Revoluções Liberais Flashcards

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Q

Revoluções Liberais
A Revolução Liberal

O QUE SIGNIFICA A REVOLUÇÃO LIBERAL?

No mundo tradicional antes do advento da revolução liberal, a herança era o princípio que determinou a legitimidade do poder.

A revolução liberal foi um ponto de divisão.

Epílogo, eleições começou a tornar-se o princípio que determinou a legitimidade do poder.

De antemão, a monarquia foi a instituição exercendo poder.

Epílogo, legislaturas começou a exercer o poder. Eles são a instituição em que a classe média começa a exercer o poder.

O objetivo das legislaturas é escrever lei.

Monarquia constitucional é um governo que contém ambos os princípios; ou seja, a de que a herança e de eleições.

Lei é central para a ordem de uma sociedade após a revolução liberal. Ninguém está acima da lei, nem mesmo o rei.

Constituições definir a distribuição do poder. entre os componentes executivas, legislativas e judiciais do governo.

Idéias do Iluminismo também afetou a revolução liberal. A crença de que existem leis naturais, tais como os direitos inalienáveis da pessoa humana, era uma parte do novo sistema.

A crença na teoria do contrato de Locke: povo é soberano e tem o direito de derrubar um governo se torna-se tirânico, é outro exemplo.

A Carta de Direitos também se tornou uma parte da nova sociedade por causa de um medo do poder do governo ea necessidade de proteger o indivíduo de tal poder.

Quais foram as causas pricipais?

Revoluções liberais ocorreu como a revolução comercial ea revolução industrial criou novos grupos de pessoas com influência e riqueza; particularmente, uma classe média em expansão.

As causas para a revolução liberal incluem:

  1. Criação da classe média
  2. idéias do Iluminismo que trazem apoio aristocrático
  3. Perigo para a economia em geral (uma depressão ou recessão), que afeta o
    bem-estar de todas as classes, especialmente os pobres.
  4. A crise específica que o estabelecimento não pode lidar, muitas vezes financeira e muitas vezes relacionada com o enorme custo de guerras estrangeiras.
    Quais são os objetivos Major? Que grupos ou classes liderou o caminho?

Não houve esforço para buscar a igualdade econômica, daí a revolução liberal, em sua primeira instância, foi principalmente uma revolução por e para pessoas de propriedade; particularmente, a classe média. O objetivo foi estabelecer a igualdade de oportunidades, aos olhos da lei.

Quais foram os exemplos principais?

  1. Revolução Inglês (1625-1689)
  2. Revolução Americana (1763-1796)
  3. Revolução Francesa (1789-1815)
  4. Revoluções de 1848
  5. Revolução Russa (1905-1939)
    As revoluções

Em 1815, sob exigência do Congresso de Viena, Luis XVIII sobe ao poder para reestabelecer o absolutismo. Permanece um regime opressivo, sem política social, etc.

Em 1824, Carlos X, irmão de Luis XVIII, sobe ao poder e reestabelece o absolutismo de direito divino. Permaneceram as greves e paralisações, poisnão havia políticas sociais. Em 1830, quando publica as “Ordenações de Julho”, leis autoritárias que estabeleciam a censura, etc, a burguesia se inflama ainda mais e acaba por inflamar também as camadas populares. Estoura a Revolução de 1830, que derrubou Carlos X.

Em 1830, sobe ao poder Luis Filipe, um nobre de mentalidade burguesa que, inicialmente, governou para as elites.Entretanto, foi se tornando autoritária para conter as perturbaçõespopulares que ocorriam pela falta de políticas sociais e com isso foi perdendo o apoio das elites. Externamente, empreendeu uma política imperialista.

Em 1848, Liberais (conservadores), Bonapartistas (monarquistas), Republicanos (república) e Socialistas (república) se uniram numa aliança pragmática para derrubar Luis Filipe à Primeira Revolução de 1848.

Um bonapartista, Luis Bonaparte sobe ao poder para que as elites estivessem no poder, mas houvesse um apoio popular. Proclamou a Republica, mesmo sendo monarquista, para agradar aos populares, e montou um ministério com membros dos 4 partidos.

Entretanto, para retirar esses populares do poder, convocou uma eleição para legalizar seu governo. Como o voto era censitário, sabia que venceria (golpe branco) e, ao vencer, retira os membros populares do ministério, fazendo um governo voltado para as elites à?Estoura a 2ª Revolução de 1848, pela primeira vez, liderado pelas camadas populares e com a ideologia de um socialismo utópico à Primavera dos povos.

A

História

1830

A reação européia, conduzida pelo Congresso de Viena e pela Santa Aliança, não conseguiu estancar o movimento revolucionário iniciado na segunda metade do século XVIII. As revoluções da América luso-espanhola foram bem-sucedidas e a Grécia se libertou do julgo turco.

Por volta de 1830, uma nova onda revolucionária abalou a Europa: na França, Carlos X, sucessor de Luís XVIII (foto), foi obrigado a abdicar do poder; a Bélgica, dominada pela Holanda, rebelou-se, proclamando sua independência; na Itália, as associações revolucionárias impuseram uma Constituição; na Alemanha eclodiram movimentos liberais constitucionalistas; a Polônia tentou obter sua independência.

Essas revoluções provocaram um golpe violento na reação representada pela Santa Aliança, aniquilando-a. Além disso, outros fatores podem ser arrolados para explicar o problema. Entre 1846 e 1848, as colheitas na Europa Ocidental e Oriental foram péssimas. Os preços dos produtos agrícolas subiram violentamente e a situação das classes inferiores piorou.

Ao mesmo tempo, verificava-se uma crise na indústria, particularmente no setor têxtil. O aumento da produção ocasionou a superprodução. A crise na agricultura diminuiu ainda mais o consumo dos produtos manufaturados pelo empobrecimento dos camponeses. A paralisação das atividades fabris resultou em dispensa dos trabalhadores e redução nos salários, exatamente quando os preços dos gêneros de primeira necessidade subiam vertiginosamente.

Os recursos financeiros dos países europeus foram carreados para a aquisição de trigo na Rússia e Estados Unidos. Isto afetou os grandes empreendimentos industriais e a construção das estradas de ferro, em franco progresso na oportunidade. A paralisação das atividades nestes setores arrastou outros, provocando a estagnação econômica geral.

A crise variou de país para país. Na Itália e Irlanda foi mais agrária; na Inglaterra e França, industrial, bem como na Alemanha. A miséria gerou o descontentamento político. A massa dos camponeses e proletários passou a reclamar melhores condições de vida e maior igualdade de recursos.

No fundo, constituíam-se idéias socialistas, mas como não existia um partido socialista organizado que pudesse orientar estas classes, coube aos liberais e nacionalistas, compostos pela burguesia esclarecida, exercerem a oposição ao governo, contando com o apoio da massa, sem orientação própria.

FRANÇA

Luís Felipe fora colocado no trono da França pela Revolução de 1830, representando os ideais da burguesia e tendo por objetivo conciliar a Revolução com o Antigo Regime. A oposição popular ao regime era manifesta. Em 1834 deu-se a insurreição dos operários de Lyon. As tendências republicanas ganhavam adeptos através das várias sociedades políticas fundadas com este propósito.

A oposição não era somente popular. Havia muitos partidários da volta de Carlos X, exilado desde 1830. Os antigos correligionários de Napoleão acercavam-se de Luís Bonaparte, seu sobrinho.

O partido socialista opunha-se ao governo, propondo reformas. Seus líderes, Louis Blanc, Flocon e Ledru-Rollin iniciaram em 1847 uma campanha em todo o país visando à reforma eleitoral. A forma encontrada para a difusão da campanha foram os banquetes nos quais os oradores debatiam a questão.

Em 22 de fevereiro, o ministro Guizot proibiu a realização de um banquete, o que provocou a eclosão da revolta. Surgiram as barricadas nas ruas com o apoio de elementos da Guarda Nacional. A revolta ganhou vulto. Guizot foi demitido em favor de Thiers, que nada resolveu. A Câmara foi invadida e os deputados fugiram. Luís Felipe abdicou. O governo provisório foi organizado e proclamou a Segunda República da França, com a participação de burgueses liberais e socialistas. No dia 23 de abril, realizou-se a primeira eleição na Europa com o voto universal masculino, direto e secreto.

A crise econômica, entretanto, não fora debelada; pelo contrário, se agravara. O governo provisório, a fim de ofertar trabalho aos desempregados, criara as “oficinas nacionais”, empresas dirigidas e sustentadas pelo Estado. O pagamento dos salários era coberto com a elevação dos impostos, o que redundou em crise maior.

O fechamento destas oficinas fez voltar à rua o proletariado. Tentou-se fazer uma revolução dentro da própria revolução. A Assembléia delegou poderes excepcionais ao general republicano Cavaignac, que abafou violentamente a revolta. Dezesseis mil pessoas foram mortas e quatro mil deportadas. A questão operária foi resolvida segundo os interesses da burguesia.

Em 12 de novembro de 1848 foi promulgada uma nova Constituição. O presidente da República seria eleito por quatro anos, sendo Luís Napoleão o primeiro presidente eleito. Em 1851 deu um golpe político, implantando o II Império da França, assumindo o governo com o título de Napoleão III.

ITÁLIA

A Itália, em 1848, estava dividida em vários Estados, todos eles com governo tipicamente despótico. A crítica a este regime era conduzida pelas sociedades secretas, principalmente a Carbonária. Ao mesmo tempo, reformas liberais visavam à unificação dos Estados italianos. Para tanto, seria preciso expulsar os austríacos, que desde o Congresso de Viena adquiriram supremacia sobre a Itália.

Em janeiro deu-se uma revolta no Reino das Duas Sicílias. O rei Fernando II foi obrigado a conceder uma Constituição, o mesmo ocorrendo na Toscana e no Estado papal.

No reino de Lombardia iniciou-se séria oposição aos austríacos. O rei de Piemonte, Carlos Alberto, tomou a liderança da revolta, declarando guerra aos austríacos. Os exércitos austríacos obtiveram duas vitórias (Custozza e Novara), forçando Carlos Alberto a abdicar em nome de seu filho Victor-Emanuel II. A repressão implantada pelos austríacos foi violenta em toda a península. A tentativa liberal e nacionalista dos italianos tinha sido frustrada.

ALEMANHA

A Alemanha, depois do Congresso de Viena, passara a constituir uma Confederação composta por numerosos estados, cuja política exterior era coordenada por uma Assembléia que se reunia em Frankfurt. A Prússia e a Áustria lideravam esta Confederação.

Visando à maior integração entre os Estados germânicos foi criado, em 1834, o Zollverein, espécie de liga aduaneira que liberava a circulação de mercadorias nos territórios dos membros componentes, em torno da Prússia e sem a participação da Áustria.

Esta política econômica estimulou o desenvolvimento industrial, que por sua vez acentuou o nacionalismo germânico, o desejo de independência e de união política. O mesmo aspecto liberal e nacionalista que vimos aparecer na Itália também se manifestava lá.

Na Prússia, em 18 de março de 1848, verificou-se extraordinária manifestação popular diante do palácio real, provocando a reação das tropas. O movimento alastrou-se e Frederico Guilherme, rei da Prússia, teve de se humilhar prometendo uma Constituição ao povo insurgido.

Vários Estados juntaram-se ao movimento, aproveitando a oportunidade para tentar a unificação política. Em março, reuniu-se em Frankfurt uma assembléia preparatória para um Parlamento representativo, que deveria iniciar seus trabalhos legislativos em maio.

Os príncipes alemães aproveitaram-se da divisão entre os revolucionários para retomar o poder abalado. Em novembro de 1848, Berlim foi tomada e a Constituinte dissolvida pelo exército. O movimento liberal fora abafado.

A Assembléia de Frankfurt decidiu eleger como imperador o rei da Prússia, que recusou por se considerar rei por vontade de Deus. Propôs, entretanto, aos príncipes alemães a criação de um império. A Áustria, em 1850, impôs à Prússia o recuo nesses projetos e em qualquer mudança da ordem existente.

ÁUSTRIA

O Império austríaco dos Habsburgos era muito heterogêneo. Estava com- posto por alemães, húngaros, tchecoslovacos, poloneses, rutenos, romenos, sérvios, croatas, eslovenos e italianos. Destes povos, somente os húngaros tinham certa autonomia. Os mais numerosos, húngaros e tchecos, conscientes de sua individualidade, buscavam reconhecimento imperial.

Os alemães da Áustria reclamavam contra o governo de Metternich. Insurgiram-se estudantes, burgueses e trabalhadores, forçando a queda do chanceler e a convocação de uma Assembléia Constituinte.

Os eslavos seguiram o exemplo. Orientados por Palcky, convocaram uma reunião dos povos eslavos em Praga para 2 de junho. O congresso paneslavita foi dissolvido militarmente. Viena foi tomada, formando-se um governo absoluto após ter sido bombardeada, sendo implantado um regime de perseguição policial.

Fonte: www2.sunysuffolk.edu/www2.dbd.puc-rio.br

Revoluções Liberais

Em toda a Europa, as revoluções têmcaráter liberal e nacionalista, contra o Congresso de Viena.

“As Revoluções liberais foram uma resposta ao Congresso de Viena.”

Elas ocorreram por toda a Europa com mais ou menos o mesmo perfil da Revolução Francesa, mas em menor escala.

Determinou uma disputa pelo poder entre absolutismo e liberalismo e conflitos entre a burguesia e a nobreza.

Quanto mais o absolutismo se enfraquece, maior é a liberdade nas Américas, levando a independência delas.

O discurso burguês é a união do liberalismo com o nacionalismo, ou seja, é um discurso capitalista, que também é usado nas colôniaspara promover as independências de caráter liberal. O discurso capitalista é próximo ao liberalista, mas que são distantes do socialismo e próximos do nacionalismo.

Um exemplo da proximidade do capitalismo e do nacionalismo na época é: com a consolidação da economia nacional, há a valorização da moeda, gerando ganho para os empresários. Diferentemente do que acontece hoje, em que, com a globalização, o capitalismo não tem ligação com o nacionalismo, já que nem sempre o melhor país para se investir é o seu e não necessariamente a valorização da moeda irábeneficiar o empresário. Esse fenômeno é chamado de capital apátrio.

As revoluções liberais, de 1820, 1830 e 1848 foram, direta ou indiretamente, reações ao conservadorismo do congresso de Viena.

As bases ideológicas dessas revoluções foram:

Década 1820: liberais e nacionalistas
Década 1830: liberais e nacionalistas
1848: liberais, nacionalistas e socialistas e tiveram perfil pragmático!
O século 19 é rico em teorias, das quais destacam-se:

Liberalismoo
Nacionalismoo
Socialismoo
Pragmatismo
O século 19 é rico também no que se diz respeito ao avanço da ciência e da tecnologia com o Renascimento.

Observações:

Pragmatismo: teoria que afirma que nenhuma verdade é absoluta. A verdade deve ser contextualizada.
Políticade resultados: para obter os resultados esperados, qualquer medida deve ser tomada
Revoluções liberais na França

1815/1828: com o congresso de Viena, inicia-seo governo de Luiz XVIII, que estabelece o retorno do antigo regime (mais fraco no que no governo de Carlos X). Luiz evitava conflitos, ora favorecia a burguesia, ora a nobreza, mas quando as greves começam, ele renuncia e Carlos Xsobe ao poder.

1824/1830: Durante o governo de Carlos 10 ainda haviam pessoas nas ruas, apesar do caráter ditatorial. Estabelece de fato o retorno do Antigo regime, sobretudo, a partir das “ORDENAÇÕES DE JULHO”,de 1830, que pretenderam consolidar o autoritarismo do rei com a criação da censura, a possibilidade de fechar o parlamento e colocar tropas nas ruas quando quiser.Contra ele estoura a revolução de 1830, também chamadas de Jornadas de Julho.

1830/1848: Começa ai o governo de Luiz Felipe, conhecido como ” Reis burguês”,esse monarca, liberal, governou, a princípio, com os banqueiros, já que também era um banqueiro. Também não estabelece medidas sociais, causando fome, miséria e violência(quadro que se repete por diferentes motivos, crise do antigo regime, consolidação do capitalismo). Em 1830, a França domina a Argélia, sendo um grande momento de seu plano imperialista, foi uma dominação capitalista muito vantajosa para a burguesia, por causa da criação das multinacionais (mão de obra desqualificada e barata, matériaprima barata e mercado consumidor). Seu governo foi se tornando autoritário e, em 1848, foi derrubado por uma revolução.
Obs.: Napoleão não foi considerado imperialista pois o capitalismo ainda não tinha sido consolidado.

Revolução de 1848:

Fevereiro: liberais (liberais que defendem tanto a monarquia quanto a república, são conservadores, já que fazem um governo para as elites) + republicanos (são liberais e republicanos, são da burguesia) + bonapartistas (são liberais e monárquicos, são da elite)+ socialistas (são socialistas e republicanos) = união pragmática

Sobe ao poder Luiz Bonaparte, um bonapartista, que, por causa da políticade resultados, proclama a república. O ministério era composto por todos os partidos, o que causava muitas revoltas. Quando as eleições são convocadas, não tem dúvida que irão ganhar (voto censitário), isso é considerado um Golpe Branco, já que é uma atitude golpista legalizada. Quando estabelece seu governo, Luiz Bonaparte tira os grupos mais socais do poder (republicanos e socialistas), criando um governo de elites, que revolta o povo.

Junho: A segunda revolução é chamada de “Primavera dos povos”, pois foi essencialmente popular, com a participação dos republicanos e dos socialistas. As ideologias presentes são basicamente sociais, predominando a socialista. É importante pois é a primeira vez que a população lidera e organiza uma revolta. Apesar de ter sido reprimida, é um exemplo para que outros países também realizem revoluções populares.

1848/1871: Em 1852, Luiz Bonaparte dá um golpe de Estado em si mesmo, declarando a monarquia e ficou conhecido como Napoleão 3.Empreendeu a política imperialista, que é uma políticade expansão CAPITALISTA, fora da Europa, mas tem uma políticaexterna desastrosa.

Entrou em guerra contra a Prússia (Guerra Franco-Prussiana -1870-1871). A guerra franco prussiana (1870/71) e a comuna de Paris (1871) levam a queda de Napoleão 3. Proclama-se a república.
Resumo

1830

Na França

Após três dias de lutas (27,a 29 de julho de 1830), a revolução venceu. Carlos X fugiu; e o duque Luís Filipe de Orléans foi proclamado “rei dos franceses, pela graça de Deus e pela vontade do povo”.

A revolução parisiense alentou os liberais e nacionalista da Europa e provocou uma série de rebeliões em diversos países.

No resto da Europa

A Bélgica foi a primeira a seguir o exemplo francês. Logo após estouraram sublevações na Polônia, Itália e Alemanha. Mas nestes três últimos países, os movimentos fracassaram. Somente teve êxito a revolução dos belgas.

A Polônia (retalhada no século XVIII, e repartida entre a Prússia, Áustria e Rússia) pertencia, na sua maior parte, à Rússia. Despoticamente governados pelo czar Nicolau I, os poloneses sublevaram-se. Não receberam, porém, o esperado apoio da França ou da Inglaterra, e acabaram sendo derrotados após heróica resistência.

A repressão do czar foi sangrenta: centenas de chefes insurretos foram executados ou deportados para a Sibéria.

Na Itália, os maçons e carbonários provocaram revoltas nos ducados de Parma e Toscana, e nos Estados da Igreja (1831), onde estabeleceram governos constitucionais. Mas as tropas austríacas sufocaram rapidamente essas insurreições.

Na Alemanha, os liberais fizeram estourar movimentos em prol de constituições moderadas. Tiveram êxito em vários ducados e reinos (Saxônia, Hanôver, Brunswick), mas a Áustria (Metternich) e a Prússia anularam essas concessões.

Na Bélgica, o Congresso de Viena (1815) tinha anexado a Bélgica à Holanda. Havia, porém, entre belgas e holandeses, profundas diferenças de raça, língua e religião – além de sérias divergências econômicas.

Tudo isso se agravou com “a estúpida tirania” do rei holandês. Em agosto de 1830, os belgas sublevaram-se. Graças ao apoio militar da França e a aprovação da Inglaterra, a revolução triunfou. Estabeleceu-se, então uma monarquia constitucional, de regime parlamentar.

Em 1839, o rei da Holanda e os governos da Inglaterra, França, Áustria, Prússia e Rússia – reconheceram a independência da Bélgica e garantiram a sua perpétua neutralidade.

A revolução grega foi anterior às revoluções liberais de 1830. É um dos episódios da chamada “Questão do Oriente”.

Em 1821, os gregos rebelaram-se contra o despótico domínio turco. A luta, feroz de ambas as partes, durou oito anos. Todos os europeus simpatizavam com a causa helena e muitos foram os voluntários, de diversos países, que acorreram em auxílio da Grécia. Os governos, porém, mantinham-se alheios ao conflito – em virtude da doutrina “legitimista”, um dos fundamentos da política reacionária de Metternich.

No ano de 1828 a Rússia declarou guerra à Turquia. Em pouco mais de um ano, as forças russas chegaram às portas de Constantinopla. O sultão viu-se forçado a pedir a paz. A Turquia assinou o Tratado de Andrinopla (1829), no qual reconheceu a independência da Grécia.

Para finalizar cumpre apenas acrescentar que, é triste verificarmos o quanto, por ignorância e estupidez da grande maioria da elite pensante brasileira, o pensamento liberal foi deturpado no seu conceito fundamental, o qual deveria ser pregado e divulgado por todos os homens dignos.

Quem poderia ter vergonha de pregar e defender o pensamento liberal: de liberdade, igualdade, fraternidade e soberania dos povos.

Revoluções Liberais – 1830

A reação conservadora resultante do Congresso de Viena e da Santa Aliança, assinada entre Áustria e Rússia com o apoio da Inglaterra, não consegue impedir que os ideais revolucionários continuem a se expandir. Por volta de 1830 ressurge na Europa o processo de revoluções liberais que começa com a Independência dos Estados Unidos em 1776 e tem seu auge na Revolução Francesa em 1789. Além dos princípios liberais as revoluções de 1848 incorporam as lutas do proletariado.

Era do liberalismo

As revoluções eclodem em vários países da Europa tendo como características comuns o nacionalismo, o liberalismo e elementos do socialismo. O nacionalismo faz com que os povos de mesma origem e cultura procurem se unir; o liberalismo se opõe aos princípios da monarquia; e o socialismo direciona para reformas sociais e econômicas profundas contra a desigualdade. Os conservadores tentam consolidar a restauração monárquica, enquanto os liberais querem a expansão econômica, social e política capitalista.

“Primavera dos povos” – É como fica conhecido o período dos movimentos revolucionários de independência nacional ocorridos na Europa entre 1848 e 1849, embora nem todos tenham se consolidado. Em várias partes da Europa eclodem revoltas em busca da independência e da identidade nacional.

REVOLUÇÃO DE 1848 NA FRANÇA

Resulta da crise econômica, desemprego e falta de liberdade civil. Os operários se revoltam contra as condições de vida. A burguesia se vê obrigada a atender ao movimento revolucionário adotando o sufrágio universal, a democracia e os direitos trabalhistas.

2a República – A insurreição de trabalhadores, estudantes e da Guarda Nacional força a abdicação de Luís Felipe, o “rei burguês”, e a nova proclamação da República, em fevereiro de 1848. Forma-se um governo provisório, composto de liberais e socialistas. Os trabalhadores começam nova insurreição em Paris, reprimida pelo Exército com mais de 10 mil mortos.

Império de Napoleão III – Em novembro é proclamada a Constituição republicana e realizada a primeira eleição presidencial direta na França, vencida por Luís Bonaparte, sobrinho de Napoleão. Em dezembro de 1851, com o apoio da Guarda Nacional, burguesia e massas de desempregados, Bonaparte dá um golpe de Estado, dissolve a Câmara e suspende as liberdades civis e políticas. Proclama-se Napoleão III e instaura um império hereditário.

REVOLUÇÃO DE 1848 NA ALEMANHA

As reivindicações revolucionárias francesas se propagam pela Alemanha. Trabalhadores levantam barricadas em Berlim e a burguesia toma posição contra o poder constituído. O povo nas ruas exige a formação de uma milícia popular, liberdade de imprensa e integração da Prússia à Alemanha.

Em março de 1849 é aprovada a Constituição imperial alemã: o imperador hereditário passa a compartilhar o governo com o Parlamento (Reichstag). Logo em seguida ocorre a reação conservadora com a retirada dos deputados prussianos e austríacos da Assembléia Constituinte. Esta é dissolvida e novas insurreições populares são reprimidas pelo Exército.

GRÉCIA

O movimento de libertação da Grécia contra o Império Otomano começa em 1821 e desenvolve-se até 1830, quando é proclamada a Independência. A reação turca contra a emancipação da Grécia é bastante violenta, marcada pelo massacre em Chio em abril de 1822 e pelo cerco de Atenas de 1826 a 1827.

HUNGRIA

Aproveitando a efervescência revolucionária, os territórios húngaros ocupados proclamam sua independência do império austríaco dos Habsburgo em 1848 e estabelecem um governo democrático, que é logo depois reprimido com violência por tropas austríacas. Em 1867 é assinado um acordo estabelecendo uma monarquia que preserva autônomas a Áustria e a Hungria, ainda sob o reinado dos Habsburgo. A Hungria passa a ter Parlamento e ministérios próprios.

BÉLGICA E POLÔNIA

O levante de Bruxelas, em 1830, conduz à criação de um governo e um Congresso Nacional provisórios na Bélgica. As insurreições na Polônia contra o domínio russo em 1830 e 1831 também são reprimidas. Em 1841, Rússia, Prússia e Áustria repartem a Polônia.

UNIFICAÇÃO ITALIANA

Desde a onda revolucionária de 1848 e 1849, contra a dominação austríaca, começam as tentativas de unificação do reino da Itália. Durante esse período os revolucionários proclamam pelo menos três repúblicas, a de São Marcos, a Toscana e a Romana, mas os exércitos austríacos derrotam os liberais e tropas francesas ocupam Roma.

Política de Cavour

Em 1852 Camilo Benson, conde de Cavour, assume a presidência do Conselho do Piemonte e começa a pôr em prática um programa para a unificação da Itália.

Sua estratégia é mobilizar a população em torno de um único nome, o de Vittorio Emmanuel, e fazer uma aliança com o imperador francês Napoleão III para poder enfrentar as forças austríacas.

Sociedade Nacional

Em 1857, Giuseppe Garibaldi e Pallavicino, com o apoio de Cavour, fundam a Sociedade Nacional para fomentar a unidade e conquistar a independência.

Fracassam as tentativas de Cavour de conseguir o apoio estrangeiro. Ganham corpo as insurreições patrióticas e as tropas de camisas vermelhas organizadas por Garibaldi. A partir de 1860 Garibaldi passa à ofensiva, liberta a Sicília e a Calábria, derrota as tropas do papado e dos Bourbon e estabelece as condições para a instalação de um Estado unificado na Itália . O Estado é unificado por Vittorio Emmanuel, rei da Sardenha, entre 1861 e 1870. Proclamado rei da Itália, Vittorio Emmanuel enfrenta resistência austríaca em devolver Veneza e a recusa do Estado pontifício em entregar Roma para ser capital do reino.

UNIFICAÇÃO ALEMÃ

A divisão da Alemanha em pequenos Estados autônomos atrasa seu desenvolvimento econômico. As atividades comercial e bancária se intensificam com a União Aduaneira (Zollverein) de 1834, com o fim da servidão e com a introdução do trabalho assalariado na agricultura (1848). A partir de 1862, a Prússia conquista a hegemonia sobre os demais Estados alemães e aplica uma política interna unificadora e externa expansionista, tendo Otto von Bismarck como primeiro-ministro.

Crescimento econômico – A política de Bismarck é facilitada pelo rápido crescimento econômico germânico, baseado na produção de carvão mineral e ferro bruto. A produção mecânica, elétrica e química cresce com a concentração de grandes empresas como Stinnes, Krupp, Stumm e Siemens. O transporte naval e ferroviário intensifica o comércio externo. Quando o II Reich (o I Reich é o Sacro Império Romano-Germânico, instalado por Oto I em 962) é instalado por Guilherme I, o país já é uma grande potência industrial e militar.

Otto von Bismarck (1815-1898), conhecido como “chanceler de ferro”, é o grande mentor da unificação alemã sob hegemonia prussiana. É ministro do rei da Prússia, em 1862. Sua caminhada para alcançar a unidade alemã sob a hegemonia da Prússia começa com a vitória de Sadowa, sobre a Áustria, em 1866. A guerra contra a França, em 1870 e 1871, consolida sua política e permite a proclamação do II Reich. Como chanceler do novo império, dedica-se a acrescentar-lhe novos poderes. Combate ferozmente os socialistas, reprimindo-os ao mesmo tempo que procura conquistar os trabalhadores com uma política social. Realiza uma política externa baseada no confronto com a França.

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