença - Ausência de documentação do tratamento - Instituição do tratamento nos 30 dias anteriores ao parto - Ausência de queda das titulações do VDRL após o tratamento - Paciente com sífilis sintomática, ou com teste imunológico reagente não tratado ou tratado inadequadamente
38
Como é feito o seguimento das gestantes após o tratamento da sífilis
Com testes NÃO TREPONÊMICOS MENSALMENTE - CURA: queda de pelo menos duas titulações ou negativação em 6 meses - RETRATAMENTO: aumento em duas diluições
39
Com base que é dividida a conduta do RN que poderá ter SC?
- Mãe tratada inadequadamente/ não tratada/ reinfectada: conduta é independente do resultado do VDRL - Mãe tratada adequadamente: conduta baseada no VDRL
40
Como é a conduta diante de RN de mães inadequadamente tratadas para sífilis ou não tratadas?
Independente do resultado do VDRL deve-se colher hemograma, radiografar ossos longos, colher líquor: - Caso haja alteração clínica, do hemograma ou da radiografia as opções de tratamento são penicilina G cristalina ou G procaína - Caso haja alteração liquórica a opção de tratamento é penicilina G cristalina - Caso não haja nenhum tipo de alteração o tratamento é com penicilina G benzatina
41
Como é a conduta em RN de mãe adequadamente tratada para sífilis?
Se VDRL for reagente com titulação > que a materna EM DUAS DILUIÇÕES fazer exames e tratar Se o VDRL não for maior que o materno em duas diluições e: - sem manifestações: acompanhar - houver manifestação + VDRL reagente: exames e tratar - houver manifestações + VDRL negativo: buscar outra causa -
42
Como é feito o seguimento dos pacientes com SC?
- Consultas mensais até o sexto mes e bimestrais do sexto mês a um ano - VDRL com 1,3,6, 12, 18 meses - Acompanhamento oftalmológico, audiológico e neurológico semestral por dois anos
43
Quando deve-se suspender a realização de VDRL no seguimento do bebê com SC?
- Quando houver negativação em dois exames seguidos
44
Quando considerar retratamento da SC?
Quando houver elevação dos títulos ou não negativação até 18 meses
45
Quando o LCR estiver alterado, o acompanhamento deve ser de quanto em quanto tempo?
De 6 em 6 meses até normalização do líquor
46
O que é a Reação de Jarisch-Herscheimer?
É uma reação sistêmica febril aguda, com exacerbação das lesões, convulsões e colapso circulatório que ocorre nos pacientes com sífilis congênita tratados com penicilina.
47
Reação de Jarisch-Herscheimer é indicação de suspensão do tratamento da SC?
NÃO
48
Lesões mais comuns da SC?
RINITE COM SECREÇÃO SEROSSANGUINOLENTA PENFIGO PALMOPLANTAR PERIOSTITE/METAFISITE
49
O que é pseudoparalisia paralisia de PARROT?
É quando o bebe evita de se mexer devido a dor causada pelas lesões ósseas
50
Quais são as infecções congênitas?
Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovirose, Sífilis
51
Quais das TORCHS são transmitidas apenas quando a mãe apresenta a doença em sua forma aguda?
Apenas a rubéola e em geral a toxoplasmose*
52
Quais TORCHS são transmitidas durante a fase aguda e crônica?
Toxoplasmose (fase aguda para a maioria das mulheres, fase crônicas para as imunossuprimidas) / Citomegalovirose (fase aguda ou reativação de infecção passada) / Sífilis (independe da fase)
53
Exemplos de manifestações inespecíficas das TORCHS
Icterícia, hepatoesplenomegalia, PIG, manifestações cutâneas em geral
54
Exemplo de alteração específica de cada TORCHS
Sífilis: pseudoparalisia de parrot Rubéola: cardiopatias congenitas Toxoplasmose: calcificação intracraniana difusa CMV: calcificação intracraniana periventricular