Semio Flashcards
Tipos de diagnósticos
- Sindrômico: conjunto de sinais e sintomas;
- Topográfico: onde ocorre a doença – importância dos dermátomos;
- Nosológico: tipo de doença – inflamatória, vascular, neurológica, crônico degenerativo;
- Etiológico: responsável pela doença diretamente – hérnia de disco, glioblastoma
multiforme, Pneumococo.
Quando os sintomas são súbitos, devemos pensar primeiro em desordens …
Quando os sintomas são súbitos, devemos pensar primeiro em desordens vasculares – AVE,
rompimento de aneurisma.
quando os sintomas são progressivos e evolutivos, pensamos em…
quando os sintomas são progressivos e evolutivos, pensamos em processos expansivos - tumores. Obviamente existem exceções.
Tudo que é branco na tomografia é…
Tudo que é branco na tomografia é cálcio
ou sangue agudo (menos de 3 dias).
Motoneurônio superior está no…
Motoneurônio superior está no SNC.
Motoneurônio inferior está no…
Motoneurônio inferior está no SNP.
A via motora se inicia no lobo … passa pela …, chega na … onde cruza a linha média. Continua na …, no trato …. Aí chega no corno anterior e faz a primeira sinapse. Entre … e …, que vai seguir pelo nervo periférico.
A via motora se inicia no lobo frontal (giro pré-central), passa pela cápsula interna,
chega na decussação das pirâmides e cruza a linha média. Continuando na medula, no trato
corticoespinhal, chega nos cornos anteriores e faz a primeira sinapse, entre MNS e MNI, que
vai seguir pelo nervo periférico.
Uma lesão no tratocorticoespinhal direito acima da decussação, causa problemas no lado
… do corpo. Já, quando a lesão desse trato ocorre no lado direito e abaixo da
decussação, o problema motor é …
Uma lesão no tratocorticoespinhal direito acima da decussação, causa problemas no lado
esquerdo do corpo. Já, quando a lesão desse trato ocorre no lado direito e abaixo da
decussação, o problema motor é também no lado direito.
Lesão de motoneurônio superior =
Lesão de motoneurônio superior = síndrome piramidal
Características de lesão de MNS
Paresia espástica (sínd. da roda dentada) e elástica (sinal do canivete)
- Pouca atrofia;
- Sem fibrilação e fasciculação;
- Hiperreflexia (ocorre perda da regulação do movimento), sinais de liberação
piramidal;
- Ex: reflexo plantar em dorsiflexão: Babinski (sucedâneos de Babinksi - Gordon,
Schaefer, Openheim, Bing, Moniz, Strumpell, Cornell, Chaddock, Austregesilo e
Esposel). Sinal de Hoffman. Clônus.
Descreva como se faz o reflexo cutâneo-plantar e o que aconteceria se houvesse sinal de babinski.
Estando o paciente em decúbito dorsal, com os membros inferiores estendidos, o
examinador estimula superficialmente a região plantar, próximo à borda lateral e no sentido
posteroanterior, fazendo um leve semicírculo na parte mais anterior. A resposta esperada em
adultos e crianças com mais de 13 meses, é representada pela flexão dos dedos. A inversão
da resposta normal, ou seja, a extensão do hálux (os demais podem ou não apresentar
abertura em forma de leque), constitui o sinal de Babinski, um dos mais importantes
elementos semiológicos do sistema nervoso. O nome do reflexo pesquisado é cutâneo-plantar.
Descreva o sinal de hoffman
pinçamento (percussão) da falange distal do dedo médio, exercendo
pressão sobre a unha. Normalmente a flexão do 2º dedo e do polegar é fraca ou ausente; sua exaltação pode indicar lesão piramidal.
Quais os 3 sinais de liberação piramidal?
Babinski
Hoffman
Clônus
Descreva a manobra de Clônus
provocar passivamente a distensão brusca de um tendão, desencadeando uma série
de contrações clônicas e rítmicas, involuntárias, de duração subordinada ao tempo que se
mantém a distensão (clônus inesgotável). Pesquisa: pé, rótula, mão e mandíbula;
Quais as características de uma lesão de MNI
- Paresia flácida (membro como um pêndulo);
- Atrofia significativa;
- Fasciculação (contração de algumas fibras musculares) e fibrilação;
- Hiporreflexia, sem sinais de liberação
… pode causar tanto característica de lesão de
motoneurônio superior quanto inferior. Essa doença pode causar degeneração desses dois
tipos de neurônios.
Esclerose lateral amiotrófica (ELA)
Defina tônus
pode ser considerado como o estado de tensão constante a que estão
submetidos os músculos.
Como avaliar o tônus?
A avaliação é feita em quatro estapas:
1- inspecionando se há achatamento muscular;
2- palpando a massa muscular;
3- submeter movimentos passivos, observando a extensibilidade
4- balanço passivo.
Como ocorre o exame de força muscular?
O exame de força muscular é feito comprimindo uma força contrária ao movimento
executado pelo paciente.
Como ocorre a classificação em graus de força? Descreva o que significa cada uma.
— Grau V - força normal
— Grau IV - movimento completo contra a força da gravidade e contra certa
resistência aplicada pelo examinador
— Grau III - movimento contra a força da gravidade
— Grau II - movimento completo sem a força da gravidade
— Grau I - discreta contração muscular
— Grau 0 - nenhum movimento.
Quais são as manobras deficitárias?
— Migazzini de membros superiores
— Migazzini de membros inferiores
— Barré
— Pedalar de Pitres
Mingazzini membros superiores
Mingazzini membros superiores: braços estendidos e separados, dedos abertos, olhos
fechados — observar a queda das mãos e dos braços, bem como oscilações.
Mingazzini membros inferiores:
Mingazzini membros inferiores: paciente em decúbito dorsal, flexão das coxas.
Respostas: 1 – oscilação e queda progressiva da perna; insuficiência da quadríceps
(extensor da perna); 2 – queda isolada da coxa; insuficiência do psoas (flexor da coxa);
3 – queda simultânea da perna e da coxa.
Barré:
Decúbito ventral (barriga para baixo), pernas fletidas em um ângulo de 90 graus com as
coxas, paralelas, sem se tocarem, deficitária quando o membro parético cai lentamente. É o contrário de migazzini
Pedalar de Pitres:
abaixar e levantar o pé, repetida e rapidamente. Avaliar flexão do pé (ciático popliteo externo)
Como testar os reflexos: cutâneo plantar?
Estando o paciente em decúbito dorsal, com os membros inferiores estendidos, o
examinador estimula superficialmente a região plantar, próximo à borda lateral e no sentido
posteroanterior, fazendo um leve semicírculo na parte mais anterior. A resposta esperada em
adultos e crianças com mais de 13 meses, é representada pela flexão dos dedos.
Como testar os reflexos: cutâneo abdominal?
Ainda com o paciente em decúbito dorsal, com a parede
abdominal em completo relaxamento, o examinador estimula o abdome do paciente no
sentido da linha mediana em três níveis: superior, médio e inferior. A resposta normal
é a contração dos músculos abdominais que determina um leve deslocamento da
cicatriz umbilical para o lado estimulado.
Como testar os reflexos: automatismo de defesa?
Processo de retirada do membro em resposta a um estímulo doloroso.
Em condições normais, o membro estimulado permanece na mesma posição ou
apresenta discreta retirada, caso o estímulo seja muito forte. A resposta anormal é quando a
resposta é exacerbada e exagerada, e é encontrada em lesões piramidais, geralmente de nível medular.
Quando o reflexo cutâneo-abdominal pode estar abolido?
Podem estar abolidos quando houver
interrupção do arco reflexo, na lesão da via piramidal e, às vezes, mesmo na ausência
de alterações do sistema nervoso (obesidade, pessoas idosas, multíparas - quem já teve dois ou mais partos).
Os reflexos se classificam em…
o (0/4+) – abolidos;
o (1/4+) – diminuídos;
o (2/4+) – normais;
o (3/4+) – vivos;
o (4/4+) – exaltados.
Qual o reflexo, músculo, raiz, sede do estímulo e resposta esperada do reflexo: AQUILEU?
Aquileu
Tríceps sural
S1 – L5
Tendão de Aquiles
Flexão do pé
Qual o reflexo, músculo, raiz, sede do estímulo e resposta esperada do reflexo: PATELAR?
Patelar
Quadríceps
L2 – L4
Tendão rotuliano
Extensão da perna
Qual o reflexo, músculo, raiz, sede do estímulo e resposta esperada do reflexo: BICIPITAL?
Bicipital
Bíceps
C5 – C6
Tendão distal do bíceps
Flexão do antebraço
Qual o reflexo, músculo, raiz, sede do estímulo e resposta esperada do reflexo: RADIAL?
Radial
Supinadores
C5 – C6
Processo estiloide do rádio
Pronação da mão e antebraço
Qual o reflexo, músculo, raiz, sede do estímulo e resposta esperada do reflexo: TRICIPITAL?
Tricipital
Tríceps C6 – C8
Tendão distal do tríceps
Extensão do antebraço
Defina e exemplifique a Modalidade primária
não precisa de interpretação cortical para serem entendidas.
↪ Tato, pressão, dor, temperatura, propriocepção consciente, palestesia
Defina e exemplifique a mobilidade secundária.
é a interpretação cortical das modalidades primárias.
↪ Gnosia (conhecimento). Ex: ao desenhar a letra A no abdome do paciente, ele sente o
tato, porém não consegue definir a letra em questão; ou ao segurar um objeto, o paciente não
consegue determinar que isso é uma esfera metálica, ou é uma tampa de caneta bic.
Agnosia
quando o SNC perde a modalidade secundária de sensibilidade.
Aesterognosia
Aesterognosia: perda da habilidade de reconhecer ou identificar a forma dos objetos
através do tato.
Agrafestesia
Agrafestesia: incapacidade de reconhecer letras ou formas geométricas desenhadas em
alguma parte do corpo.
Perda da discriminação de dois pontos
Perda da discriminação de 2 pontos: quando se encosta em dois pontos distintos, e a
pessoa não percebe que são dois estímulos diferentes.
Autotopagnosia
Autotopagnosia: incapacidade de identificar as partes do corpo humano, seja dele
mesmo, de outra pessoa ou desenho.
Anosognosia
Anosognosia: é a falta de consciência, má interpretação ou a negação de sintomas de
determinada enfermidade.
Disestesia
Disestesia: perturbação de alguma sensibilidade.
Analgesia:
bloqueio de uma das vias sensitivas, que no caso é a dor.
Anestesia
Anestesia: bloqueio de todas as vias sensitivas.
Parestesia
Parestesia: sensação espontânea de alguma sensação na ausência de estímulo específico.
Alodinia
Alodinia: dor a estímulos normalmente não dolorosos.
Palestesia
Palestesia: sensibilidade vibratória.
Como se realiza o exame de sensibilidade?
Através de dermátomos
C5 (dermátomo)
Parte lateral anterior do MMSS
C6 (dermátomo)
Polegar e parte lateral posterior dos MMSS
C7 (dermátomo)
Indicador e 3º dedo e parte medial posterior dos MMSS
C8 (dermátomo)
Mindinho e 4º dedo e parte lateral medial do braço na vista anterior (mais próxima ao tronco)
T1 (dermátomo)
Parte medial anterior, fica do lado externo de C8
T4 (dermátomo)
Linha mamilar ou papila mamária
T6 (dermátomo)
Apêndice xifoide
T10 (dermátomo)
Cicatriz umbilical
S2, S3 e S4 (dermátomo)
Períneo
L3 (dermátomo)
Face interna da coxa e da perna
L4 (dermátomo)
Joelho e face medial do MMII
L5 (dermátomo)
Face externa da coxa e da perna. Meio lateral externa.
S1 (dermátomo)
Dedo mínimo do pé e lateral do pé
C2 (dermátomo)
Região posterior da cabeça
C4 (dermátomo)
Ombro
Hálux: qual dermátomo?
L4 e L5
Sinal de Lhermitte:
flexão forçada da cabeça do paciente, que vai sentir um trovão
descendo pelas costas, o que traduz compressão do SNC medular posteriormente. Fascículo grácil e cuneifore
Via da dor e temperatura
— Essas duas sensibilidades passam pela mesma via, logo ao examinar um, se examina o outro automaticamente
— Correm pela via espinotalâmica lateral, que cruza a linha média ao entrar no SNC (na
medula).
— Para o exame da sensibilidade dolorosa utilizamos um estilete rombo sem ferir o
paciente. Já para a sensibilidade térmica utilizamos dois tubos, um com água quente e outro
com água gelada.
Via do tato não discriminativo
Sensibilidade superficial do tato, que corre pelo trato espinotalâmico anterior. A
pesquisa é feita utilizando um algodão mácio ou um pincel.
Via da Propriocepção Consciente, Tato Epicrítico e Palestesia
Percorrem a mesma via, o trato cordonal posterior, que cruza a linha média
aproximadamente no mesmo nível da decussação das pirâmides.
# Propriocepção consciente = sensibilidade proprioceptiva = sensibilidade profunda =
sinestesia: capacidade de localizar no ambiente nossos membros. No exame, o examinador
deslocamos segmentos corporais com o olho do paciente aberto, e depois fechado. Lembrar de
não facilitar a resposta do paciente na hora de fazer as manobras.
# Tato epicrítico = tato discriminativo: capacidade de discernir o que encosta na pele e sua
textura.
# Palestesia = sensibilidade vibratória. Utilizamos o diapasão de 128Hz ou 256Hz, colocando
em saliências ósseas.
ataxia
incapacidade de coordenação. Descoordenação dos movimentos e perda de equilíbrio
Prova de Romberg
O teste é considerado positivo quando o paciente apresenta oscilação
ou queda ao fechar os olhos, ou piora do desequilíbrio já existente de olhos abertos. Em
síndromes cerebelares, o sinal é negativo, porque o desequilíbrio não se modifica
significativamente quando se fecham os olhos. Obs.: a via da motricidade passa pelo trato cortico espinhal, que cruza a linha média na
decussação das pirâmides.
Síndrome de Brown-Séquard ou hemissecção transversa lateral da medula:
A secção
de uma metade da medula espinhal interrompe algumas vias diretas e outras cruzadas. As
principais causas são os traumatismos (em especial por arma de fogo), as neoplasias, as
infecções e as hemorragias. Essa síndrome apresenta as seguintes manifestações:
1. Do lado da lesão:
Síndrome piramidal, de MNS, lesa o trato corticoespinal
1.2. Síndrome cordonal posterior, evidenciada pela abolição das sensibilidades vibratória, propriocepção consciente e trato discriminativo;
2. Do lado oposto da lesão:
2.1. Síndrome sensitiva, trato espinotalâmico lateral ( dor e temperatura) e espinotalâmico anterior ( pressão e tato não discriminativo)
Neocerebelo
é o mais volumoso, e tem a função mais detalhada, dos movimentos
finos e delicados;
Paleocerebelo
é o vernis, e está relacionado ao equilíbrio, postura e estabilização
dos MMSS e MMII;
Arqueocerebelo
é o mais antigo, e tem função apenas de orientação espacial.
A palavra-chave quando falamos de lesões cerebelares é…
A palavra-chave quando falamos de lesões cerebelares é incoordenação.
Uma pessoa com lesão cerebelar tem comportamento muito semelhante a
uma pessoa em libação alcoólica (bêbada).
Astasia
Paciente incapaz de ficar em pé
Abasia
paciente não tem base, então ele afasta as pernas ao caminhar. impossibilidade de andar.Falta de coordenação motora para andar, o que pode resultar em uma base de marcha inconstante (base alargada)
Dissinergia
decomposição dos movimentos. Ao solicitar que o paciente faça a prova
dedo-nariz, observamos todas as fases do movimento, uma articulação funciona depois da
outra.
Dismetria
é o erro na avaliação da distância, direção, força e velocidade do movimento.
O paciente ao pegar um objeto, vai corrigindo o movimento até que consiga de fato segurar
o objeto.
dificuldade em fazer movimentos intencionais, como tentar alcançar algo. É a falta do
controle da amplitude do movimento, ou seja, ocorre a ausência de previsão para até onde o movimento
irá
Disdeadocosinesia
É a incapacidade/dificuldade da realização de movimentos rápidos e alternados.
Tremor de intenção
acontece durante a execução do movimento.
Tremor de intenção leva à…
Tremor de intenção – acontece durante a execução do movimento. Isso geralmente leva a
uma macrografia, que é o crescimento do tamanho da letra do paciente a medida que ele
escreve.
Diferencie tremor de intenção do tremor parkinsoniano
Obs: o tremor Parkinsoniano é de repouso, ou seja, é pior quando o paciente está
parado e relaxado, e pode melhorar quando o membro é utilizado. No mal de Parkinson, o
paciente apresenta micrografia, decorrente da rigidez e da bradicinesia.
Hipotonia
redução do tônus muscular. A propriocepção inconsciente é a regulação do
tônus muscular, função do cerebelo.
Disartria
Disartria (=fala escandida) – fala fica desarticulada, em um momento é monótona,
depois explosiva e lenta e baixa. Como um bêbado falando.
Nistagmo
batimentos repetitivos do olho, tende a piorar ao olhar para o lado da lesão. Em alguns casos pode ser fisiológico.
Past-pointing
quando se tem uma lesão cerebelar, o erro tende a
acontecer ou ser agravado do mesmo lado da lesão. Por exemplo, cair
sempre para um lado, erro exagerado no teste dedo-nariz de um lado.
Prova dedo-nariz
Com o membro superior estendido lateralmente, o paciente é
solicitado a tocar a ponta do nariz com o indicador. Repete-se a prova algumas vezes:
primeiro, com os olhos abertos e, depois, fechados. O paciente deve estar de
preferência de pé ou sentado.
Prova calcanhar-joelho
Na posição de decúbito dorsal, o paciente é solicitado a tocar o
joelho oposto com o calcanhar do membro a ser examinado. A prova deve ser realizada
várias vezes, de início com os olhos abertos; depois, fechados. Nos casos de discutível
alteração, “sensibiliza-se” a prova mediante o deslizamento do calcanhar pela crista
tibial, após tocar o joelho. Diz-se que há dismetria (distúrbio na medida do movimento)
quando o paciente não consegue alcançar com precisão o alvo
Prova dos movimentos alternados
Determina-se ao paciente que realize movimentos
rápidos e alternados, tais como: abrir e fechar a mão, movimento de supinação e pronação, extensão e flexão dos pés.
Fenômeno de rebote
o paciente é posicionado com o cotovelo em flexão. O examinador aplica suficiente resistência manual para produzir uma contração isométrica do bíceps. Então, a resistência é subitamente liberada. Em indivíduos normais, após a liberação da resistência, o movimento é freado. Nas lesões cerebelares isso não acontece, e o paciente pode se auto-
agredir.
Teste de Romberg
solicitamos que o paciente fique em pé (checar se não há afastamento exagerado das pernas). Primeiro de olhos abertos checamos o equilíbrio, e depois de olhos fechados. Notar se há alteração nesses dois momentos, para definir se é ataxia sensitiva ou cerebelar. O teste é positivo na ataxia sensitiva, pois o paciente perde o equilíbrio ao fechar os olhos. E o teste é negativo em lesões cerebelares, pois o equilíbrio é ruim tanto de olhos abertos, quanto de olhos fechados.
Podemos sensibilizar o teste de Romberg ao solicitar que o paciente coloque um pé na
frente do outro.
Teste de equilíbrio dinâmico
Solicitamos que o paciente caminhe em linha reta, em vários percursos de ida e vinda.
Checar bacia, tronco MMSS e MMII. Procurar alguma marcha característica.
A todo e qualquer distúrbio da marcha, dá-se o nome de disbasia. A disbasia pode ser uni ou bilateral, e os tipos mais representativos são determinados a seguir.
Marcha helicópode
ceifante ou hemiplégica: ao
andar, o paciente mantém o membro superior fletido em 90°C no cotovelo e em adução, e a mão
fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico, e o joelho não flexiona. Devido a isso, a perna tem de se arrastar pelo chão,
descrevendo um semicírculo quando o paciente troca o passo. Esse modo de caminhar lembra o
movimento de uma foice em ação. Aparece nos pacientes que apresentam hemiplegia, cuja causa
mais comum é acidente vascular cerebral (AVC) .
Marcha anserina
ou do pato: o paciente para caminhar acentua a lordose lombar e vai inclinando o tronco ora para a direita, ora para a esquerda, alternadamente,
lembrando o andar de um pato. É encontrada em doenças musculares e traduz diminuição da força
dos músculos pélvicos e das coxas.
Marcha parkinsoniana
o doente anda como um bloco, enrijecido, sem o movimento automático dos
braços. A cabeça permanece inclinada para a frente, e os passos são miúdos e rápidos, dando a
impressão de que o paciente “corre atrás do seu centro de gravidade” e vai cair para a frente. Ocorre
nos portadores da doença de Parkinson
Marcha cerebelar
Marcha cerebelar ou marcha do ébrio: ao caminhar, o doente zigue-zagueia como um bêbado. Esse tipo
de marcha traduz incoordenação de movimentos em decorrência de lesões do cerebelo.
Marcha tabética
para se locomover, o paciente mantém o olhar fixo no chão; os membros inferiores são levantados abrupta e explosivamente, e, ao
serem recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo de modo bem pesado. Com os olhos fechados, a
marcha apresenta acentuada piora, ou se torna impossível. Indica perda da sensibilidade
proprioceptiva por lesão do cordão posterior da
medula. Aparece na tabes dorsalis (neurolues), na
mielose funicular (mielopatia por deficiência de
vitamina B12, ácido fólico ou vitamina B6),
mielopatia vacuolar (ligada ao vírus HIV),
mielopatia por deficiência de cobre após cirurgias
bariátricas, nas compressões posteriores da medula
(mielopatia cervical).
Marcha de pequenos passos
é caracterizada pelo
fato de o paciente dar passos muito curtos e, ao caminhar, arrastar os pés como se estivesse dançando Aparece na paralisia pseudobulbar e na
atrofia cortical da senilidade.
Marcha vestibular
Marcha vestibular ou em estrela: o paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando anda; é como se fosse empurra- do para o lado ao tentar mover-se em linha reta. Se o paciente
for colocado em um ambiente amplo e lhe for solicitado ir de frente e voltar de costas, com os
olhos fechados, ele descreve- rá uma figura
semelhante a uma estrela.
Marcha escarvante
quando o doente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar, toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro
inferior, o que lembra o “passo de ganso” dos
soldados prussianos.
Marcha claudicante
ao caminhar, o paciente manca
para um dos lados. Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor.
Marcha espástica
Marcha em tesoura ou espástica: os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam e as pernas se
cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. O movimento das pernas lembra uma tesoura em funcionamento. Esse tipo de marcha é bastante frequente nas manifestações espásticas da paralisia cerebral.
Sinal de Brudzinski:
paciente em decúbito dorsal, com a cabeça apoiada sem travesseiro.
Coloca-se uma mão entre a cabeça do paciente e a superfície, e a outra sobre o esterno, afim
de imobilizar o tronco. Distraia o paciente, e com um movimento inesperado flexione a cabeça
do paciente. Se houver sinal de dor e/ou flexão dos joelhos, há indicação de irritação
meníngea, e o sinal é positivo.