REDAÇÃO OFICIAL Flashcards
Atributos da Redação Oficial:
• clareza e precisão;
• objetividade;
• concisão;
• coesão e coerência;
• impessoalidade;
• formalidade e padronização; e
• uso da norma padrão
Atributos: COCCIFU
C lareza e precisão
O bjetividade;
C oncisão
C oesão e coerência
I mpessoalidade
F ormalidade e padronização
U so da norma padrão
O documento oficial, assim, deve ser elaborado tendo em vista os princípios da
Publicidade
Impessoalidade
Eficiência
Clareza
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor.
Não se concebe que um documento oficial ou um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência é requisito do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto oficial ou um ato normativo não seja entendido pelos cidadãos. O princípio constitucional da publicidade não se esgota na mera publicação do texto, estendendo-se, ainda, à necessidade de que o texto seja claro.
Para a obtenção de clareza, sugerem-se:
a) utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum, salvo quando o texto versar sobre assunto técnico, hipótese em que se utilizará nomenclatura própria da área;
b) usar frases curtas, bem estruturadas; apresentar as orações na ordem direta e evitar intercalações excessivas. Em certas ocasiões, para evitar ambiguidade, sugere-se a adoção da ordem inversa da oração;
c) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto;
d) não utilizar regionalismos e neologismos;
e) pontuar adequadamente o texto;
f) explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela; e
g) utilizar palavras e expressões em outro idioma apenas quando indispensáveis, em razão de serem designações ou expressões de uso já consagrado ou de não terem exata tradução. Nesse caso, grafe-as em itálico.
Precisão
O atributo da precisão complementa a clareza e caracteriza-se por:
a) articulação da linguagem comum ou técnica para a perfeita compreensão da ideia veiculada no texto;
b) manifestação do pensamento ou da ideia com as mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico; e
c) escolha de expressão ou palavra que não confira duplo sentido ao texto.
Objetividade
É ir diretamente ao assunto que se deseja abordar, sem voltas e sem redundâncias. Para conseguir isso, é fundamental que o redator saiba de antemão qual é a ideia principal e quais são as secundárias.
Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de alguma complexidade: as fundamentais e as secundárias. Essas últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; mas existem também ideias secundárias que não acrescentam informação alguma ao texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas, o que também proporcionará mais objetividade ao texto. A objetividade conduz o leitor ao contato mais direto com o assunto e com as informações, sem subterfúgios, sem excessos de palavras e de ideias. É errado supor que a objetividade suprime a delicadeza de expressão ou torna o texto rude e grosseiro.
Concisão
A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras.
Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se deve eliminar passagens substanciais do texto com o único objetivo de reduzi-lo em tamanho.
Trata-se, exclusivamente, de excluir palavras inúteis, redundâncias e passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
Coesão e Coerência
É indispensável que o texto tenha coesão e coerência. Tais atributos favorecem a conexão, a ligação, a harmonia entre os elementos de um texto.
Percebe-se que o texto tem coesão e coerência quando se lê um texto e se verifica que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, dando continuidade uns aos outros. Alguns mecanismos que estabelecem a coesão e a coerência de um texto são: referência, substituição, elipse e uso de conjunção.
Na redação oficial, emprega-se o pronome de tratamento em 3 situações:
1.- Endereçamento: é o texto utilizado no envelope que contém a correspondência oficial.
**A Sua Excelência o Senhor**
2.- Vocativo: o autor do expediente se dirige ao destinatário no início do documento.
**Excelentíssimo** usado para chefes dos Poderes. Os demais, usa-se **Senhor**. Ex: Senhor Ministro, do Tribunal de Contas da União.
3.- Corpo do texto: emprega-se o pronome em sua forma abreviada ou por extenso.
**Vossa Excelência**
Endereçamento
A Sua Excelência o Senhor
Tratamento no corpo do texto
Vossa Excelência
Abreviaturas
1.- Geralmente se usa V. Exa.
Exceção: Não se usa abreviatura para se referir aos chefes dos poderes: Presidente da República, Presidente do Congresso Nacional e Presidente do STF.
Os pronomes Vossa Senhoria ou Vossa Excelência são usados para se comunicar diretamente com o receptor:
Observe que, na frase, o verbo está flexionado na terceira pessoa gramatical. Esta prescrição sobre a concordância com pronomes de tratamento também é aplicada aos pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento:
ERRADO: “Vossa Senhoria designará o assessor.”
A frase abaixo estaria incorreta se registrada desta forma: “Vossa Senhoria designará vosso substituto”.
CORRETO: “Vossa Senhoria designará **seu** substituto.”
Signatárias do sexo feminino
Na identificação do signatário, o cargo ocupado por pessoa do sexo feminino deve ser flexionado no gênero feminino
Exemplos: Ministra de Estado, Secretária-Executiva interina, Técnica Administrativa, Coordenadora Administrativa.
Cargos compostos
Regra Geral- Coloca-se hífen:
diretor-geral, primeiro-ministro, tenente-coronel, editor-chefe
Exceção- Nomes compostos com elemento de ligação preposicionado ficam sem hífen:
Exemplos: general de exército, general de brigada, tenente-brigadeiro do ar, capitão de mar e guerra;
Uso de maiúsculas nos cargos
O novo Acordo Ortográfico tornou opcional o uso de iniciais maiúsculas em palavras usadas reverencialmente, por exemplo para cargos e títulos (exemplo: o Presidente francês ou o presidente francês).
Porém, em palavras com hífen, após se optar pelo uso da maiúscula ou da minúscula, deve-se manter a escolha para a grafia de todos os elementos hifenizados: pode-se escrever “Vice-Presidente” ou “vice-presidente”, mas não “Vice-presidente
Vocativo
Em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder, utiliza-se a expressão Excelentíssimo Senhor ou Excelentíssima Senhora e o cargo respectivo, seguidos de vírgula:
Exemplos: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal
As demais autoridades, mesmo aquelas tratadas por Vossa Excelência, receberão o vocativo Senhor ou Senhora seguido do cargo respectivo.
Exemplos: Senhora Senadora, Senhor Juiz, Senhora Ministra
Em comunicações oficiais, está abolido o uso de Digníssimo (DD) e de Ilustríssimo (Ilmo.).
2.-A terceira edição do MRPR não apresenta o tratamento mediante as formas Vossa Magnificência, Vossa Santidade, Vossa Eminência/Vossa Eminência Reverendíssima e Vossa Excelência Reverendíssima
3.- Evite-se o uso de “doutor” indiscriminadamente. O tratamento por meio de Senhor confere a formalidade desejada
- Quando o destinatário for um particular, no vocativo, pode-se utilizar Senhor ou Senhora seguido do nome do particular ou pode-se utilizar o vocativo “Prezado Senhor” ou “Prezada Senhora”.
Exemplos: Senhora [Nome],
Prezado Senhor,
Interino: é aquele que é nomeado para ocupar transitoriamente cargo público durante a vacância
2.- Substituto: é aquele designado para exercer as atribuições de cargo público vago ou no caso de afastamento e impedimentos legais ou regulamentares do titular.
Para usar os termos interino e substituto, é preciso seguir as seguintes recomendações:
• ocorrem após o nome do cargo;
• ocorrem sem hífen;
• ocorrem sem vírgula;
• são registrados com letra minúscula.
EXEMPLO-
Diretor-Geral interino
Secretário-Executivo substituto
3ª Edição do MRPR (2018)
Fica abolida a distinção entre os tipos de expedientes (aviso, ofício e memorando).
2.- Passa-se a utilizar o termo ofício nas 3 hipóteses (ou seja, nas 3 finalidades, antes denominadas aviso, ofício e memorando).
Cabeçalho
2.- É utilizado apenas na primeira página do documento, centralizado na área determinada pela formatação