Provas Flashcards
A prova pode ter as seguintes acepções, como: atividade probatória, resultado e meio.
Prova não se confunde com elementos informativos. As provas são, em regra, produzidas no processo judicial e com a necessária observância do contraditório e da ampla defesa, ao passo que, os elementos de informação são colhidos na fase investigatória e sem a necessária participação dialética das partes.
Agora, responda: os elementos de informação podem servir de fundamento para um decreto condenatório?
Sempre prevaleceu nos Tribunais que não, sob pena de violação aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. No entanto, tais elementos podem ser usados de maneira subsidiária, complementando a prova produzida em juízo sob o crivo do contraditório.
Existem as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Encaixe cada uma dela logo abaixo:
- Há um risco de desaparecimento do objeto da prova em razão do decurso do tempo, em relação à quais o contraditório será diferido. Podem ser produzidas na fase judicial ou investigatória e, em regra, dependem de autorização judicial.
- São produzidas com a observância do contraditório real, perante a autoridade judicial, em momento processual distinto daquele legalmente previsto ou até mesmo antes do início do processo, em virtude de situação de urgência e relevância. Podem ser produzidas na fase investigatória e em juízo, sendo indispensável prévia autorização judicial. Ex: depoimento especial (procedimento de oitiva de criança ou adolescente vítima ou testemunha de violência, que deve ser realizado uma única vez).
- Uma vez produzida não tem como ser novamente coletada ou produzida, em virtude do desaparecimento, destruição ou perecimento da fonte probatória. Fase judicial ou investigatória e em regra, não dependem de autorização judicial.
- Provas cautelares;
- Provas antecipadas; e
- Prova não repetível.
Diferencia: fonte de prova; meios de prova; e, meios de obtenção de prova.
Fonte de prova - pessoas ou coisas das quais se consegue a prova, podendo ser reais ou pessoas.
Meios de prova - instrumentos através dos quais as fontes de prova são introduzidos no processo. Podem ser lícitos ou ilícitos; e só os primeiros podem ser admitidos pelo magistrado. Eventuais vícios gera a nulidade da prova produzida.
Meios de obtenção de prova - procedimentos, em regra, extraprocessuais, regulados por lei, com o objetivo de conseguir provas materiais e que podem ser realizados por outros funcionários que não o juiz. Podem ser produzidos sem prévia comunicação à parte contrária. Eventuais vícios gera o reconhecimento de sua inadmissibilidade no processo, com o consequente desentranhamento dos autos do processo. Podem ser ordinários (previstos para investigação de delitos graves e de menor gravidade, cuja forma de execução é diferenciada por ser escondida sob o manto protetor da inviolabilidade de bens jurídicos individuais) e extraordinários (ferramentas sigilosas postas à disposição da Polícia, dos órgãos de inteligência e do MP para a apuração e a persecução de crimes graves).
Prova direta á aquela que permite conhece o fato por meio de uma única operação inferencial; e a prova indireta, demanda pelo menos duas destas operações.
Agora, responda:
1. O indício é prova indireta ou prova semiplena (elemento de prova mais tênue, com menor valor persuasivo)?
2. Um indício isolado e frágil não pode fundamentar um decreto condenatório. Para tanto, a prova indiciária está sujeita à 04 condições, quais são eles?
- O CPP traz a compreensão do indício nos dois sentidos.
- Os indícios devem ser plurais; devem estar estreitamente relacionados entre si; devem ser concomitantes; e, existência de razões dedutivas.
O indício é sempre um dado objetivo, já a suspeita é um fenômeno subjetivo, que não pode fundamentar a convicção da entidade decidente.
Neste sentido, responda: quais os requisitos que a fundada suspeita deve preencher, conforme o STF?
Deve fundar-se em elemento concretos, e não em parâmetros unicamente subjetivos.
O objeto da prova é a verdade ou falsidade de uma afirmação sobre um fato que interessa à solução do processo.
A imputação constante da peça acusatória; os costumes; os regulamentos e portarias; o direito estrangeiro, estadual e municipal; os fatos não contestados e incontroversos podem ser objeto de prova no curso do processo.
Agora, responda: O que não será objeto da prova?
Fatos notórios; axiomáticos ou intuitivos; inúteis ou irrelevantes; presunções legais absolutas.
A prova direta objetiva demonstrar a existência do fato, ja’a prova negativa se destina a negar tal asserção, demonstrando que o fato não ocorreu.
A prova contrária não se confunde com contraprova, porque?
A contraprova é qualquer prova apresentada por uma das partes, com o objetivo de refutar os elementos apresentados pelo adversário, com o propósito de influir no convencimento do juiz.
A prova emprestada consiste na utilização em um processo de prova que foi produzida em outro, sendo que esse transporte da prova é feito por meio de certidão extraída daquele. Tem o mesmo valor da prova originalmente produzida. Só é possível se aquele contra quem ela for utilizada tiver participado do processo onde essa prova foi produzida, com observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa.
Agora, responda:
1. É permitida a prova emprestada no processo administrativo disciplinar?
2. Se o processo em que a prova emprestada foi produzida originariamente for declarado nulo, qual as 02 consequências admitidas pela Doutrina?
3. Para o STJ, dados obtidos em interceptações de comunicações telefônicas, judicialmente autorizadas para a produção de prova em investigação criminal ou em instrução processual penal podem ser usados em procedimento administrativos disciplinar?
- Sim, desde que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa.
- Se a prova for ilícita (vício originário) não se pode admitir sua utilização; já se for anulado por questão não relativa à prova, será admissível a utilização d aprova emprestada, desde que não se relacione diretamente com a nulidade.
- Sim, contra a mesma ou as mesmas pessoas em relação às quais foram colhidos.
Diferencie a prova anômala da prova irritual.
Prova anômala é aquela que se vale de outro meio de prova, diverso daquele legalmente previsto para ela. Já a prova irritual é a prova típica colhida sem a observância do modelo previsto em lei, portanto ilegítima e, passível de declaração de nulidade.
A cadeia de custódia consiste em um mecanismo garantidor da autenticidade das evidências coletadas e examinadas, assegurando que correspondem ao caso investigado, sem que haja lugar para qualquer tipo de adulteração.
Agora, responda: qual a consequência no caso de haver algum tipo de quebra da cadeia de custódia das provas?
Neste caso, deve-se reconhecer a inadmissibilidade dessa evidência como prova, assim como das demais provas delas decorrentes.
Ônus da prova é o encargo que as partes tem de provar, pelos meios legal e moralmente admissíveis, a veracidade das afirmações por elas formuladas ao longo do processo.
O ônus é perfeito quando o prejuízo/resultado de seu descumprimento ocorre necessária e inevitavelmente; e menos perfeito quando os prejuízos se produzem de acordo com a avaliação judicial.
O ônus objetivo funciona como uma regra de julgamento destinada ao juiz acerca do conteúdo da sentença que deve proferir, caso não tenha sido comprovada a verdade de uma afirmação feita no curso do processo; já o subjetivo é o encargo que recai sobre as partes de buscar as fontes de prova capazes de comprovar as afirmações por elas feitas ao longo do processo, introduzindo-as no processo através dos meios de prova legalmente admissíveis.
Agora, sobre a distribuição do ônus da prova, de acordo com a corrente Majoritária, responda:
1. O que incumbe ao autor provar? E ao réu?
2. É possível a inversão do ônus da prova quando ao fato constitutivo do direito de punir do Estado? E quanto aos efeitos secundários da condenação penal que tenham natureza de sanção civil visando à reparação do dano?
- Autor - existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor; Réu - excludentes da ilicitude, da culpabilidade, ou acerca da presença de causa extintiva da punibilidade.
- Não. Sim.
O art. 156, CPP, afirma que, a prova da alegação incumbirá a quem a fizer, porém, facultado ao juiz de ofício: ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; e, determinar no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvidas sobre ponto relevante.
Agora, responda:
1. É possível a iniciativa probatória do juiz na fase investigatória?
2. É possível a iniciativa probatória do juiz no curso do processo penal?
- Não, o magistrado só pode agir na fase investigatória mediante prévia provocação das partes.
- Sim, desde que seja assegurado às partes o contraditório e a ampla defesa e que, a decisão do juiz seja motivada.
Os sistemas de avaliação da prova são: da íntima convicção do magistrado; da prova tarifada; e do convencimento motivado/persuasão racional do juiz.
Agora, responda: qual o sistema adotado pelo ordenamento pátrio. Explique-o melhor!
O sistema adotado pelo ordenamento pátrio é o do convencimento motivado/persuasão racional do juiz, o que determina que o magistrado tem ampla liberdade da valoração das provas constantes dos autos, as quais têm, legal e abstratamente, o mesmo valor, porém se vê obrigado à fundamentar a sua decisão.
Deste sistema derivam 03 importantes efeitos: não há prova com valor absoluto; deve o magistrado valorar todas as provas produzidas no processo, mesmo que para refutá-las; e, somente serão consideradas válidas as provas constantes no processo.
A CF afirma que são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.
As provas será ilícita quando violar regras de direito material e ilegítima, quando violar normas de direito processual. Estas últimas são, em regra, obtidas, no curso do processo. As provas também podem ser obtidas por meios ilícitos e ilegítimos, simultaneamente.
Agora, responda:
1. Se uma prova ilícita for juntada ao processo, qual direito surge?
2. No grau de recurso, se a prova ilícita favorecer a acusação, não haverá necessidade de decretar a nulidade da sentença, desde que, suprimida a prova ilícita, decorra a absolvição do acusado. E se, mesmo com a supressão da prova ilícita, houver elementos que permitam a condenação?
3. Se houver o trânsito em julgado de sentença condenatória ou absolutória imprópria lastreada em provas obtidas por meios ilícitos, dois são os caminhos possíveis. Primeiro, é o ajuizamento de revisão criminal. E o segundo?
4. No caso de provas ilegítimas, estas poderão estar sujeitas ao reconhecimento de sua nulidade e decretação de sua ineficácia no processo. A declaração de nulidade deve observar os seguintes requisitos: nenhuma nulidade será declarada quando não houver prejuízo; nenhuma das partes pode arguir nulidade a que haja dado causa; nenhuma das partes pode arguir nulidade que só interesse à parte contrária; e, não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade ou na decisão da causa. Frente a isso, responda: qual entendimento prevalece no caso de nulidade absoluta? E no caso de nulidade relativa?
- Surge o direito de exclusão, a ser materializado através do desentranhamento da referida provas dos autos.
- A melhor solução será a declaração de nulidade da sentença pelo Tribunal, para que outra seja proferida.
- Impetração de habeas corpus, desde que haja risco concreto à liberdade de locomoção e necessidade de dilação probatória a fim de se comprovar a ilicitude da prova.
- Nulidade absoluta - o prejuízo é presumido, assim, esta prova ilegítima não pode ser utilizada nem contra o réu, nem a ser favor, pois as nulidades absolutas são insanáveis. Nulidade relativa - sua arguição deve ser feita no momento oportuno, sob pena de preclusão, além de ser indispensável a comprovação do prejuízo.
A prova ilícita por derivação (teoria dos frutos da árvore envenenada) são os meios probatórios que, não obstante produzidos, validamente, em momento posterior, encontram-se afetados pelo vício da ilicitude originária, que a eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão causal.
O STF é favorável à teoria dos frutos da árvore envenenada e a mesma, hoje, se encontra positiva no CPP, ao dispor que são também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas.
Sobre as limitações à prova ilícita por derivação, responda:
1. O que prevê a teoria da fonte independente.
2. O que prevê e teoria da descoberta inevitável.
3. O que determina a teoria do encontro fortuito ou casual de provas (serendipidade)?
4. Se a diligência investigatória realizada em outro país, em atendimento a pedido de cooperação jurídica internacional, tiver sido feita conforme o ordenamento jurídico do Estado estrangeiro, esta prova poderá ser considerada ilícita, no momento em que for introduzida no processo em curso no território brasileiro? Justifique.
- As provas derivadas das ilícitas são admissíveis quando não for evidenciado o nexo de causalidade entre elas.
- As provas derivadas das ilícitas são admissíveis quando puderem ser obtidas por uma fonte independente das ilícitas.
- Se, no cumprimento de uma diligência relativa a um delito, a autoridade policial casualmente encontrar provas pertinentes à outra infração penal, o denominado crime achado, que não estavam na linha de desdobramento normal da investigação, elas serão admissíveis, com a exceção do cumprimento do mandado de busca e apreensão em escritórios de advocacia (em razão de o sigilo profissional do advogado).
- Não. Neste caso, não há que se falar em nulidade ou ilicitude da prova, em razão de a adoção da cláusula de exclusão, mais a tese da infração constitucional estrangeira.
Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.
É possível requerer o desentranhamento da prova ilícita no inquérito policial e no processo judicial, imediatamente após a apresentação da resposta à acusação pela defesa.
Agora, responda:
1. Se for reconhecida a inadmissibilidade da prova antes da audiência una de instrução e julgamento, qual o recurso cabível?
2. Se o reconhecimento da ilicitude da prova ocorrer durante a audiência una de instrução e julgamento, sendo proferida sentença em seguida, qual o recurso cabível?
3. Quanto à sentença condenatória ou absolutória imprópria passada em julgado que tiver se baseado em provas ilícitas, o que ocorrerá com tal decisão?
4. Caso a prova ilícita tenha sido produzida ainda na primeira fase do procedimento do júri, deve o juiz sumariante, ao pronunciar o acusado, determinar o desentranhamento da prova ilícita, deixando de levá-la em consideração na sua decisão. E se a prova ilícita tiver permanecido no processo ou nele ingressar após a pronúncia, ocorrendo o julgamento pelos jurados, o que deverá fazer o Tribunal?
- Recurso em sentido estrito.
- Apelação.
- Tal decisão será nula e poderá ser desconstituída pela via da revisão criminal, em que o juízo rescisório poderá absolver o réu; ou, pela impetração de habeas corpus, por meio do qual d Tribunal deverá anular a sentença, indicando as provas viciadas e determinando seu desentranhamento.
- O Tribunal deverá, em sede de recurso de apelação ou habeas corpus, reconhecer a ilicitude da prova e, por consequência, determinar a anulação do julgamento, diante da impossibilidade de se avaliar o grau de influência da prova ilícita sobre os jurados.
Sobre os princípios relativos à prova penal, identifique cada um deles, conforme as descrições abaixo:
- Em razão dele, se admite a possibilidade de utilização de prova ilícita no processo quando ela for produzida em benefício do acusado.
- A prova pode ser utilizada por qualquer das partes, até a sua produção.
- As partes assumem as consequências de sua atividade ou inatividade probatória.
- Deve ser dada preponderância à palavra falada sobre a escrita, sem que esta seja excluída. Deste princípio derivam os seguintes princípios: da concentração (se tenta reduzir o procedimento a uma única audiência); do imediatismo (deve o juiz proceder diretamente à colheita de todas as provas, em contato imediato com as partes); da irrecorribilidade das decisões interlocutórias; e da identidade física do juiz (em regra, o juiz que presidir a instrução deverá proferir a sentença; este p. não impede a realização de atos instrutórios por meio de carta precatória ou por vídeo conferência; é compatível com a figura do magistrado instrutor, que são desembargadores ou juízes de varas criminais convocados pelos ministros do STF e STJ pela prazo de 6 meses até 2 anos, para a realização do interrogatório e outros atos da instrução no feito de competência originária dos Tribunais Superiores).
- No âmbito processual penal, adota-se a mais ampla liberdade probatória, seja quanto ao momento (exceções: o rol de testemunhas deve ser apresentado pela defesa na resposta à acusação; no julgamento do júri, deve-se juntar a prova aos autos com antecedência mínima de 3 dias e dar ciência à outra parte) ou tema da prova, seja quanto aos meios de prova que podem ser utilizados (exceção: provas que versem sobre o estados das pessoas).
- Objetiva conferir tratamento desigual aos desiguais para que se atinja a verdadeira igualdade.
- Da proporcionalidade.
- Da comunhão da prova.
- Da autorresponsabilidade das partes.
- Da oralidade.
- Da liberdade probatória.
- Do favor rei.
O exame de corpo de delito é uma análise feita por pessoas com conhecimentos técnicos ou científicos sobre os vestígios materiais deixados pela infração penal para comprovação da materialidade e autoria do delito. Pode ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
Agora, responda:
1. Qual a sua natureza jurídica?
2. Por quem pode ser determinada?
3. O juiz ou a autoridade judiciária pode negar a perícia requerida pelas partes?
- Meios de prova, assim como as demais perícias.
- Em regra, pelas autoridades policial, judiciária e ministerial; exceto o exame de sanidade mental, que só pode ser determinado pela autoridade judiciária.
- Para o CPP não, mas o STF diz que sim, desde que o faça de forma fundamentada.
Laudo pericial é a peça técnica elaborada pelos peritos quando da realização do exame pericial. Subdivide-se em: preâmbulo, exposição, fundamentação e conclusão.
Neste caso, o contraditório será diferido.
O CPP adota o sistema liberatório, em que o juiz não fica vinculado ao lado pericial, podendo aceitar ou rejeitá-lo. Neste último caso, o magistrado deve nomear um nome perito.
Em regra, o laudo pericial não precisa constar dos autos quando do oferecimento da peça acusatória. contudo, há 02 exceções. Quais sejam?
- Lei de Drogas: exige o laudo preliminar para a própria prisão em flagrante (condição específica de procedibilidade); e
- Crimes contra a propriedade imaterial: a queixa ou a denúncia não será recebida sem o exame pericial.
Infrações penais transeuntes são as que não deixam vestígios; e as não transeuntes deixam vestígios materiais, sendo, neste último caso, obrigatório o exame de corpo de delito.
O exame de corpo de delito direto é aquele feito por perito oficial ou dois peritos não oficiais; já no indireto, o juiz analisa a materialidade do delito, por meio de prova testemunhal ou documental.
Tratando-se de delito de fato permanente, cite 06 exemplos em que se faz necessário o exame de corpo de delito direto.
- crime de vender, ter em depósito para vender, ou expor à venda, ou de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo;
- furto qualificado pelo rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
- furto qualificado pela escalada;
- violação de direitos autorais prevista no 184, p. 2, CP;
- crimes previstos no estatuto do desarmamento, especificamente no tocante à ausência do laudo pericial da arma de fogo ou da munição atestando a sua potencialidade lesiva; e
- majorante do emprego de arma de fogo no crime de roubo.
Haverá nulidade por falta do exame de corpo de delito nos crimes que deixam vestígios.
E, no caso da falta de comprovação do corpo de delito, direto ou indireto, sem que essa ausência possa ser suprida pela determinação de realização de novo exame pericial, o que deverá fazer o magistrado?
O magistrado deverá prolatar uma sentença absolutória, por ausência de prova da materialidade da infração penal.
Perito é um auxiliar do juízo, dotado de conhecimento técnicos ou científicos sobre determinada área do conhecimento humano, que tem a função estatal de proceder à realização de exames periciais, fornecendo dados instrutórios, de ordem técnica indispensáveis para a decisão do caso concreto. Tem natureza jurídica de sujeito de prova.
São aplicáveis a eles as regras de impedimento e suspeição.
Os peritos podem ser oficiais (funcionário público de carreira cuja função é a de realizar perícias determinadas pela autoridade policial ou judiciária) ou não oficiais (pessoa nomeada pelo juiz ou pela autoridade policial para realizar determinado exame pericial).
Agora, responda:
1. Ambos são considerados funcionários públicos?
2. Ambos devem ser portadores de diploma de curso superior?
- Sim.
- Sim, contudo o STF reconhece a possibilidade de o exame ser feito por dois peritos não oficiais não portadores de diploma de curso superior.
Caso a perícia seja feita por perito oficial, basta apenas um perito; se forem peritos não oficias é necessário que sejam dois. Se se houver divergência entre eles, o que fazer?
Deve a autoridade nomear um terceiro e, se divergir de ambos, poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.
O assistente técnico é um auxiliar das partes, dotado de conhecimentos técnicos, científicos ou artísticos, responsável por trazer ao processo informações especializadas pertinentes ao objeto da perícia. Sua atuação somente pode ocorrer na fase judicial.
O assistente técnico diferencia do perito por 03 motivos, quais são eles?
- não se sujeitam às causas de impedimento e suspeição;
- não podem ser considerados funcionários públicos; e
- eventuais falsidades cometidas pelo assistente técnico não configuram crime de falsa perícia.
A autópsia será feita, em regra, pelo menos 6 horas depois do óbito. Em alguns caso, para que se possa fazer o exame cadavérico é necessária a exumação do cadáver, o qual deverá ser fotografado na posição que for encontrado.
No caso de lesão corporal grave, que resulta a incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias, além de o primeiro exame pericial, comprovando a ofensa à integridade corporal, é necessária a realização de um exame complementar para aferir de a vítima ficará incapacitada para as ocupações habituais por mais de 30 dias.
Agora, responda: quais os 02 motivos relevantes para ser feito o exame pericial para avaliação do prejuízo causado pelo delito?
- Aplicação do princípio da insignificância ou reconhecimento das figuras delituosas do furto ou do estelionato privilegiados; e
- Ao proferir sentença condenatória, deverá o magistrado fixar valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração.