Sangramentos na Gravidez Flashcards
Definição de abortamento:
Interrupção da gravidez com feto < 500 ou IG < 20s - há controversas
Principal causa de abortamento:
Cromossomopatias:
Trissomia do 16 seguida de outras trissomias - depois vem a monossomia do X (turner)
Desordens anatômicas que geram aborto:
IIC
Malformações (útero bicorno, didelfo, septado)
Sinéquias (devido a Sd. Asherman)
Etiologias do abortametno: (5)
Cromossomias
Desordens anatômicas
Doenças endócrinas
Infeções - não é muito frequente de abortamento precoce
Distúrbios imunológicos: Sd. antifosfolipídeo
Clínica da Sd. antifosfolipídeo: (4)
Abortamento de repetição
óbito fetal, pré-eclâmpsia
Trombose venosa e arterial
Associação com Lúpus
Diagnóstico de Sd. antifosfolipídeo:
1 clínico + 1 laboratorial: Clínico: TVP ou trombose arterial ou óbito fetal após 10 semanas Parto pré-maturo por pré-eclâmpsia < 34 semanas Três ou mais abortamentos < 10s
Laboratorial: Lúpus anticoagulante, anticardiolipina IgG ou IgM
Tratamento da Sd. antifosfolipídeo:
SAF com critérios obstétricos: sem TVP
AAS (baixas doses) + heparina profilática ao longo da gestação
SAF com história de trombose:
AAS (doses altas) + heparina em doses terapêuticas
o desfecho é favorável em 80% dos casos
Classificação do abortamento quanto ao tempo:
Precoce: até 12 semanas - pensar em causa cromossômica
Tardia: 12-20 semanas - pensar em SAF
Habitual: 3 ou mais consecutivas - pensar em IIC ou SAF
Características da ameaça de abortamento: (5)
Sangramento e dor discretos beta-hCG positivo útero: compatível com IG colo uterino: fechado USG: BCE presente
Conduta na ameaça de abortamento:
sintomáticos/abstinência sexual/repouso
progesterona é controverso
Características do abortamento inevitável:
Sangramento intenso, cólicas beta-hCG positivo - pode ser diminuído ou decrescente Útero: compatível com IG colo uterino: aberto USG: BCF presente ou não
Conduta no abortamento inevitável:
Aguardar (até 8 semanas)
Esvaziamento uterino
Imunoglobulina anti-Rh
Características do abortamento completo:
sangramento discreto, dor ausente beta hCG negativo ou em queda útero: menor que IG colo uterino: fechado USG: útero vazio
Conduta no abortamento completo:
Imunoglobulina anti-Rh
Características do abortamento incompleto:
Sangramento variável, cólicas beta-hCG: negativo ou em queda útero: menor que IG Colo uterino: aberto (mais comum) ou fechado USG: restos ovulares (parte do SG)
Conduta no abortamento incompleto:
Esvaziamento uterino
imunoglobulina anti-Rh
Características do abortamento infectado:
É uma complicação do abortamento incompleto Sangramento fétido, dor abdominal, febre beta-hCG negativo útero: amolecido, doloroso Colo uterino: aberto USG: restos ovulares + febre
Conduta no abortamento infectado:
Gentamicina + Clindamicina
esvaziamento uterino
imunoglobulina anti-Rh
Características do abortamento retido:
Sangramento e dor ausentes - praticamente assintomática beta-hCG: negativo ou em queda útero: menor que IG colo uterino: fechado USG: embrião sem BCE
Conduta no abortamento retido:
repetir USG (confirmatório > 5 mm de CCN tem que ter BCE)
Esvaziamento uterino
imunoglobulina anti-Rh
Características do ovo anembrionado:
é um tipo de abortamento retido
ausência de embrião em SG íntegro
USG: SG > 25 mm sem embrião ou > 20 mm sem vesícula
útero: fechado
Conduta ovo anembrionado:
Esvaziamento uterino
Im anti-Rh - questionável
Tipos de esvaziamentos cirúrgicos:
AMIU: aspiração manual intrauterina
Curetagem uterina
Vacuaspiração, microcesariana
Características do AMIU:
Método de escolha até 12 semanas
menor risco de perfuração
Características da curetagem uterina:
IG > 12 semanas
maior risco de perfuração que amiu
Método de escolha no esvaziamento cirúrgico na doença trofobástica gestacional:
vacuaspiração
Caraterísticas do esvaziamento clínico com ocitocina:
Melhor em > 16 semanas
expulsão do feto, paralelamente ao tratamento cirúrgico - para diminuir o risco de perfuração
Método de escolha para esvaziamento uterino clínico em > 12 semanas:
misoprostol
complementar ao tto cirúrgico
Quando realizar conduta expectante em abortamento:
6 a 8 semanas, estáveis, sangramento discreto
abortamento inevitável
abortamento incompleto (mais raramente)
Quando pensar em IIC:
Abortamento tardio
Perdas gestacionais indolores
aminiorrexe precoce
feto morfologicamente normal
Definição de IIC:
Falha no orifício interno em manter a gestação
Fatores predisponentes pra IIC: (4)
amputação do colo
dilatação do colo
fatores congênitos: pacientes que foram expostos intraútero ao dietiletilbestrol
Partos laboriosos
Diagnóstico de IIC fora da gravidez:
Histerossalpingografia
histeroscopia
passagem da vela Hegar 8
Diagnóstico de IIC durante a gravidez:
dilatação do colo indolor
USG: encurtamento do colo, dilatação cervical
Tratamento da IIC:
Cerclagem uterina: entre 12 e 16 semans
Contraindicações absolutas ao uso de misoprostol:
Gravidez ectópica
Doença trofoblástica gestacional
alto risco de rotura uterina
Alergias a prostaglandinas
Indicação de aborto voluntário com risco de vida para a gestante:
Abortamento terapêutico
atestado por 2 médicos
notificação da comissão de ética do hospital
Características do aborto voluntário em caso de violência sexual:
Permitida após informar a unidade de saúde
Não precisa de BO ou autorização judicial
objeção de consciência é direito do médico
pode ser feito até 20 semananas
Características do abortamento em caso de anencefalia:
Descriminalizado pelo STG em 2012
Interrupção em qualquer IG
diagnóstico USG com duas fotografias (sagital e transversal)
Laudo assinado por 2 médicos
1a causa de mortalidade no 1° TRI em países desenvolvidos:
gestação ectópica
Local mais comum de gestação ectópica:
Trompa (95%) - na trompa o local mais comum é a ampola, seguida do istmo
Fatores de alto risco para gestação ectópica:
cirurgia tubária prévia DIU (risco relativo) gestação ectópica prévia DIP endometriose exposição ao dietilestilbestrol
Locais possíveis de gestação tubária:
Ovariana
cornual: corno do útero
cervical - colo do útero
abdominal
Sintomas clássicos de gestação tubária:
dor abdominal + comum amenorreia - ausente em 1/3 dos casos sangramento vaginal (variável) decorrente da baixa hormonal
Clínica da gestação ectópica subaguda:
dor abdominal amenorreia sangramento vaginal 70% dos casos, na região ampular sem instabilidade abdominal
Clínica da gestação ectópica aguda:
30% dos casos, região ístmica
Sinal de Laflon: dor no ombro por irritação do nervo frênico
Sinla de Cullen: equimose periumbilical
Sinal de Blumberg: descompressão doloroso - irritação peritoneal
Sinal de Proust: toque no fundo de saco de Douglas - grito de Douglas
Instabilidade hemodinâmica: não é obrigatório
Exames solicitados para diagnóstico de gestação tubária:
US + beta-hCG
Limite discriminatório do beta-hCG:
> = 1500 é obrigatório achar o SG, se o útero estiver vazio é gestação ectópica
< 1500 repetir USG
Achados US na gestação ectópica:
saco gestacional em anexo - é diagnóstico
anel tubário
pseudossaco gestacional
dopplerfluxometria - na região da implantação
Exames que podem ser solicitados na gestação ectópica além da b-hCG e US:
Culdocentese: aspirar fundo de saco (presença de sangue)
progesterona < 10 ng/ml
curetagem uterina
laparoscopia
variáveis no tratamento da gestação ectópica:
estabilidade integridade das trompas desejo das trompas desejo de nova gravidez características do SG acesso a diferentes terapias
Conduta em gestação ectópica com instabilidade hemodinâmica:
laparotomia com salpingectomia (não dá pra salvar a trompa)
Indicação de salpingectomia:
sangramento incontrolável
ectopia recorrente
trompa muito lesada
Indicações de salpingostomia: enucleação do ovo com conservação da trompa:
trompa contralateral doente
manutenção do desejo reprodutivo
gestação tubária de pequenas dimensões
Condições associadas a melhores resultados do metotrexate:
SG < 3,5 cm
Embrião sem atividade cardíaca
beta-hCG < 5000 mUI/ml
Sem isso aumenta a taxa de falha, mas não é contraindicação
Métodos de administração do metotrexate em gestação ectópica:
Injeção direta sobre o ovo - muito invasivo
Intramuscular dose única: dosar b-hCG no 4° e 7°, espera-se uma queda de 15%, se não houve repete a dose de 50 mg/m2
Intramuscular em dias alternados: dosagem do b-hCG diariamente até uma queda de 15%
Conduta expectante em gestação ectópica:
É exceção
Níveis baixos de b-hCG (< 1000mUI/ml)
estáveis hemodinamicamente
Hormônios produzidos pelo sinciciotrofoblasto e trofoblasto intermediário:
Sinciciotrofoblasto: hCG
Trofoblasto intermediário: hormônio lactogênio placentário
Tipos de doença trofoblástica:
Benigna (mola hidatiforme): completa ou incompleta
Maligna (neoplasia trofoblástica gestacional): mola invasora coriocarcinoma e tumor trofoblástico do sítio placentário
Fatores de risco para doença trofoblástica: (5)
Idade > 40 anos mola hidatiforme anterior inseminação artificial tabagismo abortamentos prévios
Manifestações clínicas (mola hidatiforme): (7)
sangramento vaginal - recorrente náuseas e vômitos: icoercíveis útero amolecido, maior que IG (sanfona) emissão de vesículas - patognomônico pré-eclâmpsia precoce: < 20 semanas cistos tecaluteínicos hipertireoidismo
Cariótipo de mola completa e icompleta:
Completa: diploide - 46XX/XY
Incompleta: triploide - 69XXY/XXX/XYY
Presença de feto em mola completa e incompleta:
Completa: não tem - presença de vesículas
incompleta: pode ter ou não
b-hCG em mola completa e incompleta:
completa: muito elevado
incompleta: pouco elevado
Cisto tecaluteínico em mola hidatiforme:
Completa: comum
incompleta: raro
USG em mola hidatiforme:
Completa: ecos amorgos
Incompleta: ecos dispersos/ presença de feto
Possibilidade NTG (neoplasia) em mola hidatiforme:
completa: 10 a 30%
Incompleta: 5 a 10%
Formação tecidual da mola completa e incompleta:
Completa: todo tecido é trofoblástico, sem feto
Incompleta: Tecido trofoblástico e tecido fetal ou embrionário
Diagnóstico de mola hidatiforme:
USG: tempestade de neve
Laboratorial: beta-hCG > 200000 mUI/ml - mola completa
Condutas na mola hidatiforme:
Vacuoaspiração: é o procedimento de escolha; menos risco de perfuração
Alternativas: AMIU e curetagem: AMIU tem menos risco de perfuração que a curetagem
Indicação de histerctomia total profilátical na mola hidatiforme:
prole completa e + 40 anos
fatores de risco de progressão
hemorragia incoercível
lembrar de manter os ovários (mesmo com cisto tecaluteínico)
Controle do b-hCG pós-molar:
semanal até zerar (3 negativas)
1a dosagem quinzenal - mensalmente até 6m do 1 ° resultado negativo
Controle pós-molar além do b-hCG:
acompanhamento clínico
acompanhamento USG
RX de tórax
anticoncepção (fundamental) - para não confundir com gravidez
Quando pensar em neoplasia trofoblástica:
b-hCG: elevação por duas semanas, estabilização dos níveis por 3s (platô), ausência de negativação com 6m
Surgimento de metástase (vagina, pulmão)
USG com imagem intramiometrial
RI e PI das aa. uterinas baixas
Classificação da neoplasia trofoblástica:
Mola invasoras: 70 a 90%; sequela da mola hidatiforme
Coriocarcinoma: 10 a 30% dos casos; pós-mola, aborto, gestação a termo ou ectópica
Tumor trofoblástico: raro; dele hLP
Tratamento da neoplasia trofoblástica:
Limitada ao útero - monoquimioterapia
metástase - score <= 6 - considerar mono
metástase com score >= 7: poliquimioterapia
Forma mais comum de DHPN:
Sistema ABO (25 a 30% das gestações), mas geralmente não é grave
Características da incompatibilidade ABO:
Não há necessidade de contato prévio para criar anticorpos
Hemólise branda
protege o feto contra incompatibilidade Rh - destroem as hemácias fetais
Características do sistema Rh:
antígenos D, C e E - o D é o mais importante (causa doença mais grave)
Formas graves de DHPN
Formação de Ac necessita de contato prévio
Variante DU do sistema Rh:
Expressão fraca do antígeno D Rh negativo, funciona com Rh positivo Testar as Rh - para variante DU: se for + > não tem DHPN se for - > pode fazer anticorpos D, C e E - causa DHPN
Antígenos atípicos para DHPN:
Não Rh ou ABO
São raras
associada a hemotransfusão
maioria não produz DHPN grave
Quadro clínico da DHPN: (5)
anemia fetal
eritropoiese extramedular (fígado e baço)
baixa viscosidade sanguínea
hipercinesia - aumenta o DC - tentando compensar anemia
Hidropasia: perde o controle de seus fluídos
óbito fetal
Em quem devo fazer o coombs indireto:
gestante Rh - com parceiro Rh +
Conduta no boombs indireto negativo:
fazer no início - deu negatio
repetir exame com 28, 32, 36 e 40s
repetir no pós-parto - pode sensibilizar no parto
Conduta no coombs indireto positivo <= 1:8:
repetir mensalmente
anemia não é grave
Conduta no coombs indireto positivo > 1:8:
avaliação da anemia fetal
Exames solicitados para avaliação da anemia fetal:
Espectofotometria
cordocentese
Dopplervelocimetria
Características da especofotometria (aminiocentese):
Predição da anemia - é invasivo
estima concentração de bilirrubina no líquido amniótico (densidade ótica)
Gráfico de Queenan
Característica da cordocentese para avaliação da anemia fetal:
Padrão-ouro: invasivo
Permite dosagem da hemoglobina
permite terapêutica
indicado quando há alteração na espectofotrometria ou doppler
Características da dopplervelocimetria na avaliação da anemia fetal:
Rastreamento de escolha
Consiste no estudo da resposta hemodinâmica do bb - circulação hiperdinâmica de resposta
Calcular a velociade do sangue que está passando na a. cerebral média
Conduta em caso de gestação anterior com DHPN grave:
pula a análise do coombs indireto e já vai para análise da anemia fetal
Indicações de tratamento da anemia fetal:
Doppler da ACM Vmax > 1,5 MoM
Espectofotometria na zona 3 de Queenam
Hidropsia fetal - nem precisa de exames
Tempo limite para fazer transfusão intracelular (Cordocentese):
até 34 semanas
Conduta na anemia fetal após 34s:
Parto > exsanguineotransfusão
Indicações de profilaxia para DHPN com Im anti-D:
Apenas para gestantes não sensibilizadas após o parto (72h no máximo) hemorragia na gestação procedimento invasivo (aminiocentese) Fazer com 28s para todas não sensibilizadas - Não é consenso (o MS não libera para todas)
Profilaxia DNPN pós parto:
Teste de Kleihauer (buscar hemácias fetais na circulação materna); Coombs indireto - avaliar se há ac. circulante ou se a imunoglubilina foi eficaz (com 28s)
Se positivo - está suscetível - receber Img.
Definição de descolamente prematuro de placente (DPP):
Separação da placenta normoinserida com mais de 20s e antes do parto
Classificação de DPP, gruas 0 e 1:
Grau 0: assintomático, diagnóstico histopatológico
Grau 1 (leve): sangramento discreto, sem hipertonia uterina
Grau II de DPP:
Grau intermediário
Clássico
Sangramento moderado, hipertonia uterina
Com sofrimento fetal/ atonia uterina pós-parto
DPP grau III:
Sangramento importante, óbito fetal
IIIA: sem coagulopatia
IIIB: com coagulopatia
Fisiopatologia da DPP:
Hemorragia decidual/hematoma placentário devido a HAS > hipertonia uterina, contrações/hipertonia uterina pós-parto (útero de Couvelaire) > consumo de fatores de coagulação/ entrada de tromboplastina > CIVD
Fatores de risco traumático para DPP:
Versão fetal externa (tentativa de rodar o bb)
Retração uterina intensa (polidramnia e rompimento de bolsa)
miomatose uterina
traumatismo abdominal - causa traumática mais associada
Fatores de risco não traumáticos para DPP:
Sd. hipertensivas - principal fator associado (não tem na placenta prévia)
Tabagismo e cocaína
Rupreme, coriamnionite
idade > 35 anos
Quadro clínico de DPP: (4)
dor abdominal
sangramento vaginal escuro (coagulado) - 20% não tem sangramento (é oculto)
Hemoâmnio (sangue no líquido amniótico)
Coagulopatia: não é comum, mas é grave
DPP - exame físico:
Hipertensão em 50%
Hipertonia uterina
Pulso paradoxal de Boero (sangramento intenso e FC normal)
Parto em alude: evolução muito rápida - pode ter sofrimento ou óbito fetal
Exames de imagem na DPP:
não faz, o diagnóstico é CLÍNICO!
Exames laboratoriais para acompanhamento de DPP:
hemograma, plaquetopenia
tipagem sanguínea (pensando em transfusão)
coagulograma > pensando em CIVD
rotina de doença hipertensiva: creatina, ac. úrico, LDH, TGO/TGP
Teste de Weiner:
Coágulo em 5-10min, firme por 15 min - não tem distúrbio de coagulação
Não se forma coágulo em 10min: Hipofibrinogemia grave
Conduta no DPP:
depende da vitalidade fetal:
DPP - feto vivo - cesariana
DPP - feto morto - parto vaginal
feto vivo e parto iminente > vaginal (o importante é a via mais rápida)
feto morto - parto não iminente (longe do parto) > cesariana
Uso da amniotomia na DPP:
Serve para cesárea e vaginal
no parto vaginal é obrigatório
Vantagens da aminiotomia: (7)
diminui a compressão da cava inferior
dificulta a amplificação do descolamento
melhora hipertonia, coordena contrações
identifica hemoâmnio
diminui a pressão intrauterina
diminui o risco de coagulopatia > cesárea
Induz ou acelera o trabalho de parto
Complicações da DPP:
choque hipovolêmico IRA Necrose hipofisária - Sd. Sheehan CIVD útero de Couvelaire - atonia uterina
Definição de placenta prévia:
Implantação de qualquer parte da placenta no seguimento inferior do útero após 28 semanas
Classificação de placenta prévia:
Marginal: tangencia a orifício interno
Parcial: parte do orifício interno tamponado
Total: todo o orifício interno obstruído
Inserção baixa: não encosta no orifício interno, mas está no seguimento inferior do útero
Fisiopatologia da PP:
Todo útero mal oxigenado - o local mais oxigenado é o fundo uterino, se o útero está mal oxigenado, a migração uterina é prejudicada
Fatores de risco para PP: (7)
multiparidade endometriose Abortamento provocado (curetagem) Tabagismo Cicatrizes uterinas prévias (áreas que não fazem troca) Grande volume placentário Idade > 35 anos em resumo: tudo que atrapalha oxigenação
Quadro clínico de PP:
Sangramento vaginal vermelho vivo (não existe sangue oculto)
Indolor
Espontâneo
Parada espontânea
Exame físico na PP:
Tônus uterino normal: hipertonia é DPP
BCF sem alterações - sem sofrimento (obs: bcf < 110 é sofrimento fetal)
exame especular identifica fonte
toque vaginal é proibido: aumenta o sangramento
Exame de imagem na PP:
diferente da DPP, deve-se fazer para confirmar PP
USG: para ver onde está a placenta; vai estar entre o colo e a apresentação; pode ser abdominal ou transvaginal (método de ecolha)
Dopplerfluxometria: avaliação do acretismo placentário
RNM: alta acurácia, similar à USG; avaliação do acretismo placentário
Diferença de sangramento da DPP e PP:
DPP: escuro, súbito
PP: vivo, recorrente
Sofrimento fetal em DPP e PP:
DPP: comum, pode ter óbito fetal
PP: raro
Hipertonia uterina em DPP e PP:
DPP: comum
PP: ausente
Hipertensão em DPP e PP:
DPP: comum
PP: ausente
Repercussão para gestante em DPP e PP:
DPP: hipovolemia, CIVD
PP: pouca repercussão
Manejo na PP:
hemorragia importante/gestação a termo > parto
Hemorragia leve/gestação pré-termo: expectante até o termo
Via de parto na PP:
PP total: cesariana, mesmo com feto morto
PP parcial: cesariana - paciente multípara, trabalho de parto avançado (até pode fazer vaginal)
PP marginal: parto vaginal é permitido, mas não é obrigatório; tem que fazer amniotomia - amniotomia não deve ser feito em PP parcial ou total
Complicações da PP: (6)
Acretismo placentário: invade além da decídua, chega na camada esponjosa - não consigo descolar Atonia uterina Infecção puerperal Parto prematuro Apresentações anômalas Discenesias uterinas
Diagnósticos diferenciais de sangramento da segunda metade da gestação: (4)
Acretismo placentário
Rotura uterina
Rotura de vasa prévia
Rotura de seio marginal
Classificação de acretismo placentário:
Placenta acreta: até a camada esponjosa
Placenta increta: até o miométrio
Placenta percreta: até a serosa - mais grave
Fatores de risco para acretismo placentário:
Placenta prévia: todos os fatores de risco para PP viram FR para acretismo
Cesariana anterior
Quadro clínico de Acretismo placentário: (3)
Hemorragias na tentativa do secundamento
Hematúria - placenta percreta (até a bexiga)
Rotura uterina
A exceção da placenta percreta, não há manifestação durante a gestação
Exames solicitados para o diagnóstico de acretismo placentário:
USG: no pré-natal
Dopplerfluxometria
RNM
Cuidados pré-operatórios no acretismo placentário:
Programar interrupção eletiva (cesárea)
Reserva de sangue - sangra demais
UTI
Equipe preparada
Conduta no acretismo placentário:
Ideal: histerectomia total abdominal
Placenta acreta, prole incompleta: remoção manual (somente a acreta); metotrexate
Complicações da placenta acreta: (5)
CIVD SARA IR Iatrogenias cirúrgicas Morte todas são complicações do sangramento
Classificação da rotura uterina:
Rotura parcial ou incompleta: preserva a serosa uterina, associada à deiscência da cicatriz uterina
Rotura completa ou total: incluindo a serosa (comunicação abdominal); espontânea ou traumática
Fatores de risco para rotura uterina: (7)
Cirurgia miometrial trauma uterino malformações congênitas Parto obstruído sobredistensão uterina ocitócitos, prostaglandinas manobra de Kristeller
Quadro clínico da rotura uterina durante a gravidez:
não é comum
abdome agudo
hemorragia abdominal
irritação peritoneal
QC de rotura uterina durante o parto:
Sd. Bandl-Frommel: sinais de iminência de rotura uterina
Bandl: útero em formato de ampulheta; separação da parte superior e inferior
Frommel: ligamentos redondos palpáveis
Sinais de rotura uterina consumada: (6)
Dor súbita lacinante
Parada do trabalho de parto
Hemorragia (abdominal, vagina)
Coque hipovolêmico
Sinal de Clark: enfisema subcutâneo (ar na cavidade)
Sinal de Reasens: subida da apresentação
sofrimento fetal/óbito fetal
Manejo na rotura uterina:
Iminência de rotura: cesariana; uterolíticos (parar contrações)
Rotura consumada: rafia uterina (rotura incompleta); histerectomia (rotura completa ou prole constituída)
Definição de rotura de vasa prévia:
trauma de vasos prévios, geralmente inseridos na placenta de forma anômala
vaso prévio: abaixo da apresentação
Fatores de risco para Rotura de vasa prévia:
Inserção velamentosa do cordão umbilical - sem proteção da geleia de Uorton (principal fator) - PP
Placenta bilobada
Placenta sucenturiada
Quadro clínico da rotura de vasa prévia:
Hemorragia no momento da aminiorrexe
sofrimento/óbito fetal (muito rápido)
Exame de imagem na rotura de vasa prévia:
O diagnóstico é clínico
US/doppler - inserção marginal - faz antes de romper
Prognóstico da rotura de vasa prévia:
É melhor quando rompe a artéria umbilical; a veia é pior
Conduta em rotura de vasa prévia:
Cesárea (BCF, depois cesárea)
Definição de rotura do seio marginal:
Trauma da periferia do espaço interviloso (área de troca materno-fetal)
QC de Rotura do seio marginal:
Pequeno sangramento vaginal, vermelho vivo Periparto Indolor Sem hipertonia ou sofrimento fetal Placenta normoposicionada Diagnóstico de exclusão
Conduta em rotura do seio marginal:
observação
não tem repercussão
Doenças endócrinas que podem acarretar em aborto:
Insuficiência lútea (repor progesterona)
Doença da tireoide - caso grave de hipotireoidismo
DM
SOP
Solicitação do coombs direto:
Deve ser solicitado para o RN com doença hemolítica perinatal
Avalia ac. ligados a hemácias
Em qual trompa a torção anexial é mais frequente:
Direto - devido ao maior ligamento útero-ovariano e maior dificuldade de mobilização do ovário esquerdo devido ao sigmoide
Melhor exame para diagnosticar acretismo placentário:
USG é o mais pedido, mas o melhor é a RNM
Vejo:
abaulamento uterino
sinal de intensidade heterogênea na placenta
bandas escuras intraplacentárias
Na presença de pré-eclâmpsia precoce sempre pensar em…
mola hidatiforme
Local mais comum de metástase do cariocarcinoma:
Pulmão