Proteina Flashcards

1
Q

Proteínas
• Características principais:

A

• Características principais:
• Substâncias compostas de carbono (C), oxigênio (O), hidrogênio (H) e nitrogênio (N)
• Podem conter: enxofre (S) e minerais (fósforo, ferro, cobalto, selênio, etc)
• São formadas a partir da combinação de 20 aminoácidos
• Principal componente da estrutura corporal dos animais
• Proteína → 1/5 do peso total de um adulto • 50%–músculo
• 20% – ossos e cartilagem
• 10%–pele
• Restante – tecidos e fluidos corporais

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2
Q

Aminoácidos

A

• Unidade estrutural básica das proteínas
Cadeia lateral (diferente para cada aminoácido)
(fórmula estrutural)
• Existem dezenas na natureza; porém 20 nos animais
•Classificação nutricional: essenciais, condicionalmente essenciais e não essenciais

• Essenciais
• Não podem ser sintetizados pelo organismo animal • Devem ser obtidos pela dieta
• Condicionalmente essenciais
• Podem ser sintetizados pelo organismo animal
• Porém, são considerados essenciais para o organismo em determinado estado fisiológico de desenvolvimento (infância, senescência), ou devido à doença
• Não essenciais
• Podem ser sintetizados pelo organismo animal (transaminação)
• Ex: piruvato convertido em alanina

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3
Q

Peptídeos

A

• Formados por ligações peptídicas entre os aminoácidos
• 2 aminoácidos: dipeptídeos
• 3 aminoácidos: tripeptídeos
• 4 aminoácidos: tetrapeptídeos
•5 a 70 aminoácidos: polipeptídeos (até a massa molecular de 10.000 unidades de massa atômica)

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4
Q

Proteínas

A

•Formadas por ligações peptídicas entre os aminoácidos (com massa molecular acima de 10.000 unidades de massa atômica)
• Sua estrutura depende da sua configuração espacial

A sequência de aminoácidos → determina a estrutura final e a função da proteína
Sequência de aminoácidos que forma a proteína
Determinada pelo código genético (armazenado no DNA)
Síntese proteica

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5
Q

Síntese de proteínas

A
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6
Q

Funções das proteínas Função estrutural

A

• Crescimento, manutenção e reparação dos tecidos • Arcabouço estrutural
• Componentes da membrana plasmática, das organelas, do citoesqueleto (filamentos), etc
• Ex: proteínas integrais, elastina, queratina, colágeno, etc
• Para produzir mais células → é preciso mais proteína

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7
Q

Proteína Função reguladora

A

• Balanço hídrico
• Regulação da pressão oncótica • Albumina- regulação do pH sanguíneo
• Hormônios
• Regulação das atividades metabólicas e das funções dos tecidos • Proteínas sinalizadoras
• Insulina, hormônio do crescimento, prolactina, etc
• Enzimas
• Catalizadoras de reações químicas
• Ex: DNA polimerase, pepsina, galactose-1-P-uridil transferase, etc

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8
Q

Função de defesa proteínas

A

• Anticorpos
• Proteínas que atuam neutralizando organismos invasores (vírus, bactérias, etc) • Ex: IgE, IgA, etc
• Coagulação sanguínea
• Proteção contra hemorragias • Ex: fibrinogênio, trombina

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9
Q

Função de transporte proteínas

A

• Transporte de oxigênio • Hemoglobina
• Transporte de nutrientes
• Ferro: transferrina
• Retinol: proteína ligadora de retinol • Lipídios: lipoproteínas (LDL, HDL)
• Transporte de substâncias para o interior das células

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10
Q

Digestão
Digestão de proteínas

A

→ enzimas proteolíticas (pepsina, tripsina, quimiotripsina, exopeptidases)
 Estômago (início da digestão)
 Suco gástrico → pepsinogênio (forma inativa)
 Ácido clorídrico (HCl) → desnatura as proteínas e converte pepsinogênio em pepsina
 Pepsina → inicia a hidrólise
 Intestino delgado
 Pâncreas → secreta quimiotripsinogênio, tripsinogênio (formas inativas) e
carboxipeptidases no duodeno
 Enterócitos → secretam enteroquinase → ativa quimiotripsina e tripsina → digerem as proteínas em dipeptídeos e tripeptídeos
 Enterócitos → secretam aminopeptidases e dipeptidases → digerem peptídeos em aminoácidos

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11
Q

Absorção
 proteínas

A

 Absorção na borda em escova do intestino → aminoácidos livres (↑ quantidade) e peptídeos (↓ quantidade)
 Ingestão diária média: 90 a 100g/ptn
 ≈ 200g de ptn absorvidos por dia (turnover proteico) (dieta + enzimas digestivas + descamação intestinal + proteínas plasmáticas)

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12
Q

Fatores que afetam a absorção de proteínas

A

 Conformação estrutural
 Quanto ↓ a estrutura → mais fácil a ação das enzimas digestivas
 Proteínas desnaturadas (calor, pressão, pH) → maior digestibilidade
 Fatores antinutricionais
 Inibidores de tripsina e quimiotripsina  Taninos, fitatos
 Fatores orgânicos
 Inflamação no trato gastrointestinal  Estresse orgânico

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13
Q

Metabolismo proteína

A

 Após absorção → aminoácidos transportados diretamente ao fígado  Fígado
 ≈ 20 a 30% dos aa liberados para circulação → serão metabolizados (convertidos em proteína/ síntese proteica) nos músculos esqueléticos e vísceras
 ≈ 10% serão convertidos em proteínas plasmáticas e enzimas
 ≈ 50 a 60% sofrerão desaminação (liberação de amônia + esqueleto carbônico)
Amônia → ureia ou ácido úrico → produtos tóxicos, eliminados na urina
 Esqueleto carbônico → pode ser convertido em glicose ou ácidos graxos → ou
utilizado na produção de energia (liberação de 4kcal)
 1 grama de proteína = 4 kcal

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14
Q

Métodos de avaliação da qualidade proteica

A

• As proteínas dos alimentos diferem quanto à sua qualidade
• Proteína de boa qualidade → depende da sua composição de aminoácidos,
da sua biodisponibilidade e do % de N retido pelo organismo • Métodos de avaliação:
1. Valor biológico (VB)
2. Razão da eficiência proteica (NPR)
3. Utilização da proteína líquida (NPU)
4. Escore de aminoácidos (EA)

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15
Q
  1. Valor biológico (VB)
A

• Determinar o teor de aa essenciais em um alimento
• Quanto mais aa essenciais o alimento tiver → maior será a porcentagem do N
absorvido e retido → maior será o crescimento muscular
• Dieta que contém 70% de proteína de AVB → é capaz de garantir crescimento (desde que a dieta forneça energia adequada)
VB = N retido ÷ N absorvido x 100

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16
Q
  1. Razão da eficiência proteica (NPR – net protein ratio)
A

• Calcular a qualidade da proteína da dieta, baseando-se no ganho de peso do
indivíduo
NPR = Ganho de peso em gramas ÷ Ingestão proteica em gramas
• Proteína de ↑ eficiência: ↑ ganho de peso com ↓ ingestão

17
Q
  1. Utilização da proteína líquida (NPU – net protein utilization)
A

• Determinar a quantidade de proteína realmente utilizada pelo organismo após uma
refeição (N aproveitado pelo organismo)
• Alimentos de origem animal: ↑ valor de N retido, ↑ valor de NPU
NPU = fator de utilização proteica X quantidade de proteína do alimento
• Fator de utilização proteica: •ptn origem animal – 0,7
•ptn de leguminosas – 0,6 •ptn de cereais – 0,5

18
Q

Escore de aminoácidos (EA)

A

• Determinar um escore para cada aminoácido essencial de uma proteína, conforme a idade do indivíduo
• A interpretação da qualidade da proteína do alimento baseia-se no percentual do aminoácido de menor escore (aminoácido limitante), comparado a uma proteína padrão de referência
EA = mg de aminoácido em 1g de proteína testada mg de aminoácido em 1g de proteína de referência
• O resultado expressa o percentual do aminoácido essencial mais deficiente
• Escore ≥ 1: aa limitante é fornecido conforme a recomendação (boa qualidade da ptn)

FAO/OMS/ONU (1985) → elaboraram um padrão de aminoácidos baseado nas necessidades humanas de proteínas

• A tabela (FAO/OMS 1985) mostra que para uma criança de 5 a 12 anos, o escore de aminoácidos para a proteína do trigo (lisina é o aa limitante) é 0,54 (25 ÷ 46). Para um adulto é = 1,56 (25 ÷ 16).
• O teor de lisina na proteína do trigo corresponde a 54% da recomendação para a idade de 5 a 12 anos.
• Proteína do trigo fornece as necessidades de aminoácidos para a manutenção de crescimento de um adulto, porém não fornece as necessidades de uma criança de 5 a 12 anos.
4.1. Escor

19
Q

4.1. Escore de aminoácidos corrigido pela digestibilidade proteica (PDCAAS - protein digestibility-corrected amino acid score)

A

• O valor obtido no escore de aminoácidos (EA) pode ser corrigido pela digestibilidade proteica no intestino
• Método proposto pela FAO em 1989 → considera a capacidade da proteína de fornecer aa essenciais na quantidade necessária ao organismo humano para crescimento e manutenção, multiplicado pela digestibilidade verdadeira (leva em consideração a biodisponibilidade)
PDCAAS = mg de aminoácido em 1g de proteína testada x TD mg de aminoácido em 1g de proteína de referência*
• TD = true digestibility (digestibilidade verdadeira)
• * proteína de referência → padrão para crianças de 2 a 5 anos • Escore ≥ 1 (ou ≥ 100%) → boa qualidade da ptn
22/08/2022
• TD = true digestibility (digestibilidade verdadeira)
• Esse índice pode ser obtido por várias metodologias, como ensaios biológicos com
animais e métodos in vitro
TD (%) = [Ni – (Nf – Ne)] ÷ Ni x 100
• TD = true digestibility (digestibilidade verdadeira)
• Ni = nitrogênio ingerido
• Nf = nitrogênio fecal (N advindo da dieta + N advindo das perdas endógenas)
• Ne = nitrogênio endógeno fecal perdido (valor de N perdido nas fezes de animais que não consomem proteína)

20
Q

4.2. Escore de aminoácidos indispensáveis digestíveis (DIAAS – Digestible Indispensable Amino Acid Score)

A

Indispensable Amino Acid Score)
• Método proposto pela FAO em 2013 → visa substituir o método PDCAAS
• DIAAS → determina a digestibilidade dos aa no final do intestino delgado (íleo), fornecendo uma medida mais precisa das quantidades de aa absorvidos pelo corpo e da contribuição da proteína para as necessidades humanas de aa e nitrogênio
• PDCAAS → é baseado em uma estimativa da digestibilidade da proteína bruta determinada ao longo de todo o trato digestivo, e os valores declarados usando este método geralmente superestimam a quantidade de aa absorvidos
• Alguns produtos alimentícios podem alegar alto teor de proteína, mas como o intestino delgado não absorve todos os aa da mesma forma, eles não f

• A tabela (FAO/OMS 2013) mostra que para uma criança, adolescente ou adulto, o DIAAS para a proteína do trigo (lisina é o aa limitante) é 0,42 (20 ÷ 48).
• O teor de lisina na proteína do trigo corresponde a 42% da recomendação para a faixa etária acima.
• Portanto, para satisfazer a necessidade diária de aa para humanos, a proteína do trigo precisa ser complementada por outras proteínas de maior qualidade e, especificamente, com maiores concentrações de lisina.
Curiosidade:
Aa limitante do arroz: lisina
Aas limitantes do feijão: metionina e cisteína

21
Q

Proteínas animais e vegetais

A

• Proteínas de origem animal
• Carnes bovinas, aves, peixes, leites, queijos e ovos
• Proteínas de boa qualidade
• Melhores fontes de aminoácidos essenciais para o organismo
• Proteínas de origem vegetal
• Leguminosas, cereais, frutas e hortaliças • Proteínas de menor qualidade
• Deficiência de aminoácidos essenciais
• Presença de fatores antrinutricionais
• Alternativa para melhorar a qualidade proteica da dieta → consumir diversas fontes proteicas

22
Q

Balanço nitrogenado (BN)

A

•Medida da relação entre a quantidade de nitrogênio que entrou no organismo e a quantidade excretada pela urina, fezes e pele
BN = N ingerido (g) – N excretado (g)
• BN em equilíbrio → não há crescimento (adulto)
• BN positivo → nitrogênio ingerido em maior quantidade (anabolismo) →
crescimento (lactente, criança, adolescente, gestante, após estresse orgânico)
• BN negativo → nitrogênio excretado em maior quantidade (catabolismo) → perda de peso (inanição, imobilidade, estresse orgânico e emocional)

23
Q

Cálculo do nitrogênio excretado (NE):

A

• O nitrogênio pode ser excretado:
• Na urina (é possível quantificar pela concentração de ureia) • nitrogênio endógeno → turnover proteico
• nitrogênio exógeno → proteína da dieta que é desaminada
• Nas fezes (não é possível quantificar)
• nitrogênio de proteínas secretadas na digestão (enzimas) e no turnover intestinal • nitrogênio de proteínas que não foram digeridas
• Na pele (não é possível quantificar)
• nitrogênio da descamação da pele, perda de cabelo, perda de unha, saliva e suor
• Logo:
NE= [uréia urinária de 24h x volume urinário de 24h (L)] x 0,47 + (2 a 4 gramas de perdas não mensuráveis)
23

22/08/2022
• Balanço nitrogenado → bastante utilizado como referencial para acompanhar a evolução nutricional do paciente (catabolismo x anabolismo)
• Catabolismo → risco à saúde (perda de massa magra) Recomendações do consumo de proteína
Baseadas na ingestão necessária para prevenir perda proteica e permitir deposição adequada ou produção proteica para crescimento, gestação ou lactação
Balanço nitrogenado equilibrado ou positivo

24
Q

Recomendações nutricionais proteínas

A

RDAeAI
Exemplo: Mulher, 30 anos
PTN: 46g/dia

• Porém, para o cálculo da RDA, foi levado em consideração: • Homem adulto: 70kg
• Mulher adulta: 55kg
• Logo:
PTN (adultos): 0,8 g/kg/dia
AMDR

Recomendação diária PTN:
Crianças (1-3 anos): 5 a 20% VET
Crianças (4-18 anos): 10 a 30% VET Adultos: 10 a 35% VET