PRV03 - Estudos Epidemiológicos Flashcards

1
Q

Quais são os tipos de estudos epidemiológicos?

A
  1. Agregado:
    Observacional > Transversal: Ecológico.
    Observacional > Longitudinal: Série temporal.
    Intervencionista > Longitudinal: Ensaio comunitário.
  2. Individuado:
    Observacional > Transversal: Seccional.
    Observacional > Longitudinal: Coorte / Caso-Controle.
    Intervencionista > Longitudinal: Ensaio clínico.

*Investigado: população = estudo agregado; indivíduos = estudo individuado.

**Investigador: observação = observacional; intervenção = ensaio.

***Tempo: “foto” = transversal; “vídeo” = longitudinal.

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2
Q

O que é um estudo do tipo ecológico? Quais os pontos positivos e os pontos negativos?

A
  • Tipo: Agregado, observacional e transversal.
  • Pontos positivos:
    > Fácil.
    > Barato.
    > Rápido.
    > Gera suspeita (mas não confirma).
  • Pontos negativos:
    > Não confirma as suspeitas.
    > Pode induzir ao erro (falácia ecológica).

*Os dados usados nesse tipo de estudos são segundários (já existem previamente - ex.: banco de dados).

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3
Q

O que é falácia ecológica?

A

É o principal tipo de erro cometido nos estudos ecológicos, que ocorre quando tentam individualizar algo coletivo. Uma associação entre duas variáveis no nível agregado não necessariamente representa uma associação no nível individuado.

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4
Q

O que é um estudo do tipo série temporal? Quais os pontos positivos e os pontos negativos?

A
  • Tipo: Agregado, observacional e longitudinal.

É um subtipo de estudo ecológico, no qual analisados os dados em vários momentos da história. Exemplo: “a mortalidade por câncer de pulmão foi comparada com a porcentagem de tabagistas entre 1990 e 2010”.

Por sem um subtipo do estudo ecológico tem os mesmos pontos positivos e os pontos negativos desse.

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5
Q

O que é um estudo do tipo seccional (transversal ou inquérito)? Quais os pontos positivos e os pontos negativos?

A
  • Tipo: individuado, observacional e transversal.
  • Pontos positivos:
    > Fácil,
    > Barato.
    > Rápido.
    > Vê prevalência.
  • Pontos negativos:
    > Pode induzir ao erro (causalidade reversa).

*Esse tipo de estudo é EXCELENTE para ver a prevalência.

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6
Q

O que é o erro da causalidade reversa?

A

É o erro mais comum dos estudos seccionais, ocorre pois, pelo estudo ser transversal, não sabemos o que veio antes o fator ou a consequência. É uma inversão da relação de causa-efeito.

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7
Q

O que é um estudo do tipo coorte? Quais os pontos positivos e os pontos negativos?

A
  • Tipo: individuado, observacional e longitudinal. É um estudo prospectivo.
  • Desenho do estudo:
    Fator de risco ————> Doentes
    Não doentes

Sem fator de risco ——> Doentes
Não doentes

FATOR DE RISCO ——–> DOENÇA

  • Pontos positivos:
    > Define risco.
    > Confirma suspeitas.
    > Vê incidência.
    > Bom para fatores de risco raros (começa do fator de risco ao selecionar os indivíduos).
  • Pontos negativos:
    > Caro.
    > Longo (vulnerável a perdas).
    > Ruim para doenças raras (se é raro talvez não apareça esse desfecho).
    > Suscetível a erros/vieses, como o de seleção e de confusão.

*É um estudo EXCELENTE para relação de causa-efeito.

**A coorte mais famosa do mundo é a coorte de Framingham que acompanhou pessoas por 40 anos e esclareceu vários fatores de risco para doenças cardiovasculares.

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8
Q

O que são os vieses de confusão?

A

É quando um fator externo atua sobre o “fator de risco” e sobre o “desfecho”, mas não está na cadeia causal entre o fator de risco e o desfecho.
Ex.: Café ——————————-> Câncer de pulmão
(fator de risco) (desfecho)

                           CIGARRO 
                     (fator de confusão) O cigarro está associado ao hábito de tomar café (atua sobre o fator de risco) e está associado ao câncer de pulmão (atua sobre o desfecho), mas não interfere na relação entre o fator de risco e o desfecho (café não causa câncer de pulmão). Assim, se não levarmos o cigarro em consideração, e olharmos apenas para o café ---> câncer de pulmão, poderíamos afirmar erroneamente que o café causa câncer de pulmão.
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9
Q

O que é um estudo do tipo caso controle? Quais os pontos positivos e os pontos negativos?

A
  • Tipo: individuado, observacional e longitudinal. É um estudo retrospectivo.
  • Desenho do estudo:
    Com fator de risco <—————- Casos
    Sem fator de risco

Com fator de risco <—————- Controles
Sem fator de risco

FATOR DE RISCO <——————- DOENÇA

  • Pontos positivos:
    > Rápido.
    > Barato.
    > Bom para doenças raras (parte dos doentes).
  • Pontos negativos:
    > Não define o risco, apenas estima-o.
    > Péssimo para fatores de risco raros (se for raro ele pode não aparecer).
    > Vulnerável a erros/vieses, como o viés de memória (erro clássico).

*É um estudo EXCELENTE para doenças raras.

**O viés de memória é que, como é um estudo retrospectivo, os pacientes podem simplesmente não lembrar dos “fatores de risco”, o que prejudica a análise.

***O estudo de caso-controle mais famoso do mundo é um estudo brasileiro que verificou a associação entre Zika vírus e microcefalia.

**Para ser um estudo do tipo caso-controle é preciso ter um grupo caso (doentes) e um grupo controle (não doentes). Se não tiver o grupo controle, é um relato de caso ou série de casos, mas NÃO é caso-controle.

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10
Q

O que é um estudo do tipo ensaio clínico? Quais os pontos positivos e os pontos negativos?

A
  • Tipo: individuado, intervencionista e longitudinal.
  • Desenho do estudo:
    Tratamento ————> Fator presente
    Fator ausente

Placebo —————–> Fator presente
Fator ausente

  • Pontos positivos:
    > Melhor para testar intervenção (droga, vacina…).
    > Melhor nível de evidência.
  • Pontos negativos:
    > Questões éticas.
    > Caro.
    > Longo (suscetível a perdas).
    > Vulnerável a erros/vieses.

*É um tipo de estudo EXCELENTE para testar qualquer intervenção.

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11
Q

Quais são são os principais erros sistemáticos/vieses de um ensaio clínico? Como evita-los?

A
  1. Principais erros:
    - Viés de seleção: “será que estamos partindo de dois grupos iguais, sendo a única diferença entre eles o tratamento?”.
    - Viés de confusão: “será que existe algum fator externo que confunde os dados e eu não estou levando-o em consideração?”.
    - Viés de intervenção: “será que sem a intervenção não há melhora da doença também?”.
    - Viés de aferição: “será que os dados do grupo controle e do grupo tratamento foram aferidos e avaliados da mesma maneira?”.
  2. Evitando os erros:
    - Controlado (por placebo): evita erro de intervenção.
    - Randomizado: evita erro de seleção (a única diferença é o tratamento) e de confusão (o fator de confusão, se existir, vai atuar igualmente nos dois grupos).
    - Mascarado: evita erro de aferição (cega pesquisadores, indivíduos…).

*Tipos de estudo mascarado: simples-cego é quando apenas os indivíduos não sabem em que grupo eles estão (tratamento ou controle). Duplo-cego é quando nem os indivíduos e nem os pesquisadores sabem quem é do grupo tratamento e quem é do grupo controle. Triplo-cego é quando nem os indivíduos, nem os pesquisadores, nem o laboratório/estatísticos sabem sobre essa divisão.

**Estudo aberto é aquele em que não há cegamento.

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12
Q

O que é efeito Howthorne e efeito placebo?

A
  • Efeito Howthorne: o fato de você ser observado, muda seu comportamento.
  • Efeito placebo: a crença de que o tratamento vai funcionar aumenta a chance da melhora referida.
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13
Q

Quais são as fases de um ensaio clínico?

A
  • Fase pré-clínica: verifica a segurança. Utiliza animais de experimentação.
  • Fase I: verifica segurança e farmacocinética. Utiliza
    poucas pessoas saudáveis (por volta de 30-100 pessoas).
  • Fase II: verifica segurança (curto prazo), dose, efeito. Utiliza poucos indivíduos doentes. Dura pouco não vê efeitos a longo prazo.
  • Fase III: estudos controlados, randomizados, multicêntricos… utiliza muitos doentes.
  • Fase IV: farmacovigilância (pós-comercialização). Efeitos adversos raros e a longuíssimo prazo.
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14
Q

O que é um estudo do tipo ensaio comunitário?

A
  • Tipo: agrupado, intervencionais e longitudinal.

É um tipo de ensaio clínico, mas que utiliza grupos populacionais ao invés de indivíduos como objeto do estudo. É muito utilizado nos testes de vacina (ex.: números de casos na cidade A que já foi vacinada versus número de casos na cidade B que ainda não recebeu vacinação).

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15
Q

O que é uma coorte histórica ou retrospectiva?

A

É uma coorte na qual o pesquisador resgata o prontuário dos pacientes, procurando indivíduos com o fator de risco e sem o fator de risco analisado (parte do fator de risco). Com isso, o pesquisador acompanha a história clínica através da análises desses prontuários até a ocorrência de um desfecho (vai até doença).

*Não confundir com o caso-controle, no qual, apesar de também ser um estudo individuado, observacional, longitudinal e retrospectivo, ele parte dos DOENTES/CONTROLES a procura do FATOR DE RISCO.

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16
Q

O que é uma revisão sistemática? Quais são seus pontos positivos e seus pontos negativos?

A

A unidade de análise de uma revisão sistemática são os próprios estudos (ex.: ensaios clínicos, coorte…). Elas são consideradas o maior nível de evidência.

  • Pontos positivos:
    > Barato.
    > Rápido.
    > Boa síntese de informações.
  • Pontos negativos:
    > Viés de publicação.
    > Divergência entre os estudos.
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17
Q

Quais são os níveis de evidência de acordo com a universidade de Oxford?

A

Ia: RS de ensaio clínico
Ib: ensaio clínico.

IIa: RS de coorte.
IIb: Coorte.
IIc: Estudo ecológico.

IIIa: RS de caso-controle.
IIIb: Caso-controle.

IV: Série de casos.

V: Opinião de especialista.

18
Q

De quais formas podemos analisar os estudos epidemiológicos?

A
  • Frequência (valor absoluto).
  • Associação (valor relativo).
19
Q

Qual a medida de frequência de um estudo transversal? E a de um estudo tipo coorte/ensaio clínico?

A
  • Transversal: prevalência (casos totais).
  • Coorte/ensaio clínico: incidência (casos novos)

*Coorte e ensaio clínico são estudos longitudinais e veem o desfecho ocorrendo, por isso a medida de associação é a incidência. Já o estudo transversal é uma “foto” daquele momento, logo, a medida é a prevalência.

20
Q

Qual a medida de associação de um estudo transversal?

A

Razão de prevalências:
RP = Prev. expostos
———————————
Prev. dos não expostos

21
Q

Qual a medida de associação do caso-controle?

A

Odds ratio (razão de chances):
OR = a . d
——-
b . c

*É a “fórmula do peixinho”, ou seja, a razão dos produtos cruzados.

**O caso-controle não vê incidência, pois ele já parte dos doentes! Logo, ele não vê risco (incidência = risco), ele vê chances. O Caso-Controle vê Chances (no inglês, Odds).

***OR é o risco de desenvolver a doença após ser exposto a um fator.

22
Q

Qual a medida de associação da coorte?

A

Risco relativo (risco = incidência):
RR = Incidência dos expostos
—————————————–
Incidência dos não expostos

*A cooRRte usa o RR (risco relativo).

23
Q

Qual a medida de associação do ensaio clínico?

A
  • Risco relativo (risco = incidência):
    RR = Incidência dos expostos (TRATAMETNTO)
    —————————————–
    Incidência dos não expostos (CONTROLE)
  • Redução do risco relativo:
    RRR = 1 - RR
  • Redução absoluta do risco:
    RAR = Incidência controle - Incidência tratamento
  • Número necessário para tratar:
    NNT = 1
    ——-
    RAR

*O NNT permite a comparação entre drogas e também a relação custo-benefício.

24
Q

Como podemos interpretar as medidas de associação RP, OD e RR?

A

= 1: sem associação.
> 1: fator de risco.
< 1: fator de proteção.

*Quando o RRR é maior do que 1 significa que ele é um fator de risco ou fator de dano. Nesses casos, o NNT é chamado de número necessário para dano.

25
Q

Quais são os tipos de erro em um estudo?

A
  1. Erro sistemático (vieses): avalia a validade interna de um estudo. São exemplos os vieses de seleção, aferição, confusão…
  2. Erro aleatório (acaso): sempre ocorrem, pois a amostra nunca representa toda a população. Avalia a validade externa de um estudo. Existe um valor máximo tolerado para o acaso e para isso devemos verificar a significância estatística.
    - Valor de p (p < 0,05 ou menor que 5%): expressa o risco do acaso ser responsável por esse resultado.
    - Intervalo de confiança (IC > 95%): se repetirmos o estudo cem vezes em 95% das vezes o resultado estará dentro desse intervalo de confiança.

*O principal teste utilizado para calcular o IC é o qui-quadrado. Quando mais curto o IC mais preciso é o estudo e provavelmente o número amostral é maior (IC mais curto = maior número de indivíduos no estudo = menor erro e mais precisão).

26
Q

Quando devemos considerar um risco relativo verdadeiro e um risco relativo falso?

A
  • RR verdadeiro: fatores de risco com significância estatística só valores acima de 1 no intervalo de confiança.
  • RR falso: fatores de risco sem significância estatística (não posso afirma que é um fator de risco), valores passam pelo 1 no intervalo de confiança.
27
Q

O que são os erros do tipo I e do tipo II?

A

São subdivisões do erro aleatório que ocorrem quando tentamos afastar a hipótese nula.
- Erro tipo I (erro alfa): falso positivo, ou seja, eu afasto a hipótese nula, quando ela é verdadeira. Olhar o valor de p (verifica o risco do acaso ser responsável por esse valor).
- Erro tipo II (erro beta): falso negativo, ou seja, eu confirmo a hipótese nula, mas ela é falsa. Olhar o poder do estudo, que deve ser > 80% (poder do estudo é a probabilidade do teste em rejeitar a hipótese nula quando ela é verdadeiramente falsa).

28
Q

O que é o florest plot (gráfico em floresta)?

A

É um gráfico usado nas revisões sistemáticas com metanálise, que sintetiza o que foi abordado e sumariza estatisticamente os estudos analisados.

29
Q

Em uma tabela de testes diagnósticos, o que significa cada parâmetro?

Teste Doença Total
Sim Não
Positivo A B A+B 3
Negativo C D C+D 4
Total A+C B+D A+B+C+D

                   1                  2
A

Teste Doença Total
Sim Não
Positivo A B A+B 3
Negativo C D C+D 4
Total A+C B+D A+B+C+D

                   1                  2 - Quando o teste acertou? A: verdadeiro positivo (VP). D: verdadeiro negativo (VN).
  • Quando o teste errou?
    B: falso positivo (FP).
    C: falso negativo (FN).
  • O que significa as colunas 1 e 2?
    1: coluna dos doentes (sensibilidade).
    2: coluna dos não doentes (especificidade).
  • O que significa as linhas 3 e 4?
    3: linha do teste positivo (valor preditivo positivo).
    4: linha do teste negativo (valor preditivo negativo).
30
Q

Qual o significado de acurácia e como podemos encontrar esse valor?

A
  • Acurácia: é a proporção de acertos no teste.
    A + D VP + VN
    ————- = ————
    A+B+C+D TOTAL
31
Q

Qual o significado de sensibilidade e como podemos encontrar esse valor?

A
  • Sensibilidade: é a capacidade do teste de detectar verdadeiros positivos entre os doentes.
    A VP
    ——– = ————–
    A + C VP + FN
32
Q

Quais são as características de um teste muito sensível? Para que ele pode ser usado?

A

Testes muitos sensíveis tem altos verdadeiros positivos e baixos falsos negativos, ou seja, eu confio no resultado negativo (paradoxo dos testes diagnósticos). Quando negativos, afastam um diagnóstico.

São testes bons para rastreamento (não pode ter falso negativo) como em bancos de sangue, doenças de alta letalidade, epidemias…

*seNsível confio no resultado Negativo.

33
Q

Qual o significado de especificidade e como podemos encontrar esse valor?

A
  • Especificidade: detectar verdadeiros negativos entre os não doentes (saudáveis).
    D VN
    ——– = ————–
    B + D FP + VN
34
Q

Quais são as características de um teste muito específico? Para que ele pode ser usado?

A

Testes muito específicos tem altos verdadeitos negativos e baixos falso positivos, ou seja, eu confio no resultado positivo (paradoxo dos testes diagnóstios). O resultado positivo, confirmao diagnóstico.

São usados para confirmar um diagnóstico que pode trazer traumas psicológicos, itrogenia…

*esPecífico confio no resultado Positivo.

35
Q

O que são testes em série? E testes em paralelo?

A
  • Testes sem paralelo: é a realização de diversos testes ao mesmo tempo, para melhorar a sensibilidade. A confiança em afastar o diagnóstico aumenta com vários testes negativos. Testes em paralelo aumentam a sensibilidade!
  • Testes em série: é a realização de diversos testes um após o outro. A confiança em confirmar o diagnóstico aumenta após vários resultados positivos subsequentes. Testes em série aumentam a especificidade.
36
Q

A sensibilidade/especificidade mudam com a população, a localidade ou a prevalência de uma doença?

A

Não. Sensibilidade/especificidade são características inerentes aos testes diagnósticos. Elas influem na escolha do teste.

37
Q

Qual o significado de valor preditivo positivo e como podemos encontrar esse parâmetro?

A
  • Valor preditivo positivo: é a chance do teste + estar certo.
    A VP
    ——- = ———-
    A + B VP + FP

*VPP indica quantas vezes é maior a possibilidade de a pessoa ter a doença quando um teste é positivo.

38
Q

Qual o significado de valor preditivo negativo e como podemos encontrar esse parâmetro?

A
  • Valor preditivo negativo: é a chance do teste (-) estar certo.
    D VN
    ——- = ———-
    C + D VN + FN

*VPN indica quantas vezes é maior a possibilidade de a pessoa não ter a doença quando um teste é negativo.

39
Q

Qual parâmetro altera o valor preditivo positivo e o valor preditivo negativo? Como isso ocorre?

A

A prevalência, que é a mesma coisa de probabilidade pós-teste.

  • Quanto maior a prevalência:
    > Maior o valor preditivo positivo.
    > Menor o valor preditivo negativo.
  • Quanto menor a prevalência:
    > Menor o valor preditivo positivo.
    > Maior o valor preditivo negativo.
40
Q

Como a especificidade e a sensibilidade aliteraram o valor preditivo positivo e o valor preditivo negativo?

A
  • Quanto maior for a sensibilidade:
    > Menos falsos negativos: maior VPN (cofio mais no resultado negativo).
    > Mais falsos positivos: menor VPP (confio menos no resultado positivo).
  • Quanto maior for a especificidade:
    > Menos falsos positivos: maior VPP (cofio mais no resultado positivo).
    > Mais falsos negativos: menor VPN (confio menos no resultado negativo).
41
Q

O que é uma curva ROC? Qual o melhor ponto sobre a curva? O que significa a área sob essa curva?

A
  1. Definição:
    As curvas ROC (receiver operator characteristic curve) são uma forma de representar a relação, normalmente antagónica, entre a sensibilidade e a especificidade de um teste diagnóstico quantitativo. Elas ajudam a definir os pontos de corte em um teste diagnóstico (melhor relação entre sensibilidade e especificidade).
    - Eixo X: sensibilidade.
    - Eixo Y: especificidade (falso positivo).
  2. Melhor ponto: a sensibilidade cresce para cima e a especificidade cresce para a esquerda. Logo, o melhor ponto é aquele mais ESQUERDA e mais SUPERIOR.
  3. A área sob a curva é a ACURÁCIA. Logo, quanto maior melhor é o teste.
42
Q

O que são e como podemos encontrar a razão de verossimilhança de um resultado de teste positivo e a razão de verossimilhança de um resultado de teste negativo?

A
  • Razão de verossimilhança de um resultado de teste positivo (RVP):
    RVP = sensibilidade
    —————————–
    (1- especificidade)
    > Expressa quantas vezes é maior a chance do teste ser positivo em doentes do que em não doentes.
    > Quanto maior a RVP melhor o teste. Para ser considerado um bom teste, a RVP deve ser muito maior do que 1.
    > Um resultado positivo é mais provável de ser um verdadeiro positivo (sensibilidade) do que um falso positivo (1-especificidade).
  • Razão de verossimilhança de um resultado de teste negativo (RVN):
    RVN = (1 - sensibilidade)
    —————————–
    especificidade
    > Quando menor a RVN, melhor o teste (quando mais perto de zero, melhor o teste).
    > Um resultado negativo é mais provável de ser um verdadeiro negativo (especificidade) do que um falso negativo (1 - sensibilidade).

*Chance é a razão de duas probabilidades, as razões de verossimilhança avaliam chances!