Sangramentos na Gravidez Flashcards

1
Q

Definição de abortamento:

A

Interrupção da gravidez com feto < 500 ou IG < 20s - há controversas

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2
Q

Principal causa de abortamento:

A

Cromossomopatias:

Trissomia do 16 seguida de outras trissomias - depois vem a monossomia do X (turner)

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3
Q

Desordens anatômicas que geram aborto:

A

IIC
Malformações (útero bicorno, didelfo, septado)
Sinéquias (devido a Sd. Asherman)

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4
Q

Etiologias do abortametno: (5)

A

Cromossomias
Desordens anatômicas
Doenças endócrinas
Infeções - não é muito frequente de abortamento precoce
Distúrbios imunológicos: Sd. antifosfolipídeo

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5
Q

Clínica da Sd. antifosfolipídeo: (4)

A

Abortamento de repetição
óbito fetal, pré-eclâmpsia
Trombose venosa e arterial
Associação com Lúpus

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6
Q

Diagnóstico de Sd. antifosfolipídeo:

A
1 clínico + 1 laboratorial:
Clínico: 
TVP ou trombose arterial ou 
óbito fetal após 10 semanas
Parto pré-maturo por pré-eclâmpsia < 34 semanas
Três ou mais abortamentos < 10s 

Laboratorial: Lúpus anticoagulante, anticardiolipina IgG ou IgM

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7
Q

Tratamento da Sd. antifosfolipídeo:

A

SAF com critérios obstétricos: sem TVP
AAS (baixas doses) + heparina profilática ao longo da gestação

SAF com história de trombose:
AAS (doses altas) + heparina em doses terapêuticas

o desfecho é favorável em 80% dos casos

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8
Q

Classificação do abortamento quanto ao tempo:

A

Precoce: até 12 semanas - pensar em causa cromossômica
Tardia: 12-20 semanas - pensar em SAF
Habitual: 3 ou mais consecutivas - pensar em IIC ou SAF

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9
Q

Características da ameaça de abortamento: (5)

A
Sangramento e dor discretos
beta-hCG positivo
útero: compatível com IG
colo uterino: fechado
USG: BCE presente
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10
Q

Conduta na ameaça de abortamento:

A

sintomáticos/abstinência sexual/repouso

progesterona é controverso

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11
Q

Características do abortamento inevitável:

A
Sangramento intenso, cólicas
beta-hCG positivo - pode ser diminuído ou decrescente
Útero: compatível com IG
colo uterino: aberto
USG: BCF presente ou não
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12
Q

Conduta no abortamento inevitável:

A

Aguardar (até 8 semanas)
Esvaziamento uterino
Imunoglobulina anti-Rh

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13
Q

Características do abortamento completo:

A
sangramento discreto, dor ausente
beta hCG negativo ou em queda
útero: menor que IG
colo uterino: fechado
USG: útero vazio
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14
Q

Conduta no abortamento completo:

A

Imunoglobulina anti-Rh

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15
Q

Características do abortamento incompleto:

A
Sangramento variável, cólicas
beta-hCG: negativo ou em queda
útero: menor que IG
Colo uterino: aberto (mais comum) ou fechado
USG: restos ovulares (parte do SG)
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16
Q

Conduta no abortamento incompleto:

A

Esvaziamento uterino

imunoglobulina anti-Rh

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17
Q

Características do abortamento infectado:

A
É uma complicação do abortamento incompleto
Sangramento fétido, dor abdominal, febre
beta-hCG negativo
útero: amolecido, doloroso
Colo uterino: aberto
USG: restos ovulares + febre
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18
Q

Conduta no abortamento infectado:

A

Gentamicina + Clindamicina
esvaziamento uterino
imunoglobulina anti-Rh

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19
Q

Características do abortamento retido:

A
Sangramento e dor ausentes - praticamente assintomática
beta-hCG: negativo ou em queda
útero: menor que IG
colo uterino: fechado
USG: embrião sem BCE
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20
Q

Conduta no abortamento retido:

A

repetir USG (confirmatório > 5 mm de CCN tem que ter BCE)
Esvaziamento uterino
imunoglobulina anti-Rh

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21
Q

Características do ovo anembrionado:

A

é um tipo de abortamento retido
ausência de embrião em SG íntegro
USG: SG > 25 mm sem embrião ou > 20 mm sem vesícula
útero: fechado

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22
Q

Conduta ovo anembrionado:

A

Esvaziamento uterino

Im anti-Rh - questionável

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23
Q

Tipos de esvaziamentos cirúrgicos:

A

AMIU: aspiração manual intrauterina
Curetagem uterina
Vacuaspiração, microcesariana

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24
Q

Características do AMIU:

A

Método de escolha até 12 semanas

menor risco de perfuração

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25
Características da curetagem uterina:
IG > 12 semanas | maior risco de perfuração que amiu
26
Método de escolha no esvaziamento cirúrgico na doença trofobástica gestacional:
vacuaspiração
27
Caraterísticas do esvaziamento clínico com ocitocina:
Melhor em > 16 semanas | expulsão do feto, paralelamente ao tratamento cirúrgico - para diminuir o risco de perfuração
28
Método de escolha para esvaziamento uterino clínico em > 12 semanas:
misoprostol | complementar ao tto cirúrgico
29
Quando realizar conduta expectante em abortamento:
6 a 8 semanas, estáveis, sangramento discreto abortamento inevitável abortamento incompleto (mais raramente)
30
Quando pensar em IIC:
Abortamento tardio Perdas gestacionais indolores aminiorrexe precoce feto morfologicamente normal
31
Definição de IIC:
Falha no orifício interno em manter a gestação
32
Fatores predisponentes pra IIC: (4)
amputação do colo dilatação do colo fatores congênitos: pacientes que foram expostos intraútero ao dietiletilbestrol Partos laboriosos
33
Diagnóstico de IIC fora da gravidez:
Histerossalpingografia histeroscopia passagem da vela Hegar 8
34
Diagnóstico de IIC durante a gravidez:
dilatação do colo indolor | USG: encurtamento do colo, dilatação cervical
35
Tratamento da IIC:
Cerclagem uterina: entre 12 e 16 semans
36
Contraindicações absolutas ao uso de misoprostol:
Gravidez ectópica Doença trofoblástica gestacional alto risco de rotura uterina Alergias a prostaglandinas
37
Indicação de aborto voluntário com risco de vida para a gestante:
Abortamento terapêutico atestado por 2 médicos notificação da comissão de ética do hospital
38
Características do aborto voluntário em caso de violência sexual:
Permitida após informar a unidade de saúde Não precisa de BO ou autorização judicial objeção de consciência é direito do médico pode ser feito até 20 semananas
39
Características do abortamento em caso de anencefalia:
Descriminalizado pelo STG em 2012 Interrupção em qualquer IG diagnóstico USG com duas fotografias (sagital e transversal) Laudo assinado por 2 médicos
40
1a causa de mortalidade no 1° TRI em países desenvolvidos:
gestação ectópica
41
Local mais comum de gestação ectópica:
Trompa (95%) - na trompa o local mais comum é a ampola, seguida do istmo
42
Fatores de alto risco para gestação ectópica:
``` cirurgia tubária prévia DIU (risco relativo) gestação ectópica prévia DIP endometriose exposição ao dietilestilbestrol ```
43
Locais possíveis de gestação tubária:
Ovariana cornual: corno do útero cervical - colo do útero abdominal
44
Sintomas clássicos de gestação tubária:
``` dor abdominal + comum amenorreia - ausente em 1/3 dos casos sangramento vaginal (variável) decorrente da baixa hormonal ```
45
Clínica da gestação ectópica subaguda:
``` dor abdominal amenorreia sangramento vaginal 70% dos casos, na região ampular sem instabilidade abdominal ```
46
Clínica da gestação ectópica aguda:
30% dos casos, região ístmica Sinal de Laflon: dor no ombro por irritação do nervo frênico Sinla de Cullen: equimose periumbilical Sinal de Blumberg: descompressão doloroso - irritação peritoneal Sinal de Proust: toque no fundo de saco de Douglas - grito de Douglas Instabilidade hemodinâmica: não é obrigatório
47
Exames solicitados para diagnóstico de gestação tubária:
US + beta-hCG
48
Limite discriminatório do beta-hCG:
>= 1500 é obrigatório achar o SG, se o útero estiver vazio é gestação ectópica < 1500 repetir USG
49
Achados US na gestação ectópica:
saco gestacional em anexo - é diagnóstico anel tubário pseudossaco gestacional dopplerfluxometria - na região da implantação
50
Exames que podem ser solicitados na gestação ectópica além da b-hCG e US:
Culdocentese: aspirar fundo de saco (presença de sangue) progesterona < 10 ng/ml curetagem uterina laparoscopia
51
variáveis no tratamento da gestação ectópica:
``` estabilidade integridade das trompas desejo das trompas desejo de nova gravidez características do SG acesso a diferentes terapias ```
52
Conduta em gestação ectópica com instabilidade hemodinâmica:
laparotomia com salpingectomia (não dá pra salvar a trompa)
53
Indicação de salpingectomia:
sangramento incontrolável ectopia recorrente trompa muito lesada
54
Indicações de salpingostomia: enucleação do ovo com conservação da trompa:
trompa contralateral doente manutenção do desejo reprodutivo gestação tubária de pequenas dimensões
55
Condições associadas a melhores resultados do metotrexate:
SG < 3,5 cm Embrião sem atividade cardíaca beta-hCG < 5000 mUI/ml Sem isso aumenta a taxa de falha, mas não é contraindicação
56
Métodos de administração do metotrexate em gestação ectópica:
Injeção direta sobre o ovo - muito invasivo Intramuscular dose única: dosar b-hCG no 4° e 7°, espera-se uma queda de 15%, se não houve repete a dose de 50 mg/m2 Intramuscular em dias alternados: dosagem do b-hCG diariamente até uma queda de 15%
57
Conduta expectante em gestação ectópica:
É exceção Níveis baixos de b-hCG (< 1000mUI/ml) estáveis hemodinamicamente
58
Hormônios produzidos pelo sinciciotrofoblasto e trofoblasto intermediário:
Sinciciotrofoblasto: hCG | Trofoblasto intermediário: hormônio lactogênio placentário
59
Tipos de doença trofoblástica:
Benigna (mola hidatiforme): completa ou incompleta | Maligna (neoplasia trofoblástica gestacional): mola invasora coriocarcinoma e tumor trofoblástico do sítio placentário
60
Fatores de risco para doença trofoblástica: (5)
``` Idade > 40 anos mola hidatiforme anterior inseminação artificial tabagismo abortamentos prévios ```
61
Manifestações clínicas (mola hidatiforme): (7)
``` sangramento vaginal - recorrente náuseas e vômitos: icoercíveis útero amolecido, maior que IG (sanfona) emissão de vesículas - patognomônico pré-eclâmpsia precoce: < 20 semanas cistos tecaluteínicos hipertireoidismo ```
62
Cariótipo de mola completa e icompleta:
Completa: diploide - 46XX/XY Incompleta: triploide - 69XXY/XXX/XYY
63
Presença de feto em mola completa e incompleta:
Completa: não tem - presença de vesículas incompleta: pode ter ou não
64
b-hCG em mola completa e incompleta:
completa: muito elevado incompleta: pouco elevado
65
Cisto tecaluteínico em mola hidatiforme:
Completa: comum incompleta: raro
66
USG em mola hidatiforme:
Completa: ecos amorgos Incompleta: ecos dispersos/ presença de feto
67
Possibilidade NTG (neoplasia) em mola hidatiforme:
completa: 10 a 30% Incompleta: 5 a 10%
68
Formação tecidual da mola completa e incompleta:
Completa: todo tecido é trofoblástico, sem feto Incompleta: Tecido trofoblástico e tecido fetal ou embrionário
69
Diagnóstico de mola hidatiforme:
USG: tempestade de neve Laboratorial: beta-hCG > 200000 mUI/ml - mola completa
70
Condutas na mola hidatiforme:
Vacuoaspiração: é o procedimento de escolha; menos risco de perfuração Alternativas: AMIU e curetagem: AMIU tem menos risco de perfuração que a curetagem
71
Indicação de histerctomia total profilátical na mola hidatiforme:
prole completa e + 40 anos fatores de risco de progressão hemorragia incoercível lembrar de manter os ovários (mesmo com cisto tecaluteínico)
72
Controle do b-hCG pós-molar:
semanal até zerar (3 negativas) | 1a dosagem quinzenal - mensalmente até 6m do 1 ° resultado negativo
73
Controle pós-molar além do b-hCG:
acompanhamento clínico acompanhamento USG RX de tórax anticoncepção (fundamental) - para não confundir com gravidez
74
Quando pensar em neoplasia trofoblástica:
b-hCG: elevação por duas semanas, estabilização dos níveis por 3s (platô), ausência de negativação com 6m Surgimento de metástase (vagina, pulmão) USG com imagem intramiometrial RI e PI das aa. uterinas baixas
75
Classificação da neoplasia trofoblástica:
Mola invasoras: 70 a 90%; sequela da mola hidatiforme Coriocarcinoma: 10 a 30% dos casos; pós-mola, aborto, gestação a termo ou ectópica Tumor trofoblástico: raro; dele hLP
76
Tratamento da neoplasia trofoblástica:
Limitada ao útero - monoquimioterapia metástase - score <= 6 - considerar mono metástase com score >= 7: poliquimioterapia
77
Forma mais comum de DHPN:
Sistema ABO (25 a 30% das gestações), mas geralmente não é grave
78
Características da incompatibilidade ABO:
Não há necessidade de contato prévio para criar anticorpos Hemólise branda protege o feto contra incompatibilidade Rh - destroem as hemácias fetais
79
Características do sistema Rh:
antígenos D, C e E - o D é o mais importante (causa doença mais grave) Formas graves de DHPN Formação de Ac necessita de contato prévio
80
Variante DU do sistema Rh:
``` Expressão fraca do antígeno D Rh negativo, funciona com Rh positivo Testar as Rh - para variante DU: se for + > não tem DHPN se for - > pode fazer anticorpos D, C e E - causa DHPN ```
81
Antígenos atípicos para DHPN:
Não Rh ou ABO São raras associada a hemotransfusão maioria não produz DHPN grave
82
Quadro clínico da DHPN: (5)
anemia fetal eritropoiese extramedular (fígado e baço) baixa viscosidade sanguínea hipercinesia - aumenta o DC - tentando compensar anemia Hidropasia: perde o controle de seus fluídos óbito fetal
83
Em quem devo fazer o coombs indireto:
gestante Rh - com parceiro Rh +
84
Conduta no boombs indireto negativo:
fazer no início - deu negatio repetir exame com 28, 32, 36 e 40s repetir no pós-parto - pode sensibilizar no parto
85
Conduta no coombs indireto positivo <= 1:8:
repetir mensalmente | anemia não é grave
86
Conduta no coombs indireto positivo > 1:8:
avaliação da anemia fetal
87
Exames solicitados para avaliação da anemia fetal:
Espectofotometria cordocentese Dopplervelocimetria
88
Características da especofotometria (aminiocentese):
Predição da anemia - é invasivo estima concentração de bilirrubina no líquido amniótico (densidade ótica) Gráfico de Queenan
89
Característica da cordocentese para avaliação da anemia fetal:
Padrão-ouro: invasivo Permite dosagem da hemoglobina permite terapêutica indicado quando há alteração na espectofotrometria ou doppler
90
Características da dopplervelocimetria na avaliação da anemia fetal:
Rastreamento de escolha Consiste no estudo da resposta hemodinâmica do bb - circulação hiperdinâmica de resposta Calcular a velociade do sangue que está passando na a. cerebral média
91
Conduta em caso de gestação anterior com DHPN grave:
pula a análise do coombs indireto e já vai para análise da anemia fetal
92
Indicações de tratamento da anemia fetal:
Doppler da ACM Vmax > 1,5 MoM Espectofotometria na zona 3 de Queenam Hidropsia fetal - nem precisa de exames
93
Tempo limite para fazer transfusão intracelular (Cordocentese):
até 34 semanas
94
Conduta na anemia fetal após 34s:
Parto > exsanguineotransfusão
95
Indicações de profilaxia para DHPN com Im anti-D:
``` Apenas para gestantes não sensibilizadas após o parto (72h no máximo) hemorragia na gestação procedimento invasivo (aminiocentese) Fazer com 28s para todas não sensibilizadas - Não é consenso (o MS não libera para todas) ```
96
Profilaxia DNPN pós parto:
Teste de Kleihauer (buscar hemácias fetais na circulação materna); Coombs indireto - avaliar se há ac. circulante ou se a imunoglubilina foi eficaz (com 28s) Se positivo - está suscetível - receber Img.
97
Definição de descolamente prematuro de placente (DPP):
Separação da placenta normoinserida com mais de 20s e antes do parto
98
Classificação de DPP, gruas 0 e 1:
Grau 0: assintomático, diagnóstico histopatológico Grau 1 (leve): sangramento discreto, sem hipertonia uterina
99
Grau II de DPP:
Grau intermediário Clássico Sangramento moderado, hipertonia uterina Com sofrimento fetal/ atonia uterina pós-parto
100
DPP grau III:
Sangramento importante, óbito fetal IIIA: sem coagulopatia IIIB: com coagulopatia
101
Fisiopatologia da DPP:
Hemorragia decidual/hematoma placentário devido a HAS > hipertonia uterina, contrações/hipertonia uterina pós-parto (útero de Couvelaire) > consumo de fatores de coagulação/ entrada de tromboplastina > CIVD
102
Fatores de risco traumático para DPP:
Versão fetal externa (tentativa de rodar o bb) Retração uterina intensa (polidramnia e rompimento de bolsa) miomatose uterina traumatismo abdominal - causa traumática mais associada
103
Fatores de risco não traumáticos para DPP:
Sd. hipertensivas - principal fator associado (não tem na placenta prévia) Tabagismo e cocaína Rupreme, coriamnionite idade > 35 anos
104
Quadro clínico de DPP: (4)
dor abdominal sangramento vaginal escuro (coagulado) - 20% não tem sangramento (é oculto) Hemoâmnio (sangue no líquido amniótico) Coagulopatia: não é comum, mas é grave
105
DPP - exame físico:
Hipertensão em 50% Hipertonia uterina Pulso paradoxal de Boero (sangramento intenso e FC normal) Parto em alude: evolução muito rápida - pode ter sofrimento ou óbito fetal
106
Exames de imagem na DPP:
não faz, o diagnóstico é CLÍNICO!
107
Exames laboratoriais para acompanhamento de DPP:
hemograma, plaquetopenia tipagem sanguínea (pensando em transfusão) coagulograma > pensando em CIVD rotina de doença hipertensiva: creatina, ac. úrico, LDH, TGO/TGP
108
Teste de Weiner:
Coágulo em 5-10min, firme por 15 min - não tem distúrbio de coagulação Não se forma coágulo em 10min: Hipofibrinogemia grave
109
Conduta no DPP:
depende da vitalidade fetal: DPP - feto vivo - cesariana DPP - feto morto - parto vaginal feto vivo e parto iminente > vaginal (o importante é a via mais rápida) feto morto - parto não iminente (longe do parto) > cesariana
110
Uso da amniotomia na DPP:
Serve para cesárea e vaginal | no parto vaginal é obrigatório
111
Vantagens da aminiotomia: (7)
diminui a compressão da cava inferior dificulta a amplificação do descolamento melhora hipertonia, coordena contrações identifica hemoâmnio diminui a pressão intrauterina diminui o risco de coagulopatia > cesárea Induz ou acelera o trabalho de parto
112
Complicações da DPP:
``` choque hipovolêmico IRA Necrose hipofisária - Sd. Sheehan CIVD útero de Couvelaire - atonia uterina ```
113
Definição de placenta prévia:
Implantação de qualquer parte da placenta no seguimento inferior do útero após 28 semanas
114
Classificação de placenta prévia:
Marginal: tangencia a orifício interno Parcial: parte do orifício interno tamponado Total: todo o orifício interno obstruído Inserção baixa: não encosta no orifício interno, mas está no seguimento inferior do útero
115
Fisiopatologia da PP:
Todo útero mal oxigenado - o local mais oxigenado é o fundo uterino, se o útero está mal oxigenado, a migração uterina é prejudicada
116
Fatores de risco para PP: (7)
``` multiparidade endometriose Abortamento provocado (curetagem) Tabagismo Cicatrizes uterinas prévias (áreas que não fazem troca) Grande volume placentário Idade > 35 anos em resumo: tudo que atrapalha oxigenação ```
117
Quadro clínico de PP:
Sangramento vaginal vermelho vivo (não existe sangue oculto) Indolor Espontâneo Parada espontânea
118
Exame físico na PP:
Tônus uterino normal: hipertonia é DPP BCF sem alterações - sem sofrimento (obs: bcf < 110 é sofrimento fetal) exame especular identifica fonte toque vaginal é proibido: aumenta o sangramento
119
Exame de imagem na PP:
diferente da DPP, deve-se fazer para confirmar PP USG: para ver onde está a placenta; vai estar entre o colo e a apresentação; pode ser abdominal ou transvaginal (método de ecolha) Dopplerfluxometria: avaliação do acretismo placentário RNM: alta acurácia, similar à USG; avaliação do acretismo placentário
120
Diferença de sangramento da DPP e PP:
DPP: escuro, súbito PP: vivo, recorrente
121
Sofrimento fetal em DPP e PP:
DPP: comum, pode ter óbito fetal PP: raro
122
Hipertonia uterina em DPP e PP:
DPP: comum PP: ausente
123
Hipertensão em DPP e PP:
DPP: comum PP: ausente
124
Repercussão para gestante em DPP e PP:
DPP: hipovolemia, CIVD PP: pouca repercussão
125
Manejo na PP:
hemorragia importante/gestação a termo > parto Hemorragia leve/gestação pré-termo: expectante até o termo
126
Via de parto na PP:
PP total: cesariana, mesmo com feto morto PP parcial: cesariana - paciente multípara, trabalho de parto avançado (até pode fazer vaginal) PP marginal: parto vaginal é permitido, mas não é obrigatório; tem que fazer amniotomia - amniotomia não deve ser feito em PP parcial ou total
127
Complicações da PP: (6)
``` Acretismo placentário: invade além da decídua, chega na camada esponjosa - não consigo descolar Atonia uterina Infecção puerperal Parto prematuro Apresentações anômalas Discenesias uterinas ```
128
Diagnósticos diferenciais de sangramento da segunda metade da gestação: (4)
Acretismo placentário Rotura uterina Rotura de vasa prévia Rotura de seio marginal
129
Classificação de acretismo placentário:
Placenta acreta: até a camada esponjosa Placenta increta: até o miométrio Placenta percreta: até a serosa - mais grave
130
Fatores de risco para acretismo placentário:
Placenta prévia: todos os fatores de risco para PP viram FR para acretismo Cesariana anterior
131
Quadro clínico de Acretismo placentário: (3)
Hemorragias na tentativa do secundamento Hematúria - placenta percreta (até a bexiga) Rotura uterina A exceção da placenta percreta, não há manifestação durante a gestação
132
Exames solicitados para o diagnóstico de acretismo placentário:
USG: no pré-natal Dopplerfluxometria RNM
133
Cuidados pré-operatórios no acretismo placentário:
Programar interrupção eletiva (cesárea) Reserva de sangue - sangra demais UTI Equipe preparada
134
Conduta no acretismo placentário:
Ideal: histerectomia total abdominal Placenta acreta, prole incompleta: remoção manual (somente a acreta); metotrexate
135
Complicações da placenta acreta: (5)
``` CIVD SARA IR Iatrogenias cirúrgicas Morte todas são complicações do sangramento ```
136
Classificação da rotura uterina:
Rotura parcial ou incompleta: preserva a serosa uterina, associada à deiscência da cicatriz uterina Rotura completa ou total: incluindo a serosa (comunicação abdominal); espontânea ou traumática
137
Fatores de risco para rotura uterina: (7)
``` Cirurgia miometrial trauma uterino malformações congênitas Parto obstruído sobredistensão uterina ocitócitos, prostaglandinas manobra de Kristeller ```
138
Quadro clínico da rotura uterina durante a gravidez:
não é comum abdome agudo hemorragia abdominal irritação peritoneal
139
QC de rotura uterina durante o parto:
Sd. Bandl-Frommel: sinais de iminência de rotura uterina Bandl: útero em formato de ampulheta; separação da parte superior e inferior Frommel: ligamentos redondos palpáveis
140
Sinais de rotura uterina consumada: (6)
Dor súbita lacinante Parada do trabalho de parto Hemorragia (abdominal, vagina) Coque hipovolêmico Sinal de Clark: enfisema subcutâneo (ar na cavidade) Sinal de Reasens: subida da apresentação sofrimento fetal/óbito fetal
141
Manejo na rotura uterina:
Iminência de rotura: cesariana; uterolíticos (parar contrações) Rotura consumada: rafia uterina (rotura incompleta); histerectomia (rotura completa ou prole constituída)
142
Definição de rotura de vasa prévia:
trauma de vasos prévios, geralmente inseridos na placenta de forma anômala vaso prévio: abaixo da apresentação
143
Fatores de risco para Rotura de vasa prévia:
Inserção velamentosa do cordão umbilical - sem proteção da geleia de Uorton (principal fator) - PP Placenta bilobada Placenta sucenturiada
144
Quadro clínico da rotura de vasa prévia:
Hemorragia no momento da aminiorrexe | sofrimento/óbito fetal (muito rápido)
145
Exame de imagem na rotura de vasa prévia:
O diagnóstico é clínico | US/doppler - inserção marginal - faz antes de romper
146
Prognóstico da rotura de vasa prévia:
É melhor quando rompe a artéria umbilical; a veia é pior
147
Conduta em rotura de vasa prévia:
Cesárea (BCF, depois cesárea)
148
Definição de rotura do seio marginal:
Trauma da periferia do espaço interviloso (área de troca materno-fetal)
149
QC de Rotura do seio marginal:
``` Pequeno sangramento vaginal, vermelho vivo Periparto Indolor Sem hipertonia ou sofrimento fetal Placenta normoposicionada Diagnóstico de exclusão ```
150
Conduta em rotura do seio marginal:
observação | não tem repercussão
151
Doenças endócrinas que podem acarretar em aborto:
Insuficiência lútea (repor progesterona) Doença da tireoide - caso grave de hipotireoidismo DM SOP
152
Solicitação do coombs direto:
Deve ser solicitado para o RN com doença hemolítica perinatal Avalia ac. ligados a hemácias
153
Em qual trompa a torção anexial é mais frequente:
Direto - devido ao maior ligamento útero-ovariano e maior dificuldade de mobilização do ovário esquerdo devido ao sigmoide
154
Melhor exame para diagnosticar acretismo placentário:
USG é o mais pedido, mas o melhor é a RNM Vejo: abaulamento uterino sinal de intensidade heterogênea na placenta bandas escuras intraplacentárias
155
Na presença de pré-eclâmpsia precoce sempre pensar em...
mola hidatiforme
156
Local mais comum de metástase do cariocarcinoma:
Pulmão