Prurido e Prurigo Flashcards
Características do prurido hepático (ou colestático)
O prurido colestático costuma ser generalizado, migratório, não associado a qualquer lesão cutânea específica e não melhora com a coçadura da pele. Tipicamente é pior em mãos e pés, piora à noite e nas áreas comprimidas por roupa. Não há correlação entre os níveis de sais biliares e a intensidade do prurido.
Prurido por medicamentos.
- Principais manifestações cutâneas como efeitos adversos de medicamentos que causam prurido.
- Fármacos que causam prurido por colestase, prurido neurológico e prurido por xerose.
- Urticária e exantema morbiliforme.
- Colestase: ACOs, minociclina, ácido valpróico, captopril
- Prurido neurológico: morfina, codeína, tramadol, cocaína.
- Xerose: clofibratos, retinoides, beta bloqueadores, tamoxifeno.
Prurido aquagênico
Surge em até 30 min após contato com a água, independentemente da salinidade ou temperatura.
O prurido aquagênico primário é raro, enquanto o secundário está associado a policitemia vera.
Notalgia parestésica
Neuropatia sensorial que acomete a região dorsal do corpo, mais especificamente em T2-T6. Há prurido intenso na região, formando uma mácula hipercrômica por conta da coçadura constante. Pode haver dor, parestesia e/ou hiperestesia local. Tratamento com gabapentina 300 mg/dia.
Prurido no contexto de HIV e AIDS
30% dos pacientes com HIV se queixam de prurido, podendo ser uma manifestação inicial da AIDS.
Outras manifestações de pele da doença também podem causar prurido, como dermatite seborreica, erupção papular e pruriginosa do HIV, escabiose e sua forma de sarna norueguesa, sarcoma de Kaposi, ictiose adquirida, reações a medicamentos.
Principais causas de prurido em idosos
Diabetes Doenças renais Doenças hepáticas Doenças tireoidianas Causa psicogênica Infestação de pele em locais de internação social Higiene precária Causas medicamentosas Prurido pós-AVE
Prurido renal ou urêmico
Prurido presente na DRC e de característica paroxística.
Etiologia pouco conhecida, não está associado aos níveis séricos de ureia (nome errôneo). Não costuma se encontrar níveis altos de histamina, por isso anti-histamínicos não costumam ter boa resposta.
Tratamento prurido renal
Carvão ativado 6g/dia VO
Talidomida 100 mg/dia VO
Fototerapia UVB
Capsaicina tópica 3 a 5x/dia
Prurido por deficiência de ferro
Principais áreas acometidas são vulva e região perianal. Pode não haver anemia relacionada. Prurido cessa com reposição do mineral.
Principal hipótese relacionada ao prurido no diabetes mellitus
Neuropatia periférica.
Principais áreas de prurido em pacientes com DM descontrolada
Vulvar e perianal, principalmente em mulheres com candidíase e dermatofitose associada por conta de glicosúria.
Prurido persistente inexplicado e refratário ao tratamento habitual, o que pensar?
Neoplasia oculta, sobretudo de vias biliares ou hematológicas. No linfoma de Hodgkin, o prurido que pode surgir é intenso e generalizado, podendo anteceder o diagnóstico da doença.
Prurido e doença neurológica
Abscessos, tumores e AVE podem causar prurido cutâneo contralateral à lesão.
Prurido pós-AVE e seu tratamento
Surge em dias a semanas depois do AVE. Pode ser contralateral ou generalizado, mas mais proeminente no lado contralateral da lesão. Tratar com carbamazepina
Prurido anal primário
Associado a fatores dietéticos e habituais, como excessiva ingesta de café, coito anal e higiene precária na região. Fatores psicogênicos também podem estar associados.
Prurido anal secundário
Hemorroidas, fissuras, fístulas, DSTs, líquen escleroso, oxiuríase, helmintíases, psoríase, dermatite de contato, por papel higiênico e sabonetes perfumados, neoplasias.
Prurido vulvar de causa não infecciosa em crianças
higiene inadequada, dermatite de contato alérgica, violência sexual, dermatite irritativa, dermatite atópica, dermatite seborreica, psoríase, líquen escleroso, líquen simples crônico, líquen plano e psicogênico
Prurido vulvar de causa infecciosa em crianças
estreptococos, gonorreia, clamídia, candidíase, escabiose, pediculose, molusco contagioso, herpes simples e papilomavírus
Diagnóstico diferencial de prurido noturno
Escabiose e linfoma de Hodgkin. Esse último especialmente na ausência de lesões cutâneas e se houver sudorese e febre generalizada.
Prurido que surge após saída do banho com consequente resfriamento da pele
Sugere policitemia vera ou prurido aquagênico idiopático
Exames laboratoriais iniciais para se identificar um prurido generalizado de causa desconhecida
Glicemia de jejum ou hemoglobina glicada Transaminases, bilirrubinas e fosfatase alcalina T4L e TSH Ferro sérico e ferritina Ureia e creatinina Função da paratireoide (cálcio e fosfato) Parasitológico de fezes e sangue oculto Leucograma
Anti-histamínicos H1 de 1ª geração (ou clássicos):
Alta ou baixa lipossolubilidade?
Ação prolongada ou curta?
Principais efeitos colaterais.
Exemplos de fármacos.
São altamente lipossolúveis, conseguindo atravessar a BHE, causando sonolência pela alta afinidade aos receptores H1.
Possuem curta duração: 4 a 6h
Efeitos adversos contam com aumento do apetite, xerodermia, retenção urinária e taquicardia sinusal.
Exemplos de fármacos são: prometazina, dexclorfeniramina e hidroxizina.
Anti-histamínicos H1 de 2ª geração:
Alta ou baixa lipossolubilidade?
Ação prolongada ou curta?
Principais efeitos colaterais.
Exemplos de fármacos.
Possuem baixa lipossolubilidade, não conseguindo atravessar a BHE.
Longa duração (12 a 24h).
Apresentam pouca duração e poucos efeitos muscarínicos.
Exemplos de fármacos são: cetirizina, ebastina, loratadina, desloratadina.
Como os anti-histamínicos anti-H2 podem ajudar no tratamento do prurido e em qual caso especificamente estão mais indicados?
Vasoconstrição prolongada (H2 > H1)
Urticária com dermografismo