Sangramentos na Gravidez Flashcards
Definição de abortamento:
Interrupção da gravidez com feto < 500 ou IG < 20s - há controversas
Principal causa de abortamento:
Cromossomopatias:
Trissomia do 16 seguida de outras trissomias - depois vem a monossomia do X (turner)
Desordens anatômicas que geram aborto:
IIC
Malformações (útero bicorno, didelfo, septado)
Sinéquias (devido a Sd. Asherman)
Etiologias do abortametno: (5)
Cromossomias
Desordens anatômicas
Doenças endócrinas
Infeções - não é muito frequente de abortamento precoce
Distúrbios imunológicos: Sd. antifosfolipídeo
Clínica da Sd. antifosfolipídeo: (4)
Abortamento de repetição
óbito fetal, pré-eclâmpsia
Trombose venosa e arterial
Associação com Lúpus
Diagnóstico de Sd. antifosfolipídeo:
1 clínico + 1 laboratorial: Clínico: TVP ou trombose arterial ou óbito fetal após 10 semanas Parto pré-maturo por pré-eclâmpsia < 34 semanas Três ou mais abortamentos < 10s
Laboratorial: Lúpus anticoagulante, anticardiolipina IgG ou IgM
Tratamento da Sd. antifosfolipídeo:
SAF com critérios obstétricos: sem TVP
AAS (baixas doses) + heparina profilática ao longo da gestação
SAF com história de trombose:
AAS (doses altas) + heparina em doses terapêuticas
o desfecho é favorável em 80% dos casos
Classificação do abortamento quanto ao tempo:
Precoce: até 12 semanas - pensar em causa cromossômica
Tardia: 12-20 semanas - pensar em SAF
Habitual: 3 ou mais consecutivas - pensar em IIC ou SAF
Características da ameaça de abortamento: (5)
Sangramento e dor discretos beta-hCG positivo útero: compatível com IG colo uterino: fechado USG: BCE presente
Conduta na ameaça de abortamento:
sintomáticos/abstinência sexual/repouso
progesterona é controverso
Características do abortamento inevitável:
Sangramento intenso, cólicas beta-hCG positivo - pode ser diminuído ou decrescente Útero: compatível com IG colo uterino: aberto USG: BCF presente ou não
Conduta no abortamento inevitável:
Aguardar (até 8 semanas)
Esvaziamento uterino
Imunoglobulina anti-Rh
Características do abortamento completo:
sangramento discreto, dor ausente beta hCG negativo ou em queda útero: menor que IG colo uterino: fechado USG: útero vazio
Conduta no abortamento completo:
Imunoglobulina anti-Rh
Características do abortamento incompleto:
Sangramento variável, cólicas beta-hCG: negativo ou em queda útero: menor que IG Colo uterino: aberto (mais comum) ou fechado USG: restos ovulares (parte do SG)
Conduta no abortamento incompleto:
Esvaziamento uterino
imunoglobulina anti-Rh
Características do abortamento infectado:
É uma complicação do abortamento incompleto Sangramento fétido, dor abdominal, febre beta-hCG negativo útero: amolecido, doloroso Colo uterino: aberto USG: restos ovulares + febre
Conduta no abortamento infectado:
Gentamicina + Clindamicina
esvaziamento uterino
imunoglobulina anti-Rh
Características do abortamento retido:
Sangramento e dor ausentes - praticamente assintomática beta-hCG: negativo ou em queda útero: menor que IG colo uterino: fechado USG: embrião sem BCE
Conduta no abortamento retido:
repetir USG (confirmatório > 5 mm de CCN tem que ter BCE)
Esvaziamento uterino
imunoglobulina anti-Rh
Características do ovo anembrionado:
é um tipo de abortamento retido
ausência de embrião em SG íntegro
USG: SG > 25 mm sem embrião ou > 20 mm sem vesícula
útero: fechado
Conduta ovo anembrionado:
Esvaziamento uterino
Im anti-Rh - questionável
Tipos de esvaziamentos cirúrgicos:
AMIU: aspiração manual intrauterina
Curetagem uterina
Vacuaspiração, microcesariana
Características do AMIU:
Método de escolha até 12 semanas
menor risco de perfuração
Características da curetagem uterina:
IG > 12 semanas
maior risco de perfuração que amiu
Método de escolha no esvaziamento cirúrgico na doença trofobástica gestacional:
vacuaspiração
Caraterísticas do esvaziamento clínico com ocitocina:
Melhor em > 16 semanas
expulsão do feto, paralelamente ao tratamento cirúrgico - para diminuir o risco de perfuração
Método de escolha para esvaziamento uterino clínico em > 12 semanas:
misoprostol
complementar ao tto cirúrgico
Quando realizar conduta expectante em abortamento:
6 a 8 semanas, estáveis, sangramento discreto
abortamento inevitável
abortamento incompleto (mais raramente)
Quando pensar em IIC:
Abortamento tardio
Perdas gestacionais indolores
aminiorrexe precoce
feto morfologicamente normal
Definição de IIC:
Falha no orifício interno em manter a gestação
Fatores predisponentes pra IIC: (4)
amputação do colo
dilatação do colo
fatores congênitos: pacientes que foram expostos intraútero ao dietiletilbestrol
Partos laboriosos
Diagnóstico de IIC fora da gravidez:
Histerossalpingografia
histeroscopia
passagem da vela Hegar 8
Diagnóstico de IIC durante a gravidez:
dilatação do colo indolor
USG: encurtamento do colo, dilatação cervical
Tratamento da IIC:
Cerclagem uterina: entre 12 e 16 semans
Contraindicações absolutas ao uso de misoprostol:
Gravidez ectópica
Doença trofoblástica gestacional
alto risco de rotura uterina
Alergias a prostaglandinas
Indicação de aborto voluntário com risco de vida para a gestante:
Abortamento terapêutico
atestado por 2 médicos
notificação da comissão de ética do hospital
Características do aborto voluntário em caso de violência sexual:
Permitida após informar a unidade de saúde
Não precisa de BO ou autorização judicial
objeção de consciência é direito do médico
pode ser feito até 20 semananas
Características do abortamento em caso de anencefalia:
Descriminalizado pelo STG em 2012
Interrupção em qualquer IG
diagnóstico USG com duas fotografias (sagital e transversal)
Laudo assinado por 2 médicos
1a causa de mortalidade no 1° TRI em países desenvolvidos:
gestação ectópica
Local mais comum de gestação ectópica:
Trompa (95%) - na trompa o local mais comum é a ampola, seguida do istmo
Fatores de alto risco para gestação ectópica:
cirurgia tubária prévia DIU (risco relativo) gestação ectópica prévia DIP endometriose exposição ao dietilestilbestrol
Locais possíveis de gestação tubária:
Ovariana
cornual: corno do útero
cervical - colo do útero
abdominal
Sintomas clássicos de gestação tubária:
dor abdominal + comum amenorreia - ausente em 1/3 dos casos sangramento vaginal (variável) decorrente da baixa hormonal
Clínica da gestação ectópica subaguda:
dor abdominal amenorreia sangramento vaginal 70% dos casos, na região ampular sem instabilidade abdominal
Clínica da gestação ectópica aguda:
30% dos casos, região ístmica
Sinal de Laflon: dor no ombro por irritação do nervo frênico
Sinla de Cullen: equimose periumbilical
Sinal de Blumberg: descompressão doloroso - irritação peritoneal
Sinal de Proust: toque no fundo de saco de Douglas - grito de Douglas
Instabilidade hemodinâmica: não é obrigatório
Exames solicitados para diagnóstico de gestação tubária:
US + beta-hCG
Limite discriminatório do beta-hCG:
> = 1500 é obrigatório achar o SG, se o útero estiver vazio é gestação ectópica
< 1500 repetir USG
Achados US na gestação ectópica:
saco gestacional em anexo - é diagnóstico
anel tubário
pseudossaco gestacional
dopplerfluxometria - na região da implantação
Exames que podem ser solicitados na gestação ectópica além da b-hCG e US:
Culdocentese: aspirar fundo de saco (presença de sangue)
progesterona < 10 ng/ml
curetagem uterina
laparoscopia
variáveis no tratamento da gestação ectópica:
estabilidade integridade das trompas desejo das trompas desejo de nova gravidez características do SG acesso a diferentes terapias
Conduta em gestação ectópica com instabilidade hemodinâmica:
laparotomia com salpingectomia (não dá pra salvar a trompa)
Indicação de salpingectomia:
sangramento incontrolável
ectopia recorrente
trompa muito lesada
Indicações de salpingostomia: enucleação do ovo com conservação da trompa:
trompa contralateral doente
manutenção do desejo reprodutivo
gestação tubária de pequenas dimensões
Condições associadas a melhores resultados do metotrexate:
SG < 3,5 cm
Embrião sem atividade cardíaca
beta-hCG < 5000 mUI/ml
Sem isso aumenta a taxa de falha, mas não é contraindicação
Métodos de administração do metotrexate em gestação ectópica:
Injeção direta sobre o ovo - muito invasivo
Intramuscular dose única: dosar b-hCG no 4° e 7°, espera-se uma queda de 15%, se não houve repete a dose de 50 mg/m2
Intramuscular em dias alternados: dosagem do b-hCG diariamente até uma queda de 15%
Conduta expectante em gestação ectópica:
É exceção
Níveis baixos de b-hCG (< 1000mUI/ml)
estáveis hemodinamicamente
Hormônios produzidos pelo sinciciotrofoblasto e trofoblasto intermediário:
Sinciciotrofoblasto: hCG
Trofoblasto intermediário: hormônio lactogênio placentário
Tipos de doença trofoblástica:
Benigna (mola hidatiforme): completa ou incompleta
Maligna (neoplasia trofoblástica gestacional): mola invasora coriocarcinoma e tumor trofoblástico do sítio placentário
Fatores de risco para doença trofoblástica: (5)
Idade > 40 anos mola hidatiforme anterior inseminação artificial tabagismo abortamentos prévios
Manifestações clínicas (mola hidatiforme): (7)
sangramento vaginal - recorrente náuseas e vômitos: icoercíveis útero amolecido, maior que IG (sanfona) emissão de vesículas - patognomônico pré-eclâmpsia precoce: < 20 semanas cistos tecaluteínicos hipertireoidismo
Cariótipo de mola completa e icompleta:
Completa: diploide - 46XX/XY
Incompleta: triploide - 69XXY/XXX/XYY