Principais tipos de estudos Flashcards

1
Q

O que é a Medicina Baseada em Evidências? (2)

A
  • Praticar a medicina em um contexto em que a experiência clínica é integrada com a capacidade de analisar criticamente e aplicar de forma racional a informação científica de forma a melhorar a qualidade da assistência médica. - “A arte de aplicar o conhecimento científico na prática clínica”.
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2
Q

Na Medicina Baseada em Evidências, do que o indivíduo deve ser capaz? (4)

A
  • Elaborar questões relacionadas com problemas que afetam ou podem afetar a saúde das pessoas; - Pesquisar eficientemente as fontes de informação para responder a questão; - Avaliar a qualidade, o significado e a aplicabilidade da informação para a solução do problema; - Aplicar adequadamente a informação para resolver o problema.
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3
Q

Quais as características da Metodologia Quantitativa? (3)

A
  • Mensurar - Quantificar - O produto é sempre uma aproximação da realidade
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4
Q

Quais as características da Metodologia Qualitativa? (3)

A
  • Descrever - Compreender - O produto é sempre uma versão da realidade
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5
Q

Quais as características da Epidemiologia? (3)

A
  • Estuda número de EVENTOS - População de onde estes EVENTOS saíram. - Tempo em que os EVENTOS ocorreram.
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6
Q

Quais são os 4 principais tipos de estudo?

A
  • Transversais ou de Prevalência - Coorte - Caso-controle - Intervenção
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7
Q

Quais são as características do Relato de caso ou Série de Casos? (5)

A
  • Mais básico estudo descritivo - Descrição detalhada de um caso clínico ou uma série de casos. - 5 casos de pneumonia por Pneumocystis carinni, em homossexuais em Los Angeles - Formular hipóteses - Farmacovigilância
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8
Q

Quais são as características da Incidência? (4)

A
  • Numerador = Casos novos que ocorrem durante o período de acompanhamento em um grupo inicialmente livre da doença - Denominador = Todos os indivíduos suscetíveis que estão presentes no início do acompanhamento - Tempo: duração do período - Medição: Estudo de coorte e ensaio clínico
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9
Q

Quais as características da Precalência? (4)

A
  • Numerador = Todos os casos contados em um único inquérito ou exame de um grupo - Denominador = Todos os indivíduos examinados, incluindo casos e não-casos - Tempo = ponto único - Medição = Estudo de prevalência (estudo transversal).
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10
Q

Quais são as medidas de associação? (3)

A
  • Razão de prevalência - Risco relativo - Odds ratio
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11
Q

Quais são os tipos de Estudos Observacionais? (3)

A
  • Estudo Transversal: Um grupo examinado em um determinado momento no tempo - Estudo de coorte: Um grupo acompanhado ao longo do tempo - Estudo de caso-controle: Dois grupos, escolhidos a partir da presença ou ausência do desfecho
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12
Q

Qual é o Estudo Intervencionista? (1)

A
  • Ensaio clínico randomizado: dois grupos criados por um processo aleatório e submetidos à uma intervenção.
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13
Q

Qual a Definição de Corte Transversal?

A

Os estudos transversais, de corte, seccionais ou de prevalência são estudos observacionais, que se caracterizam por inicialmente nada se saber sobre exposição ou desfecho (doença) e por produzir “instantâneos” da situação de saúde de um grupo

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14
Q

Quais são as características dos Estudos Descritivos?

A
  • Ocorrência de doença segundo variáveis: (Pessoa – sexo, idade, ocupação, lugar – país, rural x urbano, Tempo) - Fornecem dados para política de saúde - Primeiras pistas de fatores determinantes de doenças - Formular hipóteses
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15
Q

Quais são as características do Estudo Transversal de Prevalência? (4)

A
  • Estudos de prevalência Prevalência = núm. pessoas doentes existentes / núm. pessoas na população - Definem características da população - Importante para política de saúde
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16
Q

Quais as características do Estudo Transversal Analítico? (

A
  • Mede a prevalência de doenças, sendo útil para gerar hipóteses e planejar ações em saúde - Exposição e doença são avaliados ao mesmo tempo CAUSA x EFEITO: não pode ser determinada - Não é possível saber se a exposição antecede ou é conseqüência da doença. - Definida uma população, em um dado momento e de forma censitária ou por amostragem, retira-se informação de cada indivíduo sobre existência ou não de exposição e de agravo à saúde. - As características dos indivíduos classificados como doentes são comparadas às daqueles classificados como não doentes. - A comparação das características dos dois grupos ( doentes e não-doentes) permite identificar os fatores de risco, ou seja, as características mais comuns nos doentes que nos sadios
17
Q

Em estudos de corte transversal a associação entre exposição e desfecho é estimada pelo que?

A

Razão de prevalência (RP)

18
Q

Como é medida a Razão de prevalência?

A

É a razão entre a prevalência de expostos (Pex) e a prevalência de não expostos (Npex). RP = Prevalência expostos / Prevalência Não Expostos

19
Q

A partir desse quadro, determine:

  • Prevalência do desfecho entre Expostos:
  • Prevalência do desfecho entre NÃO Expostos:
  • Razão de Prevalência
A
  • A/A+B
  • C/C+D
  • (A/A+B) / (C/C+D)
20
Q

Quais são as Aplicações do Desenho? (8)

A

· Identificação de grupos de risco em potencial;

· Quantificação da exposição e da doença na população (prevalência);

· Formulação de hipóteses de associação;

· Planejamento de serviços de saúde;

·Coleta de dados sobre todas as variáveis feita em uma única vez;

· Baseline para estudos de coorte;

· Fácil execução, rápido e baixo custo;

· Prevalência de doenças comuns e de longa duração.

21
Q

Quais são as limitações do Desenho? (6)

A

·Não permite o estabelecimento de relação causal (exposição X doença);

· Informa sobre a possibilidade de se estar doente, mas não de se ficar doente;

· Não é apropriado para freqüência de doenças de curta duração;

·Condições de baixa prevalência exigem amostras grandes;

· Exposição atual pode não representar a exposição passada;

· As associações encontradas podem ser de difícil interpretação ® fatores de confundimento;

22
Q

Quais são os dois Viés nas Limitações do desenho?

A

· Viés de seleção: erro de classificação; amostra insuficiente

· Viés de confundimento: interação entre as variáveis.

23
Q

Qual a definição de coorte? (2)

A
  • É uma estratégia de investigação em que, dois ou mais grupos de pessoas sem a doença em estudo (coorte) e que diferem de acordo com o grau de exposição a uma causa potencial, são comparados em relação a incidência (ou mortalidade) de uma determinada doença.
  • O estudo de Coorte avalia a associação entre Exposição e Efeito partindo da Exposição em direção ao Efeito.
24
Q

Qual o tempo de acompanhamento e de exposição do Coorte? (3)

A

—Depende do período de latência da doença;

—O tempo deve ser suficiente para que ocorra o efeito sob estudo;

—As pessoas dos diferentes grupos de exposição devem ser submetidas aos mesmos exames e procedimentos diagnósticos.

25
Q

Como proceder em um estudo de Coorte? (7)

A

—Identifica-se o grupo de indivíduos a ser estudado;

—Coleta-se a informação sobre a exposição que se quer estudar para classificar os indivíduos quanto a esta característica;

—Excluem-se os indivíduos que já apresentam a doença de interesse (para se ter certeza de que a exposição é prévia);

—Define-se o nível de exposição das pessoas nos grupos (Expostos e Não Expostos);

—Acompanha-se estes grupos no tempo identificando quem desenvolve a doença,

—Verifica-se a existência de relação entre a exposição e a ocorrência da doença em estudo.

—A partir do acompanhamento periódico ou exame final dos participantes mede-se a INCIDÊNCIA dos desfechos clínicos em expostos e não-expostos

26
Q

Quais são as medidas de análise dos estudos de coorte? (5)

A

—Medidas de frequência = Incidência e/ou Mortalidade (Coorte fixa e Coorte aberta ou dinâmica)

—Medidas de associação = Risco Relativo (Razão de Riscos) e Risco Atribuível (Diferença de Riscos)

—População fixa: mesmos indivíduos durante todo o protocolo

—População dinâmica ou aberta: muda com o tempo

—Pessoas-tempo: unidade de medida para a incidência

27
Q

Quais são os tipos de coorte? (3)

A

.Prospectiva ou concorrente:
Os grupos expostos e não expostos são definidos e os participantes são selecionados para início do acompanhamento no tempo presente e os efeitos serão observados no futuro.

.Coorte histórica ou não concorrente
Os grupos expostos e não expostos são definidos e os participantes selecionados de acordo com suas experiências no passado e os efeitos serão observados no presente.

.Coorte retrospectiva ou histórica

Faz-se a seleção e classificação dos indivíduos da coorte no presente. Porém, exposição e Efeito ocorreram em momento anterior ao da realização da pesquisa de modo que o início e o fim do acompanhamento se referem ao passado.

28
Q

Quais são as vantagens do Coorte? (5)

A
  • Sequência temporal de risco – doença claramente estabelecida
  • Ideal para incidência, etiologia e fator de risco
  • Prospectivo – aumenta precisão
  • Diversos resultados podem ser medidos
  • Expostos e não expostos podem ser diferentes
29
Q

Quais são as desvantagens do estudo de Coorte? (5)

A
  • Caro, pode ser muito demorado
  • Não é útil para doenças raras
  • Problema – inclusão de casos subclínicos
  • Perdas durante o seguimento
  • Expostos e não expostos podem ser diferentes
30
Q

Quais as características do Estudo de caso-controle? (10)

A

—Começa com a presença ou ausência de um desfecho.

—Parte do EFEITO para chegar à CAUSA.

—Olham para trás no tempo para detectar possíveis exposição a fatores de risco a que possam ser atribuídos relação de causalidade.

—Procura identificar características (exposições) que ocorrem em maior ou menor frequência entre casos do que entre controles.

—Parte da doença – doentes vs não doentes

—Retrospectivamente avalia exposição

—Útil para doenças raras (novas) ou com longo período de latência

—Objetivo é investigar associações etiológicas de doenças de baixa incidência e/ou condições com período de latência prolongado.

—Grupos de casos seguramente diagnosticados e grupo controle comparáveis aos casos.

—PAREAMENTO é utilizado para fazer as associações entre os grupos.

31
Q

O que são Casos e o que são Controles no estudo de caso-controle?

A

—Casos:

◦São indivíduos selecionados com base em alguma doença ou desfecho clínico

—Controles:

◦São indivíduos sem a doença ou o desfecho clínico com características semelhantes aos casos estudados.

32
Q

Como realizar o estudo de caso-controle? (4)

A
  • Estabelecer população, critérios de inclusão e exclusão.
  • Casos – todos que atenderam aos critérios da amostra
  • Selecionar controles – seriam casos se ficassem doentes - pareamento conforme sexo, idade, nível social, etc. (Amostra probabilística da população; Pacientes da mesma instituição; Vizinhos, “melhor amigo”)
  • Medir exposição: questionário, registro médico, investigação
33
Q

Quais são as fontes de erros do estudo caso-controle? (3)

A
  • Casos e controle devem ter tido as mesmas chances de exposição
  • Diagnóstico dos casos
  • Não cego - tendenciosidade do investigador ao medir exposição
34
Q

Quais são as vantagens no Pareamento? (3)

A

—Pode aumentar a precisão das comparações de casos-controles reduzindo a amostra.

—Facilita a compreensão e explicação da amostragem.

—Quando analisados corretamente fornece garantia de que as variáveis pareadas não podem explicar as diferenças entre casos-controles no fator de risco de interesse.

35
Q

Quais são as desvantagens no Pareamento? (4)

A

—Pode ser demorada e dispendiosa.

—Alguns casos e controles potencias podem ser excluídos porque não é possível pareá-los.

—As variáveis pareadas não podem ser avaliadas como fatores de risco na população de estudo.

—Para variáveis contínuas ou ordinais, as categorias pareadas podem ser muito amplas e as diferenças residuais entre casos e controles nestas variáveis podem existir.

36
Q

Quais são as vantagens do estudo de caso-controle? (5)

A

—Útil em doenças raras e crônicas.

—Amostras menores.

—Rapidez e facilidade de realização com dados de serviços de saúde a baixos custos

—Ideal para testar associação de uma doença com múltiplas variáveis independentes.

—Odds Ratio é uma boa aproximação do Risco Relativo quando a doença é rara (<10%).

37
Q

Quais são as desvantagens do estudo caso-controle? (6)

A

—Suscetibilidade a vieses de recordação e seleção.

—Não estima medidas de morbidade (incidência e prevalência).

—Não é eficiente para estudo de exposição rara.

—Difícil definir o grupo controle ideal e identificar a população de base.

—Apenas um desfecho pode ser considerado por estudo.

—Dificuldade ou impossibilidade de determinação de uma relação temporal clara entre o fator suspeito e a doença.

38
Q

O que é a Medida de associação Odds Ratio? (3)

A
  • Também conhecido como “risco relativo estimado”.
  • No seu cálculo, costuma-se dizer que é a “razão dos produtos cruzados”.
  • É a medida de associação usada em estudos de caso-controle.
39
Q

Como é feita a medição do Odds Ratio? Como é interpretada?

A

OR = a X d / c X b

Para inferência estatística emprega-se o Intervalo de Confiança a 95%:

OR = 3,5 (IC 95%: 2,0 - 5,0) (OR>1)

  • Associação positiva estatisticamente significante a 5,0%. O valor nulo 1 está fora dos limites de variação do IC.

OR = 1,5 (IC 95%: 0,95 - 2,0) (OR>1)

  • Associação positiva não estatisticamente significante. O 1 está dentro do IC.

OR = 0,5 (IC 95%: 0,35 - 0,65) (OR<1)

  • Associação negativa estatisticamente significante. O 1 está fora do IC