Princípios constitucionais do Direito Penal Flashcards

1
Q

O princípio da legalidade da lei penal autoriza a ultratividade da lei penal em prejuízo do acusado, quando se tratar de norma legal de natureza temporária ou excepcional.

CERTO OU ERRADO?

A

CERTO!

–> Seria a exceção da própria exceção;

–> Não se admite nem mesmo abolitio criminis;

–> São auto revogáveis.

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2
Q

O princípio da anterioridade penal impede a aplicação da lei nova que agrave a pena quando a sua vigência é posterior ao início da execução do delito, nos crimes permanentes, ainda que atinja etapa da permanência.

CERTO OU ERRADO?

A

ERRADO!

Súmula 711, STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

-> Atingiu a etapa da permanência aplica-se mesmo que desfavorável ao agente.

Ex: Cárcere privado > crime permanente. Se sobrevier uma lei mais grave atingindo a permanência será aplica a lei posterior nova prejudicial.

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3
Q

A lei nova que, de qualquer forma, beneficie o acusado deve ser imediatamente aplicável; se o benefício for parcial, despreza-se a parte que prejudica o réu, aplicando-se apenas a parte benéfica.

CERTO OU ERRADO?

A

ERRADO!

O STF (RE 600.817-MS) adota a teoria da ponderação unitária, ou global, de modo a repelir a combinação de leis penais, em homenagem aos princípios da reserva legal e da separação dos Poderes do Estado, sob o argumento de ser vedada ao Poder Judiciário a criação de uma terceira pena.

Se o juiz pegar uma lei e aplicar apenas a parte que beneficia o réu, ele estará criando uma nova lei, lex tertia, que é vedado no CP, visto que legislar é do legislativo e não do judiciário.

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4
Q

O crime de atentado violento ao pudor, a partir da vigência da Lei nº 12.015/2009, deixou de estar descrito no Art. 214 do Código Penal, mas todas as elementares passaram a integrar o tipo de estupro (Art. 213 do Código Penal).

A tal fenômeno se dá o nome de:

[A] princípio da continuidade normativo-típica;

[B] abolitio criminis;

[C] extra-atividade;

[D] novatio legis in mellius;

[E] ultra-atividade.

A

letra A.

Preliminarmente, é importante destacar que a questão pede a alternativa CORRETA.

Feito esse destaque, passemos a analisar as alternativas de forma global, considerando o modo como a questão foi elaborada.

Para solucionar a questão e todas as alternativas, o candidato deveria saber que AaLei 12.015/2009, ao revogar o art. 214 do CP, não promoveu a descriminalização do atentado violento ao pudor (não havendo abolitio criminis). Assim, no caso, ocorreu a chamada continuidade normativo-típica, considerando que a nova Lei inseriu a mesma conduta no art. 213. Houve, então, apenas uma mudança no local onde o delito era previsto, mantendo-se a previsão de que essa conduta se trata de crime (continuidade normativo-típica).

Diante do exposto, conclui-se que a alternativa CORRETA é a letra A.

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5
Q

Com relação ao princípio da legalidade no direito penal, é correto afirmar que

Ninguém poderá ser punido por conduta que não esteja previamente definida como crime por lei em sentido estrito.

A

SIM, CORRETO!

Trata-se do princípio da reserva legal, que consiste num desdobramento do princípio da legalidade.

Nesse sentido, é necessário que tanto o crime quanto a pena estejam previstos em lei em sentido estrito (lei em sentido formal).

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6
Q

Com relação ao princípio da legalidade no direito penal, é correto afirmar que

embora se trate de princípio basilar do direito penal, não consta expressamente da Constituição Federal.

A

NÃO, ERRADO!

CF
Art. 5º. (…)
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

Logo, o princípio da legalidade consta expressamente da CF.

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7
Q

Com relação ao princípio da legalidade no direito penal, é correto afirmar que

é permitido o uso de normas penais vagas e imprecisas, possibilitando ao julgador ampla discricionariedade no enquadramento legal de condutas como criminosas.

A

NÃO, ERRADO!

Trata-se do princípio da taxatividade, que consiste num desdobramento do princípio da legalidade.

Logo, a lei penal deve possuir conteúdo determinado, sendo proibida a criação de tipos penais vagos ou imprecisos.

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8
Q

Com relação ao princípio da legalidade no direito penal, é correto afirmar que

é permitido o uso de analogia, a fim de punir penalmente condutas que atentam contra a moral e os costumes, ainda que não tipificadas como criminosas.

A

NÃO, ERRADO!

Trata-se do princípio da reserva legal, que consiste num desdobramento do princípio da legalidade.

Logo, é vedada analogia “in malam partem” (que prejudique o réu).

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9
Q

Com relação ao princípio da legalidade no direito penal, é correto afirmar que

não há crime sem lei anterior que o defina, estando facultado ao juiz determinar a pena sem prévia cominação legal.

A

NÃO, ERRADO!

CF Art. 5º. (…) XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

CP Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

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10
Q

Tendo em conta os princípios fundamentais do Direito Penal, bem como as disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Penal, É correto que

O princípio da dignidade da pessoa humana, no âmbito penal, implica vedação de tratamento degradante e cruel, servindo de fundamento, na jurisprudência dos tribunais superiores, à concessão de prisão domiciliar a preso em estado terminal.

A

CORRETO!

De acordo com a jurisprudência pátria, excepcionalmente, tem entendido ser possível a concessão do benefício da prisão domiciliar a réu portador de doença grave, que comprova a debilidade de sua saúde e desde que haja a impossibilidade da assistência médica no estabelecimento prisional em que se encontra o paciente.

(HC 40.748/MT, Rel. Ministro Paulo Medina, Sexta Turma, j. 28/6/2005)

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11
Q

Tendo em conta os princípios fundamentais do Direito Penal, bem como as disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Penal, É correto que

Em vista da reserva legal, vertente do princípio da legalidade, medida provisória, lei complementar, leis delegadas, resoluções e decretos não podem tratar de temática penal.

A

ERRADO!

Em regra, somente a lei pode tratar sobre matéria penal, em consonância com o princípio da legalidade, insculpido no artigo 5º, inciso XXXIX da CF/88.

Contudo, a doutrina majoritária entende ser possível Medida Provisória tratar sobre matéria penal, desde que para beneficiar o réu.

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12
Q

Tendo em conta os princípios fundamentais do Direito Penal, bem como as disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Penal, É correto que

O princípio de bis in idem veda que se utilize a reincidência como agravante genérico da pena.

A

ERRADO!

Segundo o STJ, a utilização de condenações anteriores transitadas em julgado como fundamento para a fixação da pena-base acima do mínimo legal, diante da valoração negativa dos maus antecedentes e, ainda, para exasperar a pena, em razão da agravante da reincidência, não caracteriza bis in idem, desde que as sopesadas na primeira fase sejam distintas da valorada na segunda (HC 645.844/PR, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, 5ª Turma, julgado em 13/04/2021, DJe 16/04/2021).

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13
Q

Tendo em conta os princípios fundamentais do Direito Penal, bem como as disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Penal, É correto que

A aplicação do princípio da insignificância, pela jurisprudência dos tribunais superiores, prescinde de qualquer valoração pessoal do agente, bastando a inexpressividade da lesividade da conduta.

A

ERRADO!

A alternativa se refere apenas a 1 dos 4 requisitos da aplicação do princípio da insignificância: I. Mínima ofensividade da conduta; II. Nenhuma periculosidade social da ação; III. Reduzidíssimo grau de reprovabilidade da ação; IV. Inexpressividade da lesão jurídica provocada. Além disso, parte da doutrina entende que “deve-se considerar a pessoa do autor, pois o princípio da insignificância não pode representar um incentivo ao crime, nem tampouco constituir uma autêntica imunidade ao criminoso habitual.” (NUCCI, Guilherme de S. Manual de Direito Penal.)

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14
Q

Tendo em conta os princípios fundamentais do Direito Penal, bem como as disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Penal, É correto que

O princípio da intranscendência da pena veda que se atribua punição com fulcro exclusivo em questões pessoais do autor, dissociada da prática de fato típico, ilícito e culpável.

A

ERRADO!

O princípio da intranscedência da pena dita que a pena não passará da pessoa do condenado. A Alternativa se refere ao princípio da ofensividade/lesividade.

Consoante o disposto no art. 5º, XLV, da CF/88: XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a declaração do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.

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15
Q

O princípio da insignificância é compatível com o furto praticado

[A] por escalada.

[B] por arrombamento.

[C] durante o repouso noturno.

[D] em concurso de pessoas.

[E] por clandestinidade.

A

LETRA E
Nos termos da Jurisprudência em teses do STJ, edição nº 47:

“6) A prática do delito de furto qualificado por escalada, destreza, rompimento de obstáculo ou concurso de agentes indica a reprovabilidade do comportamento do réu, sendo inaplicável o princípio da insignificância”.

Logo, observa-se que a clandestinidade não foi declarada incompatível com a insignificância.

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