Propedêutica Cirúrgica Flashcards
Pirose
Queimação retroesternal na altura do apêndice xifoide com irradiação para toda a região retroesternal, epigastro, HTD, frequente ao deitar, desencadeada por alimentos, pode acompanhar regurgitação de líquido sabor azedo ou amargo
Dispepsia
Dor ou desconforto epigástrico acompanhada de saciedade precoce, náuseas com vômitos ocasionais, intolerância a alimentos gordurosos e eructações
Tipos de Dispepsia
Orgânica e Funcional
Tipos de Dispepsia Funcional
Úlcera, dismotilidade ou incaracterística
Dor referida
Sentida em local distante, inervados pelos mesmos níveis espinhais da estrutura acometida, parecendo irradiar ou disseminar do ponto de origem
Sangue oculto nas fezes
associado aos sangramentos do tubo digestivo de pequena monta (ex neoplasia de cólon)
Melena
Eliminação de sangue digerido junto com as fezes
Origem comum da melena
Tubo digestivo alto
Enterorragia
Sangue vermelho vivo em maior volume
Hematoquesia
Passagem de sangue vivo, em pequena quantidade, geralmente durante a evacuação e não misturado ao material fecal
Diarréia
Aumento do número de evacuações (acima de 3x ao dia) e do volume de líquido nas fezes
Diarréia de intestino delgado
Menor nº de vezes com grandes volumes
Diarréia de intestino grosso
Maior nº de vezes com pequenos volumes
Disenteria
Diarreia acompanhada de dores abdominais em cólica com muco e sangue, ocorrendo tenesmo ao final de cada evacuação
Causas de disenteria
Amebíase, shigella
Tipos de abdome (6)
- Normal ou atípico
- Globoso
- Ventre de Batráquio
- Pendular
- Avental
- Escavado
Ventre de Batráquio
Predomínio do diâmetro transversal (ascite moderada)
Passos da propedêutica do abdome
- Inspeção 2. Ausculta 3. Percussão 4. Palpação
Teste da macicez móvel
Paciente em decúbito lateral, líquido se acumula no flanco de apoio que permanece maciço, enquanto o flanco oposto se torna timpânico
Técnicas de palpação do fígado (4)
- Tradicional
- Mathieu
- Glenard
- Lemos Torres
Por onde iniciar a palpação do fígado?
Fossa ilíaca direita
Técnica tradicional de palpação do fígado
1 mão espalmada
Técnica de Mathieu para a palpação do fígado
2 mãos em garra
Técnica de Glenard para a palpação do fígado
Palma da mão esquerda na região lombar direita e polegar esquerdo no abdome
Técnica de Lemos Torres para a palpação do fígado
Mão esquerda espalmada na loja renal direita elevando o tronco, combinada com a mão D espalmada sobre o abdome
Para o que é a manobra de Schuster?
Palpação do baço
Manobra de Schuster
Paciente em decúbito lateral D com a perna D estendida e a coxa fletida em 90º sobre o abdome e MSE sobre a cabeça, mão esquerda pressiona a área subcostal e a mão D acompanha a respiração do paciente
Palpação do Baço
Mão D espalmada sobre o QSD do abdome e mão E na loja renal esquerda exercendo tração
Onde a percussão do abdome possui som maciço?
Hipocôndrio Direito
Onde o som timpânico é mais intenso?
Espaço de Traube
Qual a tríade da colangite?
Tríade de Charcot
Tríade de Charcot
Febre, icterícia e dor abdominal
Em que situação o refluxo é patológico?
Quando desencadeia inflamação
Diâmetro e comprimento do esôfago
Diâmetro de até 3 cm e comprimento de 25 cm
Espaço de Traube (localização)
Espaço semilunar do 6º ao 11º espaços intercostais
Limites do espaço de Traube
Gradeado costal, baço, pâncreas, cólon, rim e estômago
Partes da língua
Bordas laterais, ponta (ou ápice), ventre e dorso (parte de cima)
Carcinoma basocelular
Lesão nodular, perolada, róseo, com telangectasias e bordas nítidas, pode apresentar prurido, sangramento e ulceração

Carcinoma espinocelular
Lesão elevada, eritematosa, geralmente indolor, com úlcera central

Lesão precursora do carcinoma espinocelular
Queratose actínica

Diferença entre carcinoma espinocelular e basocelular
Não há telangiectasias nas bordas, há halo de hiperemia e crostas hemáticas
Verdadeiro ou Falso
Em 10% dos casos há metástases linfonodais no carcinoma basocelular
Falso
Em 10% dos casos há metástases linfonodais no carcinoma espinocelular
Melanoma
Alto potencial metastático, lesão pigmentada, história de mudança de tamanho, cor ou aparecimento de prurido
Seios paranasais (4)
Frontal, etmoide, esfenoide e maxilares
Quais estruturas drenam os seios paranasais?
Meatos superior e médio
Drenagem do meato superior
Células etmoidais superiores
Drenagem do meato médio
Seios maxilares, frontal, células etmoidais anteriores e médias
Tumores benignos da parótida
Adenoma Pleomórfico e Tumor de Warthin
Nervo que atravessa a parótida
Nervo facial (VII)
Secreção da parótida
Transportada pelo ducto de Stenon (ou Stansen) até o óstio de saída na mucosa jugal, na altura do 2º molar superior
Adenoma Pleomórfico
Lesão nodular única, contornos bocelados, superfície lobulada, consistência cartilagínea, móvel e indolor à palpação

Tumor de Warthin
- Acomete quase exclusivamente a parótida
- Forte associação com tabagismo
- Crescimento lento
- Lesão amolecida do contornos irregulares
- Não bocelado

Características dos tumores malignos de parótida
- Inicia-se com nódulo indolor
- Pode haver paralisia facial periférica
- Hiperemia é um sinal de invasão da pele pelo tumor
- Pode evoluir para úlcera
- Dor na parótida é sinal de malignidade (invade a cápsula)
Quantidade de níveis do pescoço
6

Nível I do pescoço
- Região cervical abaixo da mandíbula
Limites do nível I do pescoço
- Borda inferior da mandíbula
- Ventres posteriores do músculo digástrico até o osso hióide
Estrutura que divide o nível I do pescoço em Ia e Ib
Músculo digástrico

Duas divisões do nível I do pescoço
- Nível Ia (submentoniano)
- Nível Ib (glândula submandibular)

Músculo que situa os níveis II, III e IV do pescoço
Esternocleidomastóideo

Limites do nível II do pescoço
- Superior: base do crânio e ventre posterior do digástrio
- Medial: artéria carótida interna
- Posterior: borda posterior do esternocleidomastoideo

Nível VI do pescoço
- Região central do pescoço, entre as carótidas
- Limite superior: osso hióide
- Limite inferior: fúrcula esternal
Nível V do pescoço
- Chamado de triânfulo posterior do pescoço
- Limites: borda posterior do esternocleidomastoideo, anterior do trapézio e clavícula
ABCDE lesão pigmentada
Assimetria
Bordas Irregulares
Cores múltiplas
Diâmetro acima de 8 mm
Evolução da pinte
Sinal de Pemberton
- Hiperemia facial ao pedir para o paciente elevar os braços e tocar um ao outro
- Nódulo de Tireoide
Divisões da faringe
- Nasofaringe
- Orofaringe
- Hipofaringe
Voz de batata quente
Crescimento tumoral em base da língua nos tumores malignos de orofaringe
Localização hipofaringe
A partir do plano da epiglote, formando 2 recessos piriformes, conecta-se ao esôfago
Tumor maligno de hipofaringe
- Metástase cervical como 1º sinal
- Dor à deglutição de ácidos
- Paralisia da laringe causando rouquidão
Divisões da laringe (3)
- Supraglote
- Glote
- Infraglote
Lesões da glote
- Rouquidão como 1º sintoma
- Rouquidão por + de 15 dias deve ser pesquisada
Sinal de Chovstek
- Indicativo de hipocalcemia
- Percussão direta no ângulo da mandíbula promove a contração involuntária da musculatura do lábio superior
Características da Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) ou Oclusão Arterial Crônica
- Estreitmento ou obstrução profressiva dos vasos sanguíneos arteriais
- Acomete principalmente MII
- Detectada pelo índice tornozelo-braquial

Características da Obstrução Arterial Aguda (OAA)
- Interrupção repentina na perfusão arterial de um membro, com ameaça de isquemia
- Ocorre principalmente por embolia e trombose arterial
- 6 Ps: pain, pulselessness, parestesia, paralisia, palidez e hipotermia

Aspecto de taça invertida
- Angiografia com contraste
- Embolia
Sinal da Ponta de Lápis
- Exame de imagem
- Trombose arterial
Tromboflebite
Quando a trombose acomete veias do sistema superficial
Sinal de Homans
Dor na panturrilha à dorsiflexão passifa do pé
Trombose Venosa Profunda (TVP)
- Formação de trombos no sistema venoso profundo, que causa obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo
- Melhora ao repouso e elevação do membro
- Score de Wells representa probabilidade de ter TVP

Sinais de TVP (4)
- Sinal de Homans
- Sinal de Bancroft
- Sinal da Bandeira
- Sinal de Pratt
Sinal de Bancroft
Dor à palpação da musculatura da panturrilha contra estrutura óssea (TVP)
Sinal da Bandeira
Menor mobilização da vasculatura da panturrilha com o membro pendente (TVP)
Sinal de Pratt
Veias superficiais dilatadas e visíveis (TVP)
Vasculite (definição)
Espessamento da parede arterial por inflamação
Teste de Allen
Comprimir a artéria radial e a ulnar, abrir e fechar a mão, soltar uma e ver se ela irriga completamente a mão (significa que o arco é completo)
Hiperemia Reativa
Aspecto enganativo, corpo faz vasodilatação dos capilates para compensar
Dermatite Ocre ou de Estase
Mal retorno venoso

Pontos de estreitamento do ureter
- Junção ureteropélvica (JUP)
- Junção ureterovesical (JUV)
- Cruzamento do ureter sobre a bifurcação das artérias ilíacas

Clínica da obstrução no terço superior do ureter
Dor no testículo ou vagina, ipsilateralmente
Clínica da obstrução no terço inferior do ureter
Dor no escroto ou nos grandes lábios
Clínica da obstrução no ureter médio
Dor nos quadrantes inferiores do abdome
Doença de Peryonie
Fibrose do corpo cavernoso que causa contratura e encurvamento peniano

Sinônimo de corrimento vaginal mas para o pênis
Descarga uretral
Enurese
Incontinência urinária no sono
Quilúria
Gordura na urina, intima relação com filariose
Métodos para a palpação do rim (4)
- Método de Guyon
- Método de Israel
- Sinal de Devoto
- Sinal de Goelet
Método de Guyon
Decúbito dorsal, mão esquerda na superior da lombar, exercendo pressão enquanto direita deprime a parede abdominal no hipocôndrio direito, abaixo do rebordo costal

Método de Israel
Decúbito dorsal, mão esquerda na superior da lombar, exercendo pressão enquanto a direita deprime a parede abdominal no hipocôndrio direito, abaixo do rebordo costal

Sinal de Devoto
Estender o ombro e ao mesmo tempo fazer uma inspiração (mão esquerda na superior da lombar, exercendo pressão enquanto direita deprime a parede abdominal no hipocôndrio, abaixo do rebordo costal)

Método de Goelet
Em pé com o joelho apoiado em 90º numa cadeira (mão esquerda na superior da lombar, exercendo pressão enquanto a direita deprime a parede abdominal no hipocôndrio, abaixo do rebordo costal)

Hipospádia
Meato uretral ventral
Epispádia
Meatro uretral dorsal
Orquialgia
Dor no testículo
Sinais para diferenciar torção de orquiepididimite
- Manobra de Prehn (orquiepididimite)
- Sinal de Angell (torção)
- Reflexo Cremastérico (ausente na torção)
Reflexo cremastérico
Toque na face interna da coxa ou região lateral na parede abdominal, com a contração da musculatura cremastérica, o testículo é tracionado

(ausente na torção)
Manobra de Prehn
Elevação do testículo
(na orquiepididimite a dor diminui)
Sinal de Angell
Testículo contralateral horizontalizado (torção)
Manobra de Landivar
Invaginar dedo indicador na bolsa escrotal em direção

Piora da dor com flexão do tronco
Hérnia Discal Lombar
Melhora da dor com flexão do tronco
Estenose do canal lombar
Tipos de Hérnia Discal Lombar (4)
- Degenerativas
- Protusas
- Extrusas
- Sequestradas
Teste de Laségue
Hérnia Discal Lombar
Decúbito dorsal, examinador realiza elevação passiva do mmii estendido entre 30-60º
Teste de Neer ou Manobra de Impacto
Elevação passiva do ombro com rotação interna

Teste de McMurray
Mão na linha interarticular, examinador realiza movimento de flexão para a extensão do joelho com rotação externa ou interna (positivo com sensação de estalido ou dor)

Clínica
Patologia do Ombro
Dor principalmente noturna e a movimentos acima da linha do ombro e de rotação interna
Teste de Jobe
Braço em abdução de 90º e em rotação interna
Testes que avaliam supraespinal
Teste de Neer e teste de Jobe
Sinal da esclerose subcondral
Sinal do espelho
Teste de Finkelstein
Flexão do polegar e dos dedos com o punho fechado, examinar desvio ulnar passivo do punho

Teste para avaliar infraespinal
Teste de Patte
“Patte aqui”

Hérnia Discal Lombar
Deslocamento do núcleo pulposo através do anel fibroso que se rompe
Estenose do canal lombar
Diminuição do diâmetro do canal vertebral ou forames intervertebrais lombares, levando a compressão do saco dural ou raízes nervosas
Articulações do ombro
Glenoumeral, escápulo-torácica e acromioclavicular
Manguito Rotador
Supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular ao redor da articulação glenoumeral
Clínica
Tenossinovite de DeQuervain
Dor forte na região estiloide do rádio, com edema associado
Fase aguda de lesão no ligamento cruzado anterior
Hemartrose associada a dor