RECONSTRUÇÃO DO PÉ Flashcards
Úlcera Venosa
Úlceras de estase venosa são 3 a 4 vezes mais comum que as arteriais, sendo provocadas por hipertensão venosa local.
O tratamento cirúrgico das veias safena ou safenas parvas incompetentes ou das perfurantes incompetentemente pode ajudar a aliviar a hipertensão venosa local de modo satisfatório para possibilitar a cicatrização da ferida.
Índice Tornozelo-Braquial (ITB)
A pressão sistólica da artéria braquial serve geralmente como uma referência para determinar o índice tornozelo-braquial e fornece uma indicação do grau relativo de isquemia.
- ITB normal é 1,0.
- ITB >0,7: aceitável
- Nos diabéticos, um ITB <0,9 requer avaliação mais profunda
- ITB <0,3: dor em repouso, feridas que não cicatrizam
- Pacientes com doença vascular + ITB < 0,5: necessidade de procedimento de revascularização antes de se realizar cirurgia reconstrutiva
Medições de pressão absoluta <50mmHg significam doença arterial grave com mau prognóstico de cicatrização
Uma pressão do dedo do pé <30mmHg representa isquemia grave, exigindo cirurgia de revascularização
Doppler:
A forma de onda trifásica normal fica anormal distalmente em relação a lesão vascular obstrutiva
A medida que a obstrução aumenta, a forma de onda pode deteriorar de trifásica para bifásica - monofásica - afásica.
Todos os pacientes com ondas afásicas + ferida no pé devem se submeter a cirurgia de revascularização antes da reconstrução
Pacientes com ondas trifásicos ou qualquer uma das 2 formas de fluxo bifásico geralmente não necessitam de procedimentos vasculares reconstrutivos.
Ondas monofásicas exigem um estudo mais profundo
Se for necessário um transplante de tecido composto microcápsulas para fechar a ferida, deve-se tentar obter pelo menos o fluxo bifásico ou um “bom”fluxo monofásico (complexo estreito, com um fluxo ascendente acentuado e boa amplitude) no receptor.
Pé diabético
A polineuropatia periférica diabética é a principal causa de feridas no pé diabético
Mais de 80% das úlceras do pé diabético tem algum tipo de neuropatia
Embora a doença oclusiva arterial infrapoplítea presente nos pacientes diabéticos resulte em insuficiência vascular distal, é bem aceito que a neuropatia é causa primária das feridas no pé na população diabética
Conceitos EQUIVOCADOS:
- Os problemas do pé diabético se devem a uma doença dos ‘’vasos pequenos’’
- Proliferação celular endotelial ocorre dentro dos pequenos vasos, e com isso resulta em oclusão
O que ocorre de fato é uma alteração funcional no fluxo sanguíneo dos capilares
Os aumentos na viscosidade sanguínea e sérica e as anomalias nos leucócitos, eritrócito, plaquetas e proteínas plasmáticas tem sido relatados
O aumento da viscosidade sanguínea tem sua origem na membrana eritrocitária endurecida e no aumento na agregação dos eritrócitos.
A espectrina é responsável pelo enrijecimento e aumento na agregação
A pentoxifilina melhora a capacidade de deformação do eritrócito e é benéfica para o DM
Alterações Neuropáticas
Alterações Neuropárticas
Deformidades de Charcot: - Ocorrem em 0,1-1,5% da população diabética - Articulações tarsometatarsianas (30%), metatarsofalângicas (30%), intertarsianas (24%), interfalângicas (4%)
Osteomielite
E uma ferida for fechada e a cultura limpa não exibir proliferação bacteriana, geralmente são necessários 1-2sem de terapia antibiótica Se a cultura “limpa”for positiva para a proliferação bacteriana, então pode ser necessária a repetição da ressecção do osso ou um curso de ATB por 6 semanas. Um curso de 6 semanas de ATB não é mais aceito se o osso infectado envolvido tiver sido cirurgicamente removido. Quando resta apenas osso saudável na base da ferida, um curso de ATB com uma semana de duração é na maioria dos casos suficiente.
Biofilme:
Por definição, as feridas abertas estão contaminadas, significando que o leito contém bactérias planctônicas e biofilme. As feridas agudas tem apenas 6% de biofilme presente, enquanto as feridas crônicas tem mais de 90% O biofilme maduro, com mais de 48H, é resistente a ATB tópicos e sistêmicos e fagocitose. Podem conter mais de 60 espécies diferentes, das quais com mais de 60% são anaeróbias O biofilme provoca inflamação e, embora os sinais clássicos de infecção possam não estar presentes, os sintomas como aumento da dor/sensibilidade, aumentos dos exsudados, odor anormal ou o tecido de granulação anormal ou friável sinalizam sua presença O biofilme tende a penetrar a base da ferida, espalhando-se ao longo dos vasos sanguíneos que abastecem a superfície em um processo chamado “infiltração perivascular” Essa penetração pode ser profunda, chegando a 4mm, sugerindo que a raspagem superficial da ferida não é muito eficaz para eliminar o biofilme.