Problema 4 - Cefaleia Flashcards

1
Q

Diferença cefaleia primária e secundária

A

Primária -> leves e infrequentes, podem causar sofrimento e diminuir a capacidade de trabalho, mas não tem nenhum outro fator causal -> migrânea, cefaleia do tipo tensional e em salvas

Secundária -> são as provocadas por doenças e a dor é uma consequência dessa condição -> infecções sistêmicas, à DTM, disfunções endócrinas, etc

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2
Q

Migrânea diagnóstico

A
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3
Q

Quadro clínico migrânea

A

1 fase - Pródromo da enxaqueca
- sintomas afetivos ou vegetativos que aparecem 24 a 48 horas antes do início da dor de cabeça
- euforia, depressão, irritabilidade, sono agitado, desânimo

2 fase - Aura de enxaqueca
- 25% das pessoas com enxaqueca apresentam um ou mais sintomas neurológicos focais na segunda fase, chamada de aura de enxaqueca
- Os sintomas típicos podem ser visuais
- As auras típicas da enxaqueca são caracterizadas por desenvolvimento gradual, duração não superior a uma hora

3 fase - Enxaqueca
- fase da cefaléia em si, características:
- dor unilateral ou bilateral
- moderada a forte intensidade
- caráter latejante ou pulsátil
- piora com atividades do dia-a-dia
- fotofobia ou fonofobia são frequentes
- nessa fase, o paciente procura lugar escuro para se deitar

4 fase - Enxaqueca pós-drômica
- Uma vez que o latejar espontâneo da cefaléia desaparece, o paciente quando realiza movimento súbito da cabeça causa dor transitoriamente no local da cefaléia antecedente
- Fase de exaustão

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4
Q

Definição migrânea

A

A enxaqueca é um distúrbio episódico, cuja peça central é uma forte dor de cabeça geralmente associada a náuseas e/ou sensibilidade à luz e ao som. É uma das queixas mais comuns encontradas pelos neurologistas na prática diária.

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5
Q

Fisiopatologia migrânea

A
  • parece ocorrer por uma disfunção no hipotálamo
  • o hipotálamo manda aferências para o núcleo salivatório superior, e esse núcleo faz uma descarga simpática para os tecidos ao redor e para os vasos meningeais
  • com isso, ativa as células endoteliais e a túnica média das artérias que secreta peptídeo natriurético C e outros mediadores químicos que vão ativar um nociceptor primário
  • a nocicepção das artérias meníngeas é conduzida pelo ramo oftálmico do trigêmio que chega ao subnúcleo caudal da ponte, fazendo sinapse com o 2 neurônio que chegam ao tálamo e que será interpretado por S1

Papel do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina
- parece mediar a transmissão da dor trigeminovascular dos vasos intracranianos para o sistema nervoso central, bem como o componente vasodilatador da inflamação neurogênica
- Um estudo encontrou elevação dos níveis de CGRP no sangue venoso jugular externo durante ataques de enxaqueca

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6
Q

Cefaléia secundária - etiologias

A
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7
Q

Cefaléia secundária - sinais de alerta

A
  • os red flags são sinais de alerta para um evento potencialmente grave e, neste caso, indicam a maior probabilidade de cefaléia secundária
  • Sintomas sistêmicos incluindo febre
  • história de neoplasia
  • Déficit neurológico (incluindo diminuição da consciência)
  • O início é súbito ou abrupto
  • Idade avançada (início após os 50 anos)
  • Alteração do padrão ou início recente de nova cefaleia
  • cefaleia posicional
  • precipitado por espirro, tosse ou exercício
  • papiledema
  • Cefaleia progressiva e apresentações atípicas
  • Gravidez ou puerpério
  • Olho dolorido com características autonômicas
  • Cefaléia de início pós- traumático
  • Patologia do sistema imunológico, como HIV
  • Uso excessivo de analgésico
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8
Q

tratamento abortivo e não medicamentoso - migranea crônica

A
  • identificar e prevenir fatores de gatilho (mudanças climáticas, alimentos, barulhos, etc)
  • exercício físico
  • hidratação
  • sono adequado
  • analgésicos e AINES
  • sumatriptano 50mg/dia VO, tomar um comprimido assim que perceber a crise, se a dor não melhorar em 50% ate 2 horas tomar o segundo comprimido
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9
Q

Tratamento preventivo - migrânea (> 4 crises por mês)

A
  • Topiramato 25mg VO a noite, aumentando 25mg de 7-14 dias, ate 50mg 2/dia
  • Amitriptilina 50mg 2/dia VO
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10
Q

Cefaleia em Salvas - quadro clínico

A
  • crises de dor forte
  • unilateral, nas re­giões orbital, supra-orbital, temporal ou em qualquer combinação dessas áreas
  • 15 a 180 minutos
  • ocorre desde uma vez a cada dois dias até oito vezes por dia
  • associada a um ou mais de sintoma ipsilateral: hiperemia conjuntivial, lacrimejamento, congestão nasal, ptose, edema palpebral, rinorreia
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11
Q

Cefaleia em Salvas - fisiopatologia

A

ativação do sis­tema trigeminovascular -> aumento acentuado de CGRP (peptídeo relacionado ao gene da calcitonina) na veia jugular externa

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12
Q

Cefaleia do Tipo Tensional - quadro clínico

A
  • A dor é tipicamente bilateral
  • caráter em pressão ou aperto
  • intensidade fraca a moderada
  • não piora com a atividade física
  • Não há náusea
  • fotofobia ou fonofobia pode (somente uma) estar presente
  • dolorimento muscular pode estar presente
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13
Q

Cefaleia do Tipo Tensional - fisiopatologia

A

três sistemas que influenciariam a resposta doloro­sa
- Central: controles centrais poderosos inibitórios e exci­tatórios sobre esse neurônio do núcleo caudal.
- Vascular: um único neurônio do núcleo caudal estaria também conectado a dois neurônios do gânglio trigemi­nal
- Miogênico: estruturas musculares da cabeça via ramo oftálmico do trigêmeo

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14
Q

Cefaléia do Tipo Tensional - diagnóstico

A
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15
Q

Tratamento cefaléia do tipo tensional - tratamento

A
  • muitas vezes não necessita de tratamento, e, se for necessário, assim como nas outras, pode-se lançar mão de analgésicos comuns a antiinflamatórios
  • tratamento profilático -> Amitriptilina 25mg VO a noite
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16
Q

Tratamento cefaléia em Salvas

A
  • Tratamento da crise: oxigênio a 100%
  • Tratamento profilático: Topiramato 25mg VO a noite, por 1 semana, então aumentar a dose ate 50mg/dia dividido em 2 tomadas
17
Q

Neuralgia trigeminal - fisiopatologia

A
  • pode ser por origem idiopatica, ou seja, não possuindo uma causa conhecida
  • para formas não idiopáticas, contribui a sua fisiopatologia ao contato da artéria cerebelar superior com o nervo trigêmeo e a pulsação dessa artéria levaria a uma desmielinizacao do nervo trigêmeo com hiperatividade desse nervo
  • também pode ser contribuído a massas intracranianas comprimindo o nervo, por isso se pede tomografias e ressonância de crânio, podendo observar também esclerose múltipla
18
Q

Neuralgia trigeminal - quadro clinico

A
  • dor intensa, aguda, superficial
  • dor descrita como elétrica, choque ou queimação
  • dor de inicio espontâneo na zona de gatilho ou desencadeado por estímulos inócuos na zona de gatilho
  • zonas de gatilho quando estimuladas causam dor, porem logo em seguida quando estimuladas novamente não causam dor
  • pode ter períodos de remissão da dor, demorando anos para aparecer novamente (períodos de remissão e exacerbação)
  • pode ser desencadeado ao mastigar, falar, escovar os dentes, etc
19
Q

Neuralgia trigeminal - exames

A
  • ressonância magnética, para identificar causas como:
  • síndrome do loop vascular (artéria cerebelar superior comprimindo o nervo trigêmeo)
  • massas intracranianas
  • esclerose múltipla
20
Q

Neuralgia trigeminal - critérios diagnosticos

A
  • pelo menos 3 episódios de dor facial unilateral
  • paroxismos recorrentes de dor facial unilateral na distribuição do nervo trigêmeo
  • duração de segundos a 2 minutos
  • intensidade severa
  • dor tipo choque elétrico, tiro, esfaqueamento ou queimação
  • precipitada por estímulos inócuos
  • não ha outro diagnostico plausível
21
Q

Neuralgia trigeminal - tratamento

A
  • Carbamazepina 200mg VO, podendo aumentar a dose ate 1200mg
  • Gabapentina 300mg VO a noite
22
Q

Explicar a via trigeminal

A
  • Gânglio trigeminal ou de Gasser (tato epicritico, propriocepcao e vibração) -> vai para o núcleo sensitivo principal do trigêmeo na ponte
  • Gânglios geniculado, do glossofaringeo e do vago (dor, temperatura, pressão) -> vai para o núcleo do trato espinal no bulbo
  • nos núcleos -> sinapse com neurônio de 2 ordem -> cruzam o plano medial -> formam o lemnisco trigeminal -> ascende para núcleo ventral póstero medial do talamo -> sinapse com neurônio de 3 ordem -> fibras ascendem para o giro pos-central S1