Prev 3 - Estudos E Epidemio Clínica Flashcards
Estudo ecológico
- Agregado, observacional, transversal
- Fácil / barato / rápido / dados secundários
- gera SUSPEITAS (hipóteses), mas não confirma! Causalidade reversa > FR e doença presentes ao mesmo tempo
- pode induzir ao erro (falácia ecológica) > individualização de um estudo agregado
Inquérito
Ecológico, mas é individuado
Vê a prevalência
Série temporal
Vários ecológicos ano após ano. Dados secundários
Coorte
- Individuado, observacional, longitudinal
- Define riscos
- Confirma suspeitas
- Caro / longo / vulnerável a perdas
- ruim pra doença rara e longa
- Fator de risco > doença
- pode analisar várias doenças e vários FR
- fator de risco pode ser raro
Coorte histórica
Busca-se fatores de risco do passado e acompanha no presente
Caso controle
- Individuado, observacional, longitudinal
- Retrospectivo
- rápido / barato
- bom pra doença longa e rara
- ESTIMA riscos
- vulnerável a erros (ex viés de memória, de seleção)
- ruim pra FR raro
- doença < FR
- pode analisar vários fatores de risco
Relato/ série de casos
Descritivos
Bom pra doença rara/desconhecida
Pouca gente/não tem controle
Viés de publicação
Ensaio clínico
- Individuado, intervencionista, longitudinal
- consegue controlar os fatores
- melhor para testar medicamentos
- social, ético
- complexo / raro / longo… perdas
Fases do ensaio clínico
Fase pré clínica > animais
Fases clínicas:
I: segurança… sadios
II: dose… população alvo
III: ensaio… comparação com placebo/droga tradicional
IV: vigilância pós-comercialização (efeitos colaterais)
Efeitos que podem ocorrer no ensaio? Como evitar viés?
- Hawthorne: mudança comportamental quando sabe que está sendo avaliado
- Placebo
- Controlado: evita erro de intervenção
- Randomizado: evita erro de seleção
- Mascarado: evita erro de aferição, EF placebo.. (abertos, simples-cego, duplo-cego)
Eficácia x eficiência x efetividade
Eficácia:
- RRR
- condições IDEAIS (ex ensaio clínico)
- validade interna
Eficiência:
- NNT
- custo x beneficio
Efetividade:
- RAR
- grau no qual uma intervenção foi executada em condições reais
- validade interna/externa
Testes estatísticos
De correlação de Pearson: variáveis númericas
Qui-quadrado: variáveis categóricas
T-Student: numérica + categórica
ANOVa: variáveis categóricas com distribuições em vários níveis (ex sexo e raça)
Critérios de causalidade de Hill
- Sequência cronológica: tempo, o FR antes
- Força de associação: RR, OR
- Relação dose-resposta: intensidade de exposição
- Consistência: outros trabalhos
- Plausibilidade: fisiopatologia
- Analogia: situações parecidas
- Especificidade: só causa esse desfecho
- Coerência: paradigma atual
- Evidência experimental: muda fator, muda doença
Medidas de frequência
Prevalência: transversal
Incidência: Coorte/ensaio
Medidas de associação caso controle
Odds-ratio (OR): = AD/BC
Peixinho
Medidas de associação Coorte
Risco relativo (RR) = IE / INE
Medidas de associação Ensaio clínico
Risco relativo: IE / IC
Medidas a partir do RR
Redução do RR (RRR): 1 - RRR
Redução absoluta do risco (RAR): IC - IE
maior - menor
Número necessário pra TTO (NNT):
1/RAR > quanto menor, melhor a droga
Risco atribuível ao fator
IE - INE
Interpretação das medidas de associação
= 1: sem associação
>1: fator de risco
<1: fator de proteção
Erros estatísticos
Erro sistemático (viés): válido/acurado
- seleção
- aferição
- confundimento
Erro aleatório (acaso): preciso/confiável
- p < 0,05 (5%)
- IC 95%
- se em um estudo, o RR deu risco, o IC sempre tem que dar risco
- um estudo com IC mais estreito é mais confiável
- um estudo mais confiável envolveu mais gente
- quando os intervalos de confiança de 2 estudos se sobrepõem, não houve diferença estatística entre eles
Erros tipo I x tipo II
H0: hipótese nula > não há associação (estudos tentam refutar)
Tipo I (erro alfa): falso +, digo que há associação quando não há
Tipo II (erro beta): falso -, digo que não há associação quando há
Revisão sistemática
- Unidade de análise: estudos de ensaio, Coorte…
- metanálise: método estatístico para integrar o resultado dos estudos (gráfico em floresta)
- Vantagens: síntese de informação / barato / rápido
- Desvantagens: viés de publicação, divergência entre os vários estudos
O tamanho do quadrado representa o peso do estudo no valor final
Nível de evidência Oxford
- Ia: RS de ensaio; Ib: ensaio
- IIa: RS de Coorte; IIb: Coorte; IIc: ecológico
- IIIa: RS de caso-controle; IIIb: caso-controle
- IV: série de casos
- V: opinião do especialista
Grau de recomendação - USPSTF
- A: recomenda > benefício substancial (indiscutível)
- B: recomenda > benefício moderado
- C: contra a oferta rotineira > benefício pequeno
- D: contra > causa dano
- I: inconclusivo > (?)
Acurácia
Proporção de acertos do teste
A + D / A + B + C + D
Curva ROC
Canto superior E: melhor
Eixo Y: sensibilidade
Eixo X: 1-especificidade
Quanto maior a área abaixo da curvas maior a acurácia
Sensibilidade
Capacidade de um teste de detectar VP nos doentes
- para EXLUIR: confio muito no teste - (VPN ^, mas mto falso +)
- evitar FN: banco de sangue, doença com alta letalidade, pra TRIAGEM
A / A + C
Especificidade
Capacidade de um teste detectar VN em não-doentes
- pra CONFIRMAR! Confio mto no teste + (^ VPP, mas mto FN)
- evitar FP: trauma psicológico/iatrogenia; fecho o Dx
D / b + d
Valor preditivo positivo
Chance de ter a doença diante de um resultado positivo
A / a + b
Valor preditivo negativo
Chance de não ter a doença diante de um resultado negativo
D / c + d
Razão de verossimilhança positiva?
Chance de dar + nos doentes / chance de dar + nos não doentes
Razão de verossimilhança negativa
Chance de dar - nos doentes / chance de dar - nos não doentes
Conceitos
S e E são características do teste: não variam!!!
O valor preditivo varia com a prevalência (probabilidade pré teste)
- quanto maior a P, maior o VPP, menor o VPN
- quando menor a P, menor o VPP, maior o VPN
Testes em série x paralelo
Série: vários em sequência: ^ especificidade
Em paralelo: vários ao mesmo tempo: ^ sensibilidade