Pré-operatório Flashcards
Cirurgia de acordo com o tempo de realização - Eletiva
Procedimento planeado, não urgente.
Cirurgia de acordo com o tempo de realização - Urgente
Intervenção não planeada, com Intervenção atempada, mas sem risco imediato de vida.
Cirurgia de acordo com o tempo de realização - Emergente
Necessidade de intervenção imediata para preservação da vida e membros.
Cirurgia como fonte de stress - Resposta fisiológica (neuroendócrina)
Ativação do hipotálamo, hipófise, SNS, supra-renais e córtex cerebral. Libertação de catecolaminas e hormonas atiradoras de stress.
EFEITOS:
Aumento da frequência cardíaca e respiratória
Aumento da PA
Aumento do fluxo sanguíneo cerebral
Diminuição da motilidade intestinal
Aumento da produção de ácidos gástricos
Sudorese
Cirurgia como fonte de stress - Resposta psicológica
Antecipação da dor, desconforto, alterações da imagem corporal, situação de dependência e questões familiares.
Experiências cirúrgicas anteriores têm influência nos níveis de ansiedade.
Ansiedade prolongada pode levar a alterações da imunidade, desequilíbrio hidroeletrolítico e redução da capacidade de cicatrização de feridas.
Medo do desconhecido, de alterações permanentes, da morte.
Cirurgia como fonte de stress - Stress social
Relacionado com a família, e as mudanças mais ou menos prolongadas de funções.
Uso de fármacos e outras substâncias que podem interferir com a anestesia e a cirurgia
TABAGISMO: compromete a função respiratória, aumenta o risco de complicações intra e pós-operatórios.
SUSPENDER ANTICOAGULAÇÃO ORAL: (ex - AAS, Clopidogrel, Apixabano, Rivaroxabano( alguns dias antes da cirurgia introduzir profilaxia com Heparina SC (tem baixo peso molecular.
AINES: controlar efeitos sobre a agregação plaquetária.
CORTICOSTEROIDES: induzem atraso na cicatrização, monitorizar eventuais sinais de infeção no pós-operatório.
ANTI-HIPERTENSORES: agravamento de crises hipotensivas pós-cirúrgicos.
ANTIDEPRESSIVOS INIBIDORES DA CAPTAÇÃO DE SEROTONINA (ex: Sertralina, Fluoxetina) - comprometem a função renal e hepática pela longa semivida dos fármacos.
História de Saúde
Pesquisar história de doença aguda ou crónica a nível multi-sistémico:
IMUNOLÓGICO - risco acrescido de infeção.
ENDÓCRINO - DM atrasam a cicatrização.
CARDIOVASCULAR - risco de EAM intra-operatório, AVC, tromboflebite ou insuficiência cardíaca.
RESPIRATÓRIO - pneumonia, insuficiência respiratória ou acidose.
RENAL - dificuldade na excreção de toxinas ou fármacos.
Explorar experiências cirúrgicas
Conhecimentos e expetativas do doente.
Ocorrências cirúrgicas e anestésicas passadas.
Eventual história de hipertermia maligna (síndrome hereditário autossómico dominante).
Explorar passado cultural e religioso
Cultura e religião como fonte de conforto, mas também eventualmente restritivo dos procedimentos de saúde.
Explorar aspetos psicossociais
Avaliar a ansiedade no pré-operatório
Entendimento do tipo e objetivos da cirurgia e preocupações específicas acerca dela.
Alterações do padrão de sono.
Padrão de discurso (repetição de temas, evitar falar sobre os motivos de ansiedade).
Avaliar a interação dos doentes com outras pessoas.
Sintomas físicos (aumento da frequência cardíaca, respiratória, da sudorese, do movimento das mãos, da inquietude e ocorrência da polaquiúria).
Explorar Avaliação Física
- Registar e comunicar a deteção de alterações significativas ao cirurgião e anestesista.
- Alterações do padrão respiratório / estase de secreções podem induzir atelectasia ou pneumonia no pós-operatório.
Principais fatores de risco respiratório: cirurgia toráxica ou abdominal superior; anestesia por inalação; obesidade; hábitos
tabágicos; DPOC; idosos. - Condição cardiovascular: ECG de 12 derivações; pressão arterial; pulsos periféricos; despiste de alterações circulatórias periféricas (coloração, temperatura, edema, preenchimento capilar).
- Função renal e caraterísticas da urina.
- Condição musculo-esquelética (complicações pós-operatórias associadas a imobilidade); integridade da pele.
- Situação neurológica, nível de consciência e défices sensoriais.
- Estado nutricional e hídrico – risco de atraso na recuperação por mau estado nutricional pré-operatório.
Ensino Pré-Operatório para Reduzir o risco de complicações respiratórias
Ensino de técnicas de inspiração profunda e de tosse assistida para o pós-cirúrgico.
Promover respiração diafragmática
Objetivo – eliminar conteúdo anestésico residual e prevenir colapso alveolar e atelectasia.
Técnica da inspiração profunda:
- Doente em posição de sentado ou Fowler alto, com joelhos fletidos, para relaxamento abdominal e expansão torácica.
- Colocar uma mão levemente sobre o abdómen.
- Inspiração lenta pelo nariz, com expansão torácica e subida do abdómen; suster 3 segundos.
- Expirar lentamente com os lábios semicerrados.
- Repetir a técnica 3 vezes, depois tossir.
Técnica da tosse assistida:
- Inspiração como descrito acima, suster 3 segundos.
- Tossir profundamente 3 vezes.